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Nutrição-UFGD SEGUNDO A FAO Substâncias destinadas: • A prevenção, destruição ou controle de qualquer praga; • A regulação do crescimento das plantas; • A evitar a queda prematura dos frutos; • A proteção do produto durante o depósito ou transporte. DEFINIÇÃO DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA Agrotóxico substituiu o termo defensivo agrícola, para denominar os venenos agrícolas. Exclui os fertilizantes e os produtos químicos administrados aos animais para estimular o crescimento ou modificar o comportamento reprodutivo. Baseadas nos padrões de uso e no tipo de praga a ser controlada ou destruída: • Inseticidas, herbicidas, fungicidas e raticidas. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos também agrupo os praguicidas em diferentes categorias: • Químicos: organofosforados, carbamatos, organoclorados, piretróides; • Biológicos: bactérias, protetores incorporados nas plantas por engenharia genética, feromônios; • Instrumentos/dispositivos para controle de pragas. No Brasil, as intoxicações agudas por praguicidas estão entre os principais agentes causais, sendo a maioria dos casos por: • Inseticidas: 73% organofosforados, piretróides, carbamatos e organoclorados; • Raticidas: 15,3%; • Herbicidas: 9,7%; Principais circunstâncias: tentativas de suicídio, acidentes e ocupacionais. Composição quali-quantitativa do produto: • Concentração total de ingredientes ativos, inertes e outros ingredientes; • Identidade de todos os componentes da formulação; • Identidade, concentração e toxicidade das impurezas ou subprodutos presentes no produto técnico. Propriedades físico-químicas do produto: • Grau de pureza, estado físico, aspecto, cor, odor, pH, volatilidade, corrosividade, entre outros. Provas toxicológicas: • Toxicidade oral aguda; • Toxicidade dérmica aguda; • Toxicidade inalatória aguda; • Irritação ocular aguda; • Irritação cutânea aguda; • Sensibilização cutânea; • Toxicidade dérmica 21/28 dias; • Toxicidade a curto prazo, duas espécies de animais, uma das quais não roedora; • Toxicidade a longo prazo; Nutrição-UFGD • Potencial carcinogênico; • Efeitos sobre a reprodução e prole, em 3 gerações sucessivas; • Efeitos teratogênicos; • Efeitos mutagênicos; • Neurotoxicidade retardada; • Metabolismo e vias de excreção, bem como a meia vida biológica em animais de laboratório. Ensaios destinados a pesquisa de resíduos: • Estimativa do nível de resíduos no alimento, de produtos de origem animal ou vegetal, cujas matérias primas e seus derivados sejam destinados ao consumo humano in natura ou após transformação mediante processo tecnológico, para os quais s faça necessário fixar LMR (Limite Máximo Residual) de agrotóxicos e seus derivados. Condições de aplicação Foi instituído em 2001 pela Anvisa (Resolução – RDC n° 132, 9/7/01) o Programa Nacional de Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – PARA, destinado a desenvolver programas visando controlar os resíduos de agrotóxicos em alimentos. Principais resultados para 2017-2018: Risco inaceitável: > 100% da IDA (Ingestão Diária Aceitável). RESULTADOS INSATISFATÓRIOS DO PARA REPRESENTAM RISCO À SAÚDE DOS CONSUMIDORES? Resíduos que excederam os limites máximos estabelecidos em legislação. Resíduos que são agrotóxicos não autorizados para aquele determinado alimento. • IDA (mg/kg p.c.); • Efeito aditivo por mecanismo de ação tóxica; • Exposição agregada. INTOXICAÇÃO AGUDA POR EXPOSIÇÃO A RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS NA DEITA Efeitos dependem: • Toxicidade do agrotóxico; • Concentração no alimento; • Quantidade de alimento consumida, por peso corpóreo, de uma vez ou ao longo do dia. Evento aparentemente raro, mas bem documentado (aldicarbe). Subnotificação desses eventos. Parâmetro Dose de Referencia Aguda (DRfA) no processo de autorização do uso de agrotóxicos em culturas agrícolas em vários países e na União Europeia. AVALIAÇÃO DO IMPACTO NA EXPOSIÇÃO Cálculo da Ingestão Diária Máxima Teórica (IDMT): Nutrição-UFGD Os LMRs estabelecidos para um agrotóxico nas diversas culturas são considerados seguros para a saúde do consumidor quando a IDMT não ultrapassa a IDA. RAZÃO DO USO DO AGROTÓXICO PARA AS CULTURAS MONITORADAS NO PARÁ 1. Por que os agricultores têm necessidade de utilizar produtos não autorizados? 2. Seriam os agrotóxicos já autorizados realmente eficazes para estes alimentos? 3. A oferta e disponibilidade destes produtos atende à demanda dos agricultores? 4. Os preços dos agrotóxicos são regulados ou monitorados pelo órgão responsável pelo registro? NOTA TÉCNICA DE ESCLARECIMENTO SOBRE O RISCO DE CONSUMO DE FRUTAS E HORTALIÇAS CULTIVADAS COM AGROTÓXICOS Lavar retira os agrotóxicos dos alimentos? • Ação sistêmica; • Ação de contato. Quais os tipos de agrotóxicos estão indo para a mesa do consumidor segundo os dados do PARA? • Os NPC (não permitido por cultura) em sua grande maioria (17,3%). Como o consumidor pode diminuir o consumo de agrotóxicos? • Optar por alimentos orgânicos; • Alimentos da época; • Produtos com a origem identificada; • Procedimento de lavagem. Água sanitária remove agrotóxicos dos alimentos? • Não, apenas microrganismos. Utilização de recursos naturais e socioeconômicos, com objetivo da autossustentação. Diminuição do uso de energia não renovável. Eliminação de insumos agrotóxicos, OGM (Organismos Geneticamente Modificados) e radiação. Preservação da biodiversidade dos ecossistemas. CRITÉRIOS PARA SE TORNAR AGRICULTOR ORGÂNICO Investigação do uso de adubos químicos e agrotóxicos nos últimos 2 anos. Existência de barreias vegetais. Qualidade da água, condições de trabalho, legislação sanitária e presença de lixo espalhado na área. Fiscalização durante a produção. Inspeção durante período de conversão. PRINCIPAIS DIFICULDADES DO MERCADO DE PRODUTOS ORGÂNICOS Baixa escala de produção. Falta de recursos e treinamento dos produtores. Custo da certificação, fiscalização e assistência técnica. Aspecto nutricional e sensorial dos alimentos orgânicos: Tipos e preços dos produtos orgânicos comercializados em Dourados-MS (2018): • A maioria dos alimentos orgânicos disponíveis nos supermercados da cidade de Dourados-MS eram produtos industrializados, sendo Instrução Normativa n° 007, de 17 de maio de 1999. Lei 659-A de 2000. Regulamentos do Codex Alimentarus. Nutrição-UFGD encontrado apenas 17 in natura do total de 85 alimentos orgânicos encontrados disponíveis.
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