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Introdução a farmacologia

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Farmacologia 1 
 
 
 
Ciência que estuda substâncias/fármacos que interagem com 
sistemas vivos por meio de processos químicos, 
especialmente por ligação a moléculas reguladoras e ativação 
ou inibição de processos corporais normais. 
Segundo a legislação brasileira, como o médico deve 
prescrever o medicamento? Nome comercial ou DCB? Qual 
o impacto dessa ação para o paciente? 
É ideal o médico prescrever o medicamento pelo nome da 
DCB, podendo então o paciente comprar o genérico, mas 
não o similar. No entanto, caso o médico prescreva o similar, 
essa será a única opção do paciente. 
Depois de 10 anos no mercado, o medicamento pode ter 
genéricos ou similares, sendo a composição do similar sem 
algumas particularidades/insipientes do da DCB (como por 
exemplo: a concentração da lactose) e a composição do 
genérico igual ao da DCB. 
 Fármaco: substância química, estruturalmente 
definida com ação terapêutica. Princípio ativo do 
medicamento; 
 Medicamento: Produto farmacêutico (especialidade 
farmacêutica), tecnicamente obtido ou elaborado, 
com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para 
fins de diagnóstico; 
 Forma Farmacêutica: É a forma de apresentação 
do medicamento (pomada, comprimido...); 
 Placebo/Excipiente: substância inerte 
terapeuticamente, mas não necessariamente 
biologicamente, podendo desencadear respostas; 
 Efeito Placebo: é um efeito psicológico do 
medicamento, que depende da fé ou confiança que 
o paciente tem no medicamento; 
 Princípio Ativo: é o componente químico capaz de 
produzir efeito biológico/farmacológico; 
 Forma Farmacêutica: É a forma de apresentação 
do medicamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cremes X pomadas 
 
Cremes: Formulações mais aquosas para mucosas/pele 
integra; 
Pomadas: Formulação mais gordurosa. 
 
 
Soluções mais usadas: 
Drágea: comprimido revestido por inúmeras camadas de 
açúcar. Mais fácil de ingerir, porém mais difícil de ser 
absorvido do que o comprimido. 
Capsula: ‘’Quase’’ uma suspensão, ou seja, comprimido 
revestido por gelatina de fácil absorção. 
Comprimido: Maior absorção, porém de mais difícil ingestão. 
 
 
Farmacologia 2 
 
 Denominação Comum Brasileira (DCB): 
denominac ̧ão do fármaco ou princípio 
farmacologicamente ativo aprovado pelo órgão 
federal responsável pela vigilância sanitária; 
 Denominação Comum Internacional (DCI): 
denominac ̧ão do fármaco ou princípio 
farmacologicamente ativo recomendada pela 
Organizac ̧ão Mundial de Saúde; 
 Produto Farmacêutico Intercambiável: equivalente 
terapêutico de um medicamento de referência, 
comprovados, essencialmente, os mesmos efeitos 
de eficácia e segurança. Exemplo: genéricos e 
similares intercambiáveis; 
 Medicamento Referência: É um produto inovador, 
registrado no órgão federal responsável pela 
vigilância sanitária e comercializado no País cuja 
eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas 
cientificamente junto ao órgão federal competente 
por ocasião do registro; 
 Medicamento Similar: Aquele que contém o mesmo 
ou os mesmos princípios ativos, que apresenta a 
mesma concentração, forma farmacêutica, via de 
administrac ̧ão, posologia e indicac ̧ão terapêutica e 
que é equivalente ao medicamento registrado no 
órgão federal responsável pela vigilância sanitária, 
podendo diferir somente em características relativas 
ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, 
embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, 
comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, 
devendo sempre ser identificado por nome 
comercial ou marca; 
 Medicamento Genérico: É aquele que contém o 
mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma 
farmacêutica, é administrado pela mesma via e com 
a mesma posologia e indicac ̧ão terapêutica do 
medicamento de referência, apresentando eficácia e 
seguranc ̧a equivalentes à do medicamento de 
referência podendo, com este, ser intercambiável. 
Além disso, deve constar na embalagem a frase 
“Medicamento Genérico Lei nº 9.787/99”; 
 Medicamento Fitoterápico: São aqueles obtidos 
com emprego exclusivo de matérias-primas ativas 
vegetais (não pode conter substâncias ativas 
isoladas). Os medicamentos fitoterápicos são 
caracterizados pelo conhecimento da eficácia e dos 
riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade 
e constância de sua qualidade. A eficácia e a 
seguranc ̧a devem ser validadas por meio de 
levantamentos etnofarmacológicos, de utilização, 
documentações tecnocientíficas em bibliografia e/ou 
publicações indexadas e/ou estudos farmacológicos 
e toxicológicos pré-clínicos e clínicos. A qualidade 
deve ser alcançada mediante o controle das 
matérias-primas, do produto acabado, materiais de 
embalagem e estudos de estabilidade. Observação: 
chás medicinais não são fitoterápicos. Na fitoterapia 
tradicional usa-se chás medicinais; 
 Medicamentos Biológicos: São moléculas complexas 
de alto peso molecular obtidas a partir de fluidos 
biológicos, tecidos de origem animal ou 
procedimentos (tecnologia do DNA recombinante) 
ou alterac ̧ão dos genes que ocorre devido à 
irradiac ̧ão, produtos químicos ou seleção forc ̧ada. 
1) Alérgenos; 
2) Anticorpos monoclonais; 
3) Biomedicamentos; 
4) Hemoderivados; 
5) Probióticos; 
6) Vacinas; 
 Bioequivalência: Consiste na demonstrac ̧ão de 
equivalência farmacêutica entre produtos 
apresentados sob a mesma forma farmacêutica, 
contendo idêntica composição qualitativa e 
quantitativa de princípio(s) ativo(s), e que tenham 
comparável biodisponibilidade, quando estudados sob 
um mesmo desenho experimental; 
 Biodisponibilidade: Indica a velocidade e a extensão 
de absorção de um princípio ativo em uma forma 
de dosagem, a partir de sua curva 
concentrac ̧ão/tempo na circulação sistêmica ou sua 
excrec ̧ão na urina; 
 Farmacocinética: Está relacionada a absorc ̧ão, 
distribuição, biotransformac ̧ão e excrec ̧ão dos 
fármacos. Esses fatores, associados às propriedades 
físico-químicas dos mesmos, determinam a 
concentrac ̧ão destes no seu local de ação e o seu 
tempo de permanência no organismo. A velocidade 
com que esses processos ocorrem determina o 
início, a intensidade e a durac ̧ão da atividade do 
fármaco no organismo. 
De forma resumida: o que o nosso corpo ‘’faz’’ com 
o medicamento/substância. 
 Farmacodinâmica: Dedica-se ao estudo dos efeitos 
bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus 
mecanismos de ação. Os efeitos da maioria dos 
fármacos são atribuídos à sua interac ̧ão com os 
componentes macromoleculares do organismo. O 
termo receptor ou alvo farmacológico refere-se à 
macromolécula (ou ao complexo macromolecular) 
com o qual o fármaco interage para produzir uma 
resposta celular. A relac ̧ão entre dose e efeito pode 
ser separada em componentes farmacocinéticos 
(dose-concentração) e farmacodinâmicos 
(concentrac ̧ão-efeito). 
De forma resumida, relaciona-se com o mecanismo 
de ação da substância/medicamento. Ou seja, o que 
ela ‘’faz’’/efeitos no corpo. 
Farmacologia 3 
 
