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Hematologia Leucemias Leucemia Mieloide CrÙnica Neoplasia hematolÛgica proliferativa do sistema hematopoiÈtico da sÈrie mieloide. Corresponde a 15-20% das neoplasias malignas Apresenta maior incidÍncia em indivÌduos entre 40-60 anos. Associado a exposiÁ„o ‡ radiaÁ„o. Suspeitar naquela paciente com 40 anos com leucocitose e plaquetose Intensa leucocitose com presenÁa de todas as linhagens granulocÌticas e trombo citose. Em 90% est· associado a express„o do cromossomo FiladÈlfia, produto de uma translocaÁ„o recÌproca entre os cromossomos (9 e 22) dando origem a um gene quimÈrico BCR-ABL, gerando a express„o e consequente traduÁ„o de uma oncoproteÌna com atividade tirosina-quinase aumentada. Gera um aumento da liberaÁ„o de efetores de proliferaÁ„o celular e inibidores de apoptose da cÈlula progenitora hematopoiÈtica. ClÌnica A maioria se encontra em uma fase crÙnica. Fase crÙnica ManifestaÁıes iniciais inespecÌficas a. Anemia b. Artralgia c. Parestesia palmas d. Hepatoesplenomegalia e. Sintomas de hiper catabolismo f. Fadiga g. Febre e sudorese noturna h. Febre baixa i. ComplicaÁıes trombÛticas podem acontecer em 5% dos pacientes em fase crÙnica. Fase acelerada: blastos no sangue perifÈrico ou medula Ûssea. Fase bl·stica: se comporta como uma LMA. DiagnÛstico Hemograma a. Anemia normo normo b. Leucocitose >25 – 400 mil, neutrofÌlica c. Basofilia d. Trombo citose ou normal e. Aumento do DHL e ·cido ˙rico f. Baixo Ìndice de fosfatase alcalina leucocit·ria (LAP) g. Aumento de leucÛcitos, de neutrÛfilos e comeÁam a surgir cÈlulas imaturas. h. Desvio a esquerda i. Cabe diferencial com neutrofilia reacional j. Crise bl·stica: n˙mero de blastos >20% Fase acelerada - Esplenomegalia - ResistÍncia a terapia citorredutora - Trombocitose - Quadros de mielofibrose - Basofilia - Blastos Blastos SP ou MO > 5%-20% Baixado por Hellen Malheiros (hellenbmalheiros@gmail.com) lOMoARcPSD|9675587 Hematologia Leucemias LeucÛcitos > 100 mil ou duplicaÁ„o do valor em < 5 dias do ˙ltimo hemograma. Paciente tem uma anemia que responde menos ao tratamento Obs. Se n„o tratada adequadamente, a LMC pode evoluir para uma fase chamada acelerada, onde a capacidade de diferenciaÁ„o dos neutrÛfilos È perdida progressivamente, aumentando o n˙mero de blastos encontrados na medula Ûssea e sangue perifÈrico, com piora dos sintomas, alÈm de maior dificuldade de controlar a doenÁa com as medicaÁıes. Os sinais de aceleraÁ„o que podemos encontrar no hemograma s„o basofilia e o aparecimento de plaquetose ou de plaquetopenia, alÈm de leucocitose com aumento do n˙mero de cÈlulas imaturas. Fase bl·stica a. Blastos > 20% b. Pode ocorrer sem passar pela fase acelerada c. Febre, sudorese noturna, anorexia, perda ponderal, dor Ûssea d. Piora da esplenomegalia e. InfiltraÁ„o extramedular f. Sobrevida de de 3-6 meses se n„o tiver o tratamento adequado Medula a. Mielograma e biÛpsia da medula Ûssea b. A medula na LMC È hipercelular em funÁ„o da hiperplasia mieloide, apresentando cÈlulas em todas as fases de maturaÁ„o. c. IdentificaÁ„o do gene Ph d. DiminuiÁ„o da sÈrie eritroide e. CariÛtipo medular para procurar o cromossomo FiladÈlfia Tratamento Terapia celular por meio do transplante de cÈlulas tronco. A terapÍutica curativa È o alotransplante de cÈlulas progenitores