Buscar

d8e4a2ee-10fa-4c12-b809-f62fe9ad9102

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

W
BA
02
51
_V
2.
0
NEUROCIÊNCIAS E O 
PROCESSO DE APRENDIZAGEM
2
Isabella Christina Carvalho de Lima 
Michele Aparecida Cerqueira Rodrigues
São Paulo
Platos Soluções Educacionais S.A 
2022
NEUROCIÊNCIAS E O PROCESSO DE 
APRENDIZAGEM
1ª edição
3
2022
Platos Soluções Educacionais S.A
Alameda Santos, n° 960 – Cerqueira César
CEP: 01418-002— São Paulo — SP
Homepage: https://www.platosedu.com.br/
Head de Platos Soluções Educacionais S.A
Silvia Rodrigues Cima Bizatto
Conselho Acadêmico
Alessandra Cristina Fahl
Camila Braga de Oliveira Higa
Camila Turchetti Bacan Gabiatti
Giani Vendramel de Oliveira
Gislaine Denisale Ferreira
Henrique Salustiano Silva
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Giani Vendramel de Oliveira
Revisor
Isabella Christina Carvalho de Lima
Michele Aparecida Cerqueira Rodrigues
Editorial
Beatriz Meloni Montefusco
Carolina Yaly
Márcia Regina Silva
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)_____________________________________________________________________________ 
 Lima, Isabella Christina Carvalho de
Neurociências e o processo de aprendizagem / Isabella 
 Christina Carvalho de Lima, Michele Aparecida Cerqueira 
 Rodrigues. – São Paulo: Platos Soluções Educacionais 
 S.A., 2022. 
 35 p.
ISBN 978-65-5356-183-0
 1. Neurociência. 2. Neuroanatomia. 3. Dificuldades de 
aprendizagem. I. Rodrigues, Michele Aparecida Cerqueira. 
II. Título. 
3. Técnicas de speaking, listening e writing. I. Título. 
CDD 153
_____________________________________________________________________________ 
 Evelyn Moraes – CRB: 010289/O
L732n
© 2022 por Platos Soluções Educacionais S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo 
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de 
informação, sem prévia autorização, por escrito, da Platos Soluções Educacionais S.A.
https://www.platosedu.com.br/
4
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina __________________________________ 05
Introdução à neurociência e à neuroanatomia _______________ 06
Neurociências e a contribuição para a educação _____________ 19
Princípios da aprendizagem: principais teorias _______________ 30
Dificuldades de aprendizagem _______________________________ 39
NEUROCIÊNCIAS E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM
5
Apresentação da disciplina
A neurociência contribui em diversas áreas de estudo, entre 
elas podemos citar a neuropsicopedagogia, a neuroeducação e 
a neuropedagogia. E o que elas têm de diferente? A disciplina 
Neurociências e o processo de aprendizagem tem o intuito de responder a 
esta e a outras questões acerca do tema.
Nessa jornada de conhecimento, você entenderá as principais funções 
do cérebro que interferem diretamente no processo de aprendizagem. 
Além disso, verificará como o sistema nervoso central e o sistema 
nervoso periférico trabalham em conjunto para evitar problemas no 
aprendizado.
Em seguida, você conhecerá um pouco da história relacionada 
à neurociência, com suas descobertas e contribuições para o 
desenvolvimento cognitivo e as bases neurológicas da educação. Como 
ponto de partida, serão apresentados os principais teóricos responsáveis 
pela perspectiva de aprendizagem cognitiva do desenvolvimento 
humano.
Ademais, você conseguirá ter um panorama de como a memória, a 
atenção e as emoções são cruciais para o bom desempenho durante 
a aquisição e a retenção de novas informações. Por fim, analisaremos 
quais problemas de aprendizagem podem surgir nos estudantes quando 
ocorre alguma alteração no progresso de evolução do sujeito enquanto 
ser pensante.
Ao longo das aulas, a prática também estará presente nos exemplos 
mencionados e nas atividades solicitadas. Bons estudos!
6
Introdução à neurociência 
e à neuroanatomia
Autoria: Isabella Christina Carvalho de Lima
Leitura crítica: Michele Aparecida Cerqueira Rodrigues
Objetivos
• Introduzir noções básicas sobre neurociências e 
neuroanatomia.
• Apresentar o sistema nervoso e seus componentes.
• Explicar o funcionamento básico dos processos 
cerebrais.
7
1. Introdução à Neurociência
O homem deve saber que de nenhum outro lugar, mas apenas do 
encéfalo, vem a alegria, o prazer, o riso e a diversão, o pesar e o luto, o 
desalento e a lamentação. E por meio dele, de uma maneira especial, nós 
adquirimos sabedoria e conhecimento, enxergamos e ouvimos, sabemos 
o que é justo e injusto, o que é bom e o que é ruim, o que é doce e o que é 
insípido... E pelo mesmo órgão nos tornamos loucos e delirantes, e medos 
e terrores nos assombram...Todas essas coisas nós temos de suportar 
quando o encéfalo não está sadio...Nesse sentido, opino que é o encéfalo 
quem exerce o maior poder no homem.
– Hipócrates, Da Doença Sagrada (Século IV a.C.) (BEAR; CONNORS; 
PARADISO, 2017, p. 4)
O estudo do sistema nervoso é algo tão antigo quanto a ciência em si. 
Arqueólogos, em seus estudos sobre as civilizações antigas, descobriram 
registros de estudos sobre o cérebro desde a civilização egípcia até 
a civilização greco-romana. Hoje, com a tecnologia a nosso favor, 
esses estudos avançaram em uma velocidade impressionante. Graças 
a microscópios cada vez mais potentes e ecografias cada vez mais 
detalhadas, podemos chegar a observar os processos mais básicos de 
atividade neuronal e aprender mais sobre como e por que nosso corpo 
funciona. Nesse contexto, vamos estudar aqui um pouco sobre os 
conceitos básicos de neurociências e neuroanatomia.
A curiosidade sobre o mundo a nossa volta, como e por que as coisas 
funcionam, de que maneira as civilizações viviam no passado ou viverão 
no futuro, é algo inato do ser humano. Neil de Grasse Tyson afirma em 
seu discurso para o Space Technology Hall of Fame Award Dinner (Jantar 
de Premiação do Hall da Fama da Tecnologia Espacial, em tradução livre) 
que a criança nasce cientista – “Um cientista adulto é uma criança que 
não cresceu” (GOALCAST, 2018).
8
O estudo do sistema nervoso e de seus componentes é tão antigo 
quanto a própria ciência. A Neurociência, também chamada de ciência 
neural, é a ciência que estuda o sistema nervoso, seus componentes 
e suas funções. Tem por objetivo desvendar e compreender o 
funcionamento das células nervosas e suas conexões. Alguns estudiosos 
usam o termo no plural – “neurociências” – por se tratar de um campo 
muito amplo de conhecimento.
