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Agentes e Circuitos Económicos

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11º ano 
ECONOMIA A 
 
 
8. Os agentes económicos e o circuito económico 
8.1. O circuito económico 
 
Atividade económica: conjunto de tarefas que asseguram a existência de uma população através da 
produção, repartição de rendimentos (resultantes da produção), utilização do rendimento no consumo e na 
utilização do mesmo em investimento (poupança) para garantir nova produção. 
 
Agentes económicos: são todos os agentes que intervêm na atividade económica. 
 
Operações económicas: interações entre os vários agentes económicos no exercício das suas funções 
 
 Operações sobre bens e serviços: produção, distribuição e consumo de bens. 
 Operações de repartição: renumerações, impostos e subsídios. 
 Operações financeiras: depósitos, aplicações financeiras, empréstimos, etc. 
 
Famílias 
 
Consumir 
Empresas não financeiras 
 
Produzir bens e serviços não financeiros 
Estado Satisfazer necessidades coletivas e redistribuir o 
rendimento 
Instituições financeiras 
 
Prestar serviços financeiros 
Resto do mundo 
 
Trocar bens, serviços e capitais 
 
Circuito económico: representação das relações que se estabelecem entre agentes económicos (fluxos). 
Fluxos: relações que os agentes económicos estabelecem entre si. 
 Fluxos reais: representam as interações materiais realizadas pelos agentes (ex: horas) 
 Fluxos monetários: representam a contrapartida dos respetivos fluxos reais (ex: salários) 
______________________________________________________________________________________ 
Nota: A cada fluxo real corresponde sempre um fluxo monetário e vice-versa. 
______________________________________________________________________________________ 
 
Economia fechada: Economia sem relações económicas com o Resto do Mundo. 
Economia aberta: Economia com relações económicas com o Resto do Mundo. 
 
 
RN=DN=PN → Equilíbrio económico 
 
 
8.2. Equilíbrio económico 
 
Equilíbrio económico: igualdade entre os recursos e os empregos, em cada agente e no conjunto da 
economia. 
 
Sistema de contas: representação de fluxos monetários (T’s). 
 
Ex: 
Famílias 
Empregos 
 
Alimentação: 450 
Impostos: 90 
Poupança: 70 
Recursos 
 
Ordenados: 500 
Juros: 100 
Subsídios: 10 
610 610 
 
 
Equilíbrio entre Empregos e Recursos 
Quando: 
E > R – Necessidade de financiamento 
E < R – Capacidade de financiamento 
E = R – Equilíbrio 
 
9. Contabilidade Nacional 
9.1 Noção e objetivos da Contabilidade Nacional 
 
Contabilidade Nacional: Conjunto de técnicas de cálculo que serve para quantificar o funcionamento da 
economia de modo a dar informações suficientes para o governo de um determinado país poder definir novas 
estratégias de desenvolvimento. 
 
Objetivos da Contabilidade Nacional: 
• Medir: fornecer os dados relativamente à atividade económica realizada num país num determinado 
período de tempo. 
• Prever: previsão económica para viabilizar a tomada de decisões ou evitar ou minimizar crises 
económicas. 
• Decidir: a tomada de decisão permite prever, com razoável probabilidade, as consequências, nos 
diversos indicadores, da manipulação dos instrumentos de política económica. 
• Comparar: 
o Comparação no espaço: proporcionar a informação necessária para estabelecer 
comparações entre economias. 
o Comparação no tempo: estudar a evolução de uma economia ao longo dos tempos. 
 
Um recurso de um 
agente constitui um 
emprego de outro 
 
 
 Os países da União Europeia têm um sistema comum, o Sistema Europeu de Contas (SEC 95), 
aprovado em 1995, que permitiu harmonizar as Contas Nacionais entre os Estados-membros. 
 Em Portugal, a Contabilidade Nacional utiliza, no processo de cálculo, regras idênticas aos outros 
países porque desta forma podemos estudar a evolução das economias. 
 
 
9.2. Conceitos necessários à Contabilidade Nacional 
 
Território económico: espaço em que se contabiliza a atividade económica. Este inclui: 
• Território geográfico; 
• Zonas francas (Ex: fábricas); 
• Espaço aéreo nacional, águas territoriais, plataforma continental, transportes, etc.; 
• Enclaves territoriais (Ex: embaixadas); 
• Jazidas geológicas em águas internacionais. 
 
Residentes: agente que realiza operações económicas num determinado território, ou a partir dele, há mais 
de um ano. 
 
Unidade institucional: agente que tem uma função especifica na atividade económica e uma fonte de 
recursos própria, além de ter autonomia de decisão relativamente à sua função principal. 
 
Setor institucional: representa a totalidade das unidades institucionais de igual natureza (que 
desempenham a mesma função especifica) e com autonomia de decisão. 
 
Ramo de atividade: conjunto de unidades que exercem uma atividade económica idêntica ou similar. 
 
O SEC 95 identifica cinco sectores institucionais (mais um - Resto do Mundo): 
 
Sociedades Não Financeiras: agrupam todas as sociedades públicas e privadas residentes no país, 
produtoras de bens e serviços mercantis (comercializáveis) não financeiros. 
Recursos: provenientes das vendas. 
 
