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P1 PAPM TEÓRICA

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Aula 1 – Sinais e sintomas do Aparelho Respiratório 
1. Os sinais e sintomas do aparelho respiratório podem ser de quais tipos? 
Podem ser primários ou secundários. Os primários são sintomas que possuem relação com as vias 
respiratórias em si. Sintomas secundários não tem relação direta com as vias respiratórias, se 
apresentam de maneira sistêmica, não sendo específicas ou exclusivas das doenças pulmonares. 
2. O que é tosse e quais fatores a estimulam? Quando a tosse se torna nociva? 
A tosse é um mecanismo de proteção desencadeado pelo estímulo de receptores localizados na via 
respiratória, o objetivo é a limpeza das vias aéreas. Esses estímulos podem ser: inflamação, mecânico 
(material estranho, poeira, secreção, tumores), químico (gases tóxicos) ou temperatura (quando o 
ambiente está muito frio ou muito quente). A torce torna-se nociva quando a sua persistência pode 
gerar distensão alveolar, podendo desencadear pneumotórax no paciente, por exemplo. Também pode 
gerar baixa pressão arterial. 
3. Como classificar a tosse de acordo com a frequência, intensidade e expectoração? 
A tosse aguda tem até 3 semanas de duração, após isso a tosse é caracterizada como crônica. 
Tosse quintosa: tosse em acessos pela madrugada, pode levar o paciente a ter vômitos e sensação de 
asfixia. É característica da coqueluche. 
Tosse síncope: paciente tem acessos de tosse intensos que causam perda de consciência. 
Tosse rouca: é uma tosse seca característica da laringite, comum em tabagistas. 
Tosse reprimida: muito comum em pacientes com dor torácica ou abdominal, que surge no 
pneumotórax, fraturas de costela, etc. O paciente tende a reprimir a tosse na tentativa de inibir o 
mecanismo que causa a dor. 
Tosse psicogênica: em situações de tensões ela pode surgir, geralmente vem acompanhada de pigarro. 
Tosse improdutiva ou seca é uma tosse sem expectoração. Tosse úmida possui expectoração, mas o 
paciente não consegue movimentá-la, de modo que essa secreção não chegue até a cavidade oral. 
Tosse produtiva é caracterizada por expectoração que chega até a cavidade oral. 
4. O que a expectoração indica? Quais os possíveis aspectos da expectoração? 
A expectoração indica alteração no parênquima pulmonar, sendo importante lembrar que esse é um 
método importante no diagnóstico diferencial, uma vez que síndromes pleurais não geram 
expectoração. A expectoração pode ser serosa, mucoide, purulenta ou hemoptoica. A expectoração 
hialina não possui tantas células. A secreção mucoide lembra clara de ovo, tem celularidade baixa mas 
pode vir acompanhada de eosinófilos em casos de asma. Expectoração mucopurulenta vem 
acompanhada de pióticos, com alta celularidade e indica infecção brônquica. A expectoração 
hemoptoica vem acompanhada de rajas de sangue. 
5. Como é a expectoração no paciente com DPOC? Quando pode estar alterado? 
O paciente com DPOC tende a produzir pequena quantidade de escarro diariamente. Normalmente, 
quando há infecção, existe a presenta de dois dos três seguintes critérios: 
 Aumento do volume da secreção 
 Mudança do aspecto da secreção, indo de mucoide para mucopurulenta ou purulenta 
 Piora da dispneia 
6. O que são os sibilos? Quais as suas características clínicas? 
Sibilos são sons conhecidos como chiados que surgem com o estreitamento do calibre das vias aéreas, 
são mais intensos na expiração, quase sempre acompanhado de dispneia. Geralmente é desencadeado 
por uma inflamação, como o que acontece da asma. O sibilo da asma é mais notável pelo período 
noturno, sendo um sintoma intermitente, mas caso o sibilo seja persistente pode indicar neoplasias ou 
corpo estranho. Quando o paciente asmático deixa de emitir esse murmúrio adventício de tipo 
descontínuo, pode ser chamado de tórax silencioso, sendo uma situação de extrema gravidade. Além 
da asma, pode acontecer em tuberculose brônquica, bronquite aguda e crônica, neoplasias, etc. 
