Buscar

Alterações no desenvolvimento dos dentes - PARTE 2 - patologia oral - aula 2 2

Prévia do material em texto

Alterações no desenvolvimento dos dentes – PARTE 2
 Patologia oral – aula 2.2
25/02/2022
· Alterações na estrutura
· Amelogênese imperfeita
· É uma alteração no desenvolvimento na estrutura do esmalte, ou seja uma formação do esmalte de forma imperfeita/defeituosa. 
· É uma alteração genética. 
· Afeta todos os dentes do paciente nas duas dentições, geralmente, mas pode ser localizado. 
· Há 3 tipos que acometem 3 fases diferentes da formação do esmalte. 
· Formação da matriz orgânica hipoplásica. 
· Mineralização da matriz hipocalcificada.
· Maturação do esmalte hipomaturada.
 
· Amelogênese imperfeita hipoplásica.
· a alteração básica se concentra na deposição inadequada da matriz de esmalte.
· Alteração genética que impede a formação da matriz orgânica e consequentemente a formação do esmalte. 
· Dente pode parecer menor, geralmente amarelado, opaco. Na radiografia parece muito com a dentina, fica apenas uma sombra de esmalte. 
· No padrão generalizado, depressões do tamanho de cabeça de alfinete estão espalhadas ao longo da superfície dentária e não se relacionam com o padrão de dano ambiental. As superfícies vestibulares dos dentes são mais gravemente afetadas e as depressões podem ser alinhadas em fileiras ou colunas. Pode ocorrer pigmentação das depressões. É encontrada variação de expressividade em grupos de pacientes afetados. O esmalte entre as depressões é de espessura, dureza e coloração normais.
OBS da imagem: Amelogênese Imperfeita Hipoplásica, Padrão Generalizado com Depressões. A, Observam-se múltiplas depressões pequenas ao longo da superfície dos dentes. O esmalte entre as fossetas é de espessura, dureza e coloração normais. B, Visão oclusal do mesmo paciente mostrando envolvimento difuso dos dentes superiores, o que seria incompatível com dano ambiental. 
· No padrão localizado, os dentes afetados apresentam fileiras horizontais de depressões, uma depressão linear ou uma grande área de esmalte hipoplásico circundado por uma zona de hipocalcificação. Caracteristicamente, a área atingida é localizada no terço médio da superfície vestibular dos dentes. A borda incisal ou a superfície oclusal geralmente não são afetadas. Ambas as dentições ou apenas os dentes decíduos podem ser atingidos. Todos os dentes podem ser envolvidos, ou apenas alguns dentes. Quando o comprometimento não é difuso, o padrão dos dentes alterados não corresponde a um período específico do desenvolvimento.
OBS da imagem: Dentes pequenos e amarelados exibindo esmalte duro brilhante, com numerosos pontos de contato abertos e mordida aberta anterior. B, Radiografia do mesmo paciente demonstrando fino contorno de esmalte radiopaco.
OBS da imagem: A, Dentes pequenos e amarelados com superfície grosseira de esmalte, pontos de contato abertos, atrição significativa e mordida aberta anterior. B, Radiografia do mesmo paciente. Observe o dente impactado e a fina linha periférica de esmalte radiopaco.
OBS: com o esmalte defeituoso, aumenta-se a possibilidade de desgaste e de carie. 
· Amelogênese imperfeita hipocalcificada.
· Defeito na mineralização/calcificação da matriz orgânica. Dentes ficam com aspecto mole, frágil. O padrão hipocalcificado apresenta um esmalte semelhante a queijo, rapidamente perdido de forma difusa, exceto pela porção cervical do dente.
· Fica com aspecto irregular e pigmentado, porque de acordo com o uso do dente, vai soltando lascas, na radiografia fica igual a dentina. 
· os dentes apresentam forma normal durante a erupção, porém o esmalte é muito mole e facilmente perdido. No momento da erupção, o esmalte é marrom-amarelado ou alaranjado, mas com frequência se torna manchado de marrom a negro e exibe rápida deposição de cálculo.
· Com anos de função, boa parte do esmalte coronário é perdida, com exceção da porção cervical, que ocasionalmente é mais bem calcificada.
