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MATERIAIS DE MOLDAGEM · Finalidade: · Reproduzir as estruturas bucais com o máximo de precisão e detalhes; · Material de modelo quimicamente igual ao de moldagem. · Obs.: Existe um alginato que tem cheiro de enxofre e com cor escura. · Requisitos: · Facilidade de manipulação e de vazamento; · Ser atóxico; · Ter odor e sabor agradáveis; · Bom tempo de trabalho e de presa: · Tempo de trabalho: tempo desde que se manipula o material até levar na moldeira e colocar na boca do paciente e antes de adquirir propriedade elásticas, porque se não vai empurrar o modelo e o material vai voltar, não encaixando na boca do paciente. Logo, é melhor que esse tempo seja longo. · Capacidade de copiar detalhes: · Escoamento adequado em fase de trabalho, para cobrir todos os dentes; · Ter compatibilidade química com os tecidos bucais, melhor que seja hidrofílicos. · Flexibilidade adequada, resistência ao rasgamento e recuperação elástica: · Deve se abrir nas áreas retentivas entre os dentes e nos dentes e se abrir quando for retirado da bica, resistindo ao rasgamento, esticando bastante e voltar a sua forma original sem se rasgar. Alguns matérias tem mais e outros tem menos essas propriedades. · Estabilidade dimensional: · No término da moldagem, o modelo é colocado na bancada e depois vazado no gesso. Assim, o material deve ser estável, mas nem todos são, com isso deve-se proteger o modelo, desinfetando-o e fazendo o vazamento de gesso imediato. Desse modo, se compensa a instabilidade do material de moldagem. · Compatibilidade química com o material de desinfecção e com o gesso. · Exemplos de materiais de moldagem: · Silicone de condensação: sem afinidade química com o gesso do modelo, no qual não deveria ser usado para trabalho que exige alta fidelidade; · Silicone de adição hidrofóbica; · Polissulfeto; · Poliéter; · Silicone de adição hidrofílica: tem afinidade com o gesso. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM 1) Rígidos ou anelásticos: · Gesso para moldagem: não se usa · Godivas: para moldagem de desdentados totais e parciais; · Pastas zinco-eugenólicas: desdentados; · Ceras: não se usa. Sem resistência, deforma fácil, termossensivel (com pequenas mudanças de temperaturas já muda sua forma), péssimo registro inter-oclusal e barato; · Esses materiais rígidos não precisam de elasticidade, não se deformam, são baratos e não são usados quando se tem dente na boca. 2) Elásticos: · São polímeros, então sofrem contração de polimerização, logo se tem imprecisão no trabalho; · Usados quando se tem dentes na boca; · Mais caros; · Tipos: · Hidrocolóides reversíveis (agar- em desuso e não existe no Brasil) e irreversíveis(alginatos); · Elastômeros não-aquosos. ALGINATOS · Material de moldagem elástico para uso odontológico, baseado no ácido algínico (derivado de algas marrons); · Baixo custo; · Fácil manipulação; · Confortável para o paciente; · Não exige equipamento complexo. · Composição: · Alginato de sódio ou de potássio: · Alginato de sódio: agente de reação que era sol(massa) gel(bordacha-não escoa mais). · Sulfato de cálcio di-hidratado: · Se liga a dois alginatos, já que tem duas águas, formando o alginato de cálcio, crescendo mais rápido e ficando mais rígido o material. · Fosfato de sódio: retardadoraumenta o tempo de trabalho para o CD; · Sulfato de potássio: acelerador; · Carga (Terra Diatomácea ou óxido de zinco): confere resistência ao alginato; · Silicofluoreto de sódio. · Reação de presa: · O sulfato de cálcio tem alta afinidade com o fosfato de sódio e eles vão reagir até que acabe o fosfato de sódio. O que sobrar de sulfato de cálcio vai reagir com o alginato de sódio que tem afinidade instantânea com o sulfato de cálcio. · Indicador de pH: indica a cor; · Propriedades: · Reologia: 1. Alta viscosidade (baixo escoamento)--- estado sol=solução: · Não cópia bem, por não ser tão fluído; · Não permite excelente reprodução de detalhes. 