7. Defina hemoptise. O que pode causar hemoptise? 
Hemoptise é a eliminação de sangue que provém das vias aéreas inferiores, ou seja, abaixo da glote. A 
hemoptise pode ser causada por perda da integridade do vaso (inflamação, necrose, invasão neoplásica 
ou aumento da pressão hidrostática). 
8. Defina cianose. Quais os tipos de cianose? 
A cianose é uma coloração arroxeada da pele que acontece a partir da baixa oxigenação e acúmulo de 
hemoglobina não saturada (hemoglobina reduzida). A cianose pode ser central ou periférica. 
Cianose central: indica alterações pulmonares ou cardíacas. Pode ser resolvida com oxigênio-terapia. 
Normalmente, pode ser desencadeada por problemas na hematose, hipoventilação alveolar ou desvio 
arteriovenoso (shunt). 
Cianose periférica: indica alterações nos tecidos periféricos e aumento da hemoglobina reduzida 
nesses tecidos, não podendo ser resolvida com oxigênio-terapia. Desencadeada pela baixa perfusão 
tecidual, ou seja, um baixo fluxo sanguíneo – baixa perfusão periférica. Exemplo: fenômeno de Raynaud. 
9. Quais são os tipos de dispneia de acordo com a posição do paciente? 
Ortopneia: muito comum em pacientes com IC. É desencadeada pela posição decúbito dorsal, que 
favorece o aumento da pressão hidrostática, acontecendo extravasamento de líquido para o espaço 
alveolar, gerando congestão ou edema pulmonar. Exemplo: DPOC, asma e IC. 
Trepopneia: comum em pacientes com derrame pleural. Dispneia desencadeada por decúbito lateral de 
um dos lados. 
Platipneia: comum em pacientes com alterações congênitas. É o contrário da ortopneia, ou seja, o 
paciente sente desconforto respiratório ao assumir a posição de pé ou sentado. Nesse caso, acontece 
a ortodexia, que é a queda de saturação quando o paciente se senta, aliviando quando ele deita. 
10. Quais os tipos de dor torácica? 
Dor parietal: é uma dor ventilatório-dependente que pode piorar com palpação local. Exemplo: 
pneumotórax, derrame pleural, pneumonia, pleurite. 
Dor visceral: é uma dor relacionada com as vísceras como o esôfago, coração, arco aórtico, traqueia, 
etc. Não é uma dor ventilatório-dependente e não piora com caracterizada por dor dolente, profunda e 
que se projeta para a região retroesternal. 
Dor neuropática: origem no sistema nervoso periférico, pode ser superficial ou profunda, é difusa e 
acompanhada de hiperestesia local; muito comum em herpes, piora com o toque. 
11. Quais são as possíveis causas de baqueteamento digital? 
O câncer de pulmão é a principal delas, mas também pode acontecer em abscesso pulmonar, 
bronquiectasia, fibrose pulmonar, fibrose cística. 
 
Aula 2 – Exame físico 
1. Como fazer a classificação da pneumonia? 
A pneumonia pode ser classificada de acordo com o critério CRB65 
C: confusão mental 
R: frequência respiratória igual ou maior que 30 irpm 
B: pressão sistólica maior que 90 ou pressão diastólica menor que 60 
65: ter idade igual ou maior que 65 anos 
Se a pontuação der 0 – avalia o tratamento ambulatorial. 
Se a pontuação der entre 1-2 – cabe avaliar o tratamento hospitalar 
Pontuação entre 3-4 – hospitalização urgente do paciente 
2. O que é avaliado na inspeção? 
A inspeção estática é como se fosse uma foto, avalia-se a presença de alterações cutâneas, como 
cicatrizes, lesões, abaulamentos ou retrações. Avaliar a posição da traqueia e se há circulação colateral. 
Além disso, é importante avaliar a forma do tórax e se há simetria. 
A inspeção dinâmica é como se fosse um vídeo, avalia-se a frequência e o ritmo respiratório do 
paciente, a expansibilidade, se há presença de esforço respiratória e se há uso de musculatura 
acessória 
3. O que é avaliado na palpação? 
A palpação inicia-se com a procura de pontos dolorosos no tórax, seguido do exame da expansibilidade 
e frêmito toracovocal. 