 
 Permitem a administrac ̧ão de quantidades “exatas” 
do princípio ativo; 
 Facilitar a administrac ̧ão (sempre que houver ‘’xl’’ ou 
duas consoantes depois do nome comercial do 
medicamento, é importante atentar-se ao fato de a 
substância não poder ser mastigada, ou seja, para 
proteger o princípio ativo); 
 Protec ̧ão do princípio ativo; 
 Melhorar características organolépticas; 
 Prolongar as ac ̧ões do princípio ativo a partir de 
formulações de liberac ̧ão lenta; 
 Permitem ac ̧ões localizadas ou favorecem absorc ̧ão. 
 das formas farmacêuticas 
1. Enteral: Quando o fármaco entra em contato com 
qualquer parte do trato digestivo (sublingual, oral, 
bucal e retal); 
 
 Bucal: efeito localizado; 
 Sublingual: efeito sistêmico, sendo assim,o fármaco 
deve ser lipossolúvel e ter características 
organolépticas adequadas. Não há efeito de 
passagem; 
 Sendo assim, a vi oral pode ter tanto efeito 
localizado quanto efeito sistêmico; 
 No duodeno é o local de maior absorção de 
fármacos; 
 Quase todas as preparações orais tem o objetivo 
de obter resposta sistêmica e não localizada. 
 
2. Parenteral: Não utilizam tubo digestivo (injetáveis, 
cutânea, respiratória, conjuntival etc.). 
 
 Todos injetáveis: efeito sistêmico. Por exemplo: 
insulina. 
Efeitos: local e sistêmico. 
 
 
 
 
Farmacologia 4 
 
Absorção 
 Ocorre principalmente no trato digestivo; 
 É a passagem do fármaco de seu local de 
administração para a circulação sistêmica 
(exceto intravenosa), se distribuindo pelo corpo 
até alcançar seu efeito; 
 
Substância 
 
circulação porta/enterohepática 
 
circulação sistêmica 
 
 Quando o fármaco passa pelo fígado pode 
ocorrer um efeito chamado de ‘’efeito de 
primeira passagem’’, que denominamos de 
metabolização pré-sistêmica (a molécula do 
fármaco sofre alguma alteração química por 
uma enzima hepática); 
 Esse efeito pode alterar quimicamente a 
molécula do fármaco, alterando seu efeito 
(fármaco já não é o mesmo/tem os mesmos 
efeitos); 
 Por isso, certas vezes, fármacos administrados 
via oral devem ter doses mais altas; 
 O efeito pode ocorrer nas vias que utilizam o 
tubo intestinal; 
 A indústria farmacêutica já disponibiliza o 
medicamento em dose mais alta, sabendo do 
efeito/metabolização. 
 Via oral: circulação enterohepatica e após, via sistêmica. 
Farmacologia 5 
 
