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Livro Texto - Unidade I desenvolvimento de produtos alimentícios (1)

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Autor a: Profa. Carolina Menezes Ferreira
Colaboradoras: Profa. Mônica Teixeira
 Profa. Carolina Kurashima
Desenvolvimento de 
Produtos Alimentícios
Professora conteudista: Carolina Menezes Ferreira
Mineira de Belo Horizonte, é doutora em Informação e Comunicação em Saúde (Fiocruz/2016), investigadora 
convidada do Institut de la Comunicació (Incom) de la Universitat Autònoma de Barcelona (UAB/2015), Espanha, 
como parte integrante do doutorado-sanduíche, e do grupo de pesquisa CNPq na linha em Saúde e Mídia 
(ICICT/Fiocruz/2015), mestre em Saúde Pública (USP/2006), master em Marketing de Alimentos, Venda e Consumo 
no Âmbito Internacional (Cesma – Madrid/2008), pós-graduanda em Gastronomia Funcional (Famesp/em curso), 
especialista em Fisiologia do Exercício (Unifesp/2005) e graduada em Nutrição (UNI-BH/2003) e em Comunicação Social 
(UNIP/2011). Atua como revisora da revista Journal of Health Sciences Institute (JHSI) da UNIP desde 2016, professora 
titular na mesma instituição, docente em cursos universitários em saúde humana e consultora em comunicação em 
saúde com experiência na área de nutrição e comunicação.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
F383d Ferreira, Carolina Menezes.
Desenvolvimento de Produtos Alimentícios / Carolina Menezes 
Ferreira. – São Paulo: Editora Sol, 2022.
136 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Tendência. 2. Embalagem. 3. Rótulo. I. Título.
CDU 642.09
U515.89 – 22
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Profa. Sandra Miessa
Reitora em Exercício
Profa. Dra. Marilia Ancona Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Profa. Dra. Marina Ancona Lopez Soligo
Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Claudia Meucci Andreatini
Vice-Reitora de Administração
Prof. Dr. Paschoal Laercio Armonia
Vice-Reitor de Extensão
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades do Interior
Unip Interativa
Profa. Elisabete Brihy
Prof. Marcelo Vannini
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático
 Comissão editorial: 
 Profa. Dra. Christiane Mazur Doi
 Profa. Dra. Angélica L. Carlini
 Profa. Dra. Ronilda Ribeiro
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista
 Profa. Deise Alcantara Carreiro
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Lucas Ricardi
 Ricardo Duarte
Sumário
Desenvolvimento de Produtos Alimentícios
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 10
Unidade I
1 O MARKETING E OS ASPECTOS GERAIS NO DESENVOLVIMENTO DE 
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS ............................................................................................................................... 11
1.1 Conceito de marketing ....................................................................................................................... 11
1.2 Funções dos alimentos e sua relação com o marketing de alimentos ........................... 14
1.3 Propaganda e marketing na informação nutricional ............................................................ 18
1.4 Os meios de comunicação ................................................................................................................ 19
1.5 Propaganda nutricional ..................................................................................................................... 19
1.6 Spots publicitários ............................................................................................................................... 21
1.7 O marketing nutricional .................................................................................................................... 23
2 FERRAMENTAS E ESTRATÉGIAS DE MARKETING E SUA APLICAÇÃO EM 
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS ............................................................................................................................... 24
2.1 O composto de marketing e os 4 Ps ............................................................................................. 24
2.1.1 Produto ....................................................................................................................................................... 25
2.1.2 Preço ............................................................................................................................................................ 26
2.1.3 Promoção ................................................................................................................................................... 26
2.1.4 Praça ............................................................................................................................................................ 26
2.2 Análise Swot e a indústria de alimentos .................................................................................... 27
2.2.1 Análise do ambiente interno (forças e fraquezas) .................................................................... 29
2.2.2 Análise do ambiente externo (oportunidades e ameaças) ..................................................... 30
2.2.3 Forças + oportunidades ....................................................................................................................... 31
2.2.4 Forças + ameaças ................................................................................................................................... 31
2.2.5 Fraquezas + oportunidades ................................................................................................................ 31
2.2.6 Fraquezas + ameaças ............................................................................................................................ 31
2.3 Matriz BCG e o ciclo de vida de produtos alimentícios ........................................................ 33
3 TENDÊNCIAS DE MERCADO ........................................................................................................................ 35
3.1 Tendências: sensorialidade e prazer ............................................................................................. 36
3.2 Tendências: saudabilidade e bem-estar ...................................................................................... 39
3.3 Tendências: conveniência e praticidade ..................................................................................... 43
3.4 Tendências: confiabilidade e qualidade ...................................................................................... 45
3.5 Tendências: sustentabilidade e ética ............................................................................................ 47
3.6 Ingredientes: novas funcionalidades de acordo com as tendências de mercado...... 50
3.6.1 Ingredientes: sensorialidade e prazer ............................................................................................. 50
3.6.2 Ingredientes: saudabilidade e bem-estar ...................................................................................... 50
3.6.3 Ingredientes: demais tendências ...................................................................................................... 51
4 ANÁLISE SENSORIAL E SUA APLICABILIDADE NO DESENVOLVIMENTO 
DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS ........................................................................................................................ 51
4.1 Testes discriminativos .........................................................................................................................52
4.1.1 Teste triangular ........................................................................................................................................ 52
4.1.2 Teste duo-trio ........................................................................................................................................... 53
4.1.3 Teste de ordenação ................................................................................................................................ 53
4.1.4 Teste de comparação pareada ........................................................................................................... 54
4.2 Testes descritivos .................................................................................................................................. 55
4.2.1 Análise descritiva quantitativa (ADQ) ............................................................................................ 55
4.3 Testes afetivos ........................................................................................................................................ 55
4.3.1 Teste de preferência ............................................................................................................................... 56
4.3.2 Teste de aceitação .................................................................................................................................. 56
4.4 Parâmetros de análise sensorial ..................................................................................................... 56
4.5 Preparação do ambiente para a realização dos testes .......................................................... 56
4.6 Condições dos participantes ............................................................................................................ 57
Unidade II
5 EMBALAGEM: IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA ........................................................................................ 64
5.1 Embalagem ............................................................................................................................................. 64
5.2 Rótulo ....................................................................................................................................................... 65
5.3 Cores .......................................................................................................................................................... 65
5.4 Formas e design .................................................................................................................................... 66
5.5 Consumidor versus design de embalagem ................................................................................ 67
5.6 A embalagem como vendedor silencioso ................................................................................... 68
5.7 Tendências de embalagem................................................................................................................ 70
5.7.1 A embalagem: tendência sensorialidade e prazer ..................................................................... 71
5.7.2 A embalagem: tendência saudabilidade e bem-estar.............................................................. 73
5.7.3 A embalagem: tendência praticidade e conveniência ............................................................. 74
5.7.4 A embalagem: tendência confiabilidade e qualidade .............................................................. 74
5.7.5 A embalagem: tendência sustentabilidade e ética ................................................................... 76
6 ROTULAGEM DE ALIMENTOS ...................................................................................................................... 79
6.1 Rótulo ....................................................................................................................................................... 81
6.1.1 Denominação de venda do alimento.............................................................................................. 83
6.1.2 Lista de ingredientes .............................................................................................................................. 84
6.1.3 Alimentos desidratados, concentrados, condensados ou evaporados .............................. 85
6.1.4 Declaração de aditivos alimentares ................................................................................................. 85
6.1.5 Prazo de validade .................................................................................................................................... 86
6.1.6 Conteúdo líquido .................................................................................................................................... 87
6.1.7 Identificação da origem ....................................................................................................................... 88
6.1.8 Identificação do lote.............................................................................................................................. 88
6.1.9 Instruções sobre o preparo e o uso do alimento ....................................................................... 88
6.1.10 Rotulagem facultativa ....................................................................................................................... 89
6.1.11 Declaração de glúten .......................................................................................................................... 89
7 ROTULAGEM NUTRICIONAL ........................................................................................................................ 89
7.1 Unidades utilizadas na rotulagem nutricional ......................................................................... 89
7.2 Apresentação da rotulagem nutricional ..................................................................................... 92
7.3 Regras para declaração e arredondamento dos resultados ................................................ 94
7.4 Porções de alimentos embalados para fins de rotulagem nutricional ........................... 95
7.5 Cálculo do tamanho da porção ...................................................................................................... 97
7.5.1 Uso da tabela de porções e critérios para sua aplicação na rotulagem nutricional ...97
7.6 Alimentos apresentados em embalagem individual .............................................................. 98
7.7 Instruções para elaboração do rótulo de produtos orgânicos ........................................... 98
7.8 Instruções para produtos comercializados diretamente aos consumidores ................ 99
7.9 Rotulagem para o mercado interno ............................................................................................. 99
8 APLICAÇÃO PRÁTICA: ROTULAGEM DE ALIMENTOS .......................................................................101
8.1 Cálculo no rótulo de alimentos: identificando a porção ...................................................101
8.2 Cálculo no rótulo de alimentos: informações nutricionais ..............................................102
8.3 Cálculo do %VD ..................................................................................................................................113
8.4 A nova rotulagem nutricional: mudanças e impactos ........................................................115
8.4.1 Rotulagem nutricional frontal ........................................................................................................ 115
8.4.2 Tabela de informação nutricional ..................................................................................................116
8.4.3 Alegações ................................................................................................................................................ 120
8.4.4 Prazos ........................................................................................................................................................1219
APRESENTAÇÃO
Esta disciplina aborda conceitos referentes a legislação, análise sensorial, rotulagem e marketing no 
desenvolvimento de produtos alimentícios. Compreende, também, aspectos de ética e biossegurança 
e conteúdos sobre a interação do profissional de nutrição com as ferramentas mercadológicas e o 
desenvolvimento de produtos e de projetos de marketing.