OBS da imagem: Amelogênese Imperfeita Hipocalcificada. A, Dentes apresentando pigmentação marrom-amarelada difusa. Notam-se vários dentes com perda de esmalte, exceto a porção cervical. B, Radiografia do mesmo paciente. Observa-se a perda extensa do esmalte e radiopacidade semelhante de dentina e esmalte.
· Amelogênese imperfeita hipomaturada.
· Alterações genéticas que impedem a maturação (organização) dos cristais de hidroxiapatita. 
· Dente fica opaco. 
· O padrão hipomaturado está associado a um esmalte que trinca e fratura com facilidade, mas não mostra uma grande perda tecidual após a erupção.
· Em uma pessoa com amelogênese imperfeita hipomaturada, os dentes afetados têm forma normal, mas apresentam manchas brancas opacas que podem sofrer pigmentação. Após a erupção, vários graus de pigmentação acastanhada e fissuras no esmalte são observados.
OBS da imagem: Amelogênese Imperfeita Hipomaturada, Ligada ao Cromossoma X. A, Paciente do gênero masculino exibindo dentição branco-amarelada difusa. B, A mãe do paciente apresenta bandas verticais brancas, esmalte opaco e translúcido.
· Tratamento e prognostico
· As implicações clínicas de amelogênese imperfeita variam de acordo com o subtipo e sua gravidade, mas os principais problemas são de estética, sensibilidade dentária e perda da dimensão vertical. Além disso, em alguns casos de amelogênese imperfeita, há aumento da prevalência de lesões cariosas, mordida aberta anterior, erupção retardada, impactação dentária ou inflamação gengival associada.
· Pacientes com hipoplasia de esmalte generalizada apresentam quantidade mínima de esmalte normal associado à rápida atrição. Essas variações requerem cobertura protética total o mais cedo possível; se o tratamento é postergado, ocorre uma perda do comprimento da coroa clínica. Nos pacientes sem altura suficiente para coroas, as próteses totais (sobredentaduras, em alguns casos) geralmente tornam-se a única alternativa satisfatória.
· Dentinogênese imperfeita.
· É a formação durante o desenvolvimento dentinário de uma dentina defeituosa. Isso afeta diretamente o esmalte, pois a ligação entre a dentina e o esmalte fica fragilidade, podendo haver a soltura, o que facilita o desgaste e sensibilidade dessa dentina defeituosa. É genético também. 
· Em crianças, pode ocorrer a obliquoridade precoce dos canais radiculares e câmara pulpar, devido a produção de dentina reparadora, devido ao trauma. metamorfose cálcica. 
· consiste em um distúrbio de desenvolvimento da dentina.
· Também chamada de dentina opalescente hereditária e dentes de capdepon. 
· Os dentes apresentam uma pigmentação marrom-azulada, geralmente com uma transparência distinta.
· O esmalte frequentemente é separado com facilidade da dentina defeituosa subjacente. Uma vez exposta, a dentina demonstra desgaste por atrição acelerada.
· Radiograficamente, os dentes apresentam coroas bulbosas, constrição cervical, raízes delgadas e obliteração precoce dos canais radiculares e câmaras pulpares.
OBS da imagem: Dentinogênese Imperfeita (DI). Dentes exibindo coloração marrom difusa e translucidez suave. 
OBS da imagem: Dentinogênese Imperfeita (DI). Dentes exibindo pigmentação acinzentada com perda significativa de esmalte e atrição.
OBS da imagem: Dentinogênese Imperfeita (DI). Radiografia de dentes exibindo coroas bulbosas, constrição cervical e câmaras pulpares e canais obliterados.
· Displasia dentinária. 
· Tem dois tipos de displasia dentinária. A coronária (tipo II) e a radicular (tipo I). 
· A displasia dentinária coronária (tipo II).
· É considerada um subtipo da Dentinogênese imperfeita.
· Os dentes decíduos apresentam uma transparência que varia entre o azul, âmbar e marrom, semelhante à Dentinogênese imperfeita.
· Radiograficamente, as alterações dentárias incluem coroas bulbosas, constrição cervical, raízes delgadas e obliteração precoce da polpa. Os dentes permanentes exibem coloração clínica normal; entretanto, radiograficamente, as câmaras pulpares mostram aumento significativo e extensão apical.