Concentração mínima efetiva: Concentração mínima que o 
medicamento deve ter para começar a fazer efeito/início do 
efeito do fármaco/fármaco entrou na janela terapêutica. 
Concentração máxima tolerada: quando a resposta do 
medicamento é máxima e ele faz seu efeito máximo (o 
paciente melhora). Máximo que se pode absorver o 
medicamento/maior efeito farmacológico. 
Cmax: resposta mais efetiva ao tratamento, sendo assim 
observar cuidadosamente os efeitos no paciente (melhora ou 
não), pois ele pode ser refratário ao fármaco ou pode ter 
ocorrido erro ao diagnóstico e conduta de tratamento. 
CMT (concentração máxima tolerada): para a toxicidade: faixa 
rosa indica o início da toxicidade. 
 Quando se ingere o fármaco de ‘’estomago cheio’’ 
a curva desloca-se para a direita (leva mais tempo). 
Sendo assim, quanto menos efeito digestivo 
(estomago cheio) menos tempo para o início da 
ação/chegar na concentração mínima efetiva. 
 Existem certos fármacos que formam complexos 
com cátions divalentes/nutrientes (se houver cálcio, 
zinco etc os fármacos juntamente com essas 
substâncias formam uma molécula gigante em volta 
da substância). Assim, há um prejuízo na 
biodisponibilidade e bioabsorção. Alguns fármacos 
então, não devem ser ingeridos juntamente com os 
alimentos (jejum farmacológico). 
Jejum farmacológico: administrar o fármaco 1 hora antes das 
refeições ou 1 hora depois das refeições. 
Posologia: determinação do tempo de latência para se 
descontar do tempo de quando foi tomado o fármaco. 
Obedecer a posologia é muito importante pois é ela que 
permite manter o fármaco dentro da janela terapêutica. 
Consequências de não cumprir a posologia: não efeito do 
fármaco ou toxicidade. 
Tempo de latência: tempo necessário para atingir a janela 
terapêutica. 
Fatores que interferem na absorção de fármacos 
administrados via oral: 
 Motilidade gastrintestinal (se os movimentos 
peristálticos forem intensos, não haverá tempo de 
absorção do fármaco e ele será eliminado – pode 
ocorrer em doenças inflamatórias intestinais ou em 
utilização de fármacos pró cinéticos, que aumentam 
a motilidade intestinal); 
 Grau de ionização dos fármacos e lipossolubilidade 
(moléculas que tem algum grau iônico não são tão 
absorvíveis, moléculas mais lipossolúveis são mais 
sonolentas porque são mais distribuídas pelo corpo, 
atingindo o SNC); 
 Complexação; 
 Forma Farmacêutica (velocidade ou uso incorreto). 
Alimentos 
Nem sempre contribuem para a não absorção do fármaco. 
Depende da composição e terapêutica. 
 
Distribuição 
 É a medida do espaço aparentemente disponível no 
organismo para conter o fármaco, relacionando-se 
com a área compórea; 
 Relaciona a concentração de fármaco no 
organismo/local alvo com a concentrac ̧ão no sangue 
e no plasma, dependendo do líquido medido; 
Farmacologia 6 
 
 Fatores que alteram a distribuic ̧ão: vascularizac ̧ão do 
tecido (órgãos mais irrigados, são os mais ‘’afetados’’ 
pelos fármacos – 4 principais: fígado, rim, coração 
e pulmão), ligac ̧ão a proteínas plasmáticas, barreiras 
biológicas (BHE -barreira hemato encefalica, BP – 
barreira placentária). 
Barreira hemato encefálica: barreira que ‘’impede’’ o fármaco 
de chegar no SNC, sendo assim, para atingir o SNC o 
fármaco deve ser mais lipossolúvel. 
Muitos fármacos são transportados no organismo pela 
proteína albumina e para fazerem efeito (atingirem outras 
células) precisam desligar-se da albumina (deslocamento da 
albumina plasmática e aumento do efeito livre). 
Quando há 2 fármacos que precisam ser ingeridos na mesma 
via, deve-se ter intervalo entre a administração de um e 
outro, para que não tenham que ‘’competir’’ pela albumina 
plasmática, se forem de alta fixação pela albumina plasmática 
e o paciente for nutrido e tiver grandes quantidades de 
albumina. Porém, independente disso, os fármacos 
administrados, sempre irão fazer efeito, porem podem ter 
mais ou menor fixação pela albumina. 
Há fármacos que tem alto volume de distribuição (baixa 
fixação à albumina) e baixo volume de distribuição (alta 
fixação à albumina). 
A dialise só será efetiva em fármacos que tenham um alto 
volume de distribuição. 
Exemplos 
Corac ̧ão, fígado, t. digestivo, rins, cérebro e órgãos com maior 
perfusão: (> 0.5 L/kg/min); 
Músculos, algumas vísceras e tegumentos com média 
perfusão: (0.5 L/kg/min); 
Tecido adiposo com baixa perfusão: (0.02 L/kg/min). 
Os fármacos com Volume de distribuição muito altos têm 
concentrac ̧ões bem mais elevadas no tecido extravascular do 
que no compartimento vascular, isto é, não são distribuídos 
de forma homogênea. 
Já os fármacos que são completamente retidos dentro do 
compartimento vascular têm um volume mínimo de 
distribuição (alta fixac ̧ão a proteínas plasmáticas). Pode haver 
diminuição do teor da ligac ̧ão com proteínas plasmáticas nos 
casos de hipoalbuminemia por cirrose, síndrome nefrótica, 
desnutrição grave, uremia, hemodiluic ̧ão na gestac ̧ão e em 
idosos, por menor capacidade de produção de proteínas. 
Metabolização 
 Processos enzimáticos capazes de produzir 
modificações estruturais na molécula do fármaco 
para tornarem-se aptos para serem eliminadas. 
Ativac ̧ão, reatividade, inativac ̧ão; 
 Importância: Inativac ̧ão dos fármacos; toxicidade; 
interac ̧ões medicamentosas. 
Fases 
Fase I: reac ̧ões de oxidac ̧ão, reduc ̧ão e hidrólise; 
Fase II: reac ̧ões de síntese (conjugac ̧ão): moléculas 
hidrossolúveis. 
 
