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Diabetes mellitus tipo 1 na infância

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Síndrome metabólica caracterizada pela 
presença de hiperglicemia 
90%: processo autoimune 
Ocorre destruição das células beta 
pancreáticas (sintetizadoras e 
secretadoras de insulina) 
Ocorre deficiência absoluta ou relativa de 
insulina 
CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA 
1- Tipo 1A e tipo 1B 
2- DM tipo 2 
3- DM gestacional 
4- Outros tipos de DM: monogênicos 
(MODY), diabetes neonatal, secundário a 
endocrinopatias, secundário a doenças do 
pâncreas exócrino, secundário a 
infecções, secundário a medicamentos 
*ver tabela 1 no final do documento 
 
SUSCEPTIBILIDADE 
Herança poligênica complexa: 
• HLA: loci DR3, DR4, DQ => alto risco (40-
50%) 
• Haplótipos predisposição HLA-
DQA1*05:01-DQB1*02:01 (chamado DQ2) e 
HLA-DQA1*-DQB1*03:02 (DQ8) 
Fatores ambientais: 
• Enterovírus 
• Baixo peso ao nascer 
 
EPIDEMIOLOGIA 
Doença endócrina mais comum na 
infância 
Maior no sexo masculino 
Maior incidência entre 5-7 anos e 10-12 
anos 
Tem tido uma elevação nas crianças de 0-
4 anos 
Mais comum em famílias com DM1 
Brasil: 9.600 casos/ano, 3° país com maior 
número de crianças com DM1 no mundo 
 
FISIOPATOLOGIA 
Fase pré-clínica: 
Desenvolvimento autoanticorpos (ac): 
ICA: antiilhota pancreática 
IAA: antiinsulina 
GAD65: antidescarboxilase do ácido 
glutâmico 
IA-2 IA-2b: tirosina fosfatase 
ZnT8: transportador de zinco T8 
 
 
Destruição gradual das células B-
pancreáticas: redução da secreção de 
insulina, perda da 1° fase de secreção 
Aumento da lipólise: aumento do LDL, TG e 
diminuição do HDL 
Acidose: aumenta a conversão de ácidos 
graxos (ac. acetoacético e beta 
hidroxibutirato => cetonas) 
Hiperosmolalidade plasmática => diurese 
osmótica => desidratação => polidipsia 
Depleção intracelular e corporal de K+ 
 
DIAGNÓSTICO 
Diagnóstico = quadro clínico 
 
 
 
 
 
 
Diabetes mellitus tipo na infancia 
 
 
1 
PRESENÇA DE 1 OU + AC 
QUADRO CLÍNICO 
Sintomas de hiperglicemia: 
• Poliúria 
• Polidipsia 
• Polifagia 
• Perda de peso 
• Evolução para cetoacidose diabética 
PROVA! 
PROVA! 
PROVA! 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
Insulinoterapia + monitorização glicêmica 
Dieta 
Atividade física 
Educação em diabetes 
objetivos: 
Restabelecer funções metabólicas 
Evitar complicações agudas 
Manter glicemia próxima dos valores 
normais 
Retardar ou evitar complicações crônicas 
 
TRATAMENTO 
INSULINOTERAPIA 
Pode-se fazer múltiplas combinações de 
insulina, desde que haja a combinação de 
uma insulina basal + uma insulina em bolus 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERFIL DE AÇAO DAS DIFERENTES 
INSULINAS E ANÁLOGOS:
 
Ultrarrápida Rápida Intermediária Longa duração 
Lispro, 
Asparte, 
Glulisina 
Regular NPH Glardina, Detemir 
Degludeca: ação ultralonga 
FIASP: análogo de insulina ultrarrápida 
(não é fornecida pelo SUS). Tem ação muito 
parecida com a do organismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSULINOTERAPIA 
REGULAR (BIOHULIN R) 
Descrita como insulina “R” 
Ação rápida 30-60min 
Cristais de zinco suspensos em solução 
neutra 
Pode ser utilizada por via IV 
Pico de ação: 2-3h 
Duração: 5-8h 
 
INSULINOTERAPIA 
NPH (BIOHULIN N) 
Insulina regular e protamina-zinco 
Ação intermediária: 
Normoglicemia: glicose jejum < 100mg/dL 
Pré-diabetes ou risco aumentado: > ou = 
100 e < 126mg/dL 
Diabetes estabelecido: > ou = 126mg/dL 
POSOLOGIAS: 
Insulinas ultrarrápidas: imediatamente antes 
das refeições ou imediatamente após 
 
Insulina regular: 30min antes das refeições 
 
NPH: 1-3x/dia (recomendar dose noturna as 
22h) 
 
Insulina de longa duração: 1x/dia ou 1-2x/dia 
(Detemir) 
 
 
ESQUEMA BASAL-BOLUS 
 
Aporte de insulina destinado ao controle da 
glicemia predominantemente nos períodos sem 
alimentação, a fim de evitar a lipólise e a 
liberação hepática de glicose (insulina basal), 
em associação a doses suplementares (insulina 
em bolus), destinada ao controle da glicemia 
pós-prandial ou correção de hiperglicemia 
 
• Maior duração de ação (10-18h) 
• Pico 4-10h 
 
INSULINOTERAPIA 
ANÁLOGOS DA INSULINA 
AÇÃO ULTRA-RÁPIDA 
Lispro (Humalog), Aspart (Novorapid), 
Glulisina (Apidra), Inalável (Technosphere), 
Fiasp 
Momento da refeição => mimetizar 2° fase 
secreção insulínica 
Pico + precoce 
Após FIASP: denominação de análogos 
rápidos 
 