4. O que é avaliado na percussão? 
Produz vibrações que avaliam na compreensão da relação entre ar/tecido. Som atimpânico: é o som do 
pulmão normal. Som maciço: comum em pulmões com consolidação, atelectasia e derrame pleural; é 
o som de órgão como o fígadopor exemplo. Som hiper-ressonante: acúmulo de ar no parênquima 
pulmonar; situação comum no enfisema, uma síndrome de hiperinsuflação. Som timpânico: acúmulo 
de ar no espaço pleural, como ocorre no pneumotórax. 
5. Quais são os sons normais da ausculta? E os anormais? 
Som traqueal, som bronquial (auscultado na região mediana, acima do esterno), som broncovesicular 
(auscultado na região paraesternal), som vesicular (auscultado na periferia dos pulmões, geralmente a 
inspiração é mais intensa que a expiração). Os murmúrios vesiculares podem ser descontínuos (sibilos 
e roncos) e contínuos (crepitação fina, característica do final da inspiração e crepitação grossa). 
 
Aula 3 – Síndromes Parenquimatosas 
1. O que é consolidação e quais alterações esse quadro pode gerar? Quais os achados que auxiliam 
no diagnóstico de imagem? 
A consolidação é a substituição do ar dos alvéolos por qualquer outro produto, pode ser células, 
exsudato, transudato, sangue, material estranho, etc. A consolidação não altera o volume dos espaços 
aéreos, mas a densidade aumenta. Na síndrome de consolidação a hipotransparência do pulmão ao 
exame de imagem é característica, mas não é o melhor método diagnóstico, sendo o aerobrancograma 
(broncograma aéreo) o método mais adequado, em consolidação o aerobrancograma acompanha a 
hipotransparência. Além disso, em exames de imagem, o ar dos alvéolos fica visível por conta da 
diferença de densidade entre o ele e os produto que o substitui em determinados alvéolos – FORMANDO 
O BRANCOGRAMA AÉREO. 
2. Como é a consolidação em IC? 
Em IC, o edema pulmonar ou congestão pulmonar geram a consolidação. A hipotransparência é bilateral 
e mais próxima da região central. 
3. Quais são os achados no exame físico? 
Na inspeção, não há alteração no formato do tórax, pois o volume é preservado. Há taquipneia. Na 
palpação, o paciente apresenta FTV aumentado e expansibilidade reduzida. Na percussão, há macicez. 
Na ausculta, há substituição do murmúrio vesicular por murmúrio broncovesicular, podendo acontecer 
crepitação fina. 
4. O que é atelectasia e quais alterações esse quadro pode gerar? O que pode causar atelectasia? 
Atelectasia é a perda do ar dos alvéolos sem que haja substituição; é o colapso alveolar. Nessa 
síndrome, há redução do volume pulmonar. A atelectasia pode ser causada por neoplasias ou corpos 
estranhos. LER DEPOIS SOBRE TIPOS DE ATELECTASIA – COMPRESSIVA E ADESIVA PRINCIPALMENTE. 
5. Quais são os achados no exame físico? 
Na inspeção, o tórax pode estar retraído e o paciente tem taquipneia. Na palpação, o FTV está reduzido, 
assim como a expansibilidade. Macicez à percussão. Na ausculta, o murmúrio vesicular está abolido. 
6. O que é a síndrome de hiperinsuflação (hiperaeração)? Qual é a manifestação clínica mais 
importante desse quadro? 
Ela acontece principalmente pelo enfisema, que altera a anatomia dos alvéolos, de modo que as paredes 
sejam destruídas, gerando um acúmulo da quantidade de ar no parênquima. A manifestação clínica 
mais importante é a dispneia, que se agrada lentamente. O paciente não consegue eliminar todo o ar, 
de modo que o tempo de expiração seja prolongado. Pode acontecer em DPOC e asma 
7. Como fica o aspecto do pulmão em exames de imagem com hiperinsuflação? 
Por acúmulo de ar, o pulmão fica com hipertransparência e aparece com comprimento aumentado, ou 
seja, sua aparência fica maior que o normal. 