O objetivo geral da disciplina é capacitar o aluno para atuar na área de pesquisa e desenvolvimento 
de novos produtos alimentícios, bem como criar condições para que adquira conhecimentos necessários 
para o desenvolvimento de projetos e conhecimentos mercadológicos estratégicos para aplicá-los na 
área de nutrição e saúde.
Entre os objetivos específicos, pretende-se que o aluno:
•	 avalie as tendências de mercado na área de nutrição e novos compostos bioativos;
•	 entenda o processo de desenvolvimento de produtos alimentícios e de projetos;
•	 formule novos produtos, seguindo os padrões de qualidade, com aplicabilidade na área de nutrição;
•	 compreenda a legislação e o registro de alimentos e a nova rotulagem nutricional vigente;
•	 conheça os fundamentos de marketing e o composto de marketing;
•	 entenda a importância dos clientes (intermediários e finais) e o processo de decisão de compra;
•	 seja capaz de planejar e projetar ações estratégicas para indústria de alimentos, unidades de 
alimentação e nutrição (UAN), cozinha experimental, consultório e hospital.
Este livro-texto é composto por duas unidades, e em cada uma serão abordados distintos conteúdos.
Na unidade I, aprenderemos um pouco sobre os fundamentos de marketing, conceitos, 
ferramentas e aplicabilidade, conteúdo sobre propaganda, sua influência no consumo, consequências 
e legislação. Abordaremos, também, conteúdos referentes às tendências de mercado para o setor de 
alimentos (sensorialidade e prazer, saudabilidade e bem-estar, conveniência e praticidade, qualidade 
e confiabilidade, sustentabilidade e ética), bem como as etapas para o desenvolvimento de produtos 
alimentícios. Serão discutidos, ainda, aspectos relacionados à análise sensorial dos alimentos e 
conceitos, assim como a classificação dos testes sensoriais, sua padronização e as condições do local 
para sua execução.
Na unidade II, o conteúdo será direcionado ao desenvolvimento do produto. Serão abordados 
aspectos relacionados à elaboração e importância das embalagens, bem como suas funções, a 
importância da rotulagem de alimentos e a informação nutricional obrigatória, de acordo com a 
RDC n. 259/2002 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), alterada pela RDC n. 123, de 
10
13 de maio de 2004, e complementada pela RDC n. 163, de 17 de agosto de 2006 (legislação geral), 
e as RDCs n. 359 e 360/2003, referentes à informação nutricional obrigatória. Veremos ainda a nova 
norma de rotulagem nutricional de alimentos embalados (RDC n. 429/2020) e a instrução normativa 
que estabelece requisitos técnicos para a sua aplicação (IN n. 75/2020), medidas que dão mais clareza e 
legibilidade às informações nutricionais presentes nos rótulos de alimentos e auxiliam o consumidor a 
fazer escolhas mais conscientes. 
Todo o conteúdo está apresentado de maneira sucinta, mas com vasto potencial de exploração.
INTRODUÇÃO
A indústria de alimentos tem passado por muitas transformações nos últimos anos devido 
principalmente às mudanças de comportamento dos consumidores, e o desenvolvimento de produtos 
alimentícios (DPA) é um dos mercados que se encontram em ascensão no Brasil.
O DPA é um processo complexo que envolve uma série de etapas e profissionais de diversos setores 
internos da empresa, como marketing, logística, área técnica, entre outras, além do ambiente externo 
à empresa: o mercado. É de suma importância compreender o mercado, como ele funciona, quais as 
normas de produção, o controle higiênico-sanitário e os selos de qualidade exigidos, suas necessidades 
e os concorrentes diretos e indiretos. Ademais, é preciso realizar pesquisas de mercado com o objetivo 
de definir o público-alvo, segmentando a população que se deseja atingir com o produto elaborado.
Outra fase importante, antes de colocar um novo produto no mercado, é o teste. Como o produto será 
consumido por um público específico, a testagem é de grande relevância, já que melhora a sua qualidade. 
Estudos físico-químicos, análises sensoriais e testes mercadológicos são algumas ferramentas que 
podem auxiliar nesta etapa.
Pensar na embalagem e na maneira de apresentar o produto é outro fator crucial no DPA. Além de 
conter as informações nutricionais, o rótulo deve trazer elementos que possam atrair o consumidor.
Dessa maneira, o processo de DPA é peça-chave para o bom posicionamento do produto no 
mercado. Compreender todas as etapas, leis vigentes e normas é de suma importância para sua 
competitividade no mercado.
11
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Unidade I
1 O MARKETING E OS ASPECTOS GERAIS NO DESENVOLVIMENTO DE 
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
1.1 Conceito de marketing
De acordo com Kotler (1995), marketing se define como um processo social e administrativo no qual 
indivíduos e/ou grupos obtêm o que necessitam e/ou desejam pela criação, oferta e troca de produtos de 
valor com outros. O autor ainda afirma que o marketing é uma ferramenta utilizada pelas empresas para 
analisar oportunidades de mercado, desenvolver estratégias de comercialização do produto, planejar e 
administrar esforço de vendas.
Para a compreensão do conceito de marketing, é preciso entender os termos “necessidade”, “desejo” 
e “demanda”, pois todo marketing se inicia a partir dos desejos e necessidades humanas (FLEMING, 
1987). A necessidade é um estado de carência básica. Existe a partir da própria biologia e condição 
humana, ou seja, não é criada pela sociedade, tendo em vista que é inerente à manutenção da 
vida humana. São exemplos de necessidades: alimentação e vestimenta.
Para Maslow (1970), as necessidades humanas se organizam de maneira hierárquica e a motivação 
ascende através de vários níveis de necessidades. Esses níveis devem ser preenchidos e, assim que algum 
deles estiver satisfeito em grau razoável (grau este variável de indivíduo para indivíduo), o esforço de 
motivação se colocará na busca de satisfação do nível imediatamente superior.
Maslow hierarquizou as necessidades humanas na seguinte ordem de premência:
•	 necessidades de autorrealização;
•	 necessidades de autoestima;
•	 necessidades sociais;
•	 necessidades de segurança;
•	 necessidades fisiológicas.
As necessidades fisiológicas são as mais prementes e demandam um nível mínimo de satisfação para 
a sobrevivência do homem. Neste nível de necessidade tem-se a fome, a sede, o sono, o abrigo contra 
intempéries, o alívio de perigos de ordem fisiológica, entre outros.
12
Unidade I
Por sua vez, as necessidades de segurança estão num nível superior às fisiológicas e se relacionam 
com a segurança física, a estabilidade, o sentimento de dependência e proteção, a ordem, as leis, os 
limites etc.
Já as necessidades sociais ou de afiliação estão vinculadas à carência que as pessoas têm de amar, 
participar de grupos sociais, de clubes, igrejas etc.
Há também as necessidades de autoestima, que se relacionam ao aspecto de autoafirmação ou 
valorização das pessoas em relação a elas ou aos outros. A procura de poder, de status, de prestígio, de 
reconhecimento, de apreço, de maestria, de competência ou de suficiência indica a busca de satisfação 
das necessidades vinculadas a este nível.
Para Maslow o nível da autorrealização é o mais difícil de ser alcançado e raramente é preenchido 
em sua plenitude.
Autorrealização
Estima
Segurança
Fisiologia
Social
Figura 1 – Pirâmide de Maslow
 Lembrete
O conceito de marketing está associado a várias atividades planejadas 
para identificar satisfazer as necessidades do consumidor e, ao mesmo 
tempo, atingir objetivos da empresa. Trata-se de uma atividade humana 
direcionada para satisfazer as necessidadese desejos por meio de processo 
de troca.
O desejo remete à necessidade humana de obter determinado bem ou serviço, influenciada pela 
cultura e preferências individuais, ou seja, trata-se de vontades de determinadas satisfações ou 
13
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
necessidades específicas, o, que é constantemente influenciadodos interior da sociedade. Por exemplo: 
comer arroz e feijão, alimentos tipicamente brasileiros, cujo consumo não é um hábito em outros países.
Apesar de o número de desejos ser praticamente ilimitado, o poder aquisitivo é fator limitante à sua 
realização. Assim, a demanda é composta pelo desejo por produtos específicos, aliado à disposição e 
capacidade de adquiri-los. O poder de compra do indivíduo transforma o desejo em demanda.
A demanda pode ser definida como desejo no qual há possibilidade de compra. Existindo demanda, 
com compradores reais e potenciais, o mercado passa a existir.
Necessidade
DesejosMercados
Transações Demandas
ProdutosTrocas
Figura 2 – Conceitos centrais do marketing
Adaptada de: Kotler (1999).