hematopoiÈticos, entretanto, n„o È considerado como terapÍutica de primeira linha, sendo mais indicado para pacientes jovens e nos casos em que ocorre insatisfatÛria ou resistÍncia aos inibidores de tirosina – quinase. Cura 70% dos pacientes, mas tem uma mortalidade alta de 15-20%. RESERVADO A PACIENTES COM FALHA COM O USO DOS INIBIDORES DE TIROSINA QUINASE. Medicamentoso: Bussulfan, Hidroxiureia (agentes citost·ticos), melhora hematolÛgica e sintomas (ganhar tempo). interferon alfa, inibidores da tirosina quinase. Atualmente o MESILATO DE IMATINIBE È considerado o tratamento de primeira linha, ele age como inibidor especÌfico da proteÌna BCR-ABL a. Fase crÙnica 400mg / dia VO Inibidores da tirosina quinase: desatinibe, nilotinibe, bosutinibe. Fase acelerada a. Imantinibe 600mg/dia/ VO Fase bl·stica a. Transplante medula Ûssea Sucesso TerapÍutico <Hemograma e Baço normal= Plaquetas <450 mil LeucÛcitos < 10.000 BasÛfilos <5% AusÍncia de mieloblastos, promielÛcitos e mielÛcitos AusÍncia de esplenomegalia Repetir hemograma a cada duas semanas, atÈ resposta hematolÛgica completa. Num paciente em uso de imatinib, um inibidor de tirosina quinase, que apÛs o 3g mÍs de tratamento ainda n„o apresenta resposta hematolÛgica completa, est· indicada terapia Baixado por Hellen Malheiros (hellenbmalheiros@gmail.com) lOMoARcPSD|9675587 Hematologia Leucemias com dasatinib, nilotinib ou bosutinib. Sendo assim, h· indicaÁ„o de troca para inibidor de tirosina quinase de segunda geraÁ„o, e n„o de manutenÁ„o do imatinib. Resposta CitogenÈtica a. Resposta Menor = 36-95% b. Resposta Maior = 0-35% c. Completa = AusÍncia de Ph Resposta molecular a. AusÍncia de BCR-ABL b. O ideal È menos de 10% em 3 meses c. Menos de 1 % em 3 meses d. Menos de 0.1% Leucemia LinfocÌtica CrÙnica Origem nas cÈlulas linfoides maduras Associada a g‚nglios linf·ticos e o BaÁo Ac˙mulo de linfÛcito B maduro que sofreu uma mutaÁ„o que geralmente est· expressando o CD5. LINF B + CD5. … um linfÛcito B que n„o progride, linfocitose abundante, mas que faz infecÁ„o com frequÍncia porque n„o tem a viragem para plasmÛcitos e Acc. Epidemiologia Mais comum das doenÁas linfo proliferativas crÙnicas Maior predileÁ„o a homens 2:1 mulher Corresponde a 30% de todas as leucemias Mais comuns em idosos > 65 anos, maior incidÍncia Mais comum ser de linfÛcitos B mutado. An·lise histolÛgica do baÁo, g‚nglios ou MO Pode ser feito em um sangue perifÈrico ComplementaÁ„o com estudos citogenÈticos Imunofenotipagem Leucocitose > 5000 PredomÌnio de linfÛcitos pequenos e maduros Imunofenotipagem de LLC InfiltraÁ„o de medula Ûssea >30% de linfÛcitos maduros (mas n„o È obrigatÛrio), logo pode fazer diagnÛstico sÛ com o sangue perifÈrico 80% dos casos s„o Anormalidades citogenÈticas FISH Baixado por Hellen Malheiros (hellenbmalheiros@gmail.com) lOMoARcPSD|9675587 Hematologia Leucemias ClÌnica Assintom·ticos, vistos geralmente num exame de check-up Leucocitose as custas de linfÛcitos Paciente possui Hipogamaglobulinemia: infecÁ„o frequentes Casos graves: anemia e plaquetopenia Mais comum no indivÌduo idoso. Sintomas mais comuns: a. Linfadenopatia generalizada b. Perda de peso c. CansaÁo DiagnÛstico a. LinfÛcitos adultos >5.000 + linfÛcitos B CD5+ (citometria de fluxo) no sangue perifÈrico. b. Imunofenotipagem de sangue perifÈrico c. LLA que acumula Blastos, na LLC tem