Biotransformação 
 Transformac ̧ão dos xenobióticos no organismo, 
resultando em outros produtos, denominados de 
metabólitos (basicamente, chama-se metabólitos 
quando ocorre a alteração química do xenobiótico 
por enzimas no fígado); 
 O objetivo é transformar os xenobióticos em 
substâncias mais polares (pro fármaco em fármaco) 
facilitando assim, sua eliminac ̧ão; 
 Órgãos metabolizadores: pele, intestino, rim, pulmão 
e fígado; 
 O processo de biotransformação é mediado por 
enzimas unicamente, que podem ser de dois tipos: 
 
Fase 1: enzimas localizadas principalmente nos 
microssomas hepáticos, com importante 
participação das enzimas do complexo citocromo 
P450 (CYPs). 
 
Esse tipo de enzimas realiza reações de oxidação, 
redução e hidrolise, que sãoreações denominadas 
‘’simples’’ pois geram pequenas modificações na 
molécula. 
 
Existem enzimas de fase 1 concentradas em vários 
locais, mas principalmente, dentro do microssomos. 
Farmacologia 7 
 
 
 
Polimorfismos – enzimas de fase 1 e fase 2 – 
diminuição ou potenciac ̧ão das respostas biológicas. 
Muitas pessoas têm enzimas diferentes que especificam um 
tempo mais prolongado de excreção do fármaco/substância. 
O médico deve atentar-se a isso para prescrever uma melhor 
alternativa terapêutica para o paciente. 
Metabolismo x Excreção 
 
Os produtos de fase 1 podem sim manter a atividade ou 
perder o efeito farmacológico assim que ele é metabolizado 
ou pode haver a formação de um metabólito chamado 
reativo (molécula instável quimicamente, podendo reagir com 
qualquer macromolécula do corpo – aminoácidos, proteínas – 
e resultando em danos, nesse caso, principalmente no fígado. 
 
 
*Sempre que diminuir o número de carbonos significa que o 
fármaco ficou mais solúvel. 
Grupo farmacofórico: é a parte química da molécula 
responsável pela interação com o alvo biológico (basicamente, 
é a parte química da molécula responsável pelo efeito 
farmacológico do remédio). 
 
Passagem da fase 1 para fase 2: ao passar pela enzima. Porém, 
a molécula pode ser excretada ou ligar-se ao OH formando 
uma molécula gigante. Quanto mais tempo na fase 1, maior a 
janela terapêutica, se não for alterado o grupo 
farmacofórico.+ 
 
Farmacologia 8 
 
 
 
 
*Glutadiona: principal molécula endógena (quando o metabólito 
reativo ‘’encontra’’ essa molécula ele fica estável – isso ocorre 
com pelo menos 80% dos metabólitos reativos). 
Glutadiona + stress oxidativo = maior lesão hepática pois há 
menos glutadiona. 
Quando ocorre stress oxidativo: ingestão de álcool, 
polifarmácia, exposição à poluição e ingestão de muitos 
conservantes. 
*Efeito de primeira passagem 
Consiste em uma perda do medicamento por 
biotransformac ̧ão (metabolismo) pela ação das enzimas de um 
órgão, desde o primeiro contato da substância 
medicamentosa com este órgão, antes de chegar na 
circulação sistêmica (pré-sistêmica). 
 Exemplo: propranolol, morfina. 
 
Quanto mais tempo as substâncias ficarem retidas no fígado, 
maior chance de sofrerem efeito de primeira passagem. 
Exemplo: anticoncepcional oral combinado (estrógeno + 
progesterona). A maioria do estrógeno fica no fígado e as 
moléculas são conjugadas com ácido glicuronico 
recirculação enterohepática. Assim, a biodisponibilidade do 
anticoncepcional oral combinado é alterada, mas ele se mante 
na janela imunológica. 
Biodisponibilidade 
Biodisponibilidade é a quantidade do fármaco administrado que 
alcança a circulac ̧ão sistêmica sem sofrer alterac ̧ão química. 
 
