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Princípios de Imunização

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Ana Fernanda & Beatriz Moreira - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
Princípios de Imunização 
Tipos de Imunidade 
• Imunidade Natural 
- Ativa: induz o organismo a ativar uma res-
posta 
- Passiva: o organismo recebe o anticorpo 
pronto e específico, sem necessidade de 
produzi-lo. 
✓ Transferência transplacentária 
✓ Leite materno 
 
• Imunidade Artificial 
- Ativa: vacinas que apresentam um antíge-
no para que se monte uma resposta imune 
adaptativa e gerar memória imunológica 
- Passiva: administração de anticorpos 
 
Vacinas 
Método de imunização que tem o objetivo 
de estimular uma resposta adaptativa frente 
a apresentação de um antígeno externo. 
Tem a finalidade de gerar anticorpos e me-
mória. 
Objetivo: imunização prévia do indivíduo, de 
modo que ele passe a responder de manei-
ra rápida e eficiente quando entrar em con-
tato com o agente infeccioso, evitando a 
ocorrência ou o desenvolvimento da doen-
ça. 
 
- Resposta T dependente: 
1. Inoculação do antígeno proteico 
2. Reconhecimento feito pelo linfócito B (T 
dependente) 
3. Endocitose do antígeno que será apre-
sentado para o apresentação para o lin-
fócito T CD4+ 
4. Proliferação e diferenciação dos linfóci-
tos B 
5. Plasmócitos, células de memória B 
(quando ativadas darão origem a novos 
plasmócitos. 
No primeiro contato com o antígeno a res-
posta é menor, e no segundo contato a res-
posta será mais rápida e eficaz. 
 
• Imunidade de rebanho: 
Extensão da proteção conferida por uma 
vacina a segmentos não-vacinados da po-
pulação, devido ao controle ou a diminui-
ção da circulação do agente infeccioso 
como decorrência do aumento de indiví-
duos tornados imunes pela vacinação. 
 
- Fases obrigatórias na produção da vacina: 
1. Fase exploratória da escolha dos antígenos 
2. Testes em animais 
3. Teste em seres humanos 
4. Análise da eficácia e segurança 
5. Aprovação e registro com acompanhamento 
dos resultados 
 
 
Composição das vacinas: 
✓ Antígeno 
✓ Água estéril 
✓ Soro fisiológico 
✓ Estabilizantes 
✓ Adjuvantes – potencializador da res-
posta imune 
✓ Proteína do ovo 
✓ Traço de antibióticos – thimerosal 
(contém mercúrio 
 
 
 
Ana Fernanda & Beatriz Moreira - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
Tipos de vacinas: 
• Vacina de antígenos atenuados: 
O vírus está “vivo”, porém enfraquecido pa-
ra que ele não causa infecções. 
É o tipo de vacinação mais parecido com a 
exposição natural. 
Desvantagens: Risco de reversão à patoge-
nicidade. 
Contraindicação: imunodeficiência congê-
nita ou adquirida 
Febre amarela, Sarampo, caxumba, rubéola 
– tríplice viral, Sabin (poliomielite), BCG. 
 
• Vacinas de antígenos inativados: 
O vírus está “morto” com suas estruturas, in-
capaz de se multiplicar. Devido a isso requer 
mais uma dose de vacina para estabelecer 
a imunidade 
Vantagens: sem risco de transmissão 
Desvantagens: o patógeno deve ser cultiva-
do in vitro, uso de adjuvantes. 
Sars-Cov-2 – Coronavac, Influenza, Raiva 
(SALK), Poliomelite e S.pneumoniae. 
 
 
 
- Vacina de Subunidades – toxoides ou toxi-
nas inativadas: são vacinas dirigidas contra 
as toxinas produzidas por um patógeno. Os 
texoides do tétano e da difteria têm partici-
pado, por longo tempo, da série-padrão de 
inoculação infantil. 
Vantagens: ação direta na inativação do 
agente causador da doença 
Desvantagens: é necessária uma série de 
injeções para se obter imunidade completa, 
seguida de reforço a cada 10 anos. 
“Tétano e Difteria” 
• Vacinas Recombinantes: 
São vacinas de subunidades produzidas por 
técnicas de engenharia genética, onde ou-
tros microrganismos são programados para 
produzir a fração antigênica desejada. 
Vantagens: produção em larga escala, sem 
risco de patogenicidade 
Desvantagens: múltiplas doses 
HPV, Hepatite B 
• Vacinas Conjugadas: 
São aquelas em que um produto imunologi-
camente menos potente, por exemplo um 
polissacarídeos, é conjugado a um outro 
produto imunologicamente mais potente, 
como as proteínas. O primeiro produto ad-
quire características de maior potência imu-
nológica. 
Exemplos: vacina pneumocócica 10-valente, 
vacina meningocócica C, vacina meningo-
cócica B. 
• Vacina de Vetor Viral: 
É utilizado um vírus que não causa doença, 
retiram o genoma e inserem um pedaço do 
genoma do sars-cov-2 e insere dentro do 
adenovírus. Ele irá produzir apenas as proteí-
nas do sars-cov-2. 
O vetor replicante entra na célula e se repli-
ca, o vetor não-replicante entra na célula e 
apenas produz as proteínas. 
As proteínas do vírus são apresentadas via 
MHC-1 e é montada uma resposta adaptati-
va. 
• Vacina de RNAm: 
É escolhido no genoma do sars-cov qual é o 
melhor gene da proteína spike, o RNA deste 
gene é cortado e várias copias são feitas. 
Ana Fernanda & Beatriz Moreira - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
Esse RNAm é colocado dentro de uma gotí-
cula lipídica para que ele não seja degra-
dado fora da célula, além de facilitar a en-
trada na célula pela membrana. 
Deve ser armazenado em baixas temperatu-
ras pois o RNAm é muito instável em altas 
temperaturas. 
 
