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Sangramentos da Segunda Metade da Gestação

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Sangramentos da Segunda Metade da Gestação 1
Sangramentos da Segunda 
Metade da Gestação
Data de Criação
Fonte MEDCURSO 2021
Descolamento Prematuro de Placenta (DPP)
Após a 20ª semana
Fatores de risco:
HAS, trauma, idade > 35 anos, prolidrâmnio, gemelaridade, drogas 
(tabagismo/cocaína)
Quadro clínico:
Dor, taquissistolia, hipertonia, sofrimento fetal agudo, hemoâmnio e sangramento 
(escuro em 80%, 20% oculto)
Diagnóstico: 
É CLÍNICO!
Não precisa USG → atrasa o manejo
Conduta:
Feto vivo:
Optar pela via mais rápida: geralmente cesariana
Se parto iminente (dilatação completa com possibilidade de fórceps): vaginal
Feto morto:
Geralmente via vaginal → está consumindo fatores de coagulação, se levar pra 
cesariana vai sangrar muito (coagulopatia)
Se for demorar muito para o nascimento por via vaginal, fazer cesariana
@06/12/2022
Sangramentos da Segunda Metade da Gestação 2
Amniotomia: sempre realizar imediatamente diante do diagnóstico de DPP
Diminui risco de atonia uterina
Reduz velocidade de dissecção do hematoma
Reduz sangramento
Diminui chance de coagulopatia
Complicações:
Útero de Couvelaire ou Apoplexia Uteroplacentária
1) Massagem + ocitocina EV
2) Sutura B-Lynch
3) Ligadura de artéria hipogástrica ou uterina
4) Histerectomia
Placenta Prévia
Placenta próxima ou sobre OCI confirmado após 28 semanas
Classificação:
Marginal ou inserção baixa de placenta: não atinge o OCI, mas localiza-se até 2 
cm dele
Parcial
Total: indicação absoluta de cesariana
Fatores de risco:
Idade > 35 anos, tabagismo, gemelar, multiparidade, cesárea e curetagem
Quadro clínico:
P - progressivo
R - recorrente
E - espontâneo
Sangramentos da Segunda Metade da Gestação 3
V - vermelho vivo
I - indolor
A - ausência de hipertonia ou sofrimento fetal
Diagnóstico:
Clínico
Exame especular
NÃO FAZER TOQUE
USG: confirma e classifica - pode ser USTV
Conduta:
A termo: 
Interrupção
Prematuro: depende do sangramento
Intenso: interrupção
Discreto/moderado: conservador
Via de parto:
Total: sempre cesariana
Parcial: maioria das vezes cesariana
Complicações:
Prematuridade, apresentação anômala (não cefálico), hemorragia pós-parto (restos e 
atonia), infecção puerperal (restos), acretismo
Acretismo placentário:
Diagnóstico:
Pré-natal: USG ou RNM
Após parto: dificuldade de extração placentária
Classificação:
Sangramentos da Segunda Metade da Gestação 4
Acreta: aderida à camada esponjosa do endométrio - pode tentar conversador, 
mas padrão ouro é a histerectomia
Increta: invade o miométrio: histerectomia
Percreta: atinge a camada serosa do útero: histerectomia
Roturas:
Rotura do Seio Marginal:
Sangramento indolor, espontâneo, vermelho vivo, tônus uterino normal, sem sofrimento 
fetal
Costuma acontecer durante o trabalho de parto
Parece o quadro de placenta prévia, mas o USG é normal
Diagnóstico:
Definitivo: após o parto (histopatológico)
Conduta:
Acompanhar o trabalho de parto
Rotura de Vasa Prévia:
Rotura de vasos fetais desprotegidos (inserção ligamentosa do cordão) entre a 
apresentação e o colo
Quadro clínico:
Sangramento após amniorrexe + sofrimento fetal agudo
Conduta:
Via de parto mais rápida: cesariana
Rotura Uterina:
Iminência de rotura: 
Síndrome de Bandl-Frommel
Sangramentos da Segunda Metade da Gestação 5
Anel separa corpo do segmento: Bandl
Ligamento redondo distendido: Frommel
Rotura consumada:
Dor intensa com alívio súbito
Fácil palpação de partes fetais
Sinal de Clark: enfisema subcutâneo
Sinal de Reasens: subida da apresentação fetal
Conduta:
Iminência → cesárea
Consumada: histerorrafia ou histerectomia
Doença Hemolítica por Incompatibilidade 
Rh:
Sensibilização:
Mãe Rh- e DU- + Pai Rh+ → feto Rh+
Ocorre na primeira gestação
Doença hemolítica:
Ocorre na segunda gestação
Doença progressivamente mais grave
Seguimento:
Coombs indireto negativo: não houve sensibilização
Repetir com 28, 34, 36 e 40 semanas
Coombs indireto positivo: 
Se < 1:16 ( ≤ 1:8) → acompanhamento mensal
Se ≥ 1:16 (> 1:8) → investigação de anemia fetal
Sangramentos da Segunda Metade da Gestação 6
Doppler A. cerebral média: avaliar velocidade de pico sistólico - se > 1,5:
E > 34 semanas: interromper gestação (risco de hidrópsia fetal e óbito)
E < 34 semanas: fazer corticoide e realizar cordocentese 
Cordocentese: padrão ouro para diagnóstico e tratamento
Permite transfusões
Risco de 1-3% de óbito fetal
Profilaxia:
Imunoglobulina Anti-D (Rhogan): 
Realizar em situações de risco de contato entre o sangue materno e o fetal: 
sangramento, exame invasivo fetal ou após parto de RN Rh+
OU: Rotina de Imunoglobulina de rotina na 28ª semana se mãe Rh+ e CI ainda 
negativo
Repetir após o parto
O CI fica temporariamente positivo após o Rhogan

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