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Retratamento endodôntico

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Desoburação, repreparo e reobturação 
RETRATAMENTO ENDODÔNTICO 
→ Para estabelecer o sucesso/insucesso do 
tratamento endodôntico, os critérios que devem 
ser considerados são: 
• Ausência clínica de sintomatologia dolorosa 
(espontânea, à percussão e à palpação), de 
fístula ou edema que indiquem infecção 
persistente, e de mobilidade; 
• Ausência radiográfica de lesão periapical, 
periodontal ou de espessamento do espaço do 
ligamento periodontal, bem como de 
reabsorção radicular. 
→ Uma vez estabelecido o insucesso do 
tratamento e a necessidade de retratamento, 
deve-se considerar outros fatores para a 
tomada da melhor decisão quanto à conduta 
clínica: se cirúrgica ou não cirúrgica; 
→ Isso dependerá da condição do dente em si, e 
da relação custo x benefício dentre as opções 
de tratamento; 
→ O retratamento não cirúrgico é o de primeira 
escolha, quando não estiver contraindicado; 
→ Deve-se levar em conta, além dos sinais do 
insucesso do tratamento endodôntico prévio, a 
avaliação periodontal do elemento, a proporção 
coroa-raiz e a viabilidade da reabilitação deste 
elemento após o retratamento, e a presença de 
calcificação do conduto, curvaturas ou 
divergências acentuadas das raízes. 
CONSIDERAÇÕES PARA RETRATAMENTO 
→ Qualidade do tratamento endodôntico prévio; 
→ Acesso ao conduto radicular (presença de 
coroa, por exemplo); 
→ Anatomia do dente; 
→ Condição dos tecidos periodontais; 
→ Relação com os dentes vizinhos/peças 
protéticas; 
→ Custo envolvido x benefício adquirido. 
DESOBTURAÇÃO ENDODÔNTICA 
→ Abordagem não cirúrgica; 
→ Material obturador tem que ser removido do 
contudo para que seja reparado; 
→ O acesso ao canal radicular deve ser feito pela 
remoção completa da restauração. Assim, não 
há o risco de que raspas do material 
restaurador sejam deslocadas para dentro do 
canal; 
→ No entanto, se ela estiver satisfatória, for 
recente, principalmente, se auxiliar no 
isolamento absoluto durante o retratamento 
endodôntico, pode ser mantida, desde que 
tomados cuidados para que ela não se solte nem 
obstrua o conduto radicular; 
→ Em coroas totais sem núcleo, deve-se tomar 
cuidado de estimar a profundidade da 
restauração; 
→ Quando há presença de núcleo metálico ou de 
fibras de vidro carbono, o melhor é fazer a 
remoção total da coroa para acessar o núcleo 
e, então, removê-lo. 
PROTOCOLO 
Técnica é válida para a remoção de canais 
obturados até seu comprimento final. Quando há 
subinstrumentação e sobobturação, a técnica deve 
ser seguida até a porção do conduto que foi 
obturada. 
→ Acesso ao material obturador e remoção; 
→ Remoção mecânica com limas ou aparelho 
ultrassônicos da cimentação do pino ou da guta 
percha: 
• Remoção por partes, iniciando da porção 
mais coronal em direção a mais apical; 
• O solvente para dissolver a guta-percha 
devem ser aplicados em pouca quantidade na 
entrada dos canais. 
→ A primeira porção a ser instrumentada é o terço 
médio do dente – se a condensação estiver 
adequada, ele pode ser instrumentado com 
solvente associado às limas Kerr da 15 a 25. Se 
a condensação estiver inadequada, podem ser 
utilizadas limas Hedströem 55 - 60, somente com 
irrigação, sem solvente; 
→ Instrumentação do terço médio – 
instrumentada na sequência, com limas Kerr 15 
e 20 associadas ao solvente, quando a 
condensação estiver adequada; se não, utiliza-
se Limas Hedströem 15 e 20 associadas à 
irrigação constante; 
→ Instrumentação do terço apical – 
cuidadosamente instrumentada, deve ser feita 
a instrumentação gradual no sentido coroa 
ápice, da lima 30 chegando à lima 15 no 
comprimento real de trabalho. 
REPREPARO E REOBTURAÇÃO 
Assim que todo o material obturador é removido, o 
conduto precisa ser instrumentado, a fim de corrigir 
as falhas do preparo antigo, eliminar os focos de 
contaminação que ainda existam, e melhorar o seu 
contorno para receber a nova obturação. Todo o 
repreparo do conduto deve ser feito com a 
irrigação e a aspiração constantes. 
PROTOCOLO 
→ Estabelecer o novo batente apical – 
instrumentação consecutiva, no comprimento 
de trabalho, de até três a quatro limas além 
daquela tida como diâmetro original do 
conduto; 
→ Instrumentação retrógrada - no sentido ápice -
coroa, com as limas em sequência, milímetro a 
milímetro: o chamado escalonamento 
progressivo; 
→ A associação do uso de medicação intracanal 
antes da obturação é recomendada nos casos 
de retratamento endodôntico, para eliminar os 
agentes causadores da infecção crônica; 
→ Uso do EDTA por três minutos para a remoção 
da camada de smear layer que se cria após a 
reinstrumentação do conduto; 
→ Secagem do conduto, antes do preenchimento 
do canal; 
→ Selamento provisório do dente. Aguarda-se de 7 
a 15 dias, ou o tempo suficiente para a 
regressão da lesão, para que então seja feita a 
nova obturação; 
→ A nova obturação segue os mesmos preceitos da 
primeira obturação.

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