um ac˙mulo de cÈlulas jovens Tratamento a. Clorambucil ou Fludarabina – se anemia ou plaquetopenia. Pacientes com LLC em est·gios iniciais (Rai <zero= ou I), assintomáticos, não necessitam de tratamento especÌfico, apenas acompanhamento: é o chamado <watch and wait=. Estadiamento a. RAI e BINET b. Casos graves: Anemia Hb <11-10 e plaquetopenia Baixado por Hellen Malheiros (hellenbmalheiros@gmail.com) lOMoARcPSD|9675587 Hematologia Leucemias Leucemias Agudas ➔ PresenÁa de Blastos – Excesso de blastos a. Pode acontecer na mieloide ou na linhagem linfocÌticas. b. A Leucemia crÙnica È proliferaÁ„o de cÈlulas das diversas linhagens (Hipercelularidade) c. Blastos – ocupa e expande espaÁo na medula Ûssea – d. Pancitopenia: anemia, plaquetopenia e leucopenia. e. Astenia, fraqueza, indisposiÁ„o f. TendÍncia a infecÁ„o g. Sangramentos h. Alguns pacientes podem ter blastos na periferia – simulandouma leucocitose. i. Cloroma – blastos nos olhos j. Hipertrofia gengival k. Leucemia Cutis l. Sarcoma granulocÌtico m. Blastos > 20% na medula n. Blastos (mais tardia) na periferia. LMA 1. Infiltra mais tecidos a dist‚ncia 2. 80% dos casos de leucemia em adultos 3. Dores Ûsseas, petÈquias, hepatoesplenomegalia, anemia. 4. Bastonetes de Auer 5. Cito quÌmica (SUDAM, mieloperodixase). 6. Imunofenotipagem (CD) 7. CariÛtipo Linfoide: CD4, CD8, CD10, CD19, CD20. Mieloide: CD3, CD14. Leucemia M3 (promielocÌtica) T (15;17) - PML – RARA: promielÛcitos – tromboplastico – agregaÁ„o – trombos – consumo de fatores de coagulaÁ„o – CIVD Tratamento com ATRA – trans retinÛico. ClÌnica Menorragia / Pancitopenia ➔ Fadiga arrastada ➔ Palidez e fraqueza ➔ Dor Ûssea (dor mais em ossos longos) ➔ Febre – suspeitar de foco infeccioso, administraÁ„o empÌrica imediata de antibiÛticos de amplo espectro se houver neutropenia (<1000 neutrÛfilos/microL). Baixado por Hellen Malheiros (hellenbmalheiros@gmail.com) lOMoARcPSD|9675587 Hematologia Leucemias ➔ PetÈquias, equimoses secund·rias, atÈ CIVD ➔ Aumento de linfonodos È raro ➔ 4% podem ter poliartrite e artralgia ➔ N„o tem mais espaÁo para hem·cias e plaquetas. ➔ ProliferaÁ„o de Blastos → clone leucÍmico → Febre →ocupaÁ„o da medula → pancitopenia e dor Ûssea → blastos lotam a medular e caem no sangue → corrente sanguÌnea (leucemizaÁ„o). ➔ Leucocitose por blastos → investigar principalmente quando >20% de blastos ➔ Pode ter uma leucocitose t„o intensa que pode gerar um sangue mais grosso, viscoso. SÌndrome de Leucostase pela presenÁa de um sangue mais espesso, queixa de dispneia, cefaleia. ➔ Ocupa medula → n„o consegue mais fazer hemoglobina, leucÛcitos e plaquetas efetivas. InfiltraÁ„o tecidual ➔ Hepatoesplenomegalia ➔ Leucemia Cutis ➔ InfiltraÁ„o de SNC ➔ SÌndrome de Lise Tumoral ➔ InfiltraÁ„o em testÌculos LaboratÛrio ▪ Anemia normo-normo ▪ ReticulÛcitos diminuÌdos ▪ Plaquetopenia ▪ Leucopenia ou ▪ Leucocitose (A grande maioria dos pacientes (95%) ter· mieloblastos circulantes que podem ser detectados no esfregaÁo perifÈrico.) DiagnÛstico ▪ >20% de blastos na MO ▪ BiÛpsia - % da celularidade ▪ Aspirado de medula Ûssea (mielograma) – verificar morfologias e tipos celulares LLA – mais comum em crianÁas LMA – mais comum em adultos Leucemia Mieloide Aguda ClÌnica ➔ Anemia (astenia) ➔ Febre (por infecÁ„o oportunista da leucopenia) ➔ PetÈquias e equimose (plaquetopenia) ➔ Leucostase