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Estrutura Parasitária

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Ana Fernanda & Beatriz Moreira - @medicina.resume 
 
@medicina.resume 
Estrutura Parasitária 
Tipos de relações entre seres vivos 
• Harmônicas 
- Simbiose: ambas se beneficiam em uma re-
lação obrigatória. Não vivem isoladas uma 
da outra. 
- Mutualismo: ambas se beneficiam em uma 
relação não obrigatória 
- Comensalismo: uma obtém vantagens sem 
prejuízos para o outro. Relacionado com nu-
trição. 
• Desarmônicas 
- Competição: lutam pelo mesmo alimento 
ou abrigo 
- Canibalismo: um animal se alimenta de ou-
tro da mesma espécie 
- Predatismo: um animal se alimenta de outra 
espécie 
- Parasitismo: unilateralidade de benefícios 
(hospedeiro é espoliado pelo parasito) 
O estudo geral da doença, chamado de pa-
tologia. Os métodos diagnósticos e de trata-
mento são desenvolvidos por meio do estudo 
O estudo do meio ambiente, da informação 
epidemiológica é utilizada para promover 
métodos de prevenção e controle. 
Dependendo do sistema imunológico do indi-
viduo sua defesa será menos eficaz e irá de-
senvolver mais a doença, sendo assim, mais 
fatal. Em ambientes fechados, o risco de in-
fecção também é maior. 
 
- Populações de Risco de Contrair Parasitos 
• Indivíduos de regiões e países subde-
senvolvidos 
• Refugiados 
• Imigrantes 
• Visitantes de países estrangeiros 
• Indivíduos imunocomprometidos 
• Indivíduos vivendo em ambientes fe-
chados (presídios) 
• Crianças que frequentam creches 
O modo de transmissão irá depender do tipo 
de parasita que se estuda 
• Modos de Transmissão de Parasitos 
- Ingestão de alimentos ou água contami-
nada (principalmente água) 
- Transferência mão-boca ( fecal – oral ) 
- Picadas de inseto 
- Entrada através de penetração cutânea 
(penetração ativa cutânea) 
- Relações sexuais desprotegidas 
- Contato boca-boca 
- Contaminação através de perdigoto (aeros-
sol) 
- Contato dos olhos com água contaminada 
(p. ex., durante a natação)” 
- Vertical: é a passagem de uma infecção ou 
doença da mãe para o bebê. 
- Transfusão sanguínea e transplante de ór-
gãos 
 
Vias de Penetração 
- Passiva: 
• Ingestão de alimentos ou águas con-
taminadas (ex: esquistossomose) 
• Via parental – Inoculada por insetos 
(Ex: elefantíase) 
- Ativa: 
• Pele 
• Tecido conjuntivo 
• Mucosas 
Tipos de hospedeiro: 
 
- Hospedeiro Intermediário: abriga a forma 
assexuada do parasita 
- Hospedeiro definitivo: abriga a forma adulta 
ou sexuada do parasito 
- Hospedeiro acidental ou incidental: hospe-
deiro, diferente do normal, que alberga um 
parasito. (Ex: larva infecta o homem, porém 
ela normalmente parasita cães e gatos). 
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• Tipo de Hospedeiro: 
Portador: hospedeiro infectado que alberga 
o agente etiológico, sem manifestar sintomas, 
porém capaz de transmiti-lo 
Reservatório: é qualquer local, vegetal, ani-
mal ou humano onde vive e multiplica-se um 
agente etiológico e do qual é capaz de atin-
gir outros hospedeiros 
Vetor/ Vetor Biológico: responsável por trans-
portar um parasito de um local para outro. 
 
Vetor Biológico X Vetor Mecânico 
Vetor Biológico: é o inseto que irá inocular o 
agente infeccioso, o parasita se reproduz/de-
senvolve no vetor. (ex: triatomíneo e o T.cruzi. 
Vetor Mecânico: o parasita não se reproduz 
no vetor, apenas transporta. (ex: moscas a 
cistos de amebas) 
Classificação dos Parasitas 
1. Quanto ao número de células 
- Unicelulares: protozoários 
- Pluricelulares: helmintos 
 
2. Quanto a localização no hospedeiro 
- Endoparasita: internamente. Ex: protozoá-
rios, helmintos 
- Ectoparasita: externamente. Ex: pulgas, pio-
lhos, carrapatos 
 
