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CONGÊNITAS: Concrescência, dilaceração radicular, taurodontismo, raízes supranumerárias, raízes fusionadas, pérolas de esmalte etc. GENÉTICAS: Displasia dentinária, dentinogênese imperfeita. ADQUIRIDAS: Hipercementose, reabsorção radicular (interna e externa), fratura radicular, trepanações ou perfurações. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE/ Cascavel – PR Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS Curso de Odontologia Disciplina de Radiologia e Imaginologia Odontológica Elaboração: Prof. Dra. Rosana da Silva Berticelli Organização: Aca. Isabela Mangue Popiolek Informações e fotos adicionadas do google por: Camila E. “Com intenção de estudo para a disciplina de Diagnóstico” • • ✓ Alterações de forma: Microdontia, macrodontia, geminação, fusão, dens in dente (dens invaginatus), hipoplasia de esmalte, amelogênese imperfeita, displasia dentinária, dentinogênese imperfeita, dentes de Huchtinson, dilaceração, taurodontismo. ✓ Alterações de número: Displasia ectodérmica, anodontia (total ou parcial), dentes supranumerários e acessórios, dentição pré-decídua, dentição pós-permanente, raízes supranumerárias, raízes fusionadas. ✓ Alterações de erupção: Dentes retidos ou impactados, erupção retardada, concrescência, supraerupção. Classificação: Classificação das Anomalias Dentárias: CONCRESCÊNCIA: União de dois ou mais dentes, irrompidos ou não, pelo cemento. DILACERAÇÃO RADICULAR: Distúrbio de formação que produz uma curvatura acentuada ou suave da raiz. TAURODONTISMO: Aumento das câmaras pulpares no sentido longitudinal. Coroa dentária com forma e tamanho normais, corpo alongado e raízes curtas. RAÍZES SUPRANUMERÁRIAS: Número de raízes maior do que o padrão anatômico de normalidade. – Dificuldade para movimentações ortodônticas e exodontias. ✓ Diagnóstico: Observar variação da angulação dentária e se o espaço do ligamento periodontal está presente. – Pode ser causada por trauma durante a sua formação (sobretudo, incisivos). – Pode acometer qualquer porção da raiz. – Dificuldades e risco no tratamento ortodôntico e exodontias. – Aumento da distância entre a junção cemento-esmalte (JCE) e a região de furca. – Maior frequência: Pré-molares e caninos inferiores permanentes. CONGÊNITAS RAÍZES FUSIONADAS: – Envolve mais frequentemente molares. – Redução do número de raízes (com ou sem redução do número de canais). FUSÃO Na fusão dental, temos dentes que, em algum momento no período da sua formação (odontogênese), tentaram de fusionar. Por consequência disso, acontece a união de dois germes dentários adjacentes. Desse modo, encontram-se aderidos pela dentina, possuindo duas coroas e duas raízes. Um sinônimo para fusão é sinodontia. Acredita-se que a fusão acontece quando dois germes dentários se formam tão próximos entre si que, conforme se desenvolvem, entram em contato e se fundem antes que ocorra a calcificação. Assim sendo, pode ser total ou parcial dependendo o estágio da odontogênese. Essa condição é mais comum na dentição decídua e na região anterior. Importante observar que, nessa condição as coroas dos dentes fusionados normalmente parecem ser grandes e únicas podendo também ocorrer uma coroa bífida PADRÃO ANATÔMICO RADICULAR: Incisivos centrais (sup. e inf.) Incisivos laterais (sup. e inf.) Caninos (sup. e inf.) 2º Pré-molar superior Pré-molares inferiores 1 Raiz 1º Pré-molar superior Molares inferiores 2 Raízes Molares superiores 3 Raízes PÉROLAS DE ESMALTE: GENÉTICAS DISPLASIA DENTINÁRIA: GEMINAÇÃO – Já na geminação dental, em algum momento da odontogênese ocorreu a tentativa de um germe dentário em dividir-se, resultando em um dente com coroa bífida, ou seja, apenas uma raiz e um canal radicular em comum. Essa condição é mais recorrente na dentição decídua, porém pode aparecer em ambas as dentições. É uma condição rara e um sinônimo de geminação é duplicação. – Enamelomas. – Radiopacidades redondas ou ovoides. – Acometem normalmente pré-molares e molares e são mais encontradas na porção cervical ou região de furca. – Representam um fator de predisposição para a formação de bolsa periodontal. ✓ Tipo I: Radicular. A displasia dentinária é uma condição rara (1:100.000), caracterizada por um defeito na formação da dentina. É transmitida geneticamente, de forma autossômica dominante, podendo ou não estar associada a doenças sistêmicas.1 Distúrbio de desenvolvimento da dentina. De acordo com Shafer et al., a displasia dentinária pode ser subdividida em tipos I e II. No tipo I, o aspecto clínico dos dentes, tanto na dentição decídua como na permanente, é normal. Entretanto, radiograficamente pode-se observar uma formação radicular deficiente, com a presença de raízes curtas e mal formadas, ou até mesmo, a ausência de raiz. Por esse motivo, a displasia dentinária do tipo I (DD1) também é conhecida como "dentes sem raízes". ✓ Tipo II: Coronário. Já displasia do tipo II promove o desenvolvimento de