2. Sólido visco-elástico ---- estado gel= baixa resistência ao rasgamento, baixas propriedades mecânicas, mas ganha elasticidade: · Resistência ao rasgamento é conferida pela rede de ligações cruzadas e pela presença da terra diatomácea e/ou do óxido de zinco. · Físico-químicas: · Hidrofílicos: alta afinidade com a água. · Afinidade com os tecidos bucais e com o gesso; · Baixa estabilidade dimensional: · Sinérese; · Embebição. · O alginato não é um material estável, não pode ser encharcado com gaze, pois incha. · Manipulação do material: · Moldeira parcial: 1 medida de pó + 1 medida de água; · Moldeira total inferior: 2 medidas de pó + 2 medidas de água; · Moldeira total superior: 3 medidas de pó + 3 medidas de água. · Vazamento do gesso; · Erros mais comuns: · Material granuloso: · Espatulação incorreta, não dissolvendo bem; · Relação água/pó muito baixa; · Geleificação deficiente: tira da bica antes de geleificar e pode rasgar. · Rasgamento: · Espessura indesejada, no qual deve ser, pelo menos, 3mm para não rasgar; · Contaminação com umidade: é um gel, no qual absorve a água, ficando mais mole; · Remoção prematura da boca: não virou gel ainda, ficando sem presa. No mínimo 3min para ocorrer o endurecimento. · Bolhas externas: · Geleificação prematura; · Incorporação de ar durante a espatulação. · Poros ou defeitos irregulares: · Umidade ou detritos nos tecidos. · Modelo de gesso rugoso ou pulverulento: · Limpeza inadequada do molde; · Excesso de água no molde; · Manipulação incorreta do gesso; · Modelo de gesso deixado por muito tempo no molde de alginato. · Distorção: · Molde não vazado imediatamente; · Movimento da moldeira durante a geleificacao; · Remoção prematura da boca; · Remoção indevida da boca. GESSOS ODONTOLÓGICOS · Higroscópico; · Modelos: · Modelo de trabalho: sob o gesso vai ser confeccionado algo; · Modelo de estudo; · Troquel: modelo unitário de um dente. · Procedimento de moldagem transferência de informação da boca apara o molde. · Molde: cópia em negativo de estrutura e detalhes anatômico, obtida através de matérias de impressão; · Modelo: réplica ou copia em positivo de estruturas dentais e detalhes anatômicos circunjacentes. · Processo de vazamento do gesso: verter o gesso para o molde. · Materiais para modelo: · Resina epóxica; · Silicones: com menos elasticidade do que os de moldagem; · Gesso odontológico: modelo rígido: · Facilidade de uso; · Compatibilidade com muitos materiais de moldagem; · Boa precisão; · Discreta alteração dimensional. · Gesso: · Produto da calcinação da gipsita; · Corresponde ao sulfato de cálcio hemiidratado. CaSO4 . ½ H2O · Gipsita: · Mineral encontrado na natureza; · Corresponde ao sulfato de cálcio diidratado CaSO4 . 2H2O · Quanto melhor a calcinação, melhor o gesso; · Características físicas: · Beta-hemiidratado: · Poroso; · Irregular; · Precisa de água para ser manipulado, no qual a estrutura final fica menos resistente. · Alfa-hemiidratado: · Mais denso; · Compacto; · Forma definida hexagonal. · Classificado – A.D.A. · Tipo I: gesso para moldagem (Paris) – não se usa mais; · Tipo II: gesso comum – serve para engrossar, preenchimento de muflas, base; · Tipo III: gesso pedra – confecção de modelo, usado para modelos de estudos e antagonista (oclui com o modelo de trabalho); · Tipo IV: gesso pedra de alta resistência – confecção de modelo, modelo de precisão e troquéis. Possui um grão menor, sendo assim mais moído, os cristais alfa-hemiidratado são compactos, possuindo menos água; · Tipo V: gesso pedra de alta resistência e alta expansão da presa – específico para fundição de peças protéticas com liga de metal nobre. Modelo de precisão e troquéis. · Obs.: Quando menos água o gesso precisar, mais resistente será o modelo. · Reação de presa: · Ocorre quando o gesso entra em contato com a água; · Cristalização dendrítica: · Precipitação do CaSO4.2H2O em núcleos de cristalização e o crescimento de cristais; · A medida que os cristais vão crescendo os dendritos vão se entrelaçando, ficando mais rígido o material. · Proporção água/pó: quanto menos água, mais resistente o gesso; · Tempo de presa: tempo