Sociedades Financeiras: agrupam o conjunto de sociedades, residentes no país, prestadoras de serviços de 
intermediação financeira e/ou exercendo atividades 
auxiliares de natureza financeira, monetárias e não monetárias, públicas e privadas. Recursos: provenientes 
dos pagamentos dos serviços financeiros prestados (Ex: juros). 
 
Administrações Públicas: todas as unidades residentes, produtoras de bens e de serviços não mercantis 
(não comercializáveis) destinados ao consumo individual e coletivo, isto é, são as unidades que possibilitam 
a redistribuição do rendimento e da riqueza nacional. 
Recursos: pagamentos obrigatórios efetuados pelos outros sectores institucionais (Ex: impostos). 
 
Famílias: são os indivíduos ou grupos de indivíduos residentes no país, quer enquanto consumidores, quer 
enquanto produtores de bens e serviços (comercializáveis, não financeiros), desde que sejam empresários 
em nome individual ou profissionais liberais. 
Recursos: Remunerações dos fatores produtivos (S+R+J+L), transferências dos outros sectores, bem como, 
receitas provenientes das vendas (de serviços). 
 
Instituições Sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias (ISFLSF): produzir bens e serviços sem fins 
lucrativos, para fornecer gratuitamente às famílias ou a preços pouco significativos. 
 
 
Resto do Mundo: agrega todas as unidades institucionais não residentes em território nacional que 
estabelecem relações com unidades institucionais residentes. 
 
Recursos: contribuições voluntárias das famílias (associados), das transferências provenientes das 
administrações públicas e dos rendimentos de propriedade. 
 
9.3 Óticas de cálculo do valor da produção 
 
Óticas de cálculo do valor da produção: os vários “caminhos” diferentes para calcular o produto de modo a 
fornecerem informações diferenciadas e complementares. Existem 3 óticas: ótica do produto, ótica do 
rendimento e ótica da despesa. 
 
Ótica do valor do produto: Por esta ótica de cálculo fica-se a conhecer a origem e natureza dos bens 
produzidos, pois o produto é contabilizado segundo o ramo de atividade que lhe dá origem. 
 
Problema da múltipla contagem: o valor de determinado bem é registado mais do que uma vez isto porque 
muitos bens são incorporados noutros durante o processo produtivo (os bens cuja utilização corresponde a 
um consumo intermédio). É consumo intermédio logo não pode ser contabilizado. 
 
Método dos valores acrescentados: determinação do valor acrescentado por unidade produtiva. Depois,o 
valor será a soma desses valores. 
 
 
 
VAB - Valor Acrescentado Bruto 
VBP - Valor Bruto Produção 
CI - Consumos Intermédios 
 
Método dos produtos finais: consideram-se os bens que não irão sofrer mais transformações no processo 
produtivo, ou seja, os bens/produtos para consumo final. 
 
 
 
 Caso o PIB seja avaliado a preços de mercado, é necessário adicionar o valor impostos líquidos de 
subsídios sobre os produtos. 
 
 
Ti - impostos indiretos 
Subs. - Subsídios à produção 
 
 
 
Produto nacional: produto realizado à base dos fatores produtivos nacionais, mesmo que utilizado fora do 
território económico. 
 
SRRM: Saldo dos Rendimentos com o Resto do Mundo. 
 
Produto interno: valor do produto realizado pelas unidades institucionais dentro do território onde são 
residentes. 
 
Produto bruto: Quando o desgaste do capital fixo (consumo de capital fixo) não é contabilizado. 
Produto líquido: Quando o desgaste do capital fixo é contabilizado. 
 
 
CCF: Consumo Capital Fixo 
 
Produto a preços base: Produto contabilizado em função dos custos relativos à produção dos bens e 
serviços. 
Produto a preços de base= Custo dos bens utilizados na produção + Renumerações + Impostos – outros 
subsídios. 
 
Produto a preços no produtor: Produto valorizado à saída das unidades produtivas. 
Produto a preços no produtor=Produto a preços de base + Impostos sobre os produtos (exceto o IVA) – 
Subsídios 
 
Produto a preços de aquisição: Produto contabilizado em função do valor entregue pelos compradores. 
Produto a preços de aquisição= Produto a preços no produtor + Margens de distribuição + IVA 
 
Preços correntes: quando os bens e serviços são valorizados aos preços verificados no ano em causa com 
inflação. Permite a medição da taxa de crescimento do PIB em termos nominais ou monetários. 
 
Preços constantes: quando os bens e serviços são valorizados segundo os preços de um ano considerado 
como base sem inflação. Permite a medição da taxa de crescimento do PIB em termos reais ou em volume. 
 
Como se deflaciona um valor do PIB: 
 
 
Ótica da despesa: O valor do produto a partir das despesas finais realizadas por todos os agentes 
económicos. Por esta ótica, fica-se a conhecer, portanto, o destino e a utilização dada à produção efetuada. 
 
