Buscar

AVA2 PSICOLOGIA (OFI)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

UVA
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – UVA
PSICOLOGIA SOCIAL – AVA 2 (Heurísticas e Identidade)
Superior em Tecnologia Em Serviços Jurídicos e Notariais
ALUNO: RENAN REIS JANUÁRIO
RIO DE JANEIRO – RJ
23/06/2022
 De uma forma geral, heurística significa tomar decisões gastando menos tempo e realizando menos esforços, através de atalhos mentais, que já nos são suscetíveis. Sendo assim, elas nos permite decidir sobre algo sem a necessidade de, realmente, pararmos para pensar na situação.
  Nesse sentido, discorrendo historicamente sobre a teoria das: “heurísticas”. Foi na década de 1950 que o psicólogo Herbert Simon, vencedor do prêmio Nobel, sugeriu que, enquanto as pessoas se esforçam para fazer escolhas racionais, o julgamento humano está sujeito a limitações cognitivas , além disso, teorizou que decisões puramente racionais demandariam pensar em hipóteses mais elaboradas que considerassem lucros e  prejuízos , simbolicamente.
As pessoas são limitadas pela quantidade de tempo que têm para fazer uma escolha, bem como pela quantidade de informações que temos à nossa disposição.
 Dessa forma que se introduziu o estudo das heurísticas. Entretanto, foi durante a década de 1970, que os psicólogos Amos Tversky e Daniel Kahneman apresentaram suas pesquisas sobre os “vieses cognitivos”.
 Atalhos mentais que levam a desvios de racionalidade e lógica, pois, são baseados em padrões criados por nós pelas percepções prévias do de redor, pelos sentidos.
 Durante os estudos, os psicólogos sugeriram algumas teorias diferentes para explicar o porquê utilizamos as heurísticas, os quais podemos ver a seguir:
 Substituição de atributos: as pessoas substituem questões complexas e difíceis por questões mais simplificadas, que estabeleçam alguma relação.
 Redução de esforço: pessoas utilizam-se de heurística para reduzir seu esforço mental, seria uma espécie de “preguiça mental”.
 Rápido e econômico: considerando a utilização de heurísticas e as probabilidades de erros e acertos, há avaliação de que as heurísticas são mais precisas do que equivocadas. Em outras palavras, fazemos uso das heurísticas porque são rápidas e, geralmente, corretas.
 Um dos conceitos derivados desse estudo diz que: “O mundo está cheio de informações, mas nosso cérebro só pode processar uma certa quantidade. Se você tentasse analisar todos os aspectos de cada situação ou decisão, nunca faria nada.”
 Sendo assim, as heurísticas torna-se o caminho mais viável e, aparentemente, confiável para que não percamos tempo analisando cada detalhe de situações e sejamos capazes de tomar decisões em um pequeno intervalo de tempo.
 Agora, discorrendo sobre alguns categorias de heurísticas existentes podemos destacar as seguintes:
Disponibilidade
 A heurística da disponibilidade envolve a tomada de decisões com base em quão fácil é trazer algo à mente. Ao tentar decidir, você pode se lembrar rapidamente de vários exemplos relevantes. Como esses itens estão mais facilmente disponíveis em sua memória, você provavelmente julgará esses resultados como sendo mais comuns ou de ocorrência frequente.
 Situação-exemplo: Se você pensa em viajar de avião e de repente pensa em vários acidentes recentes de uma companhia aérea, pode ter a sensação de que as viagens aéreas são muito perigosas e decide viajar de carro. Como esses exemplos de desastres aéreos vieram à mente com tanta facilidade, a heurística da disponibilidade leva você a pensar que os acidentes de avião são mais comuns do que realmente são.
Representatividade
 A heurística da representatividade envolve decidir comparando a situação atual com o protótipo mental mais representativo. Ao tentar decidir se alguém é confiável, você pode comparar aspectos do indivíduo com outros exemplos mentais que você possui.
 Situação-exemplo: Uma mulher mais velha e amável pode fazer com que se lembre de sua avó, então você pode imediatamente assumir que ela é carinhosa, gentil e confiável, assim como a sua avó.
Afeto
 A heurística do afeto envolve fazer escolhas que são influenciadas pelas emoções que um indivíduo está experimentando no momento da tomada de decisão.
 Situação-exemplo: Pesquisas demonstraram que as pessoas, quando estão de bom humor, têm maior probabilidade de ver benefícios e riscos diminuídos nas decisões. As emoções negativas, por outro lado, levam as pessoas a se concentrarem nas possíveis desvantagens de uma decisão e não nos possíveis benefícios.
 Com as informações supracitadas, compreendemos melhor como essas estratégias mentais funcionam. As heurísticas podem contribuir também para a manutenção de esteriótipos e preconceitos sociais. Uma vez, que os indivíduos possam ignorar dados relevantes para o julgamento de outro indivíduo, ou de certa situação.
 Agora, abordando como o uso destes atalhos podem impactar na formação de identidade precisaremos considerar alguns pontos-chaves que participam deste processo.
 De acordo com a revista Scielo: a formação da identidade recebe a influência de fatores intrapessoais “as capacidades inatas do indivíduo e as características adquiridas da personalidade”, de fatores interpessoais “identificações com outras pessoas” e de fatores culturais “valores sociais que uma pessoa está exposta tanto global quanto comunitários”.
 A partir do conceito de “capacidade inatas dos indivíduos” podemos citar, por exemplo, a heurística de afeto, pois, ser guiado por suas emoções é uma realidade passível a qualquer indivíduo, o que depende da capacidade de se conectar sentimentalmente/emocionalmente com o mundo externo, ou seja, algo inato aos indivíduos. Então, a existência de um indivíduo que não lide muito bem com suas próprias emoções podam provocar a personalidade de alguém: indeciso, inconstante e , facilmente, instável em suas decisões.
 Ainda nesse viés, tratando sobre: “valores culturais”, podemos tratar das peculiaridades existem, por exemplo, entre o mundo oriental e ocidental. Certamente, se analisarmos aspectos cotidianos, como rotina matinal, de uma criança indiana e uma criança francesa, tomadas de decisões como ordem dos afazeres do gênero: escovar dentes, tomar café da manhã, arrumar-se para o colégio pareceram invertidas para cada um dos participantes do experimento, pois, culturalmente existe a crença de ensino diferente variando de cultura para cultura, ou seja, as heurísticas desse dado momento mostram- se como configurações identitárias, uma vez, que será capaz de distinguir-se a nacionalidade de cada criança, no citado exemplo.
 Concluindo, podemos depreender, a partir das situações hipotéticas expostas, o que são heurísticas e o efeito que as mesmas exercem sobre os indivíduos, quando se trata da formação de identidade.

Outros materiais