Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
@brunagsaboia PFP2 Doenças�neoplásicas�do�intestino . Pseudopólipo: não é um processo de hiperplasia e nem neoplasia, e sim um crescimento tecidual em um cenário inflamatório. Identificado em retocolite ulcerativa (megacólon), repetição de inflamação e necrose no tecido, não é proliferativo por isso é pseudo. Pólipo: lesão exofítica que protruir no lúmen intestinal ● Séssil: base de implantação ampla, mesmo diâmetro que o equador da região da mucosa. ● Pediculado: base de implantação menor que o equador da lesão, delgada. ● Plano: elevação tecidual larga e não alta. ● Viloso: múltiplas projeções (parece cabelo) Pólipos não neoplásicos (90%): hiperplásicos (inflamação crônica, estimula a proliferação, ou seja, tem base inflamatória), hamartomatosos (hamartoma: má formação focal, não depende da célula, ou seja, desorganização que forma uma massa de tecidos do próprio órgão, não são neoplásicos) e inflamatórios (pseudopólipos). Pólipos neoplásicos benignos esporádicos: base para o desenvolvimento da maioria dos carcinomas colorretais, adenomas intestinais, esporádicos: hábitos de vida podem desenvolver essa mutação (polipose adenomatosa familiar- sindrômico, ou seja, ocorre menos, envolve o genes APC, nasce com essa mutação, desenvolve muitos pólipos durante a vida, 100% desenvolve câncer de intestino antes dos 30 anos, tratamento preventivo- remoção total do cólon), quanto maior o número de quantidade e extensão, maior o risco de neoplasia. Pólipos hiperplásicos: proliferação glandular caracterizado pela hiperplasia, associado a inflamação, dois tipos celulares (enterócitos e células caliciformes), ou seja, não é clonal, o que estimula é a inflamação. Pólipos hamartomatosos: mutações germinativas com perda de função envolvendo o gene STK11, manchas em lábios, genitais, palmas e solas, além dos pólipos no trato gastrointestinal, faixas eosinofílicas na histologia: músculo liso septa esse pólipo. Pólipos adenomatosos esporádicos: quanto maior o tamanho do pólipo, maior a chance de malignização. ● Pólipos adenomatosos múltiplos: maior chance de malignização. - Adenomas tubulares: células neoplásicas formando estrutura tubular, apenas. - Adenomas túbulo-vilosos: acontece a partir de múltiplas projeções no sentido da superfície, componente viloso (projeções)+ túbulos. - Adenomas vilosos: somente com projeções no sentido da superfície (maior risco de malignidade). Displasia: baixo ou alto grau (margem livre de pedículo neoplásico= baixo), (alto grau= o pior sempre lauda). ● baixo grau= cursa para proliferação aumentada, mais eosinofílico por ter mais células, núcleo mais escuro (sobreposição das células, aumentados, indicando alteração genética), diminuição das células caliciformes (menos muco), o processo começa quando observamos essas células clonais adjuntas. ● alto grau= mais células caliciformes, epitélio colunar desaparece dando origem a uma pseudo estratificação e proliferação celular. Adenocarcinoma colorretal: neoplasia primária de cólon e reto com diferenciação glandular. ● Mais comum ● Adenocarcinoma de cólon direito (ascendente-ceco): predomina massa exofítica ulcerada (lesão ulcerada, sangramento incorporado as fezes, de modo crônico)- anemia (homem: anemia ferropriva, mulher: menopausa), massa palpável, diarreia, dor abdominal. ● Adenocarcinoma de cólon esquerdo (descendente-sigmóide): predomina massar anular obstrutiva (efeito estenosante= constipação)- modificações do hábito intestinal, sintomas obstrutivos, fezes em fita. ● Fatores de risco: fatores hereditários, tabagistas (moléculas carcinogênicas advindo da combustão do cigarro, tornando compostos eletrofílicos, perdendo elétrons e portanto, quando absorvidas, passam a ter afinidades com moléculas doadoras de elétrons = DNA, produzindo mutações, mucosa menos vascularizada potencializando o efeito carcinogênese), carne processada (conservantes nitrogenados, originando a carcinogênicos químicos, cloreto de sódio é sinérgico, ou seja, facilitador de carcinogênicos), álcool (acetaldeído é carcinogênico= via de conversão do álcool a acetaldeído, mucosa menos vascularizada potencializando