OBS da imagem: caso de displasia dentinária coronária. Molares decíduos translúcidos e escurecidos em associação com incisivos e molares permanentes de aparênciaclínica normal.
OBS da imagem: Displasia Dentinária Tipo II (DDII). Aspecto radiográfico dos dentes permanentes apresentando dilatações da câmara pulpar em forma de corola de cardo e várias calcificações pulpares.
· Tratamento e prognostico:
· Na Dentinogênese imperfeita, a dentição inteira corre risco por causa de vários problemas. Os canais radiculares tornam-se delgados e podem desenvolver microexposições, resultando em lesões periapicais inflamatórias.
· Alteração na formação durante o desenvolvimento da dentina radicular, então aspecto clinico normal (coroas normais), mas os dentes esfoliam mais rapidamente. 
· Apesar do risco de perda do esmalte e da significativa atrição, os dentes não são bons candidatos a coroas totais devido a fraturas cervicais. 
· Displasia dentinária radicular (tipo I). 
· tem sido referida como dentes sem raízes, porque a perda de organização da dentina radicular leva ao encurtamento do tamanho da raiz.
·  O esmalte e a dentina coronária são clinicamente normais e bem formados, mas a dentina radicular perde toda a organização, sendo drasticamente diminuí. Produz-se uma grande variação na formação radicular porque a desorganização dentinária pode ocorrer durante diferentes estágios do desenvolvimento dentário.
· Se a organização da dentina é perdida precocemente durante o desenvolvimento dentário, são formadas raízes deficientes; a desorganização tardia resulta em malformações radiculares mínimas.
· os sinais clínicos iniciais são a mobilidade acentuada e esfoliação precoce, espontânea ou secundariamente ao menor trauma. A erupção retardada também pode estar presente. A força radicular da dentina é reduzida, sendo os dentes afetados predispostos a fraturas durante exodontias.
· Em geral, os dentes sem canais radiculares são aqueles que desenvolvem lesões radiolúcidas periapicais inflamatórias sem que haja causa aparente. As áreas radiolúcidas representam lesão periapical inflamatória secundária à lesão cariosa, devido à exposição coronária espontânea dos restos pulpares presentes no interior da dentina defeituosa.
· Geralmente, não se ve a câmara pulpar e há lesões inflamatórias periapicais. 
OBS da imagem: Displasia Dentinária Tipo I (DDI). Dentina exibindo atrição, mas por outro lado, coloração e morfologia normais.
OBS da imagem: Displasia Dentinária Tipo I (DDI). Dentes posteriores exibindo encurtamento significativo das raízes, ausência dos canais radiculares e pequenas câmaras pulpares em forma de quarto crescente. Observe a radiolucidez no ápice do pré-molar inferior.
· Tratamento e prognostico:
· Nos pacientes com displasia dentinária tipo I, as medidas preventivas são de suma importância. Talvez, como um resultado de raízes curtas, a perda precoce por periodontite seja frequente. Além disso, canais vasculares pulpares se estendem próximo à junção amelodentinária; portanto mesmo restaurações pouco profundas podem resultar em necrose pulpar. Uma higiene oral meticulosa deve ser estabelecida e mantida.
· Quando há o desenvolvimento de lesões inflamatórias periapicais, a escolha terapêutica deve ser guiada pelo comprimento da raiz. O tratamento endodôntico convencional requer a criação mecânica de condutos e tem tido sucesso em dentes sem raízes muito pequenas. Dentes com raízes curtas apresentam ramificações pulpares que eliminam o tratamento endodôntico convencional como uma opção terapêutica apropriada. Curetagens periapicais e selamento com amálgama retrógrado têm apresentado sucesso a curto prazo.
· Odontodisplasia regional
· = dentes fantasmas. 
· Consiste em uma alteração localizada, não hereditária, do desenvolvimento, com extensos efeitos adversos sobre a formação do esmalte, da dentina e da polpa.
· NÃO É GENETICO! Então se diferencia de amelogênese imperfeita. Não costuma atingir toda a dentição, por isso. 
· A maioria dos casos é idiopática. 
· É incomum e pode ser encontrado nas duas dentições. 
