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Sucessos e insucessos na endodontia

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Pós-tratamento endodôntico 
REPARO TECIDUAL NA ENDODONTIA 
→ É o processo de cura que leva ao 
restabelecimento da conformação inicial do 
tecido, na recuperação de sua arquitetura, 
função (regeneração) ou substituição por um 
tecido fibroso (reparação) a depender do tipo 
de tecido, de lesão e tamanho da lesão; 
→ Quando o dente é tratado endodônticamente 
de forma adequada, são removidos os fatores 
irritantes e agressores, e a resposta 
inflamatória vai gradualmente regredindo. Os 
vasos e fibroblastos são estimulados a se 
organizarem e, juntamente com osteoblastos, 
vão se reestruturando em tecidos específicos; 
→ Se ambas as corticais (vestibular e 
lingual/palatina) estiverem comprometidas pela 
lesão, dificilmente haverá regeneração total da 
região periapical, mas o reparo será pela 
formação de tecido conjuntivo fibroso em parte 
da área da lesão; 
→ O tratamento endodôntico é finalizado quando 
a agressão promovida por ele é neutralizada 
pela região periapical, e quando há reparo da 
lesão periapical; 
→ Quando a causa da lesão não é removida, ou 
seja, quando o dente é tratado 
endodônticamente de forma inadequada, não 
são removidos os fatores irritantes e agressores, 
e a resposta inflamatória gera um infiltrado 
inflamatório crônico; 
→ O processo de reparo da região periapical pode 
levar de seis meses a cinco anos, dependendo 
do tipo de lesão e da respostado indivíduo. 
SUCESSO DO TRATAMENTO ENDODÔNTICO 
→ Resultante da resposta do hospedeiro, nos 
fatores sistémicos envolvidos na inflamação e 
no reparo; 
→ O sucesso é resultante da resposta do 
hospedeiro e dos fatores sistêmicos envolvidos 
na inflamação e no reparo. Além de: 
• Redução da carga de microorganismos; 
• Limpeza e irrigação química; 
• Modelagem tridimensional; 
• Obturação; 
• Confecção de uma restauração satisfatória – 
selamento; 
• Desaparecimento ou redução da área 
radiolúcida preexistente – lesão; 
• Manutenção da integridade do tecido 
periapical – na ausência de lesão; 
• Ausência clínica de edema, fistula e 
sintomatologia dolorosa; 
→ Durante o período de reparo, deve ser feito o 
acompanhamento radiográfico clínico, para 
avaliar se há uma sintomatologia dolorosa 
associada à persistência de lesão radiográfica, 
é de extrema importância na conduta do caso. 
LESÃO RADIOGRÁFICA PERSISTENTE 
→ A radiolucidez periapical pode persistir após o 
tratamento se houver a reinfecção do canal por 
microrganismos remanescentes, ou se houver 
abscesso periapical decorrente da reinfecção 
por via canal radicular ou superfície externa do 
ápice, ou ainda por bactérias remanescentes no 
interior da lesão, além da irritação provocada 
pelo material obturador ou agente de irrigação; 
→ No entanto, cistos periapicais mal 
diagnosticados e tratados ou até mesmo o 
reparo de lesões extensas por tecido conjuntivo 
fibroso podem aparecer radiograficamente, 
confundindo o clínico. Daí a importância do 
acompanhamento radiográfico da lesão. 
INSUCESSO DO TRATAMENTO ENDODÔNTICO 
→ Alguns fatores podem interferir para o 
insucesso do tratamento endodôntico, como: 
• Tamanho da lesão periapical preexistente; 
• Sub ou sobreinstrumentação – 
instrumentação do canal fora do 
comprimento adequado: 
➢ A sobreinstrumentação pode levar 
material contaminado de dentro do canal 
para a região periapical, e pode gerar 
uma falta de selamento na região apical. 
Pode levar à sobreobturação, que pode 
provocar uma reação de corpo estranho 
ao material obturador ou cimento; 
➢ A subinstrumentação leva à falha na 
descontaminação dos canais principais e 
acessórios, já que a região periapical fica 
constantemente sujeita à ação irritante 
dos microrganismos presentes nas zonas 
não instrumentadas. 
• Qualidade da obturação – permanência de 
microrganismos ou recontaminação (este 
último pode ser por falta de selamento 
adequado, também); 
• Falta de conhecimento radicular anatômico; 
• Perfuração da raiz; 
• Reabsorção do cemento apical – bactérias 
anaeróbias com virulência e resistência 
maior: 
➢ Por isso é indicado a utilização de 
medicações com ação a distância, além 
de uma adequada conduta durante a 
instrumentação e irrigação dos canais.

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