8. Quais os achados do exame físico de síndrome de hiperinsuflação? 
Na inspeção há tórax em tonel em quadros crônicos e dispneia. Palpação com FTV reduzido e 
expansibilidade diminuída. Percussão com hipersonoridade (hiper-ressonante). Ausculta com 
presença de sibilos e roncos e fase expiratória prolongada. 
Aula 4 – Síndromes Pleurais 
1. Quais são as síndromes de ausculta negativa? 
Atelectasia, derrame pleural e pneumotórax. 
2. Como vai estar a pressão em cada uma das síndromes de ausculta negativa? 
Na atelectasia, a pressão vai estar ainda mais negativa. No derrame pleural e no pneumotórax, a 
pressão fica mais positiva. 
3. Explique o mecanismo do derrame pleural. Quais patologias estão relacionadas com os 
mecanismos? Qual a diferença entre exsudato e transudato? 
O líquido que existe entre as pleuras está sempre sendo produzido e reabsorvido pelo sistema linfático. 
Entretanto, quando há um desequilíbrio desse mecanismo, pode acontecer derrame pleural. Esse 
quadro ocorre por aumento da pressão hidrostática (no caso de IC e insuficiência renal, por exemplo) 
ou redução da pressão oncótica (síndrome nefrótica, cirrose, etc), nessas situações há extravasamento 
de transudato, um material pobre em proteínas que não indica infecção. No caso de doenças 
infecciosas (pneumonia, embolia e neoplasias, por exemplo), a resposta inflamatória aumento a 
permeabilidade do capilar, acontecendo extravasamento de exsudato, material rico em proteínas. 
4. Quais são os achados no exame físico do paciente com derrame pleural? 
Na inspeção, paciente apresenta dispneia, abaulamento do tórax é comum em idosos e desvio da 
traqueia para o lado saudável (não acometido). A palpação indica dor em casos de derrame pleural por 
pleurite, redução do FTV (ou fica abolido), expansibilidade reduzida. Macicez à percussão. Ausculta 
abolida. 
5. Explique o mecanismo do pneumotórax. Quais são os tipos de pneumotórax? 
É o extravasamento de ar para o espaço pleural. Pneumotórax espontâneo: mais comuns em homens, 
longilíneos, magros e altos; mas pode acontecer com qualquer um. Pneumotórax secundário: é 
secundário a algo o paciente já apresenta, como um trauma, por exemplo. Pneumotórax iatrogênico: é 
o tipo mais comum, pode ser causado por algum procedimento médico como, por exemplo, a punção 
da subclávia em pacientes hospitalizados. Pneumotórax hipertensivo: qualquer pneumotórax pode se 
tornar hipertensivo, é quando há persistência e aumento cada vez maior da entrada de ar no espaço 
pleural, de modo que possa acontecer uma atelectasia compressiva do pulmão e desvio do mediastino 
para o lado saudável. O paciente com pneumotórax tem dispneia progressiva, dor pleurítica súbita (em 
pontada) e relada tosse. 
6. Quais são os achados do exame físico do pneumotórax? 
Na inspeção pode ter abaulamento do tórax, cianose, esforço respiratório causado pela dispneia 
progressiva. Na palpação paciente alega dor, há redução da expansibilidade de FTV está diminuído. Na 
percussão há timpanismo. A ausculta está abolida. 
7. Como fazer diagnóstico diferencial das síndromes de ausculta negativa? Quais são as etapas que 
podem ser usadas como diagnóstico diferencial? 
O FTV não pode ser usado como método diagnóstico. Na etapa da percussão começa a haver diferença: 
na atelectasia a percussão é maciça, no derrame pleural ela é maciça e no pneumotórax há timpanismo. 
Sendo assim já é possível fazer exclusão de algumas possibilidades, ficando entre derrame pleural ou 
atelectasia, o desvio da traqueia auxilia no diagnóstico final, pois na atelectasia a traqueia está desviada 
para o lado acometido e no derrame pleural há desvio da traqueia para o lado saudável. Ou seja, a 
percussão e o desvio da traqueia auxiliam no diagnóstico diferencial. 