Enzimas de fase 1 podem ser moduladas/alteradas, ou seja, ter 
sua atividade aumentada ou diminuída (isso tem relação com a 
interação com outros medicamentos/fármacos): 
Inibição enzimática 
 Diminui a velocidade de produção de metabólitos; 
 Diminui a depurac ̧ão total; 
 Aumenta a meia vida do fármaco; 
 Aumenta as concentrac ̧ões séricas da droga livre e 
total. 
Alguns inibidores de P450 clinicamente importantes: 
Cloranfenicol, metronidazol, fluconazol, cetoconazol, cimetidina, 
omeprazol, fluoxetina, paroxetina, ciprofloxacino, etc. 
Indução enzimática 
 Aumenta a velocidade de biotransformac ̧ão hepática 
da droga; 
Farmacologia 9 
 
 Aumenta a velocidade de produc ̧ão dos metabólitos; 
 Diminui a meia-vida sérica da droga; 
 Diminui as concentrac ̧ões séricas da droga livre e 
total. 
Alguns indutores de P450 clinicamente importantes: 
Carbamazepina, Ingestão crônica e excessiva de etanol, 
Rifampicina, fenobarbital, hidantoína. 
Eliminação 
A eliminac ̧ão dos fármacos inalterados e ou metabólitos pode 
ocorrer por via urinária, biliar, pulmonar, mas a via renal é a via 
predominantemente de eliminac ̧ão de metabólitos. 
 Depuração: É a medida da eficácia do organismo na 
eliminac ̧ão do fármaco. 
A remoc ̧ão de um fármaco do organismo é quantificada 
como seu clearance ou depurac ̧ão, expresso pelo volume do 
plasma do qual o fármaco é completamente eliminado por 
unidade de tempo (Exemplo: mL/min). 
 
Excreção via renal 
 Filtração glomerular: Condic ̧ões para o filtrado: 
tamanho molecular limitado e hidrossolubilidade; 
 Secreção tubular: Xenobióticos são eliminados por 
mecanismo de transporte ativo (PgP). 
Fatores que interferem: idade, insuficiência renal e/ou 
cardiovascular, interac ̧ões medicamentosas, ligação a proteínas 
plasmáticas. 
Reabsorção: Ocorre nos túbulos, por mecanismo de difusão 
passiva ou transporte ativo. 
 
Estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e 
seus mecanismos de ação. Fornece as bases para a utilização 
terapêutica e racional de um fármaco bem como o 
desenvolvimento de agentes terapêuticos novos e mais 
eficazes. 
Os efeitos produzidos pela maioria dos fármacos resultam da 
interação com componentes macromoleculares do 
organismo, essa interação altera a função do componente 
afetado, desencadeando alterações bioquímicas e fisiológicas 
que caracterizam a resposta ao fármaco. O termo receptor 
descreve o componente do organismo com o qual o fármaco 
provavelmente interage. 
 
Receptores e fármacos 
 Os receptores determinam largamente as relac ̧ões 
quantitativas entre dose ou concentrac ̧ão de 
fármacos e efeitos farmacológicos. Relação com 
afinidade e número/localizac ̧ão de receptores 
expressos; 
 Os receptores são responsáveis pela seletividade da 
ac ̧ão do fármaco. Afinidade por um ou mais 
receptores; 
 Os receptores medeiam as ações de agonistas e 
antagonistas farmacológicos. 
 
Conceitos 
Tolerância: ocorre quando há o uso repetitivo de um mesmo 
fármaco (classe). É a redução gradual da resposta ao fármaco. 
Farmacologia 10 
 
Dessensibilização: Também conhecido como adaptac ̧ão, ou 
hiporregulac ̧ão, resulta em perda ou diminuic ̧ão de efeito do 
fármaco. A estimulação continuada das células geralmente leva 
a um estado de dessensibilização, de tal forma que o efeito 
gerado pela exposic ̧ão contínua ou subsequente à mesma 
concentração do fármaco fica reduzido. 
Refratariedade: refere-se a falhas terapêuticas. 
Eventos adversos: qualquer ocorrência médica desfavorável 
que pode ocorrer durante o tratamento com um 
medicamento, mas que, não necessariamente tem relac ̧ão 
causal com esse tratamento. 
Efeito colateral: reac ̧ão adversa ao medicamento previsível, é 
inerente a ac ̧ão farmacológica do medicamento, porém seu 
aparecimento é indesejável. 
Efeitos secundários (efeitos adversos): efeitos indesejados 
devidos a uma característica de ação não relacionada à ação 
farmacológica principal do medicamento. 
Idiossincrasia: reações nocivas por sensibilidade peculiar a um 
fármaco, em geral devido a polimorfismo genético. 
Intolerância ou sensibilidade: doses menores do que as usuais 
produzem as respostas antecipadas. 
 Os indivíduos variam consideravelmente em sua resposta 
a um fármaco e inclusive, um só indivíduo pode responder de 
modo diferente ao mesmo fármaco em ocasiões distintas 
durante o curso do tratamento. 
Respostas idiossincrásicas 
Em geral são causadas por diferenças genéticas no 
metabolismo do fármaco ou por mecanismos imunológicos, 
inclusive reações alérgicas. 
Existem quatro mecanismos gerais contribuem para a 
variac ̧ão na capacidade de resposta a fármacos entre 
pacientes ou em um paciente individual em ocasiões 
diferentes: 
1) Alterações de número ou função de receptores 
Mudanc ̧as na resposta a fármacos causadas por aumentos ou 
diminuições do número de sítios receptores ou por alterac ̧ões 
na eficiência do acoplamento. Tolerância ou rebote. 
2) Alteração na concentração do fármaco que alcança 
o receptor 
Tais diferenc ̧asfarmacocinéticas modificam a resposta clínica. 
Ex: idade, peso, sexo, estado mórbido e funções hepática e 
renal, e pelo teste específico para diferenças genéticas. 
3) Variação na concentração de um ligante receptor 
endógeno 
Este mecanismo contribui muito para a variabilidade de 
respostas a antagonistas farmacológicos. 
4) Mudanças em componentes da resposta distais ao 
receptor 
Embora um fármaco inicie suas ações por ligac ̧ão aos 
receptores, a resposta observada em um paciente depende 
da integridade funcional dos processos bioquímicos na célula 
respondente e regulac ̧ão fisiológica por sistemas orgânicos 
interativos. 
Alvos farmacológicos 
 