o efeito carcinogênese), carne vermelha (via de absorção de ferro, grandes quantidades de ferros que são absorvidas na luz do delgado, quando chega no limite, o ferro restante segue para o bolo fecal, o que não foi absorvido perde elétrons, envolvido na produção de radicais livres= estresse oxidativo celular), falta de fibras e água (fator potencializador), gordura corporal/obesidade (tecido endócrino, produzindo metabólitos carcinogênicos no tecido). Mecanismo do APC e RAS na carcinogênese: ● APC: gene supressor tumoral, inibe a ação da catecatemina, betacatenima e TCF= determina que a célula cresça e prolifere, a APC forma um complexo de degradação da betacatenina (processo inibe e estimula). Mutação neste gene pode fazer com que a proliferação não tenha limite. ● RAS: estimula proliferação celular, protooncogenes, forma complexo com a tirosina quinase (fosforilação) inativo, quando recebe um fosfato a mais, se torna ativa, sendo ativa doa esse fosfato para outras proteínas, que estimulam o processo de proliferação celular. A proteína RAS mutada faz a fosfatação ocorrer de forma independente. Primeira via molecular: APC/beta- catenina: ● Mutação dos dois alelos ocorre em mutação esporádica ou sindrômico (hereditária) ● Primeiro muta um alelo (ou por hábito de vida ou adquirido), muta o segundo, ou seja perdem o mecanismo de supressão tumoral, havendo proliferação celular= pólipo adenomatoso, após muitas mutações carcinogênicas pode ocorrer um adenocarcinoma. Segunda via molecular: instabilidade de microssatélites: ● Microssatélites: sequência repetida de bases nitrogenadas ● Presentes nas regiões promotora ou codificadora e diferentes genes (codificadores do receptor TGF-beta e da proteína pró-apoptótica BAX). Formas esporádica e germinativa de mutação (síndrome de Lynch= nasce com mutação no gene MHL1, produção defeituosa de proteína importante para o reparo do DNA) ● Sofre modificação na proteína de reparo do DNA (MLH1 e MSH2), mutando, não fazendo reparo do DNA, mutações presentes nas regiões de microssatélites, inibindo a apoptose, não reparando o DNA adequadamente, se acumulando essas mutações nas regiões de microssatélites. ● Na microscopia: núcleos castanhos= MHL1, ou seja, adenocarcinoma (estenosante, infiltração da parede), via molecular segunda (instabilidade de microssatélites) e esporádica (genes preservados, só as células de MLH1 sofreram mutação, se fosse germinativo não coraria nada, pois todas as células teriam a mesma mutação). Morfologia da adenocarcinoma colorretal: ● Precoce: pólipo benigno, restrito a estrutura do pólipo (lesão intramucosa), não é sinônimo de adenocarcinoma in situ. ● Avançado: estenosante (esquerda), mais infiltrativo, mais agressivo. Produz úlceras estenosantes que infiltram além da mucosa, ou seja, transmural. Formação glandular (ductal/tubular), atividade secretora. - Associação frequente com a via da instabilidade de microssatélites: estroma linfóide ● Adenocarcinoma colorretal mucinoso: representados pela grande quantidade de mucina no interstício. ● Adenocarcinoma colorretal com células em anel de sinete: independente da via acionada, não existem grandes particularidades morfológicas. Carcinoma que surge a partir da instabilidade de microssatélites tem um perfil mucinoso mais evidente. Evolução do adenocarcinoma colorretal: Extensão por contiguidade para órgãos vizinhos. Obstrução e perfuração. Metástases por via linfática - linfonodos mesocólicos Metástases por via hematogênica para: • Fígado (veia porta-hepática) • Pulmões. • Ossos. Tumor do estroma gastrointestinal: Neoplasia mesenquimal originada das células intersticiais de Cajal. Patogênese: mutações com ganho de função no gene c-KIT (lesões benignas de pólipos solitários, outros infiltram, respondem a tratamento alvo) (cerca de 80% dos casos). Linfomas: frequentemente em doença de Crohn, doença celíaca, efeito mutagênicocom o recrutamento. Derivados do MALT. Células B atípicas, CD20 positivas. Agressão linfoepitelial. Lesões úlcero-infiltrativas. Células neuroendócrinas, blocos sólidos ou cordões celulares. Secreção de neuropeptídeos (serotonina). Mais comuns no apêndice cecal.
Compartilhar