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Gesso Introdução • O gesso é utilizado em diversas áreas, dentre elas, a odontologia. Na odontologia, ele é utilizado para confecção de modelos • Ele é produzido a partir de um mineral encontrado na natureza, conhecido como gipsita (CaSO4H2O) • A gipsita é um sulfato de cálcio di-hidratado • O gesso é produzido pelo processo de calcinação da gipsita. Que irá transformar a gipsita di-hidratada em pós finos hemi- hidratados. OBS. Posteriormente o pó hemi-hidratado será misturado com água pelo profissional, e esse pó volta a forma de gipsita di- hidratada. Calcinação • Calcinação possibilita a obtenção do gesso Reação de presa • É uma reação exotérmica / expansiva • Gesso Paris ou ß (comum): 100 a 120°C, aquecimento em caldeira exposta ao ar. • Gesso Pedra ou α: Aquecimento sobre pressão e vapor controlados em autoclave (120 a 130°C). Obs: ambos são sulfato de cálcio hemidratado (mesma constituição química), porém se diferenciam na estrutura física. O gesso ß tem cristais poros os de forma irregular, enquanto o gesso pedra possui cristais com formato prismático regulares. Partículas • α-hemi -hidrato: cristais mais densos de forma prismática ou cilíndrica. Parttículas mais lida e densa, requer menos água para umedecer partículas. Quando se adiciona água, forma um composto di-hidrato muito mais resistente e duro do que o de β-h -h. • β-hemi-hidrato: partículas de forma esponjosas e irregulares. Devido a seu formato, necessita de muito mais água para molhar as partículas de pó. Manipulação • Tempo de espatulação: 45 seg • Tempo de trabalho: 3 min • Tempo de presa inicial: 15 min até perder brilho • Tempo de presa final: 30 min Variações no tempo de presa Ao entrar em contato com a água, o hemi-hidrato é dissolvido, reage com a água e se transforma em di- hidrato, que é menos solúvel, satura a solução e precipita como cristais em forma de agulha. O embricamento dos cristais é o que confere coesão e resistência mecânica à gipsita, ao mesmo tempo que a interação entre cristais em crescimento provoca sua expansão aparente. O aumento do número de núcleos de cristalização por unidade de volume facilita a cristalização, o que diminui o tempo de presa. 1) Impurezas Como por exemplo, restos de gipsitas que permaneceram na calcinação, diminui o tempo de presa 2) Tamanho das partículas Quanto menor, diminui o tempo de presa 3) Relação A/P Quanto menos água, diminui o tempo de presa 4) Espatulação Quanto maior a espatulação com movimentos rápidos, haverá diminuição do tempo de presa (núcleos são divididos por fratura) 5) Temperatura de 0 a 50ºC não haverá mudanças no tempo de presa. Se a mistura gesso-água estiver numa temperatura acima de 50º C haverá diminuição no tempo de presa. 6) Retardadores (aumento do tempo de presa) Aumentar relação água/pó Bórax (borato de sódio) NaCl até 10% Citrato de sódio 10% Citrato de potássio 10% Goma arábica 7) Aceleradores (diminuição do tempo de presa) Espatular por mais tempo (ex. 90 seg) Água saturada com diidrato (água gessada) Sulfato de potássio a 2% Sulfato de cálcio diidratado cristalizado (terra alba) NaCl até 5% Resistência (a compressão) • Resistência aumenta rapidamente conforme ocorre a presa do gesso • Resistência úmida é menor. Resistência seca (24h) é maior, pois a medida água a água evapora, cristais finos de gipsita precipitam e ancoram os cristais maiores. Fatores que interferem a resistência • Relação água/pó alta • Usar acelerador ou retardador diminui a resistência • Preferível adicionar primeiro água e depois pó gradualmente Evitar bolhas • Secar completamente o molde antes de vazar o gesso • Realizar espatulação á vácuo • Usar vibrador de gesso Tipos de Gesso Classificação dos gessos especificados na ADA (American Dental Association) Gesso tipo I ou gesso para moldagem • Indicação: Atualmente está em desuso. Parou de ser usado para moldagem por ser muito rígido, foi substituído por hidrocoloides e elastômeros • Partículas β-hemiidratado • Não há adição de modificadores para regular o tempo de presa e expansão • Acréscimo de amido Gesso tipo II ou comum • Indicação: preenchimento de muflas, ou quando a expansão de presa não é crítica e a resistência é adequada. • Partículas β-hemiidratado (irregulares e porosas) • Proporção: A/P (2:1) • Não contém anti-expansivos • Baixa resistência Gesso tipo III ou pedra • Indicação: Modelos que requerem maior fidelidade que a obtida em gesso comum, tais como PPR, moldeiras individuais e próteses oculares • Partículas α-hemiidratado (graças a pressão maior durante a calcinação realizada em autoclave, forma-se partículas dos cristais mais uniformes e menos porosas) • Proporção: A/P (3:1) • Contém anti-expansivos Gesso tipo IV ou pedra especial de alta resistência e baixa expansão • Indicação: É recomendado para modelos de trabalho que necessitam de um material com propriedades mecânicas superiores para resistir a impactos e desgastes, como os modelos de PPF • Partículas α-hemiidratado com acréscimo de cloreto de cálcio • Proporção: A/P (4:1) • Contém anti-expansivos Gesso tipo V ou alta resistência e alta expansão • Indicação: é usaso em casos que é necessário que o modelo tenha dimensões maiores que a do dente original, no intuito de compensar fenômenos de contração no processo de fundição para obtenção de peça protética indireta • Partículas α-hemiidratado com acréscimo de cloreto de cálcio • Proporção: A/P (5:1) • Não contém anti-expansivos Desinfecção • Aspersão • Hipoclorito de sódio a 1%
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