PIB=DI= Consumo Total + Investimento + Exportações – Importações 
PNB=DN= DI + SRRM 
 
 
(IPC) 
 
 
Procura Interna: despesas pelas unidades residentes em bens e serviços produzidos exclusivamente no 
território económico do país. 
Procura Interna= Consumo Total + Investimento 
 
 
Procura Externa: despesas efetuadas por unidades não residentes. 
Procura Externa= Valor das Exportações 
 
Procura Global: Despesas efetuadas pelas unidades residentes e não residentes na aquisição de bens e 
serviços produzidos no território económico. 
Procura Global= Procura Interna + Procura Externa 
 
Logo 
DI= PIB = Procura Global - Importações 
 
Despesa Interna: gastos das unidades institucionais realizados no interior da sua fronteira económica. 
 
Despesa Nacional: gastos efetuados por todas as unidades institucionais residentes no país. 
 
Ótica do Rendimento: valor do produto calculado a partir dos rendimentos criados no processo produtivo. 
 
Rendimento Interno: corresponde à totalidade das remunerações dos fatores produtivos de uma economia. 
 
 
 
RDP= Rendimentos Primário + Rendimentos Secundários – Impostos – Contribuições Sociais 
 
RDliquido= PNB – Consumo Capital Fixo + Transferências correntes líquidas provenientes do exterior 
 
9.4. Limitações da Contabilidade Nacional 
 
Limitações da contabilidade nacional: situações em que a medição da atividade económica não é possível. 
A economia não observada e as externalidades são exemplos disso. 
 
Economia não observada: atividades que não são objeto de comunicação às autoridades, não são 
declaradas, ou não há elementos contabilísticos sobre as quais. 
• Autoconsumo: bens provenientes de produção própria. 
• Setor informal: atividades artesanais ou pequena produção familiar, voluntariado, etc. 
• Economia subterrânea: atividades legais ocultas (evasão fiscal) e atividades ilegais, como por 
exemplo tráfico de droga. 
O autoconsumo e o setor informal constituem a chamada economia informal. 
 
Externalidades: efeitos decorrentes de factos económicos que têm consequências positivas ou negativas 
sobre as populações. Podem ser: 
• Positivas: quando delas resultam benefícios para a sociedade 
• Negativas: quando delas resultam malefícios para a sociedade 
Nota: 
DN= PNBpm 
DI= PIBpm 
 
 
10. As relações económicas com o Resto do Mundo 
10.1. A necessidade e a diversidade de relações internacionais 
Exportações: transações de bens e serviços de residentes para não residentes. 
Importações transações de bens e serviços de não residentes para residentes. 
 
Comércio interno: quando os agentes económicos intervenientes pertencem ao mesmo país (são ambos 
residentes). 
Comércio externo: quando os agentes económicos intervenientes pertencem a países diferentes (um deles 
não é residente). Aplica-se apenas em países em concreto. É diferente de comércio internacional. 
 
Comércio Internacional: designação dada ao comércio entre os diferentes países do mundo. 
 
Divisão Internacional do trabalho (DIT): divisão da produção a nível mundial, associada à diversidade de 
recursos e com base nas trocas. Conduz à especialização da produção dos países. 
 
Vantagens comparativas: na troca entre países, um deles poderá ter vantagem absoluta na produção de 2 
bens. O país em desvantagem deverá especializar-se na produção do bem em que é menos eficiente. 
 
Vantagens absolutas: quando um país produz mais barato um bem do que um outro país. 
 
10.2. O registo das relações com o Resto do Mundo – A Balança de 
Pagamentos 
 
Balança de pagamentos: documento estatístico que, anualmente, resume as relações económicas de um 
país com o Resto do Mundo. Serve para que os governos possam avaliar o relacionamento económico que 
os seus países estabelecem com os outros. Em Portugal, este documento é elaborado pelo Banco de 
Portugal com dados do INE. 
A balança de pagamentos é constituída por: 
• Balança corrente: transações exceto as de movimentos de capitais e ativos financeiros. Esta é 
constituída pelas seguintes balanças: 
o Balança de bens: troca de bens em processamento, mercadorias. 
o Balança de serviços: troca de serviços, por exemplo turismo, e direitos de utilização. 
o Balança de rendimentos primários: Troca de rendimentos do trabalho e do capital 
o Balança de transferências correntes ou rendimentos secundários: transferências correntes 
privadas e públicas. 
• Balança de capital: entradas e saídas de fluxos de capitais não financeiros. 
• Balança financeira: entradas e saídas de fluxos financeiros (investimento). 
 
Divisas: moeda admitida como meio de pagamento nas trocas internacionais. 
Débito: saída de divisas. 
Crédito: entrada de divisas 
Taxa de câmbio: relação entre moedas de 2 países que resulta no preço de uma delas medido em relação à 
outra. 
• Fixa: Quando são as autoridades monetárias que fixam o valor da taxa. 
• Flutuante: Quando funciona consoante o mecanismo de mercado. 
 
 
 
10.2.1. A Balança Corrente 
 
Saldo da Balança de Mercadorias: resulta da diferença entre o valor dos créditos (valor das exportações) e 
os débitos (valor das importações). 
 
Saldo da balança de mercadorias = crédito – débito 
______________________________________________________________________________________ 
Nota: 
• quando o saldo é negativo, estamos perante um saldo deficitário pois os créditos são menores que 
os débitos. 
• quando o saldo é igual a zero, o saldo é nulo, pois o valor dos créditos é igual ao valor dos débitos. 
• quando o saldo é positivo, estamos perante um saldo superavitário pões os créditos são superiores 
há os débitos. 
 