· Na maioria das vezes, só uma área é afetada. A coroa costuma ser irregular e pequenas, amarelada ou amarronzada. É muito comum lesos cariosas e lesões inflamatórias periapicais e necrose pulpar. 
· Geralmente, não tem força eruptiva. Então muitos não erupcionam. 
· A formação é precária, na radiografia observa-se apenas uma silhueta. Radiograficamente, os dentes alterados demonstram esmalte extremamente fino e dentina ao redor de uma polpa alargada e radiolúcida, resultando em uma imagem pálida e delicada; daí o termo dente fantasma. Há falta de contraste entre a dentina e o esmalte, com uma aparência indistinta “desfocada” da silhueta da coroa. Podem ser encontradas raízes pequenas e ápices abertos. As polpas aumentadas podem apresentar uma ou mais calcificações pulpares proeminentes.
· Os sinais e sintomas mais frequentes são atraso ou falta de erupção, esfoliação precoce, formação de abscesso, dentes malformados e expansão gengival não inflamatória.
OBS da imagem: Dentes inferiores posteriores apresentando polpas amplas e esmalte e dentina extremamente finos.
· Tratamento e prognostico:
· Não há um tratamento específico. 
· Dentes não erupcionados devem permanecer intocados, restaurando a função com uma prótese parcial removível até que a maturação esquelética seja atingida. Dentes erupcionados podem ser cobertos por restaurações retidas por ataque ácido ou com coroas de aço inoxidável até que a restauração final possa ser colocada depois de completado o crescimento. Em função da natureza frágil do tecido coronário duro e da facilidade de exposição pulpar, o preparo do dente é contraindicado. Dentes muito afetados e infectados não podem ser preservados e necessitam exodontia.
· Hipoplasia de esmalte 
· Deficiência na formação do esmalte.
· NÃO É GENETICO. 
·  É um defeito quantitativo que ocorre na forma de fossetas, ranhuras ou grandes áreas de ausência de esmalte. As opacidades de esmalte são um defeito qualitativo que pode ser difuso ou demarcado e que se apresentam com variações na translucidez do mesmo. 
· Anormalidades do esmalte causadas por fatores ambientais são muito comuns.
· Tem causas sistêmicas ou causa local. 
· Causa sistêmica: hipovitaminose A e D, doenças escantematosas, tetracilinas, fluorose, sífilis congênita. 
· Causa local: trauma ou infecção do dente antecessor (decíduo) hipoplasia de turner ( dente com hipoplasia de esmalte com causa local). Outro padrão de defeito do esmalte frequentemente observado nos dentes permanentes é o causado por doença inflamatória periapical dos dentes decíduos sobrejacentes.
OBS da imagem: Hipoplasia de Esmalte por Fatores Ambientais. Quadro clínico biliteral e simétrico de hipoplasia horizontal do esmalte nos dentes anteriores. Os incisivos centrais superiores foram anteriormente restaurados. 
OBS da imagem: Hipoplasia de Esmalte por Fatores Ambientais. O mesmo paciente descrito na Fig. 2-1. Note a ausência de dano no esmalte dos pré-molares.
OBS da imagem: Hipoplasia de Esmalte por Fatores Ambientais. Hipoplasia horizontal do esmalte de pré-molares e segundos molares.
OBS da imagem: Hipoplasia de Turner. Extensa hipoplasia do esmalte do primeiro pré-molar inferior, decorrente de um processo inflamatório associado ao primeiro molar decíduo sobrejacente.
OBS da imagem: Hipoplasia de Turner. Radiografia do mesmo dente exibido na Fig. 2-4. Note a falta significativa de esmalte e irregularidade na superfície dentinária. 
OBS: incisivos de hutchinson anomalia congênita associada a sífilis congênita. Dente fica com aspecto de amora. apresentam coroas com forma semelhante à ponta de uma chave de fenda, com maior diâmetro no terço médio da coroa e terço incisal constrito. A porção média da borda incisal geralmente apresenta um chanfro central hipoplásico. Os dentes posteriores afetados são chamados de molares em amora, apresentando uma constrição e desorganização da superfície oclusal que lembra a forma irregular da amora.
Ex: 
· Alterações de número. 
· Hipodontia 
· Hipodontia demonstra a falta de desenvolvimento de um ou mais dentes.