Segundo Kotler e Clarke (1987), a administração de marketing pode ser orientada por cinco 
filosofias diferentes:
• Conceito de produção: pressupõe que o consumidor decidirá pelos produtos que estão disponíveis 
a um custo baixo e que a tarefa da administração é aumentar a produção de maneira eficiente e 
reduzir os preços.
• Conceito de produto: presume que o consumidor decidirá pela qualidade dos produtos e que, 
portanto, pouco esforço promocional é necessário.
• Conceito de venda: diz que os consumidores não comprarão uma quantidade suficiente 
dos produtos da empresa a menos que sejam estimulados por campanhas maciças de 
vendas e promoção.
• Conceito de marketing: pressupõe que uma empresa deveria pesquisar as necessidades e desejos 
de um mercado-alvo bem definido e proporcionar sua satisfação.
14
Unidade I
• Conceito de marketing social: apoia-se na ideia de que a empresa deveria proporcionar a 
satisfação do consumidor e o bem-estar da sociedade a longo prazo, a fim de alcançar seus 
objetivos e cumprir suas responsabilidades.
1.2 Funções dos alimentos e sua relação com o marketing de alimentos
Em relação à alimentação, a compra pode ser resultante da necessidade fisiológica de se alimentar 
ou da necessidade de obtenção de prazer a partir do consumo de determinado alimento (GONSALVES, 
1996). Desta maneira, a obtenção de um determinado produto constitui a tentativa de satisfazer uma 
necessidade já instalada. A busca de satisfação das necessidades e desejos do público-alvo é o que 
garante a lucratividade das empresas (KOTLER, 1995).
Os alimentos constituem bens de demanda primária e, consequentemente, apresentam significativo 
mercado potencial de consumidores. Casotti (2002) reforça que os produtos alimentícios desempenham 
um papel importante na vida cotidiana. Porém, é preciso considerar que as funções que exercem 
para os seres humanos vão além de suprir uma necessidade vital. Existem os efeitos de variáveis 
sociodemográficas e econômicas nas práticas alimentares dos indivíduos, bem como valores e crenças 
(aspectos socioculturais) que também são determinantes.
Diante dessas possíveis interpretações e variáveis interferentes nas práticas alimentares que um 
mesmo produto alimentício pode evocar (considerando que indivíduos apresentam restrições e objetivos 
diversos), Aurier e Sirieix (2004) sugerem que os alimentos podem assumir cinco funções aos olhos 
do consumidor:
•	 Função utilitária: benefícios mais evidentes associados ao consumo dos produtos (composição 
nutricional, quantidade calórica e dificuldades para o preparo). Trata-se, então, de garantias que 
os produtos podem oferecer ao consumidor, como equilíbrio nutricional (alimentos sem aditivos, 
conservantes, acidulantes etc.), praticidade de consumo (embalagem, modo de preparo etc.), 
versatilidade na composição calórica (versões light, diet e produtos que veiculam imagens de 
leveza) e caráter funcional (fonte de vitaminas, minerais, fibras etc.).
•	 Função hedônica: benefícios dos produtos relacionados ao prazer evocado (estética do produto, 
odor, cor e apresentação são características desses produtos que motivam o consumo dos 
indivíduos), bem como a aspectos de indulgência (eu mereço, hoje eu posso, por exemplo). As 
emoções são sentidas pelos consumidores durante a experiência de consumo. O prazer é uma 
função indissociável ao consumo do produto.
•	 Função simbólica: produto visto como meio de comunicação (produtos representando, de 
modo geral, uma cultura ou uma classe social), com aspectos de comensalidade e socialização 
alimentar. O produto deve ser interpretado como um meio de comunicar algo a alguém. Mais que 
ser úteis e provocar prazer, produtos permitem aos indivíduos se comunicar nos meios sociais que 
frequentam (função de pertencimento a um grupo/cultura/tribo/classe social). A socialização das 
refeições faz aparecer o principal benefício do alimento, a convivialidade.
15
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
•	 Função ética: produtos que evocam questões políticas e morais (consumo de produtos 
provenientes da agricultura sustentável ou livres de alterações genéticas e com certificados que 
possam garantir sua segurança sanitária). Ética na etiqueta e produto ecológico são expressões 
cada vez mais valorizadas por grupos de consumidores que não querem ver o prazer da alimentação 
ser interrompido por crises de consciência, remetidas pela descoberta da falta de ética incorrida 
no processo de produção de alimentos.
•	 Função espiritual: considera-se a relação do alimento com práticas religiosas, ou seja, definições 
profanas ou sagradas são associadas aos produtos.
A figura a seguir exemplifica um produto alimentício classificado na função utilitária. Observa-se 
que a empresa de alimentos utiliza em seu rótulo a frase “nutrição diária para seus ossos”, direcionando 
o consumidor ao aspecto utilitário nutricional, ou seja, reforçando que o produto é boa fonte de cálcio. 
Observa-se também que o produto enfatiza essa função utilitária por meio de outras informações 
nutricionais, tais como “baixo teor de gordura” e “mix exclusivo de vitaminas e minerais”.
Figura 3 – Exemplo de alimento classificado na função utilitária
Disponível em: https://bit.ly/3zYhup0. Disponível em: 23 jun. 2022.
A figura a seguir mostra um exemplo de produto classificado dentro da função hedônica. Nota-se que 
o produto apresenta uma aparência premium, com cor e embalagem diferenciada em relação a produtos 
concorrentes. No texto há palavras em destaque que evocam esse prazer (“cremoso”, “aveludado”, 
“irresistíveis”, “lascas de chocolate belga” e “prazerosamente”).
16
Unidade I
Figura 4 – Exemplo de alimento classificado na função hedônica
Disponível em: https://bit.ly/3xRVPMM. Disponível em: 23 jun. 2022.
A figura a seguir apresenta um exemplo de produto classificado na função simbólica. A peça comercial 
do produto alimentício está inserida dentro do contexto simbólico de uma data festiva, o Natal. Um 
período marcante e esperado pelas famílias, momento de reunir-se à mesa, comemorar e saborear.
Figura 5 – Exemplo de alimento classificado na função simbólica
Disponível em: https://bit.ly/3xMToLu. Acesso em: 22 nov. 2017.
A figura a seguir mostra um exemplo de produto classificado dentro da função ética. Observa-se que 
o produto já é consolidado no mercado, mas a empresa inova e o traz na versão orgânica. Apresenta em 
seu discurso publicitário questões referentes à “qualidade”, “cadeia produtiva”, “famílias produtoras com 
um cuidado especial com as vaquinhas”, “sustentabilidade” e “proteção ao meio ambiente”.
17
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Figura 6 – Exemplo de alimento classificado na função ética
Disponível em: https://bit.ly/3Nhf0VO. Acesso em: 23 jun. 2022.
 Saiba mais
Para compreender ainda mais as funções que os alimentos podem 
apresentar, seguem alguns vídeos de campanhas publicitárias deprodutos 
alimentícios.
Função utilitária:
COMERCIAL da Yakult 2017. 2017. 1 vídeo (29 seg). Publicado pelo canal 
Nilton Araújo. Disponível em: https://bit.ly/3v9zFFd. Acesso em: 23 jun. 2022.
MOLICO: que tal repensar o leite que você toma? 2019. 1 vídeo (15 seg). 
Publicado pelo canal Nestlé Molico. Disponível em: https://bit.ly/3oplmZr. 
Acesso em: 23 jun. 2022.
Função hedônica:
CELEBRE o prazer de Magnum. 2015. 1 vídeo (30 seg). Publicado pelo 
canal Kibon Brasil. Disponível em: https://bit.ly/3cENyoe. Acesso em: 
23 jun. 2022.
PÁSCOA Kopenhagen 2017. 2017. 1 vídeo (30 seg). Publicado pelo canal 
Kopenhagen. Disponível em: https://bit.ly/3vhHUPt. Acesso em: 23 jun. 2022.
18
Unidade I
Função simbólica:
QUALY: fala com Qualy. 2020. 1 vídeo (30 seg). Publicado pelo canal 
Qualy Oficial. Disponível em: https://bit.ly/3z5LoFT. Acesso em: 23 jun. 2022.
A VIDA mais Qualy: a série: abertura. 2018. 1 vídeo (1 min). Publicado 
pelo canal Qualy Oficial. Disponível em: https://bit.ly/2pZJHat. Acesso em: 
23 jun. 2022.
Função ética:
NINHO Orgânico: conheça a corrente do bem. 2019. 1 vídeo (1 min). 
Publicado pelo canal Nestlé Brasil. Disponível em: https://bit.ly/3oreQRF. 
Acesso em: 23 jun. 2022.
Observa-se assim que, para se tornar um alimento, o produto deve ser reconhecido pelos sujeitos 
como tal, ou seja, deve estar inscrito em uma rede de categorizações e classificações, as quais 
incluem um objeto nutricional (algo composto por proteínas, vitaminas, gordura etc.) no campo do 
possível alimentar.
Vale destacar que esse processo de classificação dos produtos alimentares não procede de forma 
totalmente racional e, por tal razão, o aspecto simbólico da alimentação humana deve ser levado em 
conta. Há que se considerar que os estímulos são apreendidos individualmente e de acordo com um 
conjunto de influências ideológicas, simbólicas e sociais.
1.3 Propaganda e marketing na informação nutricional
Apesar de na maioria das vezes serem compreendidos como sinônimos, os termos “publicidade”, 
“propaganda” e “marketing” não apresentam o mesmo significado.