transcorridodesde o início da mistura até que o material se solidifique. · Fatores que afetam o tempo de presa: A. Impurezas: · Impurezas núcleos de cristalização; · Menor o tempo de presa. · Quanto mais núcleos de cristalização, mais cristais crescem na massa, deixando-a mais rígida, no qual mais rápido esses cristais vão se entrelaçando e começam a se chocar. Isso diminui o tempo de trabalho e conseguentemente, diminui o tempo de presa. · Se a busca estiver suja com gesso diminui o tempo de presa. B. Granulometria: · Quanto mais finais as partículas de pó: · Maior a dissolução do hemiidratado; · Menor o tempo de presa. · Quanto mais fino o gesso, mais rápido se dissolve e menor o tempo o tempo de presa. C. Relação água/pó: · Quanto maior a relação A/P: · Menor a densidade de núcleos de cristalização; · Maior o tempo de presa; · Menos resistente fica o modelo. D. Espatulação: · Quanto mais vigorosa ou prolongada a espatulação: · Maior o número de núcleos de cristalização; · Menor o tempo de presa; · Só se deve misturar pelo tempo que o fabricante ditar, se não diminui o tempo de trabalho. E. Temperatura: · Aumento de temperatura: · O° - 50° ligeira diminuição do tempo de presa; · 50° - 100° aumento gradual do tempo de presa; · 100° nenhuma reação ocorre; · Quando se aumenta a temperatura, não tem a aceleração do tempo de presa. F. Aceleradores e retardadores: · Aceleradores: menor tempo de presa. · K2SO4 a 2%; · Água gessada: mais usado, porque é barato e prático. Se faz pegando um modelo antigo, raspa ele formando um pó, que é colocado na água. Vira água com cristais diidratos com maior número de núcleos de cristalização; · NaCl até 2%. · Retardadores: maior tempo de presa. · Acetatos e Boratos. · Propriedades: a. Tempo de presa: · Presa inicial ou presa unidade; · Presa final ou presa seca. b. Expansão de presa: · Fatores que afetam a expansão de presa: · Maior a relação água/pó menor a expansão de presa; · Quanto mais água, mais distantes os núcleos de cristalização, menos vão se expandir e vão se chocar menos. c. Expansão higroscópico de presa: · Ocorre quando o gesso cristaliza debaixo d’água. Obs.: Antes de vazar o gesso, secar o molde. d. Viscosidade: · Tixotropismo: propriedade que o gesso fica imóvel sob o próprio peso e ao ser estimulado o gesso se torna fluido, ganha mais mobilidade, indo para todas as reentrâncias. e. Reprodução de detalhes: · Relacionado com a viscosidade e a granulometria. f. Resistência: · A compressão; · A tração; · Ao desgaste; · Permitir que o trabalho seja realizado sem causar danos ao modelo: modelo resistente para ser fiel em todo o processo de preparação da peça, de modo que se mantenha inalterada a estrutura até o final; · Fatores que prejudicam a resistência mecânica dos modelos: · Alta relação A/P; · Tempo de espatulação longo; · Adição de aceleradores e retardadores. · Manipulação: · Limpeza e desinfecção do molde; · Seleção do material baseado na função do modelo; · Recomendações do fabricante; · Material necessário: · Espátula rígida; · Tigela de borracha; · Balança; · Medidor de água. · Espatulação: · Manual: 1min; · Mecânica: 20-30seg. · Mistura da água com o pó; · Preenchimento do molde: · Vibração; · Acréscimo em pequenas porções. · O gesso deve preencher o molde por escoamento para empurrar o ar; · Enquanto o gral estiver no vibrador, só preenche a área dentada, depois tirar do vibrador para fazer a base. · Considerações técnicas: · Não adicionar pó à água após o início da água; · Evitar incorporação de bolhas; · Separar molde e modelo somente após 30 a 40min do vazamento; · Quando necessário umedecer o modelo, fazê-lo em solução saturada de sulfato de cálcio ou água gessada; · Armazenar o pó em ambiente seco; · Obedecer sempre as recomendações do fabricante (proporcionamento adequado); · Utilizar instrumentos limpos; · Adicionar o pó à água e aguardar umedecimento; · Não armazenar modelos a uma temperatura superior a 55°C; · Antes do uso do modelo, aguardar sua secagem.
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