· dente a menos. 
· Anodontia falta total de desenvolvimentodentário.
· Oligodontia Oligodontia (uma subdivisão da Hipodontia) indica a falta de desenvolvimento de seis ou mais dentes.
· Mais comum em mulheres. 
· Problemas de função e estética. 
OBS da imagem: Falta de desenvolvimento dos incisivos laterais superiores. As radiografias não revelaram dentes subjacentes e não havia história de trauma ou extração.
OBS da imagem: Ausências múltiplas de desenvolvimento de dentes permanentes e diversos dentes decíduos retidos em uma paciente do gênero feminino adulta. B, A radiografia panorâmica não mostra dentes não-erupcionados.
· Hiperdontia 
·  é o desenvolvimento de um número maior de dentes e os dentes adicionais são chamados de supranumerários. 
· relação com a Macrodontia. Mais comuns em homens. 
· Mesiodentes = dentes extranumerários que acometem a linha media. 
· Dente supranumerário ou extranumerário suplementar: mesma forma e tamanho.
· Dente supranumerário rudimentar: coronóide, tuberculosos e molariformes.
· Os supranumerários são divididos em tipos: suplementar (tamanho e forma normais) e rudimentar (forma anormal e tamanho menor). Os dentes supranumerários rudimentares são classificados ainda em cônicos (pequenos, conoides), tuberculados (anterior, em forma de barril com mais de uma cúspide) e molariformes (semelhante a pré-molares ou a molares).
OBS da imagem: Hiperdontia (Mesiodente). Dente rudimentar supranumerário erupcionado na região anterior de maxila.
OBS da imagem: Hiperdontia (Mesiodente). Dentes supranumerários bilaterais invertidos na região anterior da maxila.
OBS da imagem: Hiperdontia. Região inferior direita exibindo quatro pré-molares erupcionados.
OBS da imagem: Hiperdontia (Distodente). Supranumerário quarto molar superior.
OBS da imagem: A, Dente rudimentar situado palatinamente a um molar em paciente que também apresenta hipodontia. B, Na radiografia do mesmo paciente, observa-se o dente completamente formado, sobrejacente à coroa do molar.
· Tratamento e prognostico:
· As sequelas associadas à Hipodontia incluem alteração do espaço entre os dentes, retardo na formação dentária, retardo na esfoliação de dentes decíduos, erupção tardia dos dentes permanentes e redução da dimensão vertical. O tratamento do paciente com Hipodontia depende da gravidade do caso. Geralmente, não há necessidade de tratamento para a ausência de um único dente; a reabilitação protética é necessária quando há múltiplos dentes ausentes. 
· As opções de tratamento incluem próteses parciais removíveis, próteses fixas tradicionais, pontes em resina ou implantes e coroas protéticas. O uso de próteses fixas tradicionais, normalmente, não é recomendado para crianças devido ao risco de exposição da polpa durante o preparo do dente, e porque o crescimento ósseo futuro pode levar à infraoclusão e anquilose dos dentes retidos em conjunto pela prótese. Da mesma forma, pelo fato de os implantes atuarem mais como dentes anquilosados do que como dentes em erupção, o seu uso não é recomendado antes do completo crescimento ósseo, exceto em casos de pacientes com Anodontia. Por essas razões, um dispositivo removível, ou uma ponte em resina, muitas vezes é adequado em crianças e adultos jovens, enquanto se aguarda a completa maturação dentária e esquelética.
· Em alguns casos de Hipodontia, o tratamento ortodôntico pode melhorar ou mesmo evitar a necessidade de tratamento restaurador. Pacientes com Oligodontia exibem um aumento da prevalência de reabsorção radicular externa associada ao tratamento ortodôntico. Isso pode ser devido às alterações na anatomia da raiz ou à movimentação dentária exigida em alguns pacientes. O acompanhamento radiográfico é recomendado depois de seis a nove meses de terapia, para avaliar a morfologia radicular quanto à evidência de reabsorção excessiva.
· Consequências do tratamento tardio podem incluir a erupção retardada, mudança de posição dos dentes em áreas de apinhamento, dilaceração, mal oclusão, formação de diastemas ou erupção ectópica na cavidade nasal.