Publicidade é o ato de vulgarizar, de tornar público um fato ou ideia; propaganda é o ato de 
propagação de princípios e teorias; enquanto marketing constitui o processo de descoberta e 
interpretação das necessidades, desejos e expectativas dos consumidores, buscando convencê-los a 
adquirir e utilizar continuamente os produtos e serviços oferecidos. Tal processo ocorre por meio de 
promoção de vendas, distribuição dos produtos e assistência ao consumidor pós-venda.
A publicidade é, portanto, o ato de divulgar, tornar público, e a propaganda compreende o 
objetivo de implantar uma ideia. Ambas fazem parte de uma das etapas de planejamento estratégico 
de marketing conhecida como comunicação. Enquanto a publicidade emprega recursos ou meios de 
comunicação que permitam veicular ao consumidor a mensagem publicitária elaborada para efetuar 
propaganda ou divulgar um produto ou serviço, a propaganda permite ao público reconhecer um 
produto e associá-lo a algum benefício ou valor, movendo-o à ação de compra.
19
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
 Lembrete
A publicidade estabelece comunicação com os consumidores, informa 
sobre o produto e mostra como este combina com suas necessidades e 
desejos, além de persuadir à meta final (a venda do produto em questão).
Já a propaganda permite ao público reconhecer um produto e associá-lo 
a algum benefício ou valor, movendo-o à ação de compra.
Um estudo realizado por Mattos et al. (2010) avaliou a influência de propagandas de alimentos nas 
escolhas alimentares de crianças e adolescentes expostos e não expostos a propagandas de alimentos 
veiculadas pela televisão. Para o estudo dividiu-se a amostra em dois grupos: grupo controle (n = 30) e 
experimental (n = 30), pareados segundo sexo (50% feminino) e idade (10,1 ± 1,4 anos). Os participantes 
assistiram a um desenho animado de 21 minutos, com dois intervalos comerciais que veicularam oito 
diferentes propagandas. O grupo controle assistiu a propagandas de brinquedos, e o grupo experimental, 
de alimentos. Imediatamente depois, fotos dos alimentos anunciados foram apresentadas com imagens 
de um produto similar, mais saudável, e uma fruta. O resultado demonstrou que os alimentos anunciados 
foram mais escolhidos do que os outros produtos. Além disso, o grupo controle escolheu mais produtos 
similares do que o experimental. Conclui-se que a exposição a propagandas de alimentos pode influenciar 
nas escolhas alimentares de crianças e adolescentes.
1.4 Os meios de comunicação
A palavra mídia, ou meio, designa elementos materiais que divulgam mensagens, classificando-se em:
•	 Visuais: jornais, revistas, periódicos especializados, cartazes, painéis luminosos, prospectos, 
folhetos, cartas, catálogos.
•	 Auditivos: rádio e alto-falantes.
•	 Audiovisuais: televisão, cinema, internet.
1.5 Propaganda nutricional
Define-se como qualquer representação que apresente declaração, sugestão ou entendimento 
de que um produto possua determinadas propriedades nutricionais em relação ao valor energético 
e ao conteúdo de proteínas, carboidratos, lipídeos, fibras, vitaminas, minerais e outros componentes 
e compostos bioativos. Exemplos: licopeno, flavonoides, fitoesteróis etc. No entanto, apresentação de 
propaganda com alegações medicinais referentes a cura, redução ou atenuação de doenças é proibida, 
podendo ser empregados somente termos padronizados.
20
Unidade I
No Brasil, a propaganda nutricional é denominada informação nutricional complementar (INC) e 
prevê normas para composição de rótulos e alegações nutricionais permitidas para conteúdo de rótulos 
e embalagens. INC é qualquer representação que afirme, sugira ou implique que um alimento possui 
propriedades nutricionais particulares, em especial, mas não somente, em relação ao seu valor 
energético e/ou seu conteúdo de proteínas, gorduras, carboidratos e fibras. Refere-se, também, ao seu 
conteúdo de vitaminas e minerais.
As declarações mais utilizadas pela indústria de alimentos e mais conhecidas pelo consumidor 
são: “light”, “reduzido”, “rico em...”, “fonte de...”, “zero”, “não contém...” e “sem adição de...”. Assim, há 
distintas maneiras pelas quais a indústria de alimentos pode divulgar a INC, e a inscrição “rico em 
fibras” apresentada em algumas embalagens é um exemplo. A distribuição de material promocional de 
empresas ao consumidor, como revistas e brindes, também constitui uma forma de divulgação de INC.
O texto a seguir é um exemplo de INC presente em propagadas em sites de indústrias alimentícias.
Produto: All Bran – Marca: Kellogg’s
O All Bran é feito do farelo de trigo, onde há uma maior concentração de fibras, por 
isso, uma porção de 40 g de All Bran Original, por exemplo, oferece 11 g de fibras, o que 
representa 44% da quantidade recomendada para o consumo diário, além de ser fonte de 
vitaminas, dentre elas o ácido fólico, e minerais.
Já o All Bran Flakes uvas-passas é feito com os flocos de trigo integrais e possui 
4,3 g de fibras por porção de 40 g, o que corresponde a 17% da quantidade diária de 
fibras recomendada.
Com as novidades da Kellogg’s, ficou muito mais fácil e gostoso incluir fibras na alimentação.
Vale lembrar que, para o consumo das fibras não gerar desconforto ao invés de satisfação, 
é necessário também beber bastante água ou líquidos.
Dica All Bran:
Uma porção de All Bran Original (40 g – 1 xícara) contém 44% da necessidade 
diária de fibras.
Um copo de leite tem cerca de 240 mg de cálcio, o que corresponde a praticamente 25% 
da recomendação diária desse nutriente para a população adulta.
Essa combinação de cereal com leite é uma ótima pedida para o café da manhã.
Com a dupla, água e fibras, os problemas intestinais serão mais facilmente resolvidos, 
contribuindo assim para sua saúde, bem-estar e equilíbrio.
Fonte: Novo... (2012).
21
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Em diversos países, empresas de alimentosapresentam websites nos quais há informações sobre 
nutrição, além de conteúdos específicos sobre os produtos.
Um estudo realizado por Scagliusi, Machado e Torres (2005) pesquisou alguns sites de empresas de 
alimentos e realizou a compilação que pode ser vista no quadro a seguir.
Quadro 1 – Avaliação de sites de indústria de 
alimentos com informações sobre nutrição
Site Público-alvo Seções analisadas Comentários
Dole 5 a Day
Empresa: Dole
www.dole.com/en#/superkids
Crianças, pais e 
professores
Kids
Teachers
Family & Friends
School Food Service
Muito divertido, apresenta jogos 
e receitas próprias para crianças
Contém enciclopédia com história 
e informações nutricionais de 
frutas e hortaliças 
Dairy Farmers of Canada
Empresa: Dairy Farmers of Canada
www.dairyfarmers.org
Consumidores e 
profissionais de 
saúde
Health Professionals
Your Health
Our Recipes
Controverso, afirma ser inverdade 
que a gordura saturada, do leite 
integral e da manteiga (seus 
produtos), eleva o colesterol
Gatorade Sports Science Institute
Empresa: Gatorade
www.gssiweb.com
Profissionais 
envolvidos com 
esportes
Sports Science Center
Sports Science Topics
Sports Specific Exchange
Repleto de textos científicos 
sobre nutrição esportiva, escritos 
por experts
Adaptado de: Scagliusi, Machado e Torres (2005, p. 15).
Um estudo realizado por Souza et al. (2011) determinou a porcentagem de consumidores que 
consultam a declaração nutricional nos rótulos dos alimentos. Foram pesquisados 368 adultos 
na cidade de Natal/RN, selecionados aleatoriamente em 23 supermercados. Dos entrevistados, 
94,6% consultavam os rótulos e 96,8% consideravam a declaração nutricional importante e muito 
importante, mas somente 3,8% disseram compreender totalmente a declaração nutricional. A 
verificação da declaração nutricional com a finalidade de fazer escolhas alimentares mais saudáveis 
(35,7%) associou-se de forma significativa com o nível de escolaridade e a renda familiar (P < 0,0001). 
As medidas sugeridas para que a declaração nutricional seja mais bem compreendida e utilizada foram 
principalmente referentes à orientação sobre a declaração nutricional realizada por profissionais 
qualificados nos supermercados (73,9%) e à divulgação na mídia sobre o que é a informação 
nutricional, sua importância e finalidade (42,9%). O estudo concluiu que os consumidores utilizavam 
a declaração nutricional para orientação nutricional. Entretanto, fica evidente a necessidade de 
melhorar os rótulos e promover mais oportunidades para a aprendizagem sobre as características 
nutricionais dos produtos industrializados.
1.6 Spots publicitários
Spot é um fonograma utilizado como peça publicitária, com ou sem efeitos sonoros e música de 
fundo, aplicado pela publicidade quando se tem muita coisa a ser transmitida em uma só mensagem.
22
Unidade I
A indústria de alimentos faz uso constante dessa ferramenta, estimulando o sentido do consumidor 
quando caminha pela rua (banners e outdoors), assiste à TV, acessa a internet ou percorre os corredores 
dos grandes hipermercados, por exemplo.