Alguns dos seus diversos campos de estudo são:
• Neurociência cognitiva: estuda pensamentos, aprendizado e 
memória. Ex.: como aprendemos, como e por que esquecemos e 
como “selecionamos” o que lembrar.
• Neurociência comportamental: estuda como nossos pensamentos, 
nossas cognições, nossas emoções e nossos comportamentos se 
influenciam mutuamente.
• Neuroanatomia: estuda a parte anatômica propriamente dita, os 
componentes físicos do sistema nervoso e suas funções.
• Neurofisiologia: estuda o funcionamento do sistema nervoso. Ex.: 
como os impulsos nervosos são formados e propagados.
Há ainda campos como neurociência afetiva, neuropsicologia, 
neurobiologia etc. Neste Tema, vamos focar nossos estudos nos campos 
da neuroanatomia e da neurofisiologia.
2. Neuroanatomia
Quando você pensa em neuroanatomia, o que vem primeiro à mente?
A maioria de nós pensa no cérebro. De fato ele é fascinante e podemos 
dizer que é o “astro rei” do sistema nervoso, mas não é o único. Além 
9
do cérebro, o sistema nervoso é formado pelo encéfalo, pela medula 
espinhal e pelos feixes de fibras nervosas (os nervos), que levam as 
informações de todo o corpo para o cérebro e vice-versa.
O sistema nervoso é como um grande centro de controle, onde as 
informações são recebidas, captadas, analisadas, processadas e 
respondidas. Assemelha-se a uma grande rede de comandos.
Anatomicamente, é dividido em SistemaNervoso Central (SNC, em 
vermelho na Figura 1), formado pelo encéfalo (que é composto pelo 
cérebro, pelo cerebelo e pelo tronco encefálico) e pela medula espinhal, 
e em Sistema Nervoso Periférico (SNP, em azul na Figura 1), formado 
pelos nervos e pelos gânglios nervosos.
Figura 1 – Representação da localização do sistema nervoso central 
e do periférico no corpo humano
Fonte: adaptada de VectorMine/iStock.com. 
10
2.1. Sistema Nervoso Central (SNC)
Que tal você prestar atenção em tudo que seu encéfalo está fazendo 
neste momento? Já pensou sobre isso?
Nosso encéfalo é mesmo maravilhoso e neste momento está atuando 
em comandos múltiplos. Ao mesmo tempo que os feixes de luz são 
enviados aos seus olhos, sendo traduzidos e interpretados como as 
palavras deste texto, seu encéfalo está mantendo sua atenção focada, 
seu sistema límbico disparando, talvez, emoções de curiosidade, 
guardando informações para que você de fato memorize, além de estar 
atento às sensações externas, como frio, calor, barulhos e possíveis 
ameaças. Tudo isso e mais! Ele simultaneamente controla as atividades 
autônomas do nosso corpo, como os batimentos cardíacos, a respiração, 
a deglutição de saliva e as sensações, como fome e sede.
Nos mamíferos, o encéfalo e a medula espinhal estão protegidos pelo 
sistema esquelético. O encéfalo está contido na caixa craniana e a 
medula está contida na coluna vertebral. Eles são protegidos por três 
membranas, chamadas de meninges (“cobertura”, em grego), são elas:
• Dura-máter (“mãe dura”, do latim): possui uma consistência 
semelhante a um couro fino.
• Aracnoide (“aranha”, do latim): possui aparência e consistência de 
teia de aranha.
• Pia-máter (“mãe piedosa”, do latim): membrana fina que adere à 
superfície do encéfalo).
Também são protegidos pelo líquido cérebro-espinhal (também 
chamado de líquor), que se localiza entre a aracnoide e a pia-máter. Essa 
proteção é essencial para a nossa sobrevivência, visto que qualquer 
lesão nesse sistema pode nos causar risco à vida.
11
Figura 2 – Organização das meninges na caixa craniana
Fonte: adaptada de VectorMine/iStock.com. 
2.1.1 Cérebro
Vamos agora nos aprofundar um pouco mais no estudo do cérebro. O 
nosso cérebro constitui a maior porção do encéfalo (cerca de 80%) e 
é dividido em dois hemisférios, separados pela fissura sagital. O lado 
direito recebe as sensações e controla os movimentos do lado esquerdo 
do corpo, enquanto o lado esquerdo controla o lado direito do corpo.
Ele pode ser dividido em quatro lobos, que recebem os mesmos nomes 
dos ossos do crânio a que estão subjacentes: Frontal, Parietal, Occipital e 
Temporal.
12
Figura 3 – Divisão do cérebro humano em lobos
Fonte: adaptada de blueringmedia/iStok.com.
Cada lobo possui regiões que acumulam funções de controle de 
determinadas áreas do corpo.
• Lobo Frontal: responsável pelos movimentos voluntários do 
corpo, pela elaboração de pensamento, pela linguagem, pela 
resolução de problemas, pela tomada de decisões e pelo controle 
comportamental e emocional.
• Lobo Parietal: responsável pela percepção sensorial (dor, 
temperatura, pressão e sensações tácteis), pela lógica matemática 
e pela percepção espacial.
• Lobo Occipital: responsável pelo processamento de informações 
visuais.
13
• Lobo Temporal: responsável pela percepção auditiva, pela 
codificação de memórias, pelo processamento dos afetos, pela 
linguagem e pela percepção visual.
2.1.2 Cerebelo
O cerebelo está situado posteriormente ao cérebro e, apesar do 
tamanho pequeno, contém tantos neurônios quanto o cérebro. Sua 
principal função é de controle de movimento e tudo que isso envolve, 
como a manutenção do equilíbrio e da postura, o controle do tônus 
muscular e a aprendizagem motora.
2.1.3 Tronco Encefálico
Bear, Connors e Paradiso (2017, p. 183) definem o tronco encefálico 
como:
O tronco encefálico se situa abaixo do cérebro e é um conjunto complexo 
de fibras e de neurônios que serve, em parte, para retransmitir informação 
do cérebro a medula espinhal e ao cerebelo, e vice-versa. No entanto, 
ele também é uma região que regula funções vitais, como a respiração, a 
consciência e o controle da temperatura corporal.
2.1.4 Medula espinhal
A medula espinhal está ligada ao tronco encefálico e, como dito 
anteriormente, encontra-se dentro da coluna vertebral. Sua principal 
função é transmitir a informação que vem da pele, das articulações 
e dos músculos ao cérebro, assim como transmitir do cérebro para o 
corpo a resposta a esses estímulos.