INSULINOTERAPIA 
ANÁLOGOS DA INSULINA 
AÇÃO LONGA OU ULTRALONGA 
Glargina (Lantus), Detemir (Levemir), 
Degludeca (Tresiba => longa) 
Mimetizam a secreção basal insulínica 
Absorção lenta e ausência de pico 
Duração: 
• Lantus 24h 
• Levemir 18-23h 
• Tresiba 42h 
 
ESQUEMAS - INSULINOTERAPIA 
Insulina iniciada ao diagnostico: regular – 
NPH 
Dose varia com puberdade, obesidade, etc. 
Lactentes e crianças < 5 anos: doses 
menores 
Período de remissão: <0,5 IU/kg/24h 
Período pré-puberal: 0,5 a 1,0 IU/kg/24h 
Período puberal: 1,0 a 2,0 IU/kg/24h 
• Esquema intensivo: basal-bolus (3 ou 
mais aplicações/dia) 
-Basal: até 50% da dose diária total 
-NPH (2/3x) Detemir (1-2x) Glargina (1x) 
 30 a 50% dose diária total 
 NPH: 50% manhã – 25% almoço – 
25% ao deitar 
 Análogos: melhor horário para a 
família 
 
• Esquema intensivo: basal-bolus (3 ou 
mais aplicações/dia) 
- Bolus: 50 a 70% dose diária total 
 Rápida 
 Análogo rápido: lispro, asparte, 
glulisina 
 Análogo UR: fiasp 
 
• Esquema em bolus: 
- Total: alimentação + correção 
(glicemia atual – glicemia alvo/FS) 
 Antes ou imediatamente após: 
desjejum, almoço, jantar 
 Distribuição conforme a contagem 
de carboidrato, glicemia pré-prandial, 
fator de sensibilidade e glicemia alvo 
Dose diária: insulina basal deve 
corresponder a menos de 50% da dose 
total diária 
Insulina em bolus => aplicada antes das 
refeições ou quando é necessária a 
correção rápida da glicose. Pré-prandial: 
aplicada conforme o alimento ingerido e a 
glicose no momento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Insulinas rápidas e ultrarrápidas: utilizadas 
para cobrir os picos pós-prandiais e corrigir 
períodos hiperglicêmicos (urgência e 
emergência) 
 
Intermediária (NPH): utilizada de forma basal 
(continuada), mas também pode ser utilizada 
pós-prandial 
 
Lenta e ultra lenta: basal (entre as refeições) 
Se for misturar 2 tipos de insulina na 
mesma seringa primeiro deve-se 
aspirar a regular e depois a NPH! 
 
 
PROVA! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
monitorização 
Glicemia capilar por punção digital 
Controles pré e pós-prandiais 
Glicemia intersticial: monitorização 
continua CGMS e FreeStyle libre 
 
hipoglicemia 
Complicação aguda mais comum do DM1 
Desequilíbrio entre a dose de insulina e o 
consumo alimentar 
O excesso de insulina absoluto é resultado 
da administração equivocada, da troca do 
tipo ou aumento da quantidade aplicada 
O excesso relativo ocorre por ingestão 
reduzida de carboidrato, omissão de 
refeições ou com o aumento da utilização 
(exercício) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DE CARBOIDRATOS DE 
RÁPIDA ABSORÇÃO: 
• 0,3g/kg de carboidratos 
• Aumenta a glicemia entre 35-40mg/dL 
em 15min 
 
NA PRÁTICA PARA CRIANÇAS: 
• Pré-escolares: 3 a 5g de carboidrato 
• Escolares: 7 a 10g 
• Adolescentes: 10 a 15g 
 
Exercício físico 
Glicemia pré-exercício: < 90mg/dL: 
BOLUS ALIMENTAR: 
Utilizado para cobrir o que o paciente 
vai comer, ingestão programada para a 
refeição 
Relação insulina/carboidrato (RIC) 
RIC: quantos gramas de carboidratos 1 
unidade de insulina é capaz de cobrir 
Fórmula RIC: 400 A 500/DTI (dose total 
de insulina) 
• Criança: 1UI de insulina p/cada 20-
30g de carboidrato 
• Adolescente: 1UI p/cada 10-15g 
• Adulto: 1UI p/cada 15g 
BOLUS CORREÇÃO: 
É a medida de quanto 1 unidade de 
insulina rápida ou ultrarrápida é capaz 
de reduzir a glicemia 
 
Depende do fator de sensibilidade (FS), 
da meta glicêmica e da glicemia atual 
FS: 1800/DTI em uso 
Crianças: 2000/DTI 
 
A quantidade de insulina a ser 
administrada é dada por: 
Glicemia atual– glicemia alvo/FS 
*glicemia atual: pré-prandial 
*glicemia alvo: meta glicêmica 
FATORES DE RISCO: 
• Crianças < 6 anos 
• Diabetes de longa duração 
• Barreiras ao acesso de insumos 
para o tratamento 
• Ambiente familiar desfavorável 
• Comorbidades como doença 
celíaca, doença de Addison, 
hipotireoidismo, insuficiência renal 
e distúrbios psiquiátricos 
 
PROVA! 
PROVA! 
PROVA! 
SITUAÇÕES DE RISCO: 
• Prática programada de exercícios 
físicos 
• Atividades ao acaso 
• Ingestão de álcool 
• Ocorrência prévia de episódios 
graves de hipoglicemia 
• Doenças com redução da absorção 
intestinal (gastroenterites) 
PROVA! 
PROVA! 
PROVA! 
 
Glicemia pré-exercício: 90-115mg/dL: 
 
Glicemia pré-exercício: 150-250mg/dL 
 
Glicemia pré-exercício: 250-350mg/dL: 
 
 
Glicemia pré-exercício: > ou = 350mg/dL: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabelas importantes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROVA! 
 
PROVA!

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