Seus objetivos são dar a conhecer, fazer gostar e fazer agir, ações que podem ou não estar interligadas.
•	 Dar a conhecer: tem como objetivo informar o consumidor sobre a existência de um produto ou 
apresentar suas características.
 Saiba mais
Pela publicidade do produto Actimel, uma bebida láctea fermentada, 
pode-se observar que o objetivo do spot é informar (“dar a conhecer”) sobre 
o produto, suas particularidades e benefícios à saúde.
Assista ao spot comercial disponível no YouTube:
COMERCIAL Actimel da Danone. 2010. 1 vídeo (30 seg). Publicado 
pelo canal Anita Santos. Disponível em: https://bit.ly/3RXJsYL. Acesso em: 
1º jul. 2022.
•	 Fazer gostar: tem como objetivo a criação de vínculos emocionais com o consumidor, por 
meio de modificações de comportamento, atitudes ou opiniões, reforçando atitudes positivas 
preexistentes. A disposição dos produtos em mercados e degustações em pontos de venda são 
exemplos de “fazer gostar”, já que incitam o consumidor a realizar um primeiro contato gustativo 
com o produto.
 Saiba mais
O spot comercial da marca Nespresso é apresentado por personalidades 
de renome que descrevem as características organolépticas que o café 
desperta e a praticidade de consumo no dia a dia, ocasionando o interesse 
do consumidor.
Assista ao spot comercial disponível no YouTube:
NESPRESSO Cafezinho do Brasil 120’’: BR. 2019. 1 vídeo (2 min). 
Publicado pelo canal Nespresso. Disponível em: https://bit.ly/3oqidZk. 
Acesso em: 24 jun. 2022.
23
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
•	 Fazer agir: corresponde à ação de modificar a percepção do sujeito sobre o alimento, fazendo-o 
interagir com o produto. São exemplos as sugestões de preparação, seja na embalagem (forma 
direta) ou em sites da própria marca (forma indireta).
1.7 O marketing nutricional
O marketing nutricional se caracteriza por um conjunto de ações cujo objetivo é apresentar ao 
consumidor as informações nutricionais referentes ao produto alimentício adquirido. Dessa maneira, 
abrange a tomada de decisões dos profissionais de nutrição na indústria de alimentos, agregando valor 
nutricional a uma nova receita e determinando o ingrediente em destaque no rótulo e embalagem, além 
de pensar como esse novo produto irá se colocar no mercado.
 Lembrete
O marketing nutricional é aquele que, visando informar o consumidor 
e influenciar sua estrutura de preferências, explora a característica ou 
dimensão nutricional dos alimentos.
Tem como função contribuir com a compreensão da população referente às informações nutricionais 
presentes em produtos alimentícios, possibilitando mudanças do comportamento alimentar e 
contribuindo para a escolha de produtos que apresentem composições mais saudáveis.
Observa-se que as indústrias de alimentos trabalham na produção de materiais publicitários e 
promocionais com mensagens que estimulam a adoção de alimentação balanceada e a realização de 
atividades físicas na tentativa de associar sua marca e seus produtos com saúde e bem-estar.
As formas de propaganda em marketing nutricional podem acontecer através da distribuição de 
materiais promocionais e também em revistas, informativos, sites e dicas vinculadas ao produto, como 
receitas e sugestões de uso. 
O marketing nutricional se faz presente em ações como as listadas a seguir:
•	 oferta de serviços que diferenciem os produtos da empresa dos da concorrência, como central de 
atendimento ao consumidor;
•	 aulas de culinária sobre a aplicação do produto na preparação;
•	 informações em rotulagem sobre atributos nutricionais do produto alimentício adquirido;
•	 livros e e-books de receitas;
24
Unidade I
•	 informes técnicos e nutricionais sobre o produto;
•	 diferenciação física do produto, como retirada parcial ou total de algum componente (p. ex., leite) 
e adição de vitaminas e/ou minerais (p. ex., alimentos funcionais ou enriquecidos).
2 FERRAMENTAS E ESTRATÉGIAS DE MARKETING E SUA APLICAÇÃO EM 
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Estratégia de marketing consiste na adoção de ações por uma empresa com o objetivo de divulgar 
sua marca, produto ou serviço. Representa o esforço para dar visibilidade ao negócio, atraindo clientes, 
sendo então reconhecido como autoridade no nicho de atuação no mercado.
A seguir serão apresentadas algumas ferramentas que compõem as principais atividades de 
marketing e vendas utilizadas pelas empresas.
2.1 O composto de marketing e os 4 Ps
O composto mercadológico (mix de marketing) se caracteriza por um conjunto de pontos de interesse 
aos quais as organizações devem estar atentas se desejam perseguir seus objetivos de marketing. 
Baseia-se na ideia de que a empresa produz um bem ou serviço (produto) e o consumidor precisa ser 
comunicado de que o bem ou serviço existe (promoção), devendo ser distribuído aos mais variados 
tipos e locais de venda (praça), e por fim a empresa deve cobrar um montante pelo fornecimentodo 
produto (preço).
A função de marketing, referente ao mix de marketing, engloba as decisões do produto, as quais 
incluem a identificação de oportunidades de lançamento de produtos e sua adequação às necessidades 
dos clientes; as decisões de preço, o qual é selecionado visando gerar vantagem competitiva e retorno 
para a empresa; as decisões de promoção, relativas aos investimentos em estratégias de comunicação 
e promoção de vendas; e as decisões de praça ou distribuição, que envolvem a escolha de canais de 
vendas que satisfaça as necessidades dos clientes.
Assim, o mix de marketing é formado por quatro elementos, product (produto), price (preço), place 
(praça ou distribuição) e promotion (promoção ou comunicação), que ficaram conhecidos como 4 Ps.
25
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Mercado-alvo
Mix de marketing
Produto
– Variedade
– Qualidade
– Características
– Marca
– Design
– Embalagem
Praça
– Canais
– Cobertura
– Locais
– Estoque
– Variedades
Preço
– Prazo de pagamento
– Descontos
– Concessões
Promoção
– Propaganda
– Relações públicas
– Marketing direto
Figura 7 – Os 4 Ps do mix de marketing
Adaptada de: Kotler e Keller (2006).
2.1.1 Produto
O produto é o objeto principal da comercialização. Usualmente ele representa um conjunto de 
atributos básicos montados em uma forma identificável.
Refere-se a algo que pode ser oferecido a um mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo 
e para satisfazer um desejo ou uma necessidade. Ao elaborar um produto, muitos fatores são levados 
em consideração.
Há três níveis de produto para a sua elaboração: 1) o produto núcleo, que é o benefício central, 
o qual se caracteriza por sua essência funcional; 2) o produto básico, que contém como diretriz os 
fatores embalagem, nome da marca, nível de qualidade, design e características específicas do produto; 
3) e o nível que implica os serviços que envolvem a aquisição do produto, como instalação, serviço de 
pós-compra, garantia de entrega e crédito.
Outro fator relevante na análise mercadológica do produto é a marca. Características como nome, 
desenho, símbolo ou combinação desses fatores são utilizadas para identificar e individualizar produtos 
e/ou suas linhas, organizações, serviços e até mesmo ideias.
26
Unidade I
2.1.2 Preço
O preço se relaciona à quantia em dinheiro que se cobra por um produto ou serviço. De forma mais 
ampla, é a soma de todos os valores que os consumidores trocam pelos benefícios de obter ou utilizar 
um produto ou serviço. Enquanto os demais componentes do mix de marketing representam custos, o 
preço produz receita.
Ele apresenta impacto no nível de vendas, na margem de contribuição e na posição estratégica de 
um produto, tornando-se assim uma das mais relevantes variáveis de marketing. Outra característica 
marcante é a sua flexibilidade, uma vez que, ao contrário das especificações de produtos e dos 
compromissos com os canais de distribuição, ele pode ser alterado rapidamente.
Faz parte de um posicionamento maior da empresa, definindo, assim, suas estratégias e seu 
composto de marketing. As decisões sobre ele devem ser coerentes com as demais decisões de marketing 
e com a orientação estratégica da empresa, de modo que o preço contribua para o posicionamento 
desejado no mercado.
2.1.3 Promoção
Constitui-se como o conjunto de ações que incidem sobre certo produto e/ou serviço, de maneira a 
estimular a sua comercialização ou divulgação, sendo também conhecida como comunicação.
As empresas precisam se comunicar com os clientes existentes e potenciais, e aquilo que comunicam 
não deve ser deixado ao acaso. Todos os seus esforços de comunicação devem ser combinados em um 
programa de comunicação de marketing consistente.
A composição dos instrumentos de comunicação pode ser definida como as principais ferramentas 
de promoção, como propaganda, promoção de vendas, relações públicas e/ou publicidade, força de 
vendas e marketing direto.
2.1.4 Praça
A praça, também conhecida como distribuição ou ponto de venda, trata de fazer os produtos 
chegarem até os clientes com eficiência e eficácia. Para atingir esse objetivo, utiliza-se um canal de 
distribuição, que se define como um conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo 
de tornar um produto ou serviço disponível para uso ou consumo.
O canal de distribuição possibilita ao cliente satisfação ou utilidade de lugar, de tempo e de posse. 
A utilidade de lugar está relacionada à conveniência da obtenção de um produto onde se deseja, a 
utilidade de tempo permite a compra quando necessário, e a utilidade de posse gera benefícios mais 
amplos do que os de aquisição, como status e estilo de vida.