Essa troca de informações acontece através dos nervos espinhais, 
que saem da medula pelos espaços entre cada vértebra (chamados 
14
de espaços intercostais) da coluna vertebral. Cada um desses nervos 
possui duas ligações com a medula, chamados de raiz dorsal (que 
traz a informação do corpo para a medula) e raiz ventral (que leva a 
resposta do sistema nervoso para o corpo). A medula espinhal tem 
um importante papel no que chamamos de atos reflexivos, que são os 
atos que fazemos sem pensar, como retirar o pé quando sentimos que 
pisamos em algo pontiagudo, ou cuspir uma comida muito quente antes 
que ela queime os tecidos de nossa boca.
Figura 4 – Representação da medula espinhal e sua 
organização na coluna vertebral
Fonte: adaptada de VectorMine/istock.com. 
15
2.2 Sistema Nervoso Periférico (SNP)
O sistema nervoso periférico é composto pelos nervos e gânglios 
nervosos que formam uma grande rede neuronal responsável pelo 
trânsito das informações entre todas as estruturas de nosso corpo e o 
SNC. Os nervos são compostos por feixes de fibras nervosas, envoltos 
por tecido conjuntivo, e podem ser de dois tipos: cranianos, que se 
originam do tronco encefálico e inervam a cabeça, e espinhais, que se 
originam da medula e inervam o corpo.
O SNP pode ser dividido em: Sistema Nervoso Somático, que controla 
todas as ações voluntárias de nosso corpo, e Sistema Nervoso Visceral 
(ou Autônomo), que controla as ações involuntárias do corpo, como 
batimentos cardíacos, respiração e digestão.
3. Do que é feito o sistema nervoso?
O tecido nervoso de todas essas estruturas de que falamos até aqui é 
composto por neurônios, células da glia e neurotransmissores.
3.1 Neurônios
Os neurônios são células especializadas do sistema nervoso, cuja função 
é propagar os impulsos nervosos. Operam em grandes conjuntos 
chamados de circuitos ou redes neurais. São compostos pelo corpo 
celular (ou soma), pelo axônio e pelos dendritos.
• Soma ou corpo celular: possui as organelas básicas da célula 
(núcleo, mitocôndrias, retículo endoplasmático etc.).
• Axônio: prolongamento único, mais longo do que os dendritos, 
que emerge da soma e leva o impulso nervoso para outras células. 
16
É encoberto pela bainha de mielina, com alguns espaços livres, 
chamados de nódulos de Ranvier.
• Dendritos: prolongamentos múltiplos que recebem o impulso 
nervoso vindo de outro neurônio.
A região de contato entre um axônio de um neurônio (chamado de 
neurônio pré-sináptico) e os dendritos do outro (chamado de neurônio 
pós-sináptico) é denominada sinapse. É uma região fundamental para o 
processo de transmissão de informações para o sistema nervoso.
Figura 5 – Estrutura do neurônio
Fonte: adaptada de wetcake/iStock.com. 
17
3.2 Células da Glia
Glia é a palavra grega para “cola”. As células da glia eram vistas como a 
“cola dos neurônios” pelos primeiros neurocientistas. Acreditava-se que 
elas serviam só para agregar e sustentar os neurônios. Hoje sabe-se que 
elas fazem muito mais do que isso.
Além de agregar e sustentar os neurônios, elas também podem 
participar da regulação de íons e nutrientes e atuar como mensageiros 
químicos nas proximidades do neurônio, pois seus prolongamentos 
podem formar uma “ponte metabólica” entre capilares sanguíneos, 
células nervosas e outras células da glia. Podem também se enrolar em 
volta dos neurônios e formar a bainha de mielina e ainda desempenhar 
a função de proteção contra agentes agressorese regeneração de fibras 
nervosas.
3.3. Neurotransmissores
Neurotransmissores são sinais químicos liberados pelos terminais 
nervosos pré-sinápticos (pelo axônio do neurônio) na fenda sináptica 
(espaço entre o axônio de um neurônio e os dendritos do outro). Sua 
ligação subsequente a receptores específicos nos neurônios pós-
sinápticos muda transitoriamente as propriedades elétricas dessa célula, 
facilitando a passagem do impulso nervoso.
Referências
BEAR, Mark; CONNORS, Barry; PARADISO, Michael. Neurociências: Desvendando o 
Sistema Nervoso. 4. ed. Porto Alegra: Artmed, 2017. 974 p.
COSENZA, Ramon. Fundamentos de Neuroanatomia. 4. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2012. 156 p.
GOALCAST. How to Raise Smarter Children. YouTube, 12 mar. 2018. Disponível 
em: https://youtu.be/tbX6aMfPtEw. Acesso em: 25 fev. 2022.
18
LENT, Roberto. Cem bilhões de Neurônios. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2003.
MACHADO, Angelo; HAERTEL, Lucia. Neuroanatomia Funcional. 3. ed. São Paulo: 
Atheneu, 2014. 344 p.
19
Neurociências e a contribuição 
para a educação
Autoria: Isabella Christina Carvalho de Lima
Leitura crítica: Michele Aparecida Cerqueira Rodrigues
Objetivos
• Discutir sobre as contribuições da neurociência para 
a educação.
• Introduzir noções sobre as bases neurológicas da 
aprendizagem.
• Apresentar o conceito de plasticidade cerebral.
20
1. Introdução
O estudo do sistema nervoso (SN) se desenvolveu muito nos últimos 
anos. Graças à tecnologia, pudemos estudar mais a fundo como ele se 
forma e funciona e utilizar esse conhecimento para melhorar diversos 
aspectos de nossas vidas. Um desses aspectos, de que vamos tratar 
neste Tema, é a educação. A união da pedagogia, da neurociência e da 
psicologia forma o campo da neuroeducação.
[...] alguns dos princípios que norteiam a Neuroeducação são: os alunos 
consolidam melhor a sua aprendizagem quando são motivados para isso; 
o tom de voz de outros indivíduos é rapidamente julgado pelo cérebro 
como ameaçador, assim como este órgão julga de forma instantânea 
as expressões faciais como boas ou más; a ansiedade, a depressão, o 
estresse podem prejudicar o aprendizado; o movimento pode potencializar 
a assimilação dos conteúdos ministrados e os aspectos nutricionais 
interferem na assimilação do conhecimento. Além disso, afirma que os 
indivíduos apresentam diferentes estilos de aprendizado (preferências 
cognitivas), devido a estrutura única de cada um. Similarmente, a 
diferenciação nas práticas de sala de aula é resultantante das diferentes 
inteligências dos alunos; o sono é muito importante para a memorização; o 
feedback é um recurso muito valioso no processo de ensino-aprendizagem 
e, as emoções possuem um papel-chave na aprendizagem e memorização 
de informações. (PÓVOA, 2015 apud SANTOS et. al, 2020, p. 2)
2. Desenvolvimento do Sistema Nervoso
O sistema nervoso se organiza de forma parecida, mas é único em 
cada indivíduo. O que o faz ser assim é a maneira como os neurônios 
se interligam em cada pessoa. Além de fatores genéticos, fatores 
ambientais também interferem em sua composição e em seu 
desenvolvimento.