Canais iônicos 
São proteínas que se organizam na membrana resultando na 
formação de um poro por onde passam íons. Podem ser: 
 Ligados a um receptor – agonista liga-se no 
receptor e aciona a abertura do canal; 
 Ligados a proteína G; 
 Não ligados a receptor: nesse caso são chamados 
de canais voltagem-dependente. 
 Receptores ionotrópicos 
 Participam principalmente da transmissão rápida; 
 São proteínas oligoméricas dispostas ao redor de 
um canal iônico; 
 A ligação do ligante (fármaco) e a abertura do canal, 
ocorre em milissegundos; 
 Quando o fármaco se liga a esse tipo de receptor, 
podem acontecer dois tipos de eventos: canal abre 
ou se fecha mais ainda. O evento vai depender do 
tipo de fármaco e do tipo de receptor ionotrófico; 
 Gaba: receptor acoplado a um canal iônico, que 
permite que o canal se abra e o cloro entre; 
 Outros exemplos: nACh, NMDA. 
Farmacologia 11 
 
 
 
Receptores metabotrópicos 
 Acoplados a uma proteína G (segundos 
mensageiros); 
 São receptores de ligação indireta; 
 O ligante (fármaco ou substância endógena) liga-se 
a uma enzima e gera um segundo mensageiro 
(AMP cíclico), o que vai fosforilar a quinase/proteína 
efetora e algum evento dentro da célula vai 
acontecer. 
 A proteína G pode ser do tipo excitatória ou 
inibitória; 
 Nem sempre será desse jeito; 
 Fármaco se liga a um receptor acoplado a proteína 
G com propriedades excitatórias e assim, estimula a 
adenilato ciclase; 
 Principais enzimas: adenilato ciclase e guanilato 
ciclase; 
 ...Acoplados a proteína G inibitória, quando a 
subunidade alfa se dissocia bloqueia-se a adenilato 
ciclase, portanto não se forma o segundo 
mensageiro e o evento não acontece (ocorre no 
sistema nervoso central); 
 Dentro da tentativa de homeostase (principalmente 
SNC), predomina-se receptores metabotrópicos 
tanto do tipo excitatório quanto do tipo inibitório; 
 O receptores podem dar respostas diferentes de 
acordo com a forma que se liga a proteína G 
(excitatório ou inibitório); 
 Quanto mais cargas negativas mais hiperpolarizada 
está a célula, se essas cargas saem a célula fica 
relaxada; 
 Podem ocorrer respostas diferentes de acordo com 
o tipo de receptor (excitatório: proteína G com 
subunidade alfa estimulante; inibitório: receptor 
acoplado a proteína G cuja subunidade alfa tem 
atividade inibitória); 
 Um mesmo neurotransmissor pode desencadear 
um tipo de resposta em uma área do cérebro, e 
pode desencadear uma resposta diferente em outra 
área do cérebro; 
 Receptores metabotrópicos estão acoplados a 
proteína G e quando a subunidade for estimulatória 
vai estimular a adenilato ciclase, gera segundo 
mensageiro e o evento na célula vai existir 
(resposta efetora) até ser encerrado por 
fosfodiesterases; 
 Enquanto o segundo mensageiro estiver ativo 
dentro da célula, a atividade celular/do fármaco irá 
continuar; 
 GMP cíclico realiza eventos, para de existir quando 
for degradado (para parar de existir existem 
enzimas chamadas de fosfodiesterases, que são 
enzimas que degradam/inibem/encerram a atividade 
do segundo mensageiro, como o GMP cíclico ou o 
AMP cíclico) 
 Enzimas fosfodiesterases (PDE): degradam ou 
inibem/encerram a atividade do segundo 
mensageiros; 
 Um estimulo significa vários eventos enquanto o 
mensageiro existir. 
Via a adenilato ciclase/cAMP 
Adenilato ciclase (AC) catalisa a formac ̧ão do mensageiro 
intracelular cAMP. 
 O cAMP ativa várias proteínas quinases, fosforilando 
várias enzimas, transportadores e outras proteínas; 
 O AMPc medeia respostas hormonais, como a 
mobilizac ̧ão de energia armazenada, a conservac ̧ão 
de água pelo rim (mediada pela vasopressina), a 
homeostase do Ca2+ e o aumento da frequência e 
forc ̧a contrátil do músculo cardíaco. O AMPc 
também regula a produc ̧ão de esteroides 
suprarrenais e sexuais, o relaxamento de músculos 
lisos e muitos outros processos endócrinos e 
neurais. 
Via da fosfolipase C 
 Gera a formação de 2 segundos mensageiros (IP3 
– Inositol tri fosfato e DAG – diacilglicerol); 
Farmacologia 12 
 
 Contrações musculares (liso e esquelético) e 
liberação de hormônios e neurotransmissores; 
 IP3: Aumenta a concentração intracelular de cálcio, 
desencadeando eventos como por exemplo 
contração, secreção, ativação enzimática e 
hiperpolarização de membrana; 
 DAG: ativa a proteína quinase C que controla muitas 
funções celulares. 
 