O quadro a seguir define cada um desses elementos.
27
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Quadro 2 
Elemento Definição
Preço Valor que o comprador paga por um produto (lista de preços, descontos, subsídios, prazo de pagamento, condições de crédito) 
Promoção (comunicação) Métodos de comunicação utilizados para prover informações sobre o produto (promoção de vendas, publicidade, forças de vendas, relações públicas, marketing direto) 
Produto Item que satisfaz o que o cliente necessita ou quer (variedade de produtos, qualidade, design, características, marca, embalagem, tamanho, serviços, garantia, devolução) 
Praça (distribuição) Disponibilização de um produto em um local conveniente ao consumidor (canais, cobertura, sortimento, locais, inventário, transporte) 
Adaptado de: Mardh e Correia (2013).
2.2 Análise Swot e a indústria de alimentos
A análise Swot de uma empresa apresenta-se como uma ferramenta de planejamento com o 
objetivo de auxiliar na melhor tomada de decisão. Ela foi elaborada por Albert Humphrey enquanto ele 
desenvolvia um projeto de pesquisa na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, entre as décadas 
de 1960 e 1970. Naquela época, ele estudou o ranking das maiores empresas americanas do momento, 
publicado pela revista Fortune 500.
No setor de alimentos, essa ferramenta consegue, por exemplo, identificar os diferenciais e as fraquezas 
da empresa, as tendências de mercado e o potencial da concorrência. Trata-se de uma ferramenta 
aplicada pela indústria de alimentos para avaliar criteriosamente o ambiente e o cenário interno e 
externo de maneira estratégica, reconhecendo suas forças facilitadoras e limitadoras, bem como suas 
fraquezas, ameaças e oportunidades, o que fornece direção e norteia os planos de desenvolvimento.
A sigla Swot é derivada das iniciais das palavras em inglês strengths (forças), weaknesses (fraquezas), 
opportunities (oportunidades) e threats (ameaças).
A partir da análise desses quatro elementos, é possível caracterizar tanto o ambiente interno quanto 
o ambiente externo da empresa, fator fundamental para a tomada de decisão.
Dessa maneira, a análise Swot nada mais é do que uma ferramenta por meio da qual o gestor 
consegue elementos para um diagnóstico e uma análise ambiental, que serão a base do planejamento 
estratégico da empresa.
 Lembrete
A função da análise Swot é compreender fatores influenciadores e 
apresentar como eles podem afetar a iniciativa organizacional, levando 
em consideração as quatro variáveis: forças, fraquezas, oportunidades e 
ameaças. Com base nessas informações, a empresa poderá elaborar novas 
estratégias no mercado.
28
Unidade I
Atualmente, a análise Swot já é uma metodologia clássica da administração, até mesmo por 
ser muito simples e versátil, já que verifica a posição estratégica de negócios dos mais variados tipos 
e tamanhos. Apesar de sua simplicidade, é capaz de realizar um diagnóstico completo da empresa, 
possibilitando a redução dos riscos no momento de dar um passo importante, como lançar um novo 
produto, explorar novos mercados ou, ainda, criar estratégias de marketing.
Essa análise tem sempre como resultado a criação de uma matriz, a chamada matriz Swot. Ela 
indicará os fatores internos a serem trabalhados, as oportunidades e as ameaçasexternas que demandam 
a atenção do gestor.
Am
bi
en
te
 
in
te
rn
o
Am
biente 
externo
Forças
Fraquezas
Oportunidades
Ameaças
Figura 8 – Matriz Swot
Algumas das vantagens da análise Swot:
•	 saber qual a posição da empresa em relação à concorrência;
•	 ter maior compreensão sobre o cenário organizacional;
•	 conseguir estabelecer aspectos que sejam prioridade de atuação;
•	 obter maior leque de alternativas de ações;
•	 fortalecer pontos positivos;
•	 melhorar possíveis falhas;
•	 aumentar as oportunidades de crescimento da empresa;
•	 elaborar estratégias de crescimento do negócio;
•	 realizar previsão de vendas conforme as condições da empresa e do mercado;
•	 reduzir erros.
29
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
2.2.1 Análise do ambiente interno (forças e fraquezas)
Cada empresa necessita avaliar com periodicidade suas forças e fraquezas internas. O gestor deve 
começar a pensar em termos do que a empresa pode fazer bem e onde estão suas deficiências.
Forças e fraquezas decorrem de recursos possuídos (ou não possuídos) pela empresa ou da natureza 
dos relacionamentos entre a empresa e os consumidores, empregados ou organizações exteriores 
(por exemplo, parceiros da cadeia de suprimentos, fornecedores, instituições financiadoras e órgãos 
do governo).
Entre os critérios a serem avaliados no ambiente interno, tem-se: recursos financeiros, 
liderança e imagem de mercado, condicionamento competitivo que gera barreiras à entrada 
de novos competidores, tecnologia, vantagens de custo, propaganda, competência e inovação 
de produtos.
A análise do ambiente interno é de suma importância, pois a empresa consegue verificar quais 
são suas forças e fraquezas. Ela pode obter vantagem competitiva utilizando e potencializando suas 
forças para aumentar a participação de mercado e elaborando estratégias para minimizar ou até mesmo 
eliminar suas fraquezas.
2.2.1.1 Forças
São recursos e habilidades de que a empresa dispõe para explorar as oportunidades e minimizar 
as ameaças.
As forças ou pontos fortes são as variáveis internas controláveis que propiciam condições favoráveis 
para a organização em relação ao seu ambiente. São características ou qualidades da organização que 
podem influenciar positivamente o desempenho dela.
Correspondem aos aspectos mais positivos da empresa em relação ao seu produto, serviço ou 
unidade de negócios e devem ser fatores que podem ser controlados pela própria empresa e relevantes 
para o planejamento estratégico. Assim, forças são fatores internos positivos dos quais a empresa tem 
total controle, os quais devem ser explorados ao máximo para que a empresa se mantenha com um bom 
posicionamento de mercado e diminua suas fraquezas.
2.2.1.2 Fraquezas
São deficiências que inibem a capacidade de desempenho da organização e devem ser superadas 
para evitar a falência da empresa. Correspondem aos aspectos mais negativos da empresa em relação ao 
seu produto, serviço ou unidade de negócios. Devem ser fatores que podem ser controlados pela própria 
empresa e relevantes para o planejamento estratégico.
A fraqueza é uma condição interna da empresa totalmente desfavorável. Há que ser observada 
constantemente, melhorada ou eliminada para futuramente não dificultar a competitividade da empresa.
30
Unidade I
Quadro 3 – Questões potenciais a considerar em uma análise Swot
Forças internas potenciais Fraquezas internas potenciais
Recursos financeiros abundantes
Nome de marca bem conhecido
Número 1 no setor
Tecnologia própria
Imagem da companhia/produto/marca respeitada
Talento gerencial elevado
Melhor habilidade de marketing
Produto de qualidade superior
Falta de orientação estratégica
Recursos financeiros limitados
Pouco investimento em pesquisa e desenvolvimento
Linha de produto limitada
Custo baixo (matéria-prima ou processos)
Produto ou tecnologia desatualizada
Pouca habilidade de marketing
Imagem no mercado fraca
Oportunidades externas potenciais Ameaças externas potenciais
Rápido crescimento no mercado
Empresas rivais complacentes
Mudança nas necessidades/gestos do consumidor
Abertura de mercados externos
Novas descobertas de produtos
Boom econômico
Mudanças demográficas
Grande alteração de marca
Queda na venda de produtos substitutos
Entrada de concorrentes estrangeiros
Introdução de novos produtos substitutos
Ciclo do produto em declínio
Declínio da confiança do consumidor
Empresas rivais que adotam novas estratégias
Maior regulamentação governamental
Queda da atividade econômica
Mudanças demográficas
Adaptado de: Ferrell e Hartline (2009, p. 134-135).
2.2.2 Análise do ambiente externo (oportunidades e ameaças)
Para analisar o ambiente externo deve-se observar, por exemplo, a mudança de hábitos do 
consumidor, o surgimento de novos mercados, a diversificação, e a entrada de novos concorrentes e 
produtos substitutos.
O ambiente externo envolve uma análise das forças macroambientais (demográficas, econômicas, 
tecnológicas, políticas, legais, sociais e culturais) e dos fatores microambientais (consumidores, 
concorrentes, canais de distribuição e fornecedores). Dessa maneira, procura-se identificar duas 
questões: oportunidades e ameaças. Elas existem fora da empresa, independentemente de forças e 
fraquezas, e ocorrem tipicamente dentro dos ambientes competitivo, do consumidor, econômico, 
político/legal, tecnológico e/ou sociocultural (FERRELL; HARTLINE, 2009).
2.2.2.1 Oportunidades
São situações, tendências ou fenômenos externos, atuais ou potenciais, que podem contribuir para 
a concretização dos objetivos estratégicos (CALAES; VILLAS BÔAS; GONZALES, 2006). Consistem em 
variáveis externas e não controladas, que podem criar situações favoráveis para a organização, desde 
que ela tenha condições ou interesse de utilizá-las.
As oportunidades refletem a realidade externa da empresa e devem ser observadas, pois elas influem 
tanto no ambiente externo quanto no ambiente interno da organização.