e infiltraÁ„o (hepatoesplenomegalia) ➔ ClÌnica mais especÌfica de LMA a. Depende do subtipo b. Subtipo de acordo com a cÈlula que vai se acumular c. Subtipo M3: ac˙mulo de promielÛcitos (promielocÌtica aguda). → provas de coagulaÁ„o alargadas → CIVD → Tratamento com ATRA (·cido trans retinÛico) d. Leucemia M2 – Cloroma e. Leucemias M4 e M5 – Hiperplasia Gengival Baixado por Hellen Malheiros (hellenbmalheiros@gmail.com) lOMoARcPSD|9675587 Hematologia Leucemias DiagnÛstico M2: t (8,21) M3: t (15,17) M4: invers„o (16) >20% de blastos → LEUCEMIA AGUDA BLASTONETES DE AUER? → LMA Tratamento 1. Tratamento especÌfico a. Quimioterapia b. Leucemia promielocitica aguda (M3) → ·cido trans retinÛico (ATRA) 2. Tratamento de suporte a. Anemia: Manter Hb 6-7 (maior 8-9 se o paciente for cardiopata), excetuando em situaÁıes de hemÛlise crÙnicas. b. 1 concentrado de hem·cias – costuma aumentar a Hb em 1 ponto. c. Plaquetopenia: avaliar transfus„o (1U por 10kg). d. Transfundir < 10.000 e. Transfundir se febre ou infecÁ„o < 20.000 (porque a febre ou infecÁ„o perdem a qualidade – plaquetas disfuncionantes). f. Transfundir se sangramento ativo <50.000 g. Neutropenia Febril a. Quimioterapia b. Leucopenia c. Tratamento empÌrico com ATB de Amplo espectro < 500 (segmentados e bastıes) Febre > 38.3 S ou >38S mais de 1h Conduta na neutropenia febril 1. Colher culturas Baixado por Hellen Malheiros (hellenbmalheiros@gmail.com) lOMoARcPSD|9675587 Hematologia Leucemias 2. ATB (antipseudomonas) – CEFEPIME – gram NEGATIVOS 3. Se houver algumas situaÁıes (pele, cateter, pulm„o, hipotens„o) – acrescentar VANCOMICINA 4. Sem melhora em 4-7 dias: acrescentar ANTIF⁄NGICO. 5. NeutropÍnico febril de risco baixo – tratamento em regime ambulatorial a. Ciprofloxacina + amoxi com clavulanato b. Expectativa de neutropenia < 7 dias, principalmente no tipo de quimioterapia. c. Paciente que n„o tem disfunÁ„o org‚nica d. Paciente que n„o tem manifestaÁ„o 3. SÌndrome de Lise tumoral a. Principal eletrÛlito intracelular È de Pot·ssio. 1. Hipercalemia (alteraÁ„o mais grave) - potencial arritmogÍnico 2. Hiperfosfatemia (liberaÁ„o de c·lcio) 3. Consumo de c·lcio (Hipocalcemia) – risco de nefropatia – depÛsito de fosfato de c·lcio. a. Hiper-hidrataÁ„o para n„o ocorrer risco de depÛsito. 4. LiberaÁ„o de ·cido nucleico - Aumento de uricemia (·cido ˙rico) - Aumento do risco de nefropatia - Pode cogitar o Alopurinol (inibe a xantina), rasburicase (destrÛi o a. ˙rico que j· circula) e HIDRATA«bO. Leucemia LinfocÌticas Aguda 1. Neoplasia mais comum na inf‚ncia 2. Mais comuns neoplasias da LINHAGEM B (L1, L2 e L3) 3. ClÌnica mais comum: a. Dor Ûssea. b. Linfonodomegalia. c. InfiltraÁ„o de SNC e testÌculo. 4. O blasto linfoide tem uma taxa de multiplicaÁ„o mais r·pida. DiagnÛstico - > 20% de blastos na MO - Qual blasto acumula? Baixado por Hellen Malheiros (hellenbmalheiros@gmail.com) lOMoARcPSD|9675587 Hematologia Leucemias 1. N„o h· caracterÌstica morfologicamente marcante 2. CitoquÌmica: PAS (·cido periÛdico de Schiff +) 3. Imunofenotipagem CD10, CD19, CD20 (linhagem B) CD3, CD7 (linhagem T) 4. CitogenÈtica T (12,21) / Hiperploidia (Bons) T (9,22) : Cr. Philadelfia (Ruins para responder a quimioterapia ) Baixado por Hellen Malheiros (hellenbmalheiros@gmail.com) lOMoARcPSD|9675587
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