· Um estudo realizado com o objetivo de determinar o momento ideal para a remoção do Mesiodentes na população pediátrica sugeriu uma possível associação entre a remoção após os dez anos de idade com o aumento na prevalência de malformação dos dentes permanentes adjacentes, tais como dilaceração e reabsorção radicular. Embora um acesso cirúrgico cauteloso seja necessário para se evitar danos aos incisivos adjacentes em desenvolvimento, a extração do mesiodente antes dos seis a sete anos parece ser vantajosa em relação à diminuição das complicações locais de desenvolvimento.
OBS: displasia ectodérmica hipoidrótica hereditária.
· Má formação de origem hereditária que afeta todas as estruturas do ectoderma (pele, cílios, glândulas, dentes...).
· Cabelos loiros finos e esparsos. 
· Ausência de sobrancelhas e cílios.
· Intolerância ao calor, devido ao número reduzido de glândulas sudoríparas écrinas
· Xerostomia.
· Associada a anodontia, oligodontia... Os dentes costumam estar marcadamente reduzidos em número (oligodontia ou hipodontia), e as formas das coroas são caracteristicamente anormais (Fig. 16-3). As coroas dos incisivos em geral são afuniladas, cônicas ou pontiagudas, e as coroas dos molares têm diâmetros reduzidos. A ausência completa de desenvolvimento dos dentes também já foi relatada (anodontia), mas isso parece ser incomum.
· Tratamento e prognostico: O manejo da displasia ectodérmica hipoidrótica necessita de aconselhamento genético para os pais e para o paciente. Os problemas dentários são mais bem resolvidos pela substituição protética da dentição com próteses totais, próteses sobre implantes (overdentures), ou próteses fixas, dependendo do número e da localização dos dentes remanescentes.
OBS: displasia Cleidocraniana. 
· É uma doença genética. Hereditária autossômica. Doença óssea por mutação genética. 
· Aplasia ou hipoplasia das clavículas.
· Baixa estatura.
· Cabeça grande.
· Múltiplos dentes extranumerários. 
OBS da imagem: Displasia Cleidocraniana. Radiografia panorâmica mostrando múltiplos dentes não erupcionados. 
OBS: síndrome de Gardner 
· A síndrome de Gardner é uma doença rara caracterizada por pólipos intestinais assim como várias anormalidades ósseas, na pele, nos tecidos moles e em outras localizações. Pode ocorrer transformação maligna desses pólipos do colón. 
· Múltiplos osteomas.
· Dentes extranumerários e impactados. 
· Múltiplos cistos epidermoides da pele. 
OBS da imagem: Síndrome de Gardner. Um segmento de intestino grosso removido mostrando formação de pólipo.
OBS da imagem: Síndrome de Gardner. Radiografia panorâmica mostrando múltiplos osteomas nos ossos gnáticos.
OBS da imagem: Síndrome de Gardner. Esta paciente tem múltiplos e grandes cistos epidermoides.
· Alterações na erupção.
 
· Erupção prematura.
· Dentes natais: presentes no nascimento.
· Dentes neonatais. 
· Erupcionam nos 30 primeiros dias. 
· Tratamento e prognostico: Como já mencionado, os dentes natais em muitos casos representam a dentição decídua e a sua remoção não deve ser realizada apressadamente. A remoção cirúrgica desses dentes está indicada quando existe risco de aspiração devido à mobilidade. O procedimento cirúrgico deve garantir a remoção da papila dentária e da bainha epitelial para prevenir a formação de fragmentos radiculares residuais. Se a mobilidade não é um problema e os dentes estão estáveis, eles devem ser conservados.
· Doença de riga-fede Ulcerações traumáticas dos tecidos moles adjacentes.
OBS da imagem: Incisivos centrais inferiores que estavam erupcionados ao nascimento.
· Erupção retardada.
· Dentes que não erupcionam após um ano de época normal de erupção. 
· Causas locais e sistêmicas. 
· Dentes impactados/inclusos. 
· é aquele que não consegue erupcionar (nascer), não atingindo sua posição na arcada dentária dentro do tempo esperado. Se não removidos podem trazer vários problemas como por exemplo a formação de quistos e tumores.
· É mais comum em sisos e caninos superiores. 