31
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
2.2.2.2 Ameaças
São situações ou fenômenos externos, atuais ou potenciais, que podem prejudicar a execução de 
objetivos estratégicos. Consideradas como aspectos mais negativos do produto/serviço da empresa em 
relação ao mercado onde está ou irá se inserir, são fatores relevantes para o planejamento estratégico 
e que não podem ser controlados pela empresa. Estão relacionadas a concorrentes e novos cenários, 
desafiando a atual estratégia do empreendimento.
2.2.3 Forças + oportunidades
Essa análise leva a uma estratégia ofensiva e auxilia no aperfeiçoamento e crescimento das 
características positivas da empresa.
Considerando uma empresa de alimentos, a expertise em produtos orgânicos (força) potencializa 
a oportunidade de começar no mercado vegano, por exemplo. Portanto, a estratégia será focar o 
marketing na experiência e na credibilidade que a empresa já conquistou no mercado com a produção 
e/ou a venda de produtos orgânicos.
2.2.4 Forças + ameaças
Para uma estratégia de confronto, é necessário levantar os pontos fortes que podem minimizar 
os impactos.
No caso da empresa de alimentos, sua reputação reduz a ameaça da entrada de concorrentes no 
mercado, por exemplo, já que a marca é consolidada. Logo, a estratégia seria manter a identidade visual 
no mercado vegano.
2.2.5 Fraquezas + oportunidades
Essa análise cruzada resulta em uma estratégia de reforço. O seu objetivo é observar como é possível 
diminuir impactos negativos e como os pontos fracos da empresa podem reduzir as chances de novas 
oportunidades. Dessa maneira, essa estratégia leva a um aperfeiçoamento para que essas fraquezas 
deixem de atrapalhar o desenvolvimento da empresa.
Partindo do exemplo da empresa de alimentos, para prosperar no mercado vegano, será necessária 
uma equipe especializada nessa área ou a contratação de uma consultoria.
2.2.6 Fraquezas + ameaças
Ao cruzar os pontos fracos e as ameaças de uma empresa, é possível minimizar falhas e seus 
prováveis impactos negativos, sendo, portanto,uma estratégia de defesa. Há que traçar maneiras de 
diminuir as chances de uma fraqueza da empresa se transformar em uma ameaça real.
32
Unidade I
Baseando-se no caso da empresa de alimentos, a falta de experiência no mercado vegano pode 
ser um entrave. Para diminuir esse impacto, a estratégia seria a contratação de uma consultoria 
especializada para estruturar essa operação.
Vejamos uma análise mais aprofundada. O vegetarianismo se caracteriza por uma restrição alimentar 
no consumo de carnes bovinas, suínas, aves, peixes e frutos do mar. Há variações em sua classificação de 
acordo com as exclusões no consumo alimentar. Ovolactovegetarianos são indivíduos que consomem 
ovos, leite e derivados em sua dieta. Já o veganismo é um estilo de vida mais amplo, que inclui a 
libertação animal e exclui todo e qualquer tipo de produto ou serviço que implique sua exploração (seja 
na alimentação, no vestuário, em cosméticos, no entretenimento, entre outros).
Observa-se um crescente aumento da preocupação da população com o meio ambiente e com 
assuntos relacionados ao consumo e à sustentabilidade. De acordo com a Sociedade Vegetariana 
Brasileira (SVB, [s.d.]), 14% da população brasileira se declara vegetariana. Comparando com os dados 
de 2012, houve um aumento de 75% entre as pessoas que se declaram vegetarianas. Essas mudanças 
no perfil alimentar da população contribuem com o crescimento de produtos veganos no mercado, com 
destaque para o mercado de carnes veganas, que registrou um aumento em torno de 20% entre os anos 
de 2017 e 2018 (CHINAGLIA, 2019).
Dentro do segmento de carnes veganas incluem-se produtos como hambúrguer, carne moída, 
salsicha, presunto, frango, carne de porco, entre outros. Observa-se uma revolução no modo de comer 
carne, uma vez que as carnes veganas disponíveis no mercado têm se assemelhado cada vez mais ao 
sabor e à textura da versão de produtos com carne animal.
Diante destas evidências, uma empresa contratou um nutricionista para avaliar o mercado de 
produtos veganos e optou pela elaboração de um hambúrguer vegano. Trata-se de um hambúrguer 
vegano elaborado de maneira artesanal, tendo a lentilha vermelha como ingrediente substituto à carne.
O quadro a seguir é um exemplo de matriz Swot realizada por essa empresa.
Quadro 4 
Fatores externos
Oportunidades Ameaças
Crescimento do número de pessoas vegetarianas e veganas
Aumento no número de pessoas que reduzem o consumo 
de carne
Alta demanda por produtos veganos e mercado escasso 
em ofertas
Marca concorrente de renome presente no mercado
Dificuldades de distribuição em diferentes regiões
Preço alto de venda se comparado a produtos tradicionais
Fatores internos
Forças Fraquezas
Qualidade do produto
Produto livre de aditivos
Responsabilidade social e ambiental
Marca jovem e ainda desconhecida
Média capacidade de produção
Inovação tecnológica de alto custo para implementação
Alto custo de produção por conta da matéria-prima 
utilizada na fabricação 
33
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Veja agora o mix de marketing do produto (hambúrguer vegano):
•	 Produto: produto vegano feito artesanalmente com lentilhas vermelhas orgânicas especialmente 
selecionadas e livre de qualquer tipo de conservantes. A lentilha é um alimento fonte de proteína, 
fibras e ferro. Cada hambúrguer contém 108 g, sendo comercializado em caixas contendo 
duas unidades.
•	 Preço: o preço final de venda sugerido é de R$ 15,00, considerando os custos de produção 
e distribuição.
•	 Praça: distribuição de maneira indireta. Disponível em redes de hipermercado na cidade de São Paulo.
•	 Promoção: por meio de redes sociais, com publicação e divulgação do produto. Para alavancar o 
conhecimento da marca no mercado serão enviados alguns kits do produto a influenciadores do 
nicho vegetariano com o intuito de publi post. Ademais, o produto estará presente em exposições 
voltadas a esse mercado.
•	 Pessoa/público: produto destinado ao público vegetariano e vegano de todas as idades que se 
preocupa com sustentabilidade, saúde e bem-estar.
2.3 Matriz BCG e o ciclo de vida de produtos alimentícios
De acordo com Kotler e Keller (2006), uma das maneiras de avaliar o portfólio de produtos é por 
meio da aplicação da matriz BCG de crescimento-participação, que se tornou popular sob a sigla da 
empresa que a criou. Trata-se de uma matriz de grande utilidade na análise de portfólio de produtos 
e posicionamento da empresa no ambiente externo, avaliando o portfólio através do fluxo de caixa 
gerado. Assim, no eixo vertical encontra-se a taxa de crescimento do mercado, e no eixo horizontal, 
a participação relativa da empresa. Com esses dois indicadores são gerados quatro quadrantes que 
demonstram a posição dos produtos da empresa com as seguintes características: ponto de interrogação, 
estrela, vaca leiteira e abacaxi.
•	 Ponto de interrogação: refere-se a produtos ou negócios que operam em mercados de alto 
desenvolvimento, porém com baixas participações relativas. É uma fase que requer investimentos 
para acompanhar o crescimento da participação de mercado.
•	 Estrela: ocorre quando os produtos ou negócios considerados pontos de interrogação tornam-se 
bem-sucedidos. Esses produtos têm grande participação relativa em mercado de alto crescimento, 
sem necessariamente apresentar fluxo de caixa positivo.
•	 Vaca leiteira: decorre da taxa de crescimento de mercado, quando se observa uma queda de 
forma significativa, mas o produto ou o negócio apresenta elevada participação relativa no 
mercado. Dessa forma, estrelas tornam-se vacas leiteiras. Nesse quadrante da matriz são gerados 
fluxos de caixa positivos e grandes margens de lucro.
34
Unidade I
•	 Abacaxi: produtos ou negócios que apresentam baixa participação relativa em mercados de 
pouco crescimento. Geralmente geram prejuízos, mas, por algum motivo, podem continuar 
fazendo parte do portfólio da empresa.
Quadro 5 – Matriz BCG
Alta
Al
to
Participação relativa de mercado
Baixa
Ba
ix
o
Cr
es
ci
m
en
to
 d
o 
m
er
ca
do ?
Estrela
Vaca leiteira
Ponto de interrogação
Abacaxi
 Observação
O exemplo de análise realizado com o hambúrguer vegano pode ser 
classificado como uma interrogação dentro da matriz BCG, uma vez que se 
trata de um novo produto e não se sabe como será sua aceitação no mercado.
Exemplo de aplicação
Leia o texto a seguir e assinale a alternativa correta:
Arroz Tio João lança bolinhos de arroz como opção de aperitivo
Inspirada em uma das receitas mais tradicionais dos botecos brasileiros, a marca líder Arroz Tio João 
apresenta a mistura para preparo de Bolinhos de Arroz. O lançamento vem para complementar a linha 
de semiprontos Cozinha & Sabor, trazendo para o consumidor deliciosas opções de aperitivos.