21
O início de seu desenvolvimento se dá já nas primeiras semanas de vida 
embrionária. A princípio, ele consiste em um tubo minúsculo composto 
por células-tronco que vão dar origem aos neurônios e às células da 
glia. Em poucas semanas esse tubo se desenvolve e suas células se 
multiplicam e possibilitam a formação de bilhões de neurônios, que 
se deslocam para formar o sistema nervoso central (SNC) e o sistema 
nervoso periférico (SNP). Depois que essa organização é concluída, 
dá-se início à formação de conexões entre neurônios (o crescimento 
dos axônios e dendritos) e a sinaptogênese (a formação de sinapses), 
que vão ser a base para a execução de diversas tarefas (desde as mais 
simples, como sucção e deglutição, até as mais complexas, como andar e 
falar) no futuro.
Guerra (2011) ressalta a importância dos cuidados pré-natais para 
o desenvolvimento saudável do feto. Uma alimentação inadequada, 
consumo de drogas lícitas ou ilícitas, infecções ou síndromes genéticas 
podem alterar o desenvolvimento do feto, causar prejuízos sérios 
ao sistema nervoso e acarretar dificuldades para toda a vida desse 
indivíduo.
É importante lembrar que o desenvolvimento do sistema nervoso não 
cessa no útero. O cérebro dos bebês humanos ainda é muito imaturo 
em comparação com o de outros animais. Um bebê girafa, por exemplo, 
já nasce com a capacidade de ficar em pé, enquanto nos humanos essa 
capacidade se desenvolve aos poucos e costuma acontecer entre 9 e 15 
meses de vida.
Bebês humanos nascem com o cérebro pesando em torno de 400 g e, 
ao final do primeiro ano de vida, esse peso vai ter dobrado de valor. 
Isso acontece graças aos estímulos recebidos pelo bebê nessa primeira 
fase. Luzes, vozes, toques e cheiros são novidades que o bebê vai 
absorvendo aos poucos e formando novas sinapses que contribuem 
para o crescimento e o desenvolvimento de seu cérebro e o permitirão 
22
a aprender atividades mais complexas à medida que mais experiências 
forem adquiridas.
Vamos tomar como exemplo o desenvolvimento do sistema visual. 
Desde que nasce, a criança já tem os componentes necessários para 
enxergar, mas a princípio só enxerga luz/sombra e formatos “borrados”. 
À medida que vai crescendo, interagindo e sendo estimulada por 
brinquedos coloridos, por exemplo, novas sinapses vão se formando 
e permitindo que ela enxergue formas e cores mais definidas. Dessa 
forma, é possível concluir que nós “aprendemos” a enxergar.
3. Plasticidade Cerebral
Guerra (2011) explica a neuroplasticidade como a propriedade de “fazer 
e desfazer” conexões entre neurônios. Ela possibilita a reorganização 
da estrutura do SN e do cérebro e constitui a base biológica da 
aprendizagem e do esquecimento.
De fato, o sistema nervoso é um sistema muito adaptável. Nos primeiros 
anos de vida, suas capacidades de adaptação são muito extensas, 
mas, ao contrário do que se pensava, existem regiões do cérebro que 
mantêm a capacidade de produzir células a vida inteira, ainda que de 
forma muito limitada.
Quanto mais jovem o cérebro, melhor é sua adaptação. Em crianças e 
adolescentes que sofreram alguma lesão, é possível que a formação 
de novas sinapses assuma as funções da área lesionada sem deixar 
sequelas. Em adultos, por outro lado, o processo é mais difícil, e muitas 
vezes as sequelas são inevitáveis, porém, com o tratamento adequado, 
pode ser possível uma melhora.
Esse “fazer e desfazer” de ligações não é útil só em casos de lesões. 
Todas as atividades que fazemos geram novas ligações (sinapses) e 
23
algumas destas necessitam evocar conhecimentos mais básicos para 
que conhecimentos avançados se desenvolvam. Então, as sinapses 
aproveitam essa base para fazer ligações mais complexas, mas, se essas 
ligações não são utilizadas com frequência, ou seja, se não treinamos 
uma determinada habilidade, elas podem se desfazer.
Quem assistiu ao filme Divertidamente (produzido pela Disney/Pixar 
em 2015) deve se lembrar de uma cena em que dois “funcionários” 
estão limpando as memórias de Riley, classificando-as em necessárias 
ou desnecessárias. Algumas das memórias não usadas chegavam a 
desbotar. Uma das fileiras era de aulas de piano que ela teve por 4 anos 
quando pequena e depois não treinou mais. A decisão dos funcionários? 
“Na boa? Salva os ‘parabéns’ e manda pro lixo todo o resto!”.
De uma forma bem simplista, é isso que acontece com os 
conhecimentos não usados. São esquecidos para dar lugar àqueles 
que são considerados mais úteis. Já os mais úteis são evocados 
constantemente para se aprimorarem e formarem novas ligações que 
nos permitem evoluir para aprendizados cada vez mais complexos.
4. Aprendizagem
A aprendizagem é definida como o processo de aquisição de 
conhecimento, habilidades, comportamentos ou valores e acontece 
quando entramos em contato com um novo elemento em nosso 
ambiente. Nosso cérebro precisa encontraruma resposta para esse 
novo estímulo, que pode acontecer através de estudo, experiência ou 
observação. Essa capacidade de analisar situações e aprender novas 
habilidades é o que nos faz mais adaptados ao ambiente em que 
vivemos.
A educação tem por finalidade o desenvolvimento de novos 
conhecimentos ou comportamentos, sendo mediada por um processo que 
24
envolve a aprendizagem. Comumente, diz-se que alguém aprende quando 
adquire competência para resolver problemas e realizar tarefas, utilizando-
se de atitudes, habilidades e conhecimentos que foram adquiridos ao 
longo de um processo de ensino-aprendizagem. Ou seja, aprendemos 
quando somos capazes de exibir, de expressar novos comportamentos 
que nos permitem transformar nossa prática e o mundo em que vivemos, 
realizando-nos como pessoas vivendo em sociedade. (COSENZA; GUERRA, 
2011, p. 141)
Vamos tomar como exemplo um bebê brincando com um cubo em 
que tenha que encaixar peças de diferentes formatos. Dependendo 
da idade, ele primeiro colocará o objeto em sua boca. Depois de 
constatar que aquilo não é de comer, poderá experimentar jogar esse 
objeto ou colocá-lo em algum móvel. A pessoa que estiver com ele 
pode nesse momento colocar o cubo em sua frente e encaixar uma 
peça, demonstrando para que serve aquele objeto. Assim, através de 
experimentação e observação, esse bebê acabou de aprender uma nova 
habilidade.