dentes decíduos com coloração levemente azulada, prejudicando bastante a estética do sorriso. Além disso, ela deixa o órgão dental frágil e, consequentemente mais suscetíveis a lesões e outras doenças. – Raízes curtas/ formatos anormais em ambas as dentições. – Obliteração das câmaras pulpares e canais radiculares. – 20%: Imagens radiolúcidas periapicais. – Pode afetar as duas dentições (decídua e permanente). ✓ Tipo I: Associada à osteogênese imperfeita. Devido a essa variabilidade de manifestações clínicas dos casos de dentinogênese imperfeita, ela pode ser classificada nos tipos I, II e III5,6. O tipo I ocorre associado à osteogênese imperfeita (OI). Ao exame clínico, a cor da dentição pode variar do cinza ao violeta- acastanhado ou castanho-amarelado, todos apresentando uma tonalidade opalescente ou translúcida4,6. As coroas apresentam-se curtas com sinais de exposição de dentina e desgastes coronários1. Radiograficamente, há um aspecto característico de dentes com coroas de forma bulbosa e presença de constrição cervical acentuada. Observa-se, também, obliteração precoce total ou parcial das câmaras pulpares e dos canais radiculares, ocasionada pela formação contínua de dentina4,6. Apesar de as raízes serem curtas e rombas, o cemento e o osso de suporte são normais4,6. ✓ Tipo II: Não associada à osteogênese imperfeita. As características clínicas e radiográficas da DI do tipo II são iguais às do tipo I. O que diferencia esses dois tipos de anomalias é a ausência da osteogênese imperfeita na dentinogênese imperfeita tipo II1,4,6. A dentinogênese imperfeita tipo III é a forma mais rara e caracteriza-se pelos mesmos aspectos clínicos dos tipos I e II, associados a exposições múltiplas das polpas dos dentes decíduos. Dentre os aspectos radiográficos, observa-se uma grande amplitude das câmaras pulpares, paredes dentinárias finas e canais radiculares grandes1,4. O diagnóstico diferencial da DI deve ser feito entre os seus três tipos e a displasia dentinária, que apresenta características clínicas bastante semelhantes à dentinogênese imperfeita1. DENTINOGÊNESE IMPERFEITA: ADQUIRIDAS HIPERCEMENTOSE: Na DD tipo II, os dentes apresentam características clínicas semelhantes à DI tipo II, por isso, o diagnóstico diferencial baseia-se nas características radiográficas, em que as câmaras pulpares mostram aumento significativo e extensão apical1. ✓ Tipo III: Alterações dentinárias, com variações. • – Deficiência no colágeno tipo I. – Tecidos ricos em colágeno e que podem ser afetados: tendões, dentina, esclera (“azulada”), entre outros. – Outras condições: fragilidade óssea, osteoporose, deformidadenos ossos longos. • Dentinogênese Imperfeita: Tipos I e II: - Lesões semelhantes entre si. - Coroa com aspecto bulboso (constrição cervical). - Raízes pequenas e delgadas. - Obliteração das câmaras pulpares e dos canais radiculares. Tipo III: - Somente alterações dentinárias. - Exposições pulpares. - Radioluscências periapicais. - Dentina delgada. - Câmaras pulpares e canais radiculares anormalmente amplos. – Causa desconhecida. Acredita-se que possa estar associada à extrusão ou inflamação. – Aumento de volume das raízes pode ser obse rvado. Deposição excessiva de cemento nas raízes dentárias. Osteogênese Imperfeita: FRATURA RADICULAR: TREPANAÇÕES OU PERFURAÇÕES RADICULARES: – Podem ser internas ou externas. – São sequelas de infecções crônicas, devido à pressão sobre os elementos dentários ou função excessiva. – Associação com tumores ou cistos locais. Interna e externa respect. – Ocorre devido a traumatismos locais de diferentes origens. – Radiograficamente, pode ser observado traço radiolúcido na porção radicular. – Diferentes angulações verticais. – Geralmente são causadas por iatrogenias, durante tratamentos endodônticos ou preparos protéticos. – Ainda não existe um exame radiográfico específico para diagnóstico de alta qualidade, sendo necessário, geralmente, indicar exames de tomografia computadorizada. REABSORÇÕES RADICULARES: • ALVARES, L. C.; TAVANO, O. Curso de Radiologia em Odontologia. 4. Ed. São Paulo: Santos, 1998. BRAMANTE, C. M.; BERBERT, A. Recursos Radiográficos no diagnóstico e no tratamento endodôntico. 3. Ed. COHNEN, S.; BURNS, R. C. Caminhos da Polpa. 7. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. FREITAS, A.; ROSA, J. E.; SOUZA, I. F. Radiologia Odontológica. 2. Ed. São Paulo: Artes Médicas, 1988. FREITAS, A.; ROSA, J. E.; SOUZA, I. F. Radiologia Odontológica. 6. Ed. São Paulo: Artes Médicas, 2004. LANGLAND, O. E.; LANGLAIS, R. P. Princípios do Diagnóstico por Imagem em Odontologia. São Paulo: Santos, 2002. PANELLA, J.; CRIVELLO JUNIOR, O. Radiologia Odontológica e Imaginologia. 1. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. PASLER, F. A. Radiologia Odontológica. 3. Ed., Rio de Janeiro: Medsi Editora Médica e Científica, 1999. PHAROAH, M. J.; WHITE, S. C. Radiologia Oral, Fundamentos e Interpretação. 5. Ed. São Paulo: Mosby, 2004. REFERÊNCIAS: