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Resumo Delineador

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LS 
 
 
 
❖ INTRODUÇÃO 
Delineador é o instrumento com o qual analisamos os modelos de 
estudo e determinamos a presença ou ausência de paralelismo 
entre os dentes-suportes e outras estruturas orais. Para se fazer 
uma PPR é necessário delinear o modelo de estudo. Sem o 
delineamento não tem como analisar se o dente-suporte (que suportam a PPR) apresenta um equador 
protético. 
➢ Equador protético: divide o dente em área expulsiva (acima do equador) e área retentiva (abaixo do 
equador). 
 Os grampos da PPR tem que ficar abaixo do equador protético para que ele fique retentivo e que quando o 
paciente mastigar algum alimento pegajoso essa PPR não saia. 
 Nem todos os dentes tem área retentiva, como os dentes conóides, etc. 
 1918: Robinson Surveyor – Philadelphia Dental Clinic Club. 
 1923: Weinstein & Roth J Ney Co. 
 
➢ Tipos de delineador: Bio-Art, DFL (Degussa), Ney e Jalenko (Dr. Wills). O delineador de Ney é o que é 
usado atualmente. 
 
❖ COMPONENTES DO DELINEADOR 
1. Plataforma 
2. Haste vertical fixa 
3. Braço horizontal 
4. Haste vertical móvel 
5. Mesa analisadora, porta-modelos ou platina 
6. Base (platina) 
7. Mandril (onde adapta as pontas) 
8. Pontas 
 
➢ Acessórios: Serão colocados no mandril e vai trocando as pontas de acordo com o desenrolar do 
delineamento do modelo. 
1. Ponta analisadora; 
2. Porta-grafite (riscar e determinar o fator protético); 
3. Calibradores de retenção (determinar o quanto de retenção é dado ao 
grampo); 
4. Facas e cinzéis (cortam). 
 
❖ FINALIDADES DO DELINEADOR 
O delineador tem como finalidade: determinação do fixo de inserção (direção que entra e sai a peça da boca 
do paciente); Identificação de superfícies dentárias proximais que são ou se tornarão paralelas (planos guia); 
Marcação do equador protético; Identificação e medição dos pontos de retenção; Determinação da posição 
mais estética para retentores e dentes artificiais; Mapeamento do preparo bucal; Desenho da estrutura 
metálica e comunicação com o técnico; Fresagens (corte) de restaurações metálicas; Colocação de 
retentores intra-coronários. 
 Plano guia são cortes nas proximais que é feito em dentes inclinados. 
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 O delineamento guia para fazer o mapeamento dos dentes. O 
que iremos fazer na boca do paciente. 
 O retentor intra-coronário tem a “fêmea” que encaixa no 
“macho”. A ideia é não aparecer o grampo. 
-Retentor de cera e suporte para peça de mão (fresagem). 
 
❖ TÉCNICA PARA O DELINEAMENTO 
➢ Roach ou dos três pontos: é a que usamos. Se marcar em uma estrutura 3 pontos, seja um ponto 
anterior e dois posteriores, e se unir os 3 pontos formará uma estrutura geométrica 
(triângulo). Irá formar um plano (tudo na mesma direção/reto). 
 Nada impede de poder marcar mais de 3 pontos, porém terá maior trabalho para 
achar a mesma altura. 
 Se definirmos o plano, o eixo de inserção irá entrar em vários dentes na mesma 
direção e para isso o eixo de inserção tem que está na mesma direção. 
 A peça tem que encaixar nos dentes pilares tudo simultaneamente e na mesma direção, senão 
irá forçar os dentes na distal ocorrendo uma pressão no osso da distal e assim sua 
reabsorção óssea. 
• Princípio: eixo de inserção deve ser paralelo ao longo eixo dos dentes suportes. 
• Plano de inserção: plano registrado sobre o modelo, paralelo a plataforma do 
delineador. 
• Via de inserção: é a direção em que a prótese se desloca desde o ponto de 
primeiro contato de suas partes rígidas com os dentes-suportes até a 
posição final de repouso com os apoios assentador e a base da prótese em 
contato com os tecidos. (definido por Mc Cracken). 
• Principio de funcionamento: a concepção do delineador enquadra-se no 
principio da Física, segundo o qual todas as perpendiculares a um mesmo 
plano são entre si. 
• Estratégia: eixo de inserção será perpendicular a um plano de inserção, definido por três pontos 
sobre o modelo. 
 
 
 3 pontos: 1 ponto na anterior (incisivos) e 2 pontos posteriores. 
 Coloca a ponta analisadora em um dos pontos posteriores ou no ponto anterior e observar se 
terá uma coincidência da altura com os pontos marcados. Se não estiver na mesma altura 
significa que o ponto está mais alto do que o outro ponto. Isso é feito até todos os pontos 
estiverem na mesma altura. 
 
➢ Roth ou das bissetrizes: não é muito usada por ser muito complicada. 
➢ Conveniência: é a técnica mais fácil, porém segundo a conveniência dele é a melhor para se trabalhar. 
 
 
 
❖ EQUADOR PROTÉTICO S 
Corresponde a maior circunferência da coroa do dente. O seu traçado segundo 
Prothero, confere a coroa o aspecto de uma figura geométrica, representada por 
dois cones. Divide o dente em área expulsiva (acima do equador) e área retentiva 
(abaixo do equador). 
 
 
 
 
 
 
Retentivo 
Expulsivo 
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❖ BASES DE FUNCIONAMENTO 
Uma reta tangencia uma superfície curvilínea regular sobre seu maior contorno. 
O dente inclinado, então o equador protético mudará a posição do dente na arcada. Então 
dependendo do posicionamento tem diferença entre equador protético e equador anatômico 
(não muda em relação ao posicionamento do dente). 
 Pode ter coincidência entre o equador protético e o equador 
anatômico caso o dente estiver bem posicionado. 
 
➢ Marcação do equador protético: marcador de carbono. 
 A marcação do equador protético dependendo da forma da coroa pode ser mais oclusal ou cervical. 
 Tudo que estiver para oclusal é área expulsiva e tudo o que estiver abaixo é área retentiva. 
 
Dentro da área retentiva é onde irá ser colocado a ponta do grampo da PPR. 
❖ CALIBRAGEM DO DELINEADOR 
➢ Pontas calibradoras: 
• 0,01 pol. = 0,25 mm 
• 0,02 pol. = 0,50 mm 
• 0,03 pol. = 0,75 mm. 
 Essas variáveis de retenção é devido ao tipo de metal que será usado para confecção da estrutura 
metálica. 
 PPR de Cromo Cobalto é o mais usado. É um metal prateado. A calibragem dele será sempre 0,25 mm 
ou 0,01 polegadas. Essa calibragem está mais de acordo com aceitação do dente (da força que o 
dente possa exercer) dentro do alvéolo dentário. É uma força mais fisiológica. 
 Quanto maior o disco maior a calibragem. 
 O quanto o dente movimento dentro do alvéolo é em torno de ¼ de volta, ou seja, 0,25 mm. Se 
colocar uma calibragem de 0,75 mm o paciente vai fazer muita força que será exercida no dente e 
forçando o dente contra o osso e assim criando uma reabsorção óssea. 
 A calibragem de 0,75 significa que o grampo está mais abaixo e assim mais força para exercer para 
que o grampo saia do dente (gerando uma força desproporcional nesse dente). 
➢ Determinação das área retentivas: ponta calibradora. 
 
rcador do 
ponto de 
retenção 
 
 
 
 A ponta calibrador vai definir onde a ponta do retentor/grampo irá se posicionar na area retentiva. 
Ponta 
calibradora 
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morto 
Broca de 
tungstênio 
❖ ÂNGULO DE CONVERGÊNCIA CERVICAL 
É o ângulo formado pela ponta analisadora e a superfície do dente abaixo do equador 
protético. 
 Ângulo formado pela via de inserção da prótese com a área retentiva do dente. 
 Um dente que não apresenta equador protético e nem ângulo de convergência cervical 
significa que o dente é reto ou conoide, ou seja, não tem retentividade (área retentiva). 
 A calibragem não interfere na convergência. 
 
O que diferencia de um dente do outro é que se tem mais calibragem ficará mais próximo do equador 
protético e se tiver menos ficará mais distante, porém a calibragem é a mesma. Não tem diferença de 
retenção, terá apenas diferença de posicionamento do grampo em cada dente. 
 
❖ FACAS E CINZÉIS 
Usado quando o dente está inclinado. Cortará o dente no modelo de estudo fazendo o 
plano guia. Para cortar o modelo é necessário saber se o corte é exagerado, se o dente 
precisa de tratamento endodôntico. 
 A boca do paciente precisa está completamente preparada para receber a PPR. 
Então outros tratamentosprecisam ser feitos antes da confecção da PPR. 
 Plano guia: corte/desgaste que é feito nas proximais remanescentes para que diminua o ângulo 
morto. É feito com a caneta de alta rotação na boca do paciente. 
 Ângulo morto: é uma área que fica na região proximal dos dentes inclinados que causam retenção 
de alimentos em casos de colocação de PPR. Cuidado com a câmara pulpar ao fazer o desgaste. 
Aplica flúor e selante na região. 
Ângulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inclinado 
para 
mesial 
Paralelo 
para mesial 
 
Duralay: resina autopolimerizável (serve para fazer retentor intra-radicular). Possui grânulos do polímero mais 
finos dando uma qualidade melhor ao trabalho. Faz um guia de transferência para que quando levar o guia na 
boca do paciente saber o quanto precisa desgastar. Dica: numerar os casquete cortado para não se confundir. 
 
Marca os 3 pontos e verifica se estão na mesma altura (plano de inserção), marca as linhas 
equatoriais (apenas os dentes necessários), calibra a retenção e faz o desenho. Com o desenho irá 
fazer o mapeamento na boca do paciente e moldar o paciente.

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