Figura 1 – Bebê brincando com um cubo de encaixe
Fonte: monkeybusinessimages/iStock.com. 
25
Como dito anteriormente, a fase da primeira infância é importantíssima 
para o desenvolvimento cognitivo. Nessa etapa, as redes neurais estão mais 
suscetíveis a mudanças e o aprendizado acontece de maneira mais fácil. A 
falta de estímulos pode prejudicar esse desenvolvimento, fazendo com que 
a criança tenha mais dificuldade para aprender certas habilidades, pois seu 
cérebro não vai ter tantas conexões desenvolvidas como o de uma criança 
da mesma idade que foi estimulada corretamente.
Um sono tranquilo, exercícios físicos, alimentação adequada, um ambiente 
familiar saudável e uma boa escola são fatores que auxiliam na capacidade 
de aprendizagem e de memorização de conteúdos. É importante citar 
que fatores socioeconômicos também têm um papel importante. Uma 
escola em local seguro, material escolar adequado, uma sala de aula 
com os equipamentos básicos necessários (carteiras, quadro, ventilação 
e iluminação apropriadas), acesso a livros e revistas para pesquisas e 
incentivo de pais e professores podem facilitar e estimular o aluno ao 
aprendizado.
5. Neurociência e Educação
Dito isso, como a neurociência e a educação se relacionam?
Como vimos na introdução, a neurociência, junto com a pedagogia e a 
psicologia, tem a intenção de estudar como o aluno aprende e, assim, 
facilitar o processo. Ela não vem apresentar métodos milagrosos nem 
uma nova pedagogia; simplesmente pretende dar aos professores mais 
ferramentas para lidar com a diversidade de alunos em sala de aula 
(lembre-se de que falamos que cada cérebro, e logo cada aluno, é único), 
sejam eles neurotípicos ou neuroatípicos.
Estudar os mecanismos da atenção, motivação e memória de curto e 
longo prazos para a aprendizagem pode ajudar o professor a fazer uma 
26
aula mais interessante e significativa para a realidade daquela criança ou 
jovem, já que temos a tendência de aprender aquilo que é útil para nossa 
sobrevivência ou o que nos dá prazer. Assim, se o aluno considerar que a 
nota é o importante, ele estudará para a prova com o objetivo de tirar uma 
nota boa, e não de realmente aprender aquilo que estudou, visto que o 
conteúdo estudado precisa fazer sentido na realidade daquela criança ou 
adolescente. Quantos de nós já não ouvimos um aluno falar: “Mas pra que 
que eu tenho que aprender isso? Onde eu vou usar isso na minha vida?”.
Essa é uma discussão válida. Apesar de sabermos que alguns conteúdos 
podem não ser usados nunca mais na vida daquela pessoa, precisamos 
seguir a orientação do MEC e ensiná-los mesmo assim. Então como fazer 
isso de forma prazerosa para o aluno?
O uso de elementos lúdicos, experimentos e atividades grupais pode ajudar 
nessa difícil tarefa. Arte e esporte também são grandes aliados. Peças 
de teatro, músicas, desenho e massinha, por exemplo, podem ajudar a 
despertar o interesse do aluno por um assunto que antes ele achava chato.
Figura 2 – Exemplo de aprendizado lúdico
Fonte: SDI Productions/iStock.com. 
27
Estudos recentes também frisam a importância do afeto para o 
aprendizado. Um aluno que gosta de determinado professor ou matéria 
tem mais probabilidade de aprendê-la com facilidade. Esses estudos 
estão de acordo com a teoria de Henry Wallon, psicólogo francês 
que considerava que o desenvolvimento da criança só era possível 
quando se integravam três aspectos: motor, afetivo e cognitivo. Corpo 
e mente dependem da afetividade para se desenvolver, já que, desde 
que nascemos, somos seres totalmente dependentes de outros e 
continuamos sendo por muitos anos.
Dessa forma, é importante para o educador levar em consideração 
todos esses aspectos quando for montar sua aula. A seguir 
apresentamos um quadro com alguns princípios da neurociência e sua 
aplicação em sala de aula.
Quadro 1 – Princípios da Neurociência com potencial 
aplicação em sala de aula
 Princípios da Neurociência Aplicação em sala de aula
1. Aprendizagem, memória e emoções ficam 
interligadas quando ativadas pelo processo 
de aprendizagem. 
Aprendizagem como atividade social: 
alunos precisam de oportunidades 
para discutir tópicos. Ambiente tran-
quilo encoraja o estudante a expor 
seus sentimentos e suas ideias. 
2. O cérebro se modifica aos poucos, fisio-
lógica e estruturalmente, como resultado da 
experiência.
Aulas práticas/exercícios físicos com 
envolvimento ativo dos participantes 
possibilitam associações entre expe-
riências prévias e entendimento atual. 
3. O cérebro mostra períodos ótimos (sensí-
veis) para certos tipos de aprendizagem, que 
não se esgotam mesmo na idade adulta. 
Ajuste de expectativas e padrões de 
desempenho às características etá-
rias específicas dos alunos; uso de 
unidades temáticas integradoras. 
28
4. O cérebro mostra plasticidade neuronal 
(sinaptogênese), mas uma maior densidade 
sináptica não prevê maior capacidade gene-
ralizada de aprender. 
Estudantes precisam sentir-se “de-
tentores” das atividades e dos temas 
que são relevantes para suas vidas. 
Atividades pré-selecionadas com pos-
sibilidades de escolha das tarefas au-
mentam a responsabilidade do aluno 
no aprendizado. 
5. Inúmeras áreas do córtex cerebral são 
simultaneamente ativadas no transcurso de 
novas experiências de aprendizagem. 
Situações que reflitam o contexto da 
vida real, de modo que a situação 
nova se ancore na compreensão an-
terior. 
6. O cérebro foi evolutivamente concebido 
para perceber e gerar padrões quando testa 
hipóteses. 
Promover situações em que se acei-
tem tentativas e aproximações ao ge-
rar hipóteses e apresentar evidências. 
Uso de resolução de casos e simula-
ções. 
7. O cérebro responde, devido à herança pri-
mitiva, a gravuras, imagens e símbolos. 
Propiciar ocasiões para alunos ex-
pressarem conhecimento através de 
artes visuais, música e dramatiza-
ções. 
Fonte: Bartoszeck (2015 apud GONÇALVES et al., 2020, p. 257).
Para concluirmos, é importante notar a importância da 
interdisciplinaridade na educação. Só neste pequeno texto, pudemos 
ver como a neurociência, a psicologia, a arte e o esporte podem ser 
aliados da educação nessa tarefa de despertar o interesse do aluno pelo 
aprendizado.
Referências
COSENZA, Ramon M.; GUERRA, Leonor B. Neurociência e educação: Como o 
cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.