 
Aula 5 – Síndromes Arteriais 
1. O que é a claudicação intermitente? Qual a diferença entre a arterial e a venosa? 
É dor desencadeada por movimento. A claudicação intermitente arterial piora quando o paciente anda 
ou realiza alguma atividade e cessa quando ele interrompe o movimento, isso acontece pois há 
demanda de ATP mas não tem sangue chegando naquele local. Nesses pacientes, deixar a perna 
suspensa gera dor, de modo que ele durma com a perna para fora da cama. Com o tempo, a dor fica até 
mesmo em repouso. No caso da claudicação intermitente venosa, qualquer posição que prejudique o 
retorno venoso aumenta a dor, ou seja, com a atividade a dor é amenizada, mas quando o paciente fica 
em repouso em pé a dor piora. O paciente tende a dor com os MMII suspensos, quando ele deixa omembro para fora da cama, há ação da gravidade e prejudica o retorno venoso, aumentando a dor. 
2. O que é a eritrocianose? 
É uma cianose de cor vinho, indica que há isquemia intensa que precede a gangrena. 
3. O que é frialdade? 
A frialdade acontece por redução do fluxo sanguíneo que gera diminuição da temperatura daquele 
membro em determinado local. Quanto maior a circulação colateral, menor a frialdade e vice-versa. É 
importante lembrar que apesar da redução de temperatura o membro ainda está viável. 
4. Quais são os tipos de gangrena? 
A gangrena pode ser seca ou úmida. A gangrena seca indica que não há infecção bacteriana, parece 
uma mumificação. Na gangrena úmida há infecção, pus e odor forte, sendo muito dolorosa. 
5. Caracterize a úlcera isquêmica 
A úlcera isquêmica é caracterizada pela dor intensa e piora quando há elevação do membro (decúbito 
horizontal), por conta da ação da gravidade que prejudica ainda mais a irrigação daquela região. Ou 
seja, essa úlcera é ainda mais dolorosa pela noite quando o paciente se deita. 
6. Quais são os tipos de cianose? 
Cianose fixa é a cianose que na pesquisa do preenchimento capilar não some; essa cianose indica 
isquemia irreversível. A cianose não fixa some com a pesquisa de preenchimento capilar, indicando que 
o quadro pode ser revertido. 
7. O que é a Síndrome de Leriche? 
Quando há obstrução da arterial aorta abdominal. Nesse caso, há acometimento dos membros 
inferiores e glúteo, de modo que o paciente relate claudicação nessa região e hipotrofia dos membros, 
NÃO É ATROFIA, É HIPOTROFIA, ELA FICA REDUZIDA DE VOLUME. Por conta da circulação colateral, há 
frialdade. Presença de impotência sexual. 
8. O que é arteriosclerose? 
Alteração causada pela redução da elasticidade de uma artéria, seja ela de grande ou pequeno calibre, 
caracterizando um enrijecimento do vaso. 
9. Explique a Mediosclerose de Monckeberg 
Também pode ser chamada de “traqueia de passarinho”. Acontece processo de deposição de fibrose 
(tecido de cicatriz) na túnica média do vaso, de modo que a artéria fique com aspecto irregular, o que é 
palpável principalmente na arterial radial. Por ser um acometimento de túnica médica, não há obstrução 
arterial, não sendo uma alteração de risco cardiovascular. 
10. Explique a esclerose senil dos grandes vasos 
Troca do tecido elástico da túnica média por tecido fibroso em algumas artérias. Essa alteração não 
gera risco de obstrução arterial, justamente por acontecer nas túnicas médias. 
11. Explique a aterosclerose 
Acontece por deposição de placas de gordura (de ateroma) na artéria, essa alteração pode ser 
diminuição do fluxo sanguíneo por redução da luz (angina) ou obstrução total (infarto). 
12. O que é um aneurisma? 
Aneurisma é uma dilatação das artérias acima de acima de 50% do tamanho dessa artéria. Caso seja 
abaixo de 50% não é aneurisma, é ectasia. Um falso aneurisma acontece quando não há dilatação de 
todas as camadas da artéria, para ter aneurisma é preciso que todas as três camadas estejam 
dilatadas. O perigo do aneurisma se dá com seu rompimento. Ele gera dor, rubor e rouquidão quando 
comprime o nervo laríngeo recorrente. Aneurisma dissecante é causado por aumento da pressão 
arterial é gera um dor insuportável com sensação de morte eminente. 