Via da guanilato ciclase/cGMP 
 O GMPc atua estimulando proteinocinase 
dependente de GMPc; 
 As ac ̧ões do GMPc nessas células são terminadas 
por degradac ̧ão enzimática – fosfodiesterases; 
 A concentrac ̧ão aumentada de GMPc causa 
relaxamento do músculo liso vascular por um 
mecanismo mediado por cinases, que resulta em 
desfosforilação das cadeias leves de miosina. 
Receptores nucleares 
 Estão internalizados na célula (núcleo); 
 Sua ativação esta relacionada ao controle de síntese 
proteica; 
 Para o fármaco atuar no organismo de uma célula 
(efeitos celulares levam horas), primeiro ele deve 
interagir com o citosol da célula, ligando a algum 
carreador e sendo transportado para dentro do 
núcleo da célula; 
 As substâncias que ativam carreadores células 
devem ser hidrossolúveis. 
Enzimas 
 Os fármacos podem se ligar a enzimas (sítio 
catalítico); 
 Enquanto ocupa esse espaço, a enzima não forma 
novos substratos nem outras substâncias; 
 Podem ser substratos análogos de enzimas 
inativando; 
 Podem se ligar irreversivelmente em uma enzima e 
inativá-la (exemplo: ácido acetil salicílico que inativa 
COX1,2 ou organofosforados que inativam ache); 
 ECA: enzima produzida pelos tecidos, mais 
abundante na região pulmonar, responsável por 
converter angiotensina I em angiotensina II; 
 Angiotensina I não tem efeito farmacológico 
Importante; 
 Angiotensina II vai gerar a contração dos vasos 
sanguíneos – aumento da pressão arterial; 
 SEMPRE os fármacos vão atuar sendo inibidores de 
enzimas, bloqueando etapas de formação de algo 
(por exemplo: inalapril, inibe a angiotensina 2); 
 Substâncias como tem como alvo biológico enzimas, 
bloqueiam etapas para a formação de algo (podem 
ter efeitos farmacológicos como tóxicos). 
 
 
Moléculas agonistas/transportadores 
Farmacologia 13 
 
Moléculas transportadoras são proteínas de membrana 
geralmente associadas a neurônios cuja func ̧ão é promover o 
processo de recaptac ̧ão do neurotransmissor. 
 São o último alvo terapêutico; 
 Papel fundamental (quase sempre relacionado com 
o sistema nervoso) – como alvo de medicamentos; 
 Antidepressivos tricíclicos – inibem a recaptação de 
catecolaminas/monoaminas (adrenalina, 
noradrenalina, dopamina, serotonina) – as principais 
são serotonina e noradrenalina; 
 Secretar/liberar neurotransmissores quando a fibra 
for despolarizada, libera-se serotonina, serotonina 
fica na fenda sináptica, maioria das moléculas deve 
ser recaptada para usar novamente; 
 Antidepressivos tricíclicos vão bloquear desse 
transporte; 
 Cocaína vai bloquear a recaptação principalmente 
de noradrenalina e pouco menos de adrenalina 
(síndrome simpática); 
 Metanfetaminas inibem a receptação de serotonina 
e noradrenalina eentram dentro do neurônio 
promovendo a liberação junto (mais potentes que a 
própria cocaína); 
 Síndrome serotoninérgica e síndrome adrenérgica 
(pressão alta, taquicardia); 
 Substância terapêuticas e drogas de abuso 
bloqueiam a recaptação (diferem na potência, 
porém o primeiro mecanismo/alvo farmacológico é 
o mesmo). 
 
 
Farmacos agonistas 
 As substâncias atuam estimulando ou inibindo as 
moléculas-alvo; 
 São fármacos que possuem ‘’afinidade’’ pelo 
receptor e atividade intrínseca (ativam o receptor e 
desencadeiam a resposta farmacológica); 
 Alfa: atividade intrínseca; 
 Agonista total (mais existe em fármacos): fármacos 
que produzem no alvo (órgão) o seu efeito 
máximo; 
 Agonista parcial: fármacos cujo efeito farmacológico 
(eficácia) é inferior a resposta máxima (exemplo: 
vareniclina no tratamento do tabagismo); 
 Um agonista parcial quando está competindo com 
seu agonista total, ele tem um efeito de bloqueador. 
 