GONÇALVES, Jonas Loiola et al. A neurociência e sua contribuição para a 
aprendizagem. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 6., 2020, Campina 
Grande-PB. Anais... Campina Grande: Conedu, 2020. v. 2. p. 255-269.
29
GUERRA, Leonor Bezerra. O diálogo entre a neurociênciae a educação: da euforia 
aos desafios e possibilidades. Revista Interlocução, [s.l.], v. 4, n. 4, p. 3-12, 2011.
SANTOS, Francilene de Melo et al. A neurociências e suas contribuições para a 
educação: as emoções e sua importância no processo de ensino-aprendizagem. 
In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 7., 2020, Campina Grande-PB. Anais... 
Campina Grande: Conedu, 2020.
30
Princípios da aprendizagem: 
principais teorias
Autoria: Michele Aparecida Cerqueira Rodrigues
Leitura crítica: Isabella Christina Carvalho de Lima
Objetivos
• Apresentar os principais estudos de Pavlov, Watson, 
Skinner e Bandura sobre aprendizagem.
• Conhecer os tipos de memória e a importância da 
aquisição delas para a aprendizagem.
• Entender como as emoções influenciam no processo 
de aprendizagem.
31
1. Teorias da aprendizagem
Sabia que a maneira como você se comporta diante de uma informação 
pode influenciar em sua aprendizagem? Isso mesmo! A aprendizagem 
depende do comportamento e vice-versa, e por isso é importante 
entender como o processo funciona. Dessa forma, é possível adequar 
as metodologias e delimitar as expectativas de aprendizagem de acordo 
com o perfil do aluno.
Na perspectiva da Educação Inclusiva, o professor precisa entender cada 
aluno como ser único e, assim, adequar as práticas pedagógicas para 
que todos tenham uma aprendizagem significativa. Nesse contexto, 
trazemos as principais teorias relacionadas à aprendizagem.
1.1 Teoria do Condicionamento Clássico (Pavlov)
Para o fisiologista russo Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936), a 
aprendizagem ocorre somente devido aos estímulos ambientais. Para 
ele, a emoção ou a motivação presente na perspectiva cognitiva de 
Piaget e Wallon não influencia o processo. É como se a aprendizagem 
fosse um processo de “adestramento”, em que o indivíduo se desenvolve 
a partir de comandos, ao que damos o nome de condicionamento 
clássico.
32
Figura 1 – Condicionamento Clássico
Fonte: Yerkes e Morgulis (1909, p. 4).
A Figura 1 pode parecer estranha, mas esse é o contexto da experiência 
de um dos discípulos de Pavlov, Nicolai, em 1907. O condicionamento 
clássico acontece da seguinte maneira (COLIN et al., 2016, p. 60):
1. Estímulo incondicionado (comida).
2. Reflexo incondicionado (salivação).
3. Estímulo neutro (toque do sino).
4. Reflexo condicionado (aprendizagem).
5. Estímulo condicionado (toque do sino).
6. Reflexo incondicionado (salivação).
Basicamente, quando um estímulo é apresentado, o cachorro reage 
a ele. O estímulo, então, é trocado e o cachorro continua reagindo 
da mesma maneira anterior. Seria como se ele entendesse que a 
comida irá aparecer quando o sino tocar. Porém, mesmo que a comida 
não seja mais entregue, ele conecta o toque do sino à comida e, por 
consequência, saliva.
33
1.2 Teoria Comportamental (Watson)
John Broadus Watson (1878-1958) foi um psicólogo e professor 
behaviorista que realizou suas pesquisas com base em Pavlov. Ele 
transportou os estudos feitos anteriormente para crianças, e o 
foco passou a ser a observação do comportamento como base na 
aprendizagem. Para isso, utilizou-se do Estímulo-Resposta dando a 
ideia de que os bebês seriam capazes de aprender qualquer coisa 
apresentada pelos adultos, ou seja, eles poderiam ser moldados 
(PAPALIA; FELDMAN, 2013).
Além disso, as emoções básicas como raiva, medo e amor podem ser 
aprendidas e atreladas a objetos por meio do estímulo-resposta. Assim, 
os bebês dariam respostas emocionais condicionadas à apresentação 
de objetos específicos. Sendo assim, qualquer pessoa pode ser treinada 
para fazer qualquer coisa (COLIN et al., 2016).
1.3 Teoria do Estímulo-Resposta (Skinner)
Toda ação tem uma reação, e é exatamente isso que Burrhus Frederic 
Skinner (1904-1990) propõe. Para ele, o comportamento mudará de 
acordo com os estímulos que o meio envia, e a resposta pode ter uma 
consequência boa (reforço) ou má (punição).
Quando o reforço é positivo, o sujeito então tende a fazer a ação 
novamente. Skinner fez seus experimentos em ratinhos de laboratório, 
que recebiam reforços tanto positivos quanto negativos. Esses últimos, 
por exemplo, eram feitos através de pequenos choques elétricos que 
adestravam as ações do rato, que eram inibidas. No contrário, quando 
havia reforços positivos, o processo era inverso e o comportamento 
tendia a se repetir. Assim, o processo de ação-estímulo-reação é cíclico:
34
Figura 2 – Ação, reforço positivo e reação
Fonte: adaptada de Colin et al. (2016, p. 81).
1.4 Teoria da Aprendizagem Social (Bandura)
Albert Bandura (1925-2021) foi um psicólogo canadense que entendia o 
desenvolvimento como um acontecimento bidirecional no qual o meio 
tem influência sobre o indivíduo e este, por sua vez, no meio. A esse 
processo deu-se o nome de determinismo recíproco.
Bandura afirma que as pessoas aprendem por meio da observação do 
outro, e não por reforços. Dessa forma, reproduzem o comportamento 
alheio mentalmente e, depois, o próprio comportamento é moldado. 
Para isso, são necessárias quatro condições: atenção, retenção, 
reprodução e motivação.
35
2. Teorias cognitivas e o processo de 
memorização e aprendizagem
Algumas das teorias apresentadas podem parecer um tanto quanto 
ultrapassadas se o ponto de partida for o aluno como centro do processo. 
Atualmente, quando se fala de aprendizagem, são consideradas 
todas as dimensões de desenvolvimento do sujeito, e não somente a 
comportamental. Então, vamos partir para a influência da cognição!
2.1 Epistemologia genética (Piaget)
Jean Piaget (1896-1980) foi um psicólogo suíço pesquisador dos 
processos cognitivos. Para ele, “o saber é um sistema de transformações 
que se tornam progressivamente adaptados.” (COLIN et al., 2016, p. 266).
Além dos Estágios do Desenvolvimento, Piaget estudou com afinco a 
inteligência nas crianças. Nesse caso, a inteligência para ele se refere 
ao processo cognitivo presente na aprendizagem, e não o quociente de 
inteligência (QI). Nesse sentido, os professores possuem um papel de 
mentor e devem incentivar as formas de aprender naturais das crianças 
(COLIN et al., 2016).