Disponível em três sabores, Tradicional, Com Charque e Com Queijo, a novidade pode ser preparada 
no fogão ou no micro-ondas, ser frita ou assada. O modo de preparo vem detalhado na embalagem, 
sendo que cada receita rende até 21 bolinhos. Além disso, cada embalagem também traz uma receita de 
molho exclusivo, como sugestão de acompanhamento. Não contém glúten.
Fonte: Meirelles (2017).
35
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Diante do texto e dos seus conhecimentos sobre a matriz BCG, este produto se classifica em qual 
quadrante da matriz?
A) Vaca leiteira.
B) Interrogação.
C) Não é possível classificar.
D) Estrela.
E) Abacaxi.
Resolução
Dentro da matriz BCG, por se tratar de um novo produto, ele seria interrogação (alternativa B).
3 TENDÊNCIAS DE MERCADO
De acordo com o Brasil Food Trends (2020), países como o Brasil passaram por um período de 
forte crescimento econômico e de renda nos últimos anos, a despeito da crise econômica mundial 
do segundo semestre de 2008. Esse movimento foi acompanhado pelo incremento da urbanização, 
intensificando e alterando o perfil de consumo da população mundial, com o aumento da 
preferência por alimentos mais elaborados e proteicos, e a indústria de alimentos encontra-seatenta às tendências e desafios desse novo cenário da demanda como forma de manter o seu 
posicionamento competitivo.
Com o aumento da renda e do poder de compra, além do maior acesso à informação, o desafio da 
indústria de alimentos é produzir bens que atendam às exigências de um consumidor cada dia mais 
crítico a respeito de todos os fatores relacionados à geração de alimentos.
 Observação
Tendência é a propensão de consumidores/indivíduos em modificar 
os hábitos já estabelecidos, decorrente de fatores econômicos, sociais, 
culturais e políticos.
No âmbito de tendências em produtos alimentícios, observa-se um movimento mundial no consumo 
de alimentos categorizados em cinco tipos: sensorialidade e prazer; saudabilidade e bem-estar; 
conveniência e praticidade; confiabilidade e qualidade; e sustentabilidade e ética.
36
Unidade I
3.1 Tendências: sensorialidade e prazer
Relacionam-se ao aumento do nível de educação, informação e renda da população. Em 
diversos países, os consumidores estão valorizando as artes culinárias e as experiências gastronômicas, 
influenciando tanto o setor de serviços de alimentação como o desenvolvimento de produtos 
industrializados. Desta maneira, propicia-se a disseminação de receitas regionais e o consumo de 
produtos étnicos, criando o interesse pela harmonização de alimentos e bebidas, e por novas texturas 
e sabores. Por outro lado, valoriza-se a socialização em torno da alimentação, tornando os produtos 
alimentícios um importante elo entre as pessoas, dentro e fora dos lares. Observam-se, também, 
circuitos e polos gastronômicos nas cidades como importante forma de lazer e entretenimento para 
moradores e turistas.
Os segmentos de consumo de produtos com maior valor agregado tendem a continuar crescendo, 
tanto em relação aos produtos gourmet e premium, geralmente destinados à população de alta renda, 
como em relação aos alimentos sofisticados que apresentam preço acessível para os consumidores 
emergentes, os quais deverão representar os grandes mercados para a indústria de alimentos no futuro.
Dentro dessa tendência, destacam-se os foodies, consumidores aficionados por novos produtos e 
novas experiências em torno da alimentação, cada vez mais preocupados também com a saúde e a 
forma física, o que tem contribuído com o aumento da demanda por produtos que sejam saborosos, 
mas também saudáveis.
Dentro da tendência de sensorialidade e prazer, observam-se:
•	 In-home gourmets: buscam opções caseiras para o tipo de experiência proporcionada por uma 
refeição em restaurantes.
•	 Foodies with no time: apreciadores de boa comida que procuram opções mais saborosas, mas 
que não têm tempo.
•	 Busy moms: mães que desejam produtos convenientes, mas saudáveis.
•	 Restaurant-style: alusão ao tipo de alimentação servida em restaurantes e lanchonetes.
Quadro 6 – Exemplos de produtos relacionados 
às tendências de sensorialidade e prazer
Benefícios relacionados à tendência de 
sensorialidade e prazer
Exemplos de propostas de valor 
para os consumidores
Consumo de alimentos com maior valor agregado, 
alimentos com símbolos de status, alimentos que compõem 
o estilo de vida sofisticado 
Produtos gourmet e especialidades para mercados populares
Versões premium de produtos existentes (elevação/aperfeiçoamento 
do padrão de qualidade, premiumisation)
Produtos super-premium
37
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Benefícios relacionados à tendência de 
sensorialidade e prazer
Exemplos de propostas de valor 
para os consumidores
Consumo hedonista, busca de indulgência, experimentação 
de novos sabores e texturas, escape do cotidiano, exotismo
Produtos de “indulgência sem culpa” (incorporação de novos 
atributos para diminuir rejeição de produtos com alto teor 
calórico, gordurosos etc. ou redução de porção ou tamanho 
da embalagem)
Produtos com sabores e texturas diferentes, produtos interativos 
e produtos exóticos que permitem novos estímulos sensoriais e o 
escape da rotina diária
Valorização da culinária e da gastronomia, por aficionados, 
como entretenimento e lazer ou socialização em torno da 
alimentação 
Experimentação da culinária de regiões específicas, contato 
com outras culturas
Recuperação de culinárias regionais e da tradicional 
cozinha caseira
Reprodução de receitas originadas em restaurantes
Referência a receitas gourmet servidas em restaurantes
Produtos desenvolvidos com a participação de chefs 
de cozinha
Produtos com assinatura de chefs famosos
Produtos étnicos
Produtos com sabores característicos de outros países
Produtos baseados em receitas tradicionais
Produtos em porções para o consumo em família
Produtos com proposta de recriar no lar a experiência de fazer 
refeições em restaurantes
Produtos coadjuvantes de momentos de lazer e entretenimento
Produtos para ocasiões festivas
Produtos para presentear
Fonte: Brasil Food Trends (2020, p. 73).
Figura 9 – Exemplos de produtos industrializados com maior valor agregado
Fonte: Brasil Food Trends (2020, p. 74).
38
Unidade I
Figura 10 – Exemplos de produtos industrializados que permitem o escape da rotina diária
Fonte: Brasil Food Trends (2020, p. 76).
Figura 11 – Exemplos de produtos industrializados para indulgência sem culpa
Fonte: Brasil Food Trends (2020, p. 77).
39
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
Figura 12 – Exemplos de produtos industrializados relacionados com gastronomia, 
cozinha caseira e socialização
Fonte: Brasil Food Trends (2020, p. 78).
3.2 Tendências: saudabilidade e bem-estar
Decorrem de mudanças demográficas como o envelhecimento das populações, as descobertas 
científicas que vinculam determinadas dietas a doenças, bem como a renda e a vida nas grandes 
cidades, influenciando a busca de um estilo de vida mais saudável. Destaca-se a procura por alimentos 
funcionais, produtos para dietas e controle do peso, além do crescimento de uma nova geração de 
produtos naturais que estão se sobrepondo ao segmento de produtos orgânicos.
Aliado à maior preocupação dos consumidores com a nutrição, o consumo de produtos funcionais 
tem criado diversos nichos de mercado, como o de produtos benéficos ao desempenho físico e mental 
e à saúde cardiovascular e gastrointestinal, assim como o de produtos que favorecem a melhoria do 
estado de ânimo (energéticos) e o relaxamento, por exemplo. Produtos com propriedades cosméticas 
também são bastante promissores dentro dessa tendência.
A alta incidência e prevalência de indivíduos com sobrepeso e obesidade estimula a elaboração 
de produtos para dietas e de alimentos com redução ou eliminação de substâncias calóricas. Assim, o 
40
Unidade I
segmento diet/light deve continuar sua tendência de crescimento, aliando-se a uma nova categoria de 
produtos com ingredientes específicos para queimar calorias e saciar o apetite.
Nos países desenvolvidos, consolida-se o consumo de alimentos orgânicos, os quais enfrentam a 
concorrência das versões naturais de produtos tradicionais, com eliminação de aditivos químicos, entre 
outras características.
Segue uma lista de ingredientes (tendência saudabilidade e bem-estar) sugeridas pelo Brasil Food 
Trends (2020):
•	 Saúde do coração: ômega 3, óleo de peixe, antioxidantes, fibras, grãos integrais, chocolate 
amargo, vitamina E e fitoesteróis.
•	 Fortalecimento do sistema imunológico: antioxidantes, ômega 3, vitamina E, probióticos, óleo 
de peixe, grãos integrais, fibras e proteínas.
•	 Prevenção do câncer: antioxidantes, fibras, grãos integrais, ômega 3, óleo de peixe, vitamina E, 
chocolate amargo e soja.
•	 Saúde do cérebro: ômega 3, antioxidantes, óleo de peixe, vitamina E, proteínas e DHA (ácido 
docosa-hexaenoico).
•	 Saúde e beleza da pele: vitamina E, antioxidantes, óleo de peixe, ômega 3 e cálcio.
•	 Saúde gastrointestinal: fibras, grãos integrais, aveia, probióticos e antioxidantes.
Quadro 7 – Exemplos de produtos relacionados 
à tendência de saudabilidade e bem-estar
Benefícios relacionados à tendência de 
saudabilidade

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