Saldo das restantes balançasconstituintes da Balança Corrente: assim como acontece na balança de 
mercadorias, os saldos das restantes balanças resultam também da diferença entre créditos e débitos. 
 
Indicadores para o desempenho do comércio Internacional 
Taxa de cobertura: capacidade que uma economia tem de pagar as suas importações com o valor obtido 
com as suas exportações. 
 
 
______________________________________________________________________________________ 
Nota: 
quando a taxa é superior a 100%, a economia tem capacidade para cobrir as importações com o valor das 
suas exportações. 
Quando a taxa é inferior a 100%, a economia não tem capacidade para cobrir as as importações com o valor 
das suas exportações. 
 
Intensidade exportadora: peso que o valor das exportações tem no PIB de uma economia. 
 
Grau de Abertura da Economia ao Exterior: peso que o comércio com o exterior tem na economia nacional. 
 
 
______________________________________________________________________________________ 
Nota: 
• quanto maior for este índice, mais aberta é a economia. 
 
 
 
 
 
Balança de Transferências correntes ou rendimentos secundários: balança onde estão inseridas as 
transferências privadas, como por exemplo as remessas dos migrantes, e as transferências públicas, como 
os fundos da União Europeia. No caso de Portugal, esta balança tem registado valores positivos devido às 
remessas dos emigrantes. 
 
Balança Corrente = Balança de Bens + Balança de Serviços+ Balança de Rendimentos Primários+ Balança 
de Transferências correntes ou rendimentos secundários 
 
10.2.2. A Balança de Capital 
 
 
Saldo conjunto das Balanças Corrente e de Capital: representa a capacidade ou necessidade de 
financiamento de uma economia, isto é, se o país é, respetivamente, credor ou devedor em relação ao Resto 
do Mundo. 
 
Saldo conjunto = balança corrente+ balança de capital 
 
• Quando o saldo conjunto destas duas balanças apresenta um valor negativo, a economia do país em 
causa tem necessidade de financiamento. 
• Quando o saldo conjunto destas duas balanças apresenta um valor positivo, a economia do país em 
causa tem capacidade de financiamento. 
 
______________________________________________________________________________________ 
Nota: 
• o sinal da balança financeira vai ser sempre o oposto do saldo conjunto. 
______________________________________________________________________________________ 
 
10.2.3. A Balança Financeira 
 
A Balança Financeira inclui as seguintes rubricas: 
• Investimento direto, como por exemplo o investimento direto em Portugal; 
• Investimento de carteira, como por exemplo a compra de ações no estrangeiro; 
• Ativos de reserva, como por exemplo a aquisição pelo Banco de Portugal de títulos em dólares no 
estrangeiro; 
• Derivados financeiros, as transações destes derivados; 
• Outro investimento, como por exemplo um empréstimo concedido por um banco estrangeiro. 
 
 
 
Saldo da balança financeira= saldo conjunto das balanças correntes e de capital+ erros e omissões 
______________________________________________________________________________________ 
Nota: 
• quando o saldo da balança financeira é superior a zero, a economia em análise tem necessidade de 
financiamento. 
• quando o saldo da balança financeira é inferior a zero, a economia em análise tem capacidade de 
financiamento 
 
Balança de pagamentos= balança corrente+ balança de capital+ balança financeira+ erros e omissões 
Balança de pagamentos= zero 
 
10.3. As políticas comerciais e a Organização do Comércio Mundial 
 
Protecionismo: política que visa a proteção da economia nacional através de barreiras alfandegárias Além 
de outros instrumentos 
 
 
 
Embargo comercial: forma de contingentação dado que proíbe a entrada de um bem. 
 
Outros instrumentos: 
• subsídios às exportações, tornando os bens são exportados mais baixos; 
• dumping, vendendo bens a preços inferiores no mercado externo aos que são praticados no mercado 
interno; 
• desvalorização da moeda, a moeda perde valor aquisitivo tornando as importações mais caras e as 
exportações mais baratas/competitivas. 
 
Livre-cambismo: política do comércio externo que defende a liberalização das trocas, justificando a como 
estratégia de desenvolvimento das respetivas economias, ou seja, defende as trocas comerciais com o 
exterior sem qualquer entrave. 
 
Teoria das vantagens absolutas: um país tem vantagens absolutas na produção de um bem quando faz de 
forma mais barata do que os outros países. Deve então especializar-se na produção e exportação desse 
bem. Assim, o país troca o excedente criado por bens em que não têm vantagens absolutas. 
 
Princípio das vantagens comparativas: na troca entre países, um deles poderá ter vantagem absoluta na 
produção de 2 bens. Então, o país em desvantagem deverá especializar-se na produção do bem em que é 
menos e eficiente. 
Organização Mundial do comércio (OMC): organização constituída por cerca de 164 países que representam 
cerca de 98% das trocas mundiais. Esta organização defende a liberalização progressiva das trocas 
internacionais. O seu principal objetivo é regular o comércio entre os Estados membros através de acordos 
negociados e subscritos pela maioria dos países 
Barreiras alfandegárias: entraves às importações 
barreiras tarifárias: consistem em tarifas ou 
custos a que os bens e serviços 
importados estão sujeitos. Exemplo: 
direitos aduaneiros 
barreiras não tarifárias: impõem limites 
quantitativos a bens e serviços 
importados. Exemplo a contingentação. 
Consiste no limite ao volume de um bem 
importado.
 
 
Os princípios desta organização são: 
• Princípio da não discriminação. Não se pode discriminar países. Se o país A beneficia país B, também 
tem de beneficiar C,D,E,… . 
• Princípio da previsibilidade. As regras e o acesso ao mercado Internacional é do conhecimento de 
todos. 
• Princípio do tratamento especial a países em desenvolvimento. Os países em desenvolvimento 
podem ter benefícios no comércio com os desenvolvidos, como vantagens aduaneiras. 
• Princípio da proibição de restrições quantitativas. São proibidas as quotas e impedimentos de 
importação. Os países protecionistas podem recorrer a direitos aduaneiros caso a situação esteja 
prevista no comércio com outros. 
 
Criação de comércio: verifica-se quando o comércio vem substituir uma produção interna, havendo assim 
um aumento do mesmo em resultado da abolição das tarifas aduaneiras. 
Desvio de comércio: verifica-se quando os fluxos de comércio se deslocam de determinados países para 
outros em resultado da abolição de tarifas aduaneiras. 
 
11. A intervenção do Estado na economia 
11.1. Funções e organização do Estado 
 
Estado: sociedade politicamente organizada, fixa em determinado território que lhe pertence (que lhe é 
privativo) tendo como características a independência e a soberania. 
 
Elementos constituintes do Estado: 
• Povo: Conjunto de pessoas ligadas por laços de nacionalidade; 
• Território: Espaço geográfico que inclui o solo, o subsolo, o espaço aéreo e o espaço marítimo; 
• Órgãos de soberania: Poder político inerente ao Estado. 
 
Funções do Estado 
Funções Jurídicas Funções Não Jurídicas 
• Função legislativa 
• Função executiva 
• Função judicial 
• Função política 
• Função económica 
• Função social 
 
Função legislativa: elaboração do conjunto de normas jurídicas constituídas pelas leis constitucionais e pelas 
leis ordinárias (sendo estas últimas inferiores e hierarquicamente às primeiras). 
 
Função executiva: concretização das leis e isso execução de resoluções tomadas. 
 
Função judicial: administração da justiça de acordo com a lei. 
 
Função política: garantir a satisfação dos interesses gerais da comunidade, como a defesa, segurança e 
justiça. 
 
Função económica: quando o Estado atua como dinamizador ou regulador da atividade económica de um 
país. 
 
 
Função social:criar as condições necessárias ao bem-estar da comunidade garantindo padrões mínimos de 
vida aos cidadãos (exemplo: salário mínimo). 
 
Presidente da República 
Assembleia da 
República 
Governo Tribunais 
função política 
 
 
função legislativa 
 
função executiva 
 
função judicial 
Organização do Estado português 
Presidente da República: 
• Eleito a cada 5 anos por sufrágio direto universal; 
• Tem uma função política; 
• Necessita de uma maioria absoluta para poder exercer funções. 
 
Governo: 
• Eleito a cada 4 anos por sufrágio indireto; 
• Normalmente é constituído pelo partido mais votado na Assembleia da República; 
• Necessita de uma maioria absoluta para poder exercer funções; 
• Tem uma função executiva e política. 
 
Assembleia da República: 
• Órgão de soberania constituído por 180 a 230 deputados; 
• Eleita a cada 4 anos como o governo; 
• Além de uma função política tem também as funções legislativa e executiva. 
 
Tribunais: 
• Órgão com competência de fazer justiça em nome do povo respeitando a lei; 
• Tem apenas a função judicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Setor Público Setor Público Empresarial (SPE) 
Setor Público Administrativo (SPA) Setor 
Empresarial 
Local 
Setor 
Empresarial do 
Estado 
• administração central 
• administração regional 
• administração local 
• segurança social 
• fundos autónomos 
Empresas 
públicas 
Empresas 
participadas 
 
 
 
SPA: Conjunto de serviços que o Estado presta no desempenho das suas atividades tradicionais de modo a 
maximizar a satisfação das necessidades coletivas, não havendo fins lucrativos. 
 
SPE: Tem por objetivo produzir bens e serviços, com fins lucrativos, em sectores considerados fundamentais 
para a Economia e que não despertam interesse aos particulares, quer pela pouca rentabilidade, quer pelos 
avultados custos de implementação. 
 
Empresas públicas: empresas cuja propriedade é do Estado, ou seja, o Estado que tem mais do que 50% do 
capital. 
 
Empresas participadas: empresas que não são públicas, mas o Estado detém uma parte do capital (<50%). 
 
Nacionalizações: transferência da propriedade de uma empresa para o Estado. Exemplo: TAP. 
 
Fatores que justificam as nacionalizações: 
• Importância da empresa; 
• Má gestão ou administração da empresa; 
• Não satisfação das necessidades coletivas; 
• Possível falência da empresa pondo muitos trabalhadores no desemprego ou em risco do mesmo. 
 
Privatizações: o Estado desfaz-se de uma parte ou mesmo da totalidade do capital de uma empresa pública, 
passando a empresa para as mãos de privados. 
 
11.2. A intervenção do Estado na atividade económica 
 
Funções económicas e sociais: o estado tem como função garantir a eficiência, a equidade e a estabilidade. 
 
Eficiência: utilização do mínimo de recursos na produção de bens e serviços de forma a obter-se um mínimo 
de custo. 
 
Estabilidade: redução das flutuações da atividade económica para que esta estabilize. 
 
Equidade: promoção de uma repartição do rendimento mais equilibrada, sem acentuadas desigualdades 
sociais. Assim garante a igualdade de oportunidades e a justiça social, corrigindo o mercado. 
 
Falhas de mercado: 
• Bens públicos (devido às suas características, a sua produção não é apelativa aos privados); 
• Externalidades (de modo que as negativas diminuam e as positivas aumentem); 
• Concorrência imperfeita (demasiado poder no preço de um bem). 
 
 
Estado liberal: Defende que o peso do Estado na atividade económica é mínimo, apenas em atividades como, 
por exemplo, a defesa; 
 
Estado intervencionista: Defende a intervenção do Estado na atividade económica, embora com moderação, 
para que o sector público não assuma um peso relativamente elevado na economia; 
 
 
 
Estado-providência: Defende a intervenção do Estado na atividade económica de forma a corrigir eventuais 
falhas de mercado. Intervenção na esfera social, desenvolvendo um esquema de proteção social até aí 
inexistente. 
11.2.1. Instrumentos de intervenção económica e social do Estado 
Instrumentos de intervenção económica e social do Estado: 
• Planeamento económico; 
• Orçamento do Estado; 
• Políticas económicas e sociais. 
 
Planeamento económico: instrumento que o estado dispõe para articular as diferentes iniciativas a fim de 
potenciar as capacidades da economia e, assim, maximizar a satisfação das necessidades com um menor 
custo. este pode ser de caráter indicativo, planos orientadores para as empresas privadas que podem 
escolher não seguir, ou de caráter imperativo, planos impostos às empresas públicas e que têm de ser 
seguidos. 
 
Orçamento do Estado: documento onde são previstas as despesas e receitas do Estado para um 
determinado período de tempo, geralmente um ano. Tanto as despesas como as receitas públicas têm 
grande impacto na atividade económica. 
 
Despesas: 
• Correntes, fazem-se ao longo de 1 ano e são de caráter ordinário; 
• De capital, fazem-se durante um ano mas os seus efeitos perduram por mais tempo sendo assim de 
natureza extraordinária. 
Efeitos: 
 
 
 
 
 
 
Receitas: 
• Coativas, prestações pecuniárias exigidas aos particulares; 
• Patrimoniais, venda de património do Estado; 
• Creditícias, empréstimos que o estado contrai originando dívida pública 
 
As receitas, à semelhança das despesas, também podem ser classificadas como: 
• Correntes (impostos, taxas, multas); 
• De capital (venda de património). 
 
Impostos: prestações pecuniárias, coativas, unilaterais e sem carácter de sanção. 
Taxas de: prestações pecuniárias, coativas, bilaterais e carácter de sanção. 
Multas: prestações que pecúnias, coativas, unilaterais e com carácter de sanção 
 
Efeitos: 
 
 
 
 
+ Vencimentos 
+ Subsídios 
+ RDP 
+ Procura 
+ Lucros 
+ Consumo 
+ Investimento 
+ PIB 
+ Impostos - RDP 
- Procura 
- Lucros 
- Consumo 
- Investimento 
- PIB 
 
 
Impostos progressivos: quando é aplicada uma taxa maior sobre os rendimentos mais elevados. São um 
instrumento para diminuir as desigualdades sociais e promover a equidade. Exemplo de: IRS. 
 
 
 
 
 
 
impostos regressivos: por exemplo, o IVA tem uma taxa fixa e assim tem o maior peso no rendimento das 
famílias com menores rendimentos. 
 
 
 
 
Saldo orçamental= receitas – despesas 
saldo orçamental global= (receitas - emissão de dívida) – (despesas – amortizações) 
saldo orçamental Primário = receita – (despesa – Juros) 
saldo orçamental em percentagem do PIB = (saldo orçamental / PIB) x 100 
saldo corrente= receitas correntes-despesas correntes 
saldo de capital= receitas de capital-despesas de capital 
 
 
 
Situações de saldo: 
• Superavit: R > D 
• Défice: R < D 
• Equilíbrio: R = D 
 
Dívida pública: total de empréstimos realizados ao Estado após a verificação de um défice. 
 
A dívida pública pode ser classificada segundo 2 critérios: 
• quanto à origem: 
o interna 
o externa 
• quanto ao prazo: 
o fundada, médio/longo prazo, 
o flutuante, curto prazo. 
 
Políticas económicas e sociais: são ações que os Estados intervencionistas desenvolvem para alcançar 
objetivos, adotando medidas usando instrumentos macroeconómicos. estas políticas podem ser conjunturais 
(curto prazo) ou estruturais (médio e longo prazo). 
 
Política fiscal: decisões relativas aos gastos e à obtenção de receitas do Estado. 
Défice 
orçamental 
financiamento/empréstimos dívida pública 
Famílias com maiores rendimentos 
Famílias como menores rendimentos 
+ Imposto 
- Imposto 
= Imposto 
= Imposto 
+ Equidade 
- Equidade 
 
 
A política fiscal pode ser expansionista (expansão/dinamização da economia através da diminuição de 
impostos) ou restritiva (contração da economia através do aumento de impostos). 
 
Política orçamental: o uso deste despesas e receitas públicas (orçamento de Estado) para influenciar a 
evolução da economia podendo assim ser restritiva (atuando numa situação expansionista)ou expansionista 
(atuando numa situação restritiva). 
 
Política monetária: assegurar a estabilidade monetária e regular a liquidez, potenciando o crescimento 
económico, gerando emprego e uma inflação controlada. 
 
 Perante uma situação expansionista e recorrendo a uma política orçamental, o Estado pode diminuir 
os impostos e as contribuições para a segurança social aumentando assim os salários e as transferências 
sociais. Com estes últimos aumentos irá ser provocado um aumento no consumo e no investimento seguido 
de um aumento da procura podendo até mesmo causar uma situação inflacionista. 
 
 Durante uma situação restritiva, o estado pode recorrer a um aumento dos impostos e das 
contribuições para a segurança social provocando uma diminuição do RDP. esta diminuição irá causar uma 
diminuição no consumo investimento seguir de uma diminuição na procura acabando com uma diminuição 
do preço dos bens. 
 
12. A economia portuguesa no contexto da 
União Europeia 
12.1. Noção e formas de integração económica 
 
Integração económica: integração de economias nacionais em espaços económicos mais vastos 
ultrapassam fronteiras (através da eliminação de barreiras à livre circulação). 
 
Formas de integração económica 
1. Sistema de preferências aduaneiras: países que, fazendo parte 
do sistema, conseguem vantagens aduaneiras entre si. 
Exemplo: Commonwealth. 
 
2. Zona de comércio livre: zona em que a livre circulação de 
mercadorias entre os países pertencentes e em que cada um 
define a sua pauta aduaneira com países terceiros. exemplo: 
EFTA 
 
3. União aduaneira: zona em que, além da livre circulação de 
mercadorias, é aplicada uma pauta aduaneira comum relativamente ao comércio com países 
terceiros. Exemplo: União aduaneira da África Austral (SACU) 
 
4. Mercado comum/único: a livre circulação de mercadorias estende-se à livre circulação de pessoas, 
capitais e serviços. Exemplo: Mercosul. 
 
5. União Económica: tipo de integração em que além de conter um mercado comum também tem poder 
para adotar políticas económicas e sociais comuns a todos os Estados membros. Exemplo: União 
Europeia. 
 
(1)
(2)
(3) (4)
(5)
(6)
 
 
6. União política: as políticas comuns vão substituindo as políticas nacionais dos Estados membros, 
verificando-se a progressiva transferência dos poderes soberanos para órgãos supranacionais que 
exercem na soberania comum. 
 
Soberania comum/partilhada: coexistência dos poderes soberanos dos Estados nacionais com os poderes 
transferidos pela vontade dos Estados para órgãos supranacionais. 
 
12.2. O processo de integração na Europa 
 
História 
 
Alargamentos 
 
 
O euro (União Económica e monetária): 
• criada em 1999 como moeda escritural (para fins contabilísticos); 
• entra em circulação sob a forma de moedas e notas em 2002; 
•Zona de 
Comércio 
Livre
•(1951-
Tratado de 
Paris)
CECA
•União 
Aduaneira
•(1957-
Tratado de 
Roma)
CEE e 
Euratom
•Mercado 
Comum
•(1986- Ato 
Único 
Europeu)
CEE- Mercado 
Comum
•União 
económica e 
monetária
•(1992-
Tratado de 
Maastricht)
União 
Europeia
 
 
• Começa por circular entre 19 países: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, 
Irlanda, Áustria, Finlândia, Portugal, Espanha, Grécia, esloveno, Chipre, Malta, Eslováquia, História, 
Letónia e Lituânia; 
• Moeda forte a nível Internacional, tornando-se uma moeda mundial atraente como dólar norte 
americano e o iene japonês. 
 
Critérios para aderir à zona euro (critérios de convergência): 
• Estabilidade dos preços (taxa de inflação inferior em 1.5 p.p. relativamente à média dos 3 melhores 
resultados); 
• Finanças sólidas (défice orçamental inferior 3% do PIB); 
• Finanças sustentáveis (dívida pública inferior a 60% do PIB); 
• Estabilidade cambial (participação no mecanismo de taxa de câmbio durante os 2 anos anteriores à 
entrada na união económica e monetária); 
• Sustentabilidade da convergência (as taxas de juro de longo prazo não poderão exceder em 2 p.p. 
percentuais as verificadas nos 3 países com melhores resultados). 
 
Gestão da UEM: 
• Sistema europeu de bancos centrais (SEBC): constituído pelo BCE e pelos bancos centrais da União 
Europeia. 
 
• Eurossistema: constituído pelo BCE e pelos bancos centrais da zona euro 
 
• Banco Central Europeu (BCE): instituição que define a política monetária para a zona euro com 
objetivo de estabilizar os preços. 
 
• Eurogrupo: fórum constituído pelos ministros da economia e finanças dos países da zona euro, BCE 
e Comissão Europeia. 
 
• Ecofin: Conselho que integra os ministros da economia e finanças dos países da UE e a Comissão 
Europeia. Define linhas orientadoras para a economia e coordena as políticas económicas no espaço 
europeu 
 
Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC): acordo que estipula regras relativamente ao compromisso para 
o cumprimento dos critérios de convergência de Maastricht. as regras são: défice orçamental limitado nos 
3% do PIB e dívida pública limitada NOS 60% do PIB. 
 
Cidadania Europeia (direitos): 
• direito de circulação e permanência; 
• direito ao voto e elegibilidade (nas autárquicas e europeias); 
• direito à proteção diplomática; 
• direito de petição ao Parlamento europeu. 
 
 
 
 
 
12.3. Desafios da União Europeia na atualidade 
 
Instituições da União Europeia 
 
 
• Comissão Europeia: propõe a legislação europeia e executa-a. É a guardiã dos tratados 
anteriormente assinados. 
• Conselho Europeu: fim na orientação política da UE. 
• Conselho da União Europeia: aprova, junto com Parlamento, a legislação europeia. 
• Parlamento Europeu: modifica e aprova a legislação europeia. 
• Tribunal de justiça: salvaguarda o direito europeu. 
• Tribunal de contas: controla as finanças europeias. 
• BCE : define a política monetária e gere o euro. 
• Comité das regiões: órgão de consulta sobre questões relativas às regiões da UE. 
• Comité Económico-social: órgão de consulta sobre questões socioeconómicas. 
• Banco Europeu de investimento: financia projetos de desenvolvimento das regiões menos 
desenvolvidas. 
• Provedor de justiça: investiga as queixas relativas a um mau funcionamento das instituições 
europeias alegadamente. 
 
Os valores da União Europeia: valores que são partilhados pelos países membros da UE que são: 
democracia, estado de direito e respeito pelos direitos humanos. A importância dos valores é questão 
determinante para a União, sendo a sua aceitação condição necessária para aderir à União Europeia. 
 
Orçamento da União Europeia: instrumento financeiro da União Europeia, onde estão previstas as despesas 
e as receitas para 1 ano. A proposta é elaborada pela Comissão Europeia sendo depois aprovada pelo 
Parlamento europeu e Conselho europeu. Após a sua aprovação, e isso são está ao encargo da Comissão 
Europeia e a sua gestão pelo Tribunal de contas. 
 
As receitas comunitárias são: 
• Direitos cobrados nas importações de países terceiros; 
• contribuição do IVA; 
• princípio da solidariedade financeira; 
• coimes/sanções aplicadas pela Comissão; 
• impostos pagos pelo pessoal das instituições. 
 
Princípio da solidariedade financeira: Transferência para as regiões menos desenvolvidas de meios 
financeiros que são contributos de todos os Estados membros, em particular daqueles que têm maior RNB. 
 
Quadro financeiro plurianual: plano de despesas a longo prazo onde são inscritos os orçamentos anuais. 
Permite à União Europeia estabelecer os seus programas de financiamento com anos de antecedência. 
 
Fundos europeus estruturais e de investimento (FEEI): instrumentos financeiros da União Europeia que 
visam promover o investimento e o emprego, apoiar o desenvolvimento económico dos Estados Membros e 
reduzir as desigualdades de desenvolvimento entre países e regiões da União Europeia. 
Tipos de fundos europeus estruturais e de investimento: 
• Fundo Social Europeu (FSE); 
• Fundo Europeu de desenvolvimentoregional (FEDER); 
• fundo de coesão (FC); 
• Fundo Europeu agrícola para o desenvolvimento rural (FEADER); 
• Fundo Europeu dos assuntos marítimos e das pescas (FEAMP). 
Políticas europeias Fundos europeus utilizados 
Política regional FEDER, FSE e FC 
 
 
Política agrícola comum FEADER 
Política comum das pescas FEAMP 
Política social FSE 
Políticas para o desenvolvimento sustentável todos 
Coesão económica e social: redução das desigualdades de desenvolvimento entre as regiões da União 
Europeia e a sua convergência com os Estados Membros mais prósperos. 
 
Regiões menos desenvolvidas: PIB per capita < 75% do PIB médio da União Europeia 
Regiões em transição: 75% do PIB médio < PIB per capita < 90% do PIB médio. 
Regiões mais desenvolvidas: PIB per capita > 90% Do PIB médio da União Europeia. 
 
Vantagens e desvantagens das integrações económicas 
• Vantagens: 
o Economias de escala; 
o Vantagens comparativas; 
o Inovação tecnológica; 
o Eficácia na gestão de recursos; 
o Crescimento económico. 
 
• Desvantagens: 
o Quebra de receitas; 
o Perda de instrumentos de política económica; 
o Perda de soberania para órgãos supranacionais. 
 
Convergência real: Aproximação das condições de vida, económicas e sociais em todas as regiões da União. 
Os fatores que determinam esta convergência são a produtividade, a competitividade e o desempenho 
económico.

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