Figura 3 – Ação, reforço positivo e reação
Fonte: elaborada pela autora.
36
2.2 Teoria sociocultural (Vygotsky)
Lev Semionovitch Vygotsky (1896-1934) propôs a psicologia com viés 
sociocultural. Ele entende que a criança absorve os conhecimentos de 
gerações anteriores acumulados ao longo do tempo. Porém, para que os 
conteúdos sejam assimilados ela precisa interagir socialmente (COLIN et al., 
2016).
Desenvolvimento 
cognitivo
+ Desenvolvimento 
Cultural
= Teoria 
sociocultural
Na Teoria Sociocultural, as funções psicológicas se baseiam nas biológicas, 
nas relações sociais e nos contextos históricos. Durante a aprendizagem, 
deve-se focar no processo, e não na retenção de conhecimento final. 
Diferentemente do behaviorismo, a relação com o objeto é sempre 
mediada e nunca direta.
Assim, durante o recebimento da informação, o sujeito tem a possibilidade 
de resolver o problema sozinho (zona de desenvolvimento real) ou precisa 
somente de ajuda (zona de desenvolvimento potencial). O distanciamento 
entre as duas é chamado de zona de desenvolvimento proximal.
Figura 4 – Zona de Desenvolvimento Proximal
Fonte: elaborada pela autora.
37
2.3 A memória, as emoções e a aprendizagem
Piaget estudou a cognição apresentando como as informações são 
assimiladas e guardadas na memória. Além disso, ele afirma que para 
haver aprendizagem é necessária a motivação, a qual, segundo Prates 
e Joly, pode estar dividida em desmotivação, motivação extrínseca e 
motivação intrínseca (RODRIGUES, 2021).
[...] é sempre a afetividade que constitui a mola das ações das quais 
resulta, a cada nova etapa, esta ascensão progressiva, pois é a afetividade 
que atribui valor às atividades e lhes regula a energia. [...] a afetividade não 
é nada sem a inteligência, que lhe fornece meios e esclarece fins. (PIAGET, 
1989, p. 69-70)
Na motivação extrínseca, os reforços são provenientesdo meio de 
regulação: “externa (reforços positivos ou negativos), [...] introjetada 
(necessita de aprovação), [...] identificada (relevância pessoal na 
atividade) e [...] integrada (obedece ao que é pedido)”. Para haver 
cognição, além da motivação, é necessária a inclusão de processos 
mentais, como pensamento, atenção, raciocínio, memória e emoções 
(RODRIGUES, 2021, p. 3682).
Posto por Piaget, a motivação relaciona-se à questão da afetividade, 
ou seja, o sujeito motivado emocionalmente pela informação tende a 
aprendê-la de maneira mais efetiva quando o reforço é positivo. Aqui, 
então, estão entrelaçadas as questões comportamental (Skinner), 
biológica (Piaget) e emocional.
Porém, para que o funcionamento do processo de aprendizagem 
aconteça, são necessários alguns tipos de memória, cuja classificação 
pode se dar tanto pela forma (explícita, implícita) quanto pelo tempo de 
armazenamento (sensorial, curto prazo ou de trabalho, longo prazo). 
A figura a seguir pode elucidar a junção de todos os envolvidos na 
aprendizagem que vimos até aqui:
38
Figura 5 – Tipos de memória e a aprendizagem
Fonte: Sanchez, Sanchez e Albertin (2015, p. 513).
Referências
COLIN, C. et al. O livro da psicologia. 2. ed. São Paulo: Globo Livros, 2016.
PAPALIA, E. D.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. 12. ed. Porto Alegre: 
AMGH Editora, 2013.
PIAGET, J. Seis Estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989.
RODRIGUES, M. A. C. A contribuição da afetividade no desenvolvimento da 
inteligência lógico-matemática. Latin American Journal of Development, [s.l.], v. 3, 
n. 6, p. 3677-3692, 2021.
SANCHEZ, L. H. A.; SANCHEZ, O. P.; ALBERTIN, A. L. Gestão de recursos do EaD: 
Como adequar as tecnologias aos perfis de assimilação. Revista de Administração 
de Empresas, [s.l.], v. 55, n. 5, p. 511-526, 2015.
YERKES, R. M.; MORGULIS, S. The method of Pawlow in animal psychology. 
Psychological Bulletin, [s.l.], v. 6, n. 8, p. 257-273, 1909. 
39
Dificuldades de aprendizagem
Autoria: Michele Aparecida Cerqueira Rodrigues
Leitura crítica: Isabella Christina Carvalho de Lima
Objetivos
• Discutir as diferenças entre dificuldades de 
aprendizagem e transtornos específicos de 
aprendizagem.
• Dialogar sobre os fatores causadores das 
dificuldades de aprendizagem.
• Analisar as consequências que as dificuldades de 
aprendizagem podem trazer aos alunos.
40
1. Diferenças entre dificuldades de 
aprendizagem e transtornos específicos 
 de aprendizagem
Os Transtornos Específicos da Aprendizagem estão presentes no Manual 
diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (APA, 2014) na categoria 
intitulada Transtornos do Neurodesenvolvimento. Eles aparecem, em 
sua maioria, no início do período escolar. A seguir trazemos a diferença 
entre transtornos e dificuldades de aprendizagem.
1.1 Transtorno Específico de Aprendizagem (TEAp)
Por característica principal, o transtorno ou distúrbio específico de 
aprendizagem tende a permanecer por mais de seis meses, enquanto a 
dificuldade se apresenta por menos de seis meses e pode acompanhar 
outro transtorno ou deficiência. Para saber se algum dos dois está 
presente na vida acadêmica da criança, você deve verificar se: as 
habilidades acadêmicas estão abaixo da média geral; há uma ansiedade 
pré-prova; ocorrência de uma deficiência intelectual; problemas 
emocionais etc.
Para o TEAp, temos três níveis a considerar (APA, 2014): 
41
Figura 1 – Níveis do TEAp
Fonte: elaborada pela autora.
Temos três tipos principais de TEAp: dislexia (com comprometimento 
na leitura), discalculia (com comprometimento na matemática) e 
disortografia (com comprometimento na escrita). Nesses casos, as 
inteligências do sujeito são desenvolvidas de maneira heterogênea.
1.2 Dificuldade de Aprendizagem (DA)
Em relação às dificuldades, podem ser derivadas de problemas 
emocionais ou interferências do ambiente. Nesse caso, o quociente de 
inteligência (QI) se apresenta na média. Distúrbios como Transtorno do 
Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade 
(TDAH) e Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) podem gerar 
problemas de aprendizagem que acompanham os indivíduos durante 
toda a vida.