3. Quanto ao ciclo evolutivo 
- Monoxenos: 1 hospedeiro no seu ciclo 
- Heteroxenos: 2 ou mais hospedeiros no ciclo 
 
4. Quanto ao número de espécies de 
hospedeiros 
- Esteroxeno: parasita apenas espécies de 
vertebrados muito próximas. 
- Eurixenos: parasita espécies de vertebrados 
muito distintas 
5. Quanto ao tipo de parasitismo: 
- Facultativo: possui vida livre, mas podem pa-
rasitar um hospedeiro. (ex: Aconthamoeba, 
berne) 
- Obrigatório: o parasita necessita do hospe-
deiro, sem ele, o parasita não sobrevive 
- Acidental: pode viver em um hospedeiro 
que não é o de costume. (ex: larva migrans – 
bicho geográfico) 
Parasitos Clinicamente Importantes 
Protozoários: 
Classificação baseada na ausência ou na 
presença e tipo de estrutura de locomoção 
utilizadas na locomoção e na captura de ali-
mentos 
 
Helmintos 
 
• Ação espoliativa: 
Quando o parasita absorve os nutrientes do 
hospedeiro (ex: parasitas hematófagos, im-
pedindo que o hospedeiro absorva nutrien-
tes. 
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Ex: Giardíase. O individuo faz a infecção a 
partir da ingestão do cisto, no intestino del-
gado o disco ventral permite a fixação desse 
parasita na mucosa desse órgão. Isso impede 
que o enterócito absorva os nutrientes da ali-
mentação, que saem nas fezes (esteatorreia) 
Ex: Ancilostomíase. Possui uma estrutura de fi-
xação com placas cortantes, provocando le-
sões de ação mecânica para se nutrir do san-
gue do hospedeiro. Pode gerar anemia ferro-
priva, hipoproteinemia. O hemograma do 
paciente apresenta baixo VCM (volume cap-
sular médio). 
Ex: Taenidae – Teníase. Ausencia de sistema 
digestório, circulatório e respiratório. Possuem 
tegumento os cestoides por onde se dão 
todas as trocas nutritivas e metabólicas; Na 
fase adulta, os cestoides do homem habitam 
quase que exclusivamente o tubo digestório 
dos hospedeiros. 
• Ação Obstrutiva 
O parasito provoca eventos obstrutivos no 
hospedeiros e faz com que ocorra a perda de 
função. Possuem boca trilabiada: forte 
fixação a mucosa. 
Ex: Filariose (Elefantiase) – O parasita adulta 
vive no sistema linfático do hospedeiro 
provocando obstrução e linfedema. 
 
• Ação Destrutiva 
Promove destruição celular. 
Ex: Malária. Uma parte do ciclo celular 
envolve o rompimento das hemácias para a 
liberação dos parasitas. Promove icterícia, 
anemia, hemoglobinúria. 
 
• Ação Mecânica/ Compressiva 
Parasitos podem impedir o fluxo de 
alimentos, de bile ou a absorção alimentar 
no intestino. 
Ex: Cisticercose humana – O individuo pode 
fazer infecção ingerindo o ovo, 
desenvolvendo o cisticerco. As larvas 
possuem tropismo para a musculatura 
esquelética, a musculatura cardíaca e o SNC. 
• Ação Tóxica/Enzimática 
Promove a destruição do epitélio, 
provocando ulcerações no fígao e no 
intestino. 
Ex: Esquistossomose. As cercarias produzem 
enzimas que degradam nossa pele e 
conseguem penetrar o corpo humano. 
 
• Ação Irritativa 
Os parasitas com açoes enzimaticas 
penetram a pele, o sistema imunológico 
reconhece e promove inflamação (ação 
irritativa no local). 
Ex: Síndrome de Loeffler. A larva no pulmão 
provoca uma ação irritativa, inflamando e 
provocando tosses e desconforto no peito. 
 
Açoes do Sistema Imune 
• Protozoários 
- Barreiras naturais - podem ser introduzidos 
pela picada de insetos ou por lesões cutâ-
neas 
- Inflamação local e sistêmica 
- Fagocitose 
- Opsonização – Anticorpos e complemento 
- Citotoxicidade – células NK e LT CD8+ 
- Neutralização por anticorpos 
 
• Helmintos: 
- Barreiras naturais que impedem a invasão – 
pele. O helminto possui glândulas de penetra-
ção que ultrapassa essa barreira. 
- IgE 
- Ativação de eosinófilos, basófilos e mastóci-
tos – liberam histamina e mediadores inflama-
tórios 
- A grande variabilidade antigênica promove 
uma constante alteração de sua superfície 
(morfologicamente). 
 
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• Diagnóstico Laboratorial 
Parasitas Intestinais: exame de fezes, identifi-
cação morfológica do ovo, larva, parasita 
adulto. 
 
• Prevenção e controle de parasitos 
Estratégias:- Desenvolvimento e implementação de pro-
gramas educacionais de conscientização so-
bre parasitos 
- Uso de inseticidas e outros produtos químicos 
- Uso de roupas de proteção 
- Uso de telas de proteção 
- Tratamento adequado da água 
- Boa higiene pessoal 
- Boas práticas sanitárias 
- Adequado manuseio, cocção e proteção 
de alimentos 
- Evitar relações sexuais sem proteção

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