· Os dentes que cessam a erupção antes de emergirem estão impactados.Alguns autores subdividem esses dentes não-erupcionados entre os que são obstruídos por uma barreira física (impactados) e aqueles que parecem mostrar uma perda da força eruptiva (inclusos). Em muitos casos, um dente pode parecer incluso; entretanto, quando removido, pode ser descoberto um hamartoma odontogênico sobrejacente ou um tumor previamente não diagnosticado. Portanto, parece apropriado classificar todos esses dentes como impactados.
· A falha na erupção é mais comumente causada por apinhamento e desenvolvimento maxilofacial insuficiente. Procedimentos que objetivam criar espaço, tais como a extração de pré-molares com finalidade ortodôntica estão associados a uma diminuição da prevalência de impactação de terceiros molares. Dentes impactados são, com frequência, dilacerados e, eventualmente, perdem seu potencial de erupção (após a conclusão do desenvolvimento radicular). Outros fatores conhecidos por estarem associados à impactação incluem: Cistos e tumores sobrejacentes, trauma, Cirurgia reconstrutora, Espessamento de osso ou do tecido mole sobrejacente, Uma série de desordens sistêmicas, doenças e síndromes. 
· Giroversão dentaria 
· Movimentação do dente ao redor do seu longo eixo. 
· Transposição dentaria
· Erupção em posição impropria. 
OBS da imagem: Transposição dentária. Dentes superiores com troca de posição entre os caninos e primeiros pré-molares
· Dentes ectópicos
· Erupção em região onde não costuma ter dente. 
· Ex: palato. 
· Migração dentaria 
· uma mudança de posição do dente que ocorre quando o equilíbrio entre os fatores que mantêm a posição fisiológica dos dentes é comprometido pela doença periodontal, ocasionado geralmente um problema estético.
· Anquilose
· Dente unido ao osso alveolar. União de cemento ao osso alveolar, ausência ligamento periodontal. 
· Dente para de fazer erupção.
· = infraoclusao, retenção secundaria, submersão, reimpactaçao e reinclusão. 
· A erupção continua após a emergência do dente para compensar o desgaste mastigatório e o crescimento dos ossos gnáticos. A interrupção da erupção após a emergência dentária é chamada de anquilose e ocorre pela fusão anatômica de cemento ou dentina com o osso alveolar.
· Distúrbios advindos de alterações do metabolismo local, trauma, lesão, irritação química ou térmica, falha no desenvolvimento ósseo local e pressão anormal da língua têm sido sugeridos. O ligamento periodontal (LP) talvez atue como uma barreira que impede o contato dos osteoblastos direto com o cemento. A anquilose pode surgir de uma variedade de fatores que resultam da deficiência desta barreira natural. Tal perda pode surgir por trauma ou por espaço do LP geneticamente diminuído.
· Apesar de qualquer dente poder ser envolvido, os mais comumente afetados, em ordem de frequência, são o primeiro molar inferior decíduo, segundo molar inferior decíduo, primeiro molar superior decíduo e segundo molar superior decíduo. A anquilose em dentes permanentes é incomum.
OBS da imagem: Anquilose. Molar decíduo bem abaixo do plano oclusal dos dentes adjacentes.
OBS da imagem: Anquilose. Radiografia de molar decíduo anquilosado. Observe a ausência do espaço correspondente ao ligamento periodontal.
· Tratamento e prognostico: Por estarem fusionados ao osso adjacente, os dentes anquilosados não respondem à tração ortodôntica; com as tentativas de se mover o dente anquilosado, ocasionalmente se tem como resultado a intrusão do dente ancorado. A terapia recomendada para anquilose dos primeiros molares decíduos é variável e quase sempre determinada pela gravidade e época do processo. Quando o dente permanente sucessor está presente, a extração do molar decíduo anquilosado não deve ser realizada até que seja evidente que a esfoliação não está ocorrendo normalmente ou quando alterações oclusais estejam surgindo. Após a extração do molar anquilosado, o dente permanente irá erupcionar normalmente, na maioria dos casos. Em dentes permanentes ou decíduos sem sucessor subjacente, uma reconstrução protética deve ser feita para restaurar a altura oclusal.

Continue navegando