42
2. Fatores causadores da DA e do TEAp
No TEAp, as dificuldades são consequência do próprio distúrbio causado 
pelo desencadeamento de alterações no funcionamento cerebral. Dessa 
forma, entendemos que elas serão sempre intrínsecas, sem interferência 
do meio. A dificuldade de aprendizagem pode ter origem intrínseca 
derivada de problemas atencionais, emocionais, sensoriais etc., ou 
extrínseca, como problemas socioemocionais, de didática do professor, 
de metodologia escolar, entre outros.
2.1 Discalculia
Na discalculia, as redes neuronais são afetadas provocando déficits 
nas habilidades matemáticas. Ela pode ser verbal, practognóstica, 
léxica, gráfica, ideognóstica e operacional. As áreas com alteração são 
o giro angular esquerdo (1), o sulco intraparietal esquerdo (2) e o sulco 
intraparietal direito (3).
Figura 2 – Cérebro matemático
Fonte: http://lizditz.typepad.com/.a/6a00d83451b6fc69e20147e1ae1eaf970b-800wi. 
Acesso em: 8 jun. 2022.
43
2.2 Dislexia
A dislexia interfere na precisão, na velocidade e na compreensão da 
leitura. Geralmente os alunos apresentam em simultâneo a discalculia. 
Ela pode ser auditiva, visual e mista, atingindo as áreas cerebrais 
conforme a Figura 3:
Figura 3 – Áreas do cérebro afetadas pela dislexia
Fonte: elaborada pela autora.
2.3 Disortografia
A disortografia refere-se a dificuldades relacionadas à precisão na 
ortografia e na gramática, além de prejuízo na clareza na expressão 
escrita. Ela pode ser: temporal, perceptivo-cinestésica, cinética, 
visuoespacial, dinâmica, semântica e cultural. 
44
Figura 4 – Escrita de uma pessoa com disortografia
Fonte: Ranieri (2014, [s.p.]).
2.4 Dificuldades de aprendizagem (DA)
As dificuldades de aprendizagem podem ser de origem externa ou 
interna. As emoções, os problemas sociais, a didática do professor e a 
baixa estimulação são alguns dos fatores que podem acarretá-la. Além 
disso, distúrbios como TDAH, TEA ou TOD podem ocasionar problemas 
nos processos educacionais.
Disgrafia – Não está presente no Manual Diagnóstico e Estatístico 
de Transtornos Mentais (APA, 2015) e, portanto, não é um TEAp. Na 
verdade, ela está relacionada a Transtornos Psicomotores, nos quais a 
criança tem dificuldades no ato de escrever, tem “letra feia”.
45
Figura 5 – Escrita de uma pessoa com disgrafia
Fonte: Goulart (2010, [s.p.]).
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) – Pode causar dificuldades 
de aprendizagem devido aos baixos índices de atenção, concentração 
e foco. Pode causar, por exemplo, releituras excessivas de um mesmo 
texto ou de uma frase de modo a obter impressão de maior retenção do 
conteúdo. 
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) – A 
dificuldade de atenção e a alteração na memória de trabalho provocam 
falhas no processamento da aprendizagem.
Transtorno do Espectro Autista (TEA) – A dificuldade em manter 
contato visual e os déficits no comportamento social limitam o processo 
de aprendizagem. Além disso, os alunos podem apresentar hiperfoco, 
resistindo à introdução de novos conteúdos.
46
Figura 6 – Causa e efeito das dificuldades de 
aprendizagem em alunos com TEA
Fonte: Grossi et al. (2020, p. 32).
Distúrbio do Processamento Auditivo Central (DPAC) – O PAC é 
causado por uma alteração no ouvido que dificulta o processamento 
e a interpretação de estímulos auditivos. Pode causar problemas de 
compreensão, dificuldades na expressão oral e na leitura, troca de letras 
etc.
Síndrome de Irlen – Doença rara que causa sensibilidade extrema à 
luz, o que ocasiona dificuldade de leitura e, por consequência, falhas na 
aprendizagem. A criança precisa utilizar overlay ou óculos com lentes 
especiais durante a leitura dos livros didáticos e escrita no caderno para 
amenizar o desconforto nos olhos.
47
Figura 7 –Overlay
Fonte: https://rsaude.com.br/londrina/materia/dificuldades-de-leitura-pode-ser-causada-
pela-sindrome-de-irlen/15276. Acesso em: 8 jun. 2022.
Como vimos, a neurociência pode alavancar os processos de 
aprendizagem em crianças com dificuldades e transtornos específicos. 
Portanto, quando a família e o educador entendem o desenvolvimento 
cerebral, mesmo que de maneira sucinta, abre-se um mundo de 
possibilidades de estimulação nas necessidades da criança. Dessa 
forma, a aprendizagem se tornará prazerosa e significativa, minimizando 
os pontos fracos e potencializando os fortes.
Referências
APA. American Psychiatric Association. DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de 
transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
GOULART, Nathalia. Letra feia não é só pressa ou preguiça. Pode ser disgrafia. Veja, 
24 jun. 2010. Disponível em: https://veja.abril.com.br/educacao/letra-feia-nao-e-so-
pressa-ou-preguica-pode-ser-disgrafia/. Acesso em: 13 abr. 2022.
GROSSI, Márcia Gorett Ribeiro et al. O processo de ensino e aprendizagem dos 
alunos com TEA nas escolas regulares: uma revisão de teses e dissertações. Cad. 
Pós-Grad. Distúrb. Desenvolv., São Paulo, v. 20, n. 1, p. 12-40, jun. 2020. 
48
RANIERI, Priscilla. Você já ouviu falar em disortografia?. Priscila Ranieri, 4 set. 
2014. Disponível em: https://www.priscillaranieri.com.br/single-post/2014/09/04/
Voc%C3%AA-j%C3%A1-ouviu-falar-em-DISORTOGRAFIA. Acesso em: 13 abr. 2022. 
 
49
BONS ESTUDOS!
	Sumário
	Apresentação da disciplina
	Introdução à neurociência e à neuroanatomia
	Objetivos
	1. Introdução à Neurociência 
	2. Neuroanatomia 
	3. Do que é feito o sistema nervoso? 
	Referências 
	Neurociências e a contribuição para a educação
	Objetivos
	1. Introdução 
	2. Desenvolvimento do Sistema Nervoso 
	3. Plasticidade Cerebral 
	4. Aprendizagem 
	5. Neurociência e Educação 
	Referências 
	Princípios da aprendizagem: principais teorias
	Objetivos
	1. Teorias da aprendizagem 
	2. Teorias cognitivas e o processo de memorização e aprendizagem
	Referências 
	Dificuldades de aprendizagem
	Objetivos
	1. Diferenças entre dificuldades de aprendizagem e transtornos específicos de aprendizagem
	2. Fatores causadores da DA e do TEAp 
	Referências

Outros materiais