 
Aula 6 – Dispneia 
1. Qual a diferença entre taquipneia e hiperpneia? 
Taquipneia é aumento da frequência respiratória e hiperpneia é aumento da amplitude dos movimentos 
respiratóris. 
2. Dispneia sempre tem relação com saturação de O2? 
Não, grávidas e dispneia aos exercícios físicos são exemplo disso. 
3. Explique a dispneia paroxística noturna 
É quando o paciente sente dispneia ao ponto de acordar e se levantar pela noite para obter alívio, 
geralmente ele vai em busca de locais arejados como janelas, por exemplo. É característica da 
insuficiência cardíaca. 
4. Como se caracteriza a dispneia no DPOC e na asma? 
No DPOC a dispneia é progressiva, começando em atividades de pequenos esforços e chegando ao 
ponto de ser dispneia em repouso. Na asma a dispneia é intermitente, não sendo progressiva e 
caracteriza-se por surgir em períodos noturnos ou pela manhã após o paciente acordar. 
5. Como dar diagnóstico de IC? 
Pelos critérios de Framinghan, é preciso ter dois critérios maiores ou dois maiores e um menor para que 
o diagnóstico seja de IC. 
 
Aula 7 – Síndromes Venosas 
1. Caracterize a dor em síndromes venosas 
A dor pode melhorar quando a paciente anda e piora com qualquer posição que prejudique o retorno 
venoso, como ficar sentado com as pernas para baixo e ficar em pé de repouso. Quando o paciente se 
deita e suspende as pernas, essa dor tende a melhorar. O paciente relata sensação de peso nas pernas. 
2. Caracterize o edema em síndromes venosas 
O edema em insuficiência venosa crônica tende a ser bilateral e assimétrico, sendo maior em um 
membro e menor em outro. Geralmente esse edema está menor pela manhã e aumenta ao longo do dia. 
No início esse edema é depressível e tem cacifo, com o tempo ele se torna endurecido. 
O edema em trombose venosa profunda é unilateral, agudo e vem acompanhado de sinais flogísticos. 
3. O que é a dermatite de ocre? 
A dermatite ocre é gerada pela deposição de ferro (hemossiderina) nos tecidos. Essa deposição 
acontece a partir da estase venosa que faz com que Hb fique acumulada naquela região e haja 
deposição do ferro, deixando a geração com aspecto escurecido, podendo gerar também prurido. 
4. Quais são as diferenças entre a ulcera venosa (varicosa) e a ulcera isquêmica? 
A úlcera varicosa geralmente está presente na região do maléolo medial e não é tão dolorosa quanto a 
úlcera isquêmica. Além disso, ela tem fundo róseo se não estiver infectada. A úlcera venosa melhora 
quando o membro está elevado, pois isso auxilia o retorno venoso. No caso da úlcera isquêmica a 
elevação do membro piora a dor. 
5. O que é a tríade de Virchow? 
São sintomas que, quando juntos, favorecem a formação de trombos e quadro de trombose venosa 
profunda. A tríade de Virchow é composta por: hipercoagulabilidade, estase venosa e lesão na parede 
vascular. 
6. Caracterize IVC e TVP 
IVC: quadro crônico; edema bilateral e assimétrico que melhora pela manhã; há sensação de 
queimação, dermatite ocre (prurido e escurecimento da pele); dor que melhora com a atividade ou 
suspensão do membro. Edema recente tem cacifo e edema crônico fica endurecido e sem cacifo. 
TVP: quadro agudo, comum em pacientes que apresentam os critérios da Tríade de Virchow. Vem 
acompanhado de sinais flogísticos – edema unilateral, dor, rubor, calor. 
7. O que é tromboflebite superficial? 
É como se fosse a trombose venosa profunda, mas nesse caso acontece em veias superficiais. Há 
endurecimento do vaso e dor no trajeto venoso, além de hiperemia, edema, calor e dor na região. Em 
geral, a IVC aumenta a predisposição para esse quadro.

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