• Vacinas terapêuticas: 
Imunoterapia no combate ao câncer. É um 
tratamento que melhora a resposta imuno-
lógica com o objetivo de as células citotóxi-
cas NK e TCD8 eliminem as células tumorais. 
 
Antígenos Atenuados 
- Febre amarela: 
Resposta imune celular (TCD4+/ TDC8+) de-
vido a replicação do vírus vacinal e humoral 
(IgG e células B de memória). 
Promove a ativação de LTCD4+ memória 
 
- VOP (poliomielite): 
Resposta imune celular ( TCD4+/ TCD8+) de-
vido à replicação do vírus vacinal e humoral 
(IgA e IgG e células B de memória) 
O vírus vacinal se multiplica na mucosa intes-
tinal (administração via oral): IgA de mucosa 
neutraliza o poliovírus no intestino (porta de 
entrada para o vírus) 
Promove a ativação da LTCD8+ memória 
 
Outros antígenos 
1. Inteiro e inativado ou vetor viral (covid-19) 
2. Antígeno Recombinante (HPV) 
3. Antígeno Conjugado (Pneumo 10v) 
Resposta imune humoral (IgG e células B de 
memória), LTCD4+ memória. 
Não promove a ativação de LTCD8+ de 
memória. 
 
RNAmensageiro 
Covid-19: resposta imune celular (TDC4+/ 
TCD8+ devido à síntese de proteínas virais no 
interior da célula humoral (IgG e células B de 
memória) 
Promove a ativação de LTCD8+ memória 
- Vacina Ideal: 
• Conferir proteção contra doença 
grave e moderada 
• Ter elevada eficácia 
• Segurança 
• Indução de memória imunológica: 
celular e humoral 
• Possibilidade de uso em todas as fai-
xas etárias 
• Proteção com dose única 
• Apresentar tecnologia com baixo cus-
to 
• Ser de fácil armazenamento 
• Poucos efeitos colaterais 
Vacinas X Variantes Virais 
• Sars-CoV-2 
Ele entra na célula por meio da proteína Spi-
ke e se liga ao receptor ECA 2, o vírus se mul-
tiplica e ataca outras células. 
Quando ele se replica, erros podem acon-
tecer gerando novas mutações, novos ami-
noácidos e proteínas. 
- Proteína S: 
As mutações na proteína S podem favorecer 
a entrada do vírus dentro da célula (mais 
transmissível) ou desfavorecer. 
 
 
Ana Fernanda & Beatriz Moreira - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
• Imunidade Passiva Artificial 
 
1. Soroterapia: 
É uma modalidade de imunidade a um an-
tígeno, estabelecida em um indivíduo por 
transferência de anticorpos de um outro in-
divíduo imune àquele antígeno. Possui ação 
imediata e transitória pois não gera memó-
ria. 
O soro é produzido normalmente em animais 
de grande porte 
1. Inoculam toxinas nesses animais para 
que eles produzam anticorpos 
2. O animal desencadeia uma resposta 
imune a produzir anticorpos 
3. O sangue do animal é coletado e o 
soro é coletado 
 
2. Imunoglobulina 
Soro homólogo: a imunoglobulina especifica 
é obtiva de doadores humanos que recebe-
ram imunização recente ou convalescentes 
dedoença infecciosa contra a qual se quer 
proteger. Exemplos de imunoglobulinas hu-
manas específicas: 
• Anti-hepatite B 
• Antitetânica 
• Antirrábica 
• Anti varicela Zoster 
• Palivizumabe – anticorpo monoclonal 
antivírus sincicial respiratório (VSR) 
 
3. Soro 
Tratamento efetivo, porém, deve ser feito 
com cautela visto que a produção de IgE 
contra o anticorpo estranho pode gerar re-
ações alérgicas e anafilaxias. Além disso, a 
produção de IgM e IgG contra o anticorpo 
estranho pode gerar imunocomplexos que 
se depositam em tecidos

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