Fármacos antagonistas 
Farmacologia 14 
 
Fármacos que possuem afinidade pelos receptores, mas não 
possuem atividade intrínsica (eficácia). Bloqueiam o receptor 
impedindo que o agonista tenha ação farmacológica (=0). 
 3 tipos: 
- Antagonismo competitivo reversível (mais 
comum): agonistas e antagonistas competem pelo 
mesmo sítio ativo do receptor farmacológico 
(exemplo: propranolol – antagonista, adrenalina – 
agonista em receptores beta-1 do coração); 
- Antagonismo competitivo irreversível: o 
antagonista liga-se no sítio de ligação do receptor 
de forma irreversível. Mesmo aumentando-se a 
dose do agonista, o efeito máximo não é atingido 
(Exemplo: AAS inibe a COX1 plaquetária de forma 
irreversível); 
- Antagonismo não competitivo: aqui não há 
‘’competição’’ do agonista e do antagonista pelo 
receptor, o antagonista bloqueia a cascata 
bioquímica de eventos celulares gerados pelo 
agonista (exemplo: anlodipina: bloqueador de canais 
de cálcio – inibe a contração das artérias 
independentemente do estímulo). 
 
Potência de um fármaco 
 Tem relação com a capacidade do fármaco de 
gerar a resposta; 
 É definida basicamente, quando dois fármacos 
produzem respostas equivalentes, o fármaco cuja 
curva de dose-resposta está situada à esquerda da 
outra (a concentração que produz a metade do 
efeito máximo é menor) é considerado mais 
potente. 
Eficácia de um fármaco 
 Reflete a capacidade de um fármaco de ativar um 
receptor e desencadear uma reac ̧ão celular. Desse 
modo, um fármaco com grande afinidade pode ser 
um agonista pleno, desencadeando uma resposta 
completa em determinada concentrac ̧ão. Um 
fármaco com menos eficácia no mesmo receptor 
pode não desencadear uma resposta completa com 
qualquer dose. 
Outro fármaco com eficácia intrínseca baixa é um agonista 
parcial. Um fármaco que se liga ao receptor e apresenta 
eficácia zero é descrito como antagonista. 
 
Graficamente vemos fármacos X e Y - no eixo Y mostra o 
percentual de resposta, e ambos quase chegam a 100% de 
resposta, X e Y são eficazes. 
Porém para chegar até 100% de eficácia o X precisou de 
menor dose que o Y, ou seja, X é mais potente que o Y. 
Margem terapêutica: distância entre a dose efetiva e a dose 
tóxica. Quanto maior essa distância, mais seguro o 
medicamento. 
O medicamentos que possuem baixa margem de segurança 
e efeitos farmacológicos potentes apresentam alta 
probabilidade de participar de interações clinicamente 
relevantes. 
Diferentes respostas a uma mesma dose 
 
Graficamente: 
Farmacologia 15 
 
Maioria das pessoas dentro da curva. Fora da curva não 
tiveram efeito ou tiveram. 
efeitos exacerbados 
Forma da curva dose-resposta 
 
Interações medicamentosas 
 Farmacocinéticas ou farmacodinâmicas; 
 Sinérgicas ou antagônicas; 
 Aumentam significativamente em determinadas 
populações de pacientes como por exemplo 
crianças, pacientes em ambiente de cuidado 
intensivo e idosos; 
 Nos idosos: alterações fisiológicas das funções 
hepática, renal e cardíaca, diminuição da massa 
muscular, diminuição da concentração de albumina 
sérica e da quantidade total de água no organismo 
e presença de doenças crônicas (politerapia). 
Os medicamentos que possuem baixo índice terapêutico ou 
baixa margem de segurança e efeitos farmacológicos 
potentes apresentam alta probabilidade de participar de 
interações clinicamente relevantes. 
Exemplo: aminoglicosídeos, anticoagulantes como varfarina e 
heparina, ciclosporina, digoxina, fenitoína, lítio, agentes 
hipoglicemiantes, carbamazepina, ácido valproico e teofilina. 
Pacientes que fazem uso de medicamentos com baixo índice 
terapêutico devem ser constantemente monitorados devido à 
possibilidade de apresentarem interac ̧ões medicamentosas 
clinicamente relevantes. 
Desenvolvimento, aprovação e comercialização de um novo 
fármaco 
 
 
Perguntas 
Classifique as interações abaixo: 
1. Ciprofloxacino (antibiótico quelante) administrado 
junto com as refeições; 
Está sendo afetada a absorção, interação do tipo 
farmacocinética, tipo antagônica (diminui absorção). 
2. Fluoxetia (antidepressivo que inibe a recaptação de 
serotonina – inibe a captação de serotonina nas 
plaquetas e reduz agregação plaquetária) 
administrado pela manhã e AAS tomado ao meio-
dia; 
AAS também reduz agregação plaquetária, dois 
medicamentos fazendo o mesmo efeito, interação do tipo 
farmacodinâmica (mesmo mecanismo de ação), ação 
sinérgica. 
3. Pílula oral combinada (tomada a noite) utilizada por 
paciente em tratamento de epilepsia com 
carbamazapina (tomado pela manhã e noite); 
Farmacologia 16 
 
Enzimas trabalhando muito rápido, metabolismo do 
anticoncepcional vai ser metabolizado rápido e perder a 
eficácia, interação do tipo farmacocinética, que é antagônica 
(perdeu seu efeito). 
4. Administração de sal de fruto Eno (bicarbonato de 
sódio) juntamente com AAS 
AAS fármaco ácido com um básico, interação do tipo 
farmacocinética. 
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