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E-BOOK O AUTISMO E A NUTRIÇÃO

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O AUTISMO
E A NUTRIÇÃO
Raiane Dantas
Primeira edição
 2020
Graduação em nutrição, pós-graduação em Nutrição Funcional em
Obesidade e Síndrome Metabólica, pós-graduação em Nutrição
Materno Infantil, certificação em Seletividade Alimentar-USA,
certificação em Nutrição e Suplementação no Autismo. Vivência no
atendimento nutricional em crianças neurotípicas e atípicas, e
oficina terapêutica para dificuldades alimentares.
autora
RAIANE DANTAS
CLIQUE NOS ÍCONES
AGENDAR CONSULTA E 
TIRAR DÚVIDAS
ACOMPANHAR NAS 
REDES SOCIAIS
https://www.instagram.com/raiane.nutrinfantil/
https://api.whatsapp.com/send?phone=5561985920573
AVISO LEGAL
O conteúdo deste e-book foi desenvolvido para fins informativos,
não substitui o aconselhamento e tratamento com o MÉDICO e
NUTRICIONISTA. Para um acompanhamento individualizado e
esclarecimentos, entre em contato com o profissional.
Dedico este e-book a todas as famílias que enfrentam os desafios
da alimentação no Transtorno do Espectro Autista - TEA.
ÍNDICE
05
O Q U E É O T R A N S T O R N O D O
E S P E C T R O A U T I S T A ?
06
07 08
O T R A T O G A S T R O I N T E S T I N A L  
E A N E U R O I N F L A M A Ç Ã O
O T R A T O G A S T R O I N T E S T I N A L  
E A D I S B I O S E I N T E S T I N A L
A S E L E T I V I D A D E 
A L I M E N T A R
09
A S E N S I B I L I D A D E 
S E N S O R I A L
10
A O B E S I D A D E E 
A D E S N U T R I Ç Ã O
11 12
A A L I M E N T A Ç Ã O S E M G L Ú T E N ,
C A S E Í N A E S O J A
A A L I M E N T A Ç Ã O N A T U R A L -
E C O L Ó G I C A
13
A S P R I N C I P A I S D E F I C I Ê N C I A S
N U T R I C I O N A I S N O T E A
17
O Ô M E G A - 3
18
O S P R O B I Ó T I C O S
19
O R I E N T A Ç Õ E S 
D A N U T R I
21
C O N S I D E R A Ç Õ E S 
F I N A I S
22
R E F E R Ê N C I A S 
B I B L I O G R Á F I C A S
o que é o transtorno do
espectro autista?
O TEA é caracterizado por alterações no desenvolvimento
neurológico e deficiências na interação social e comunicação,
com presença de comportamentos repetitivos e estereotipados.
Manifesta-se até os três anos de idade, a maior incidência é do
sexo masculino, e os sintomas podem variar quanto à
sintomatologia e grau de acometimento, mas apresenta em
comum uma interrupção precoce de socialização.
05
o trato gastrointestinal 
e a neuroinflamação
Crianças com autismo apresentam frequentemente problemas
gastrointestinais, com episódios de diarréia, constipação, refluxo,
alergia ou intolerância alimentar. O desconforto intestinal devido
ao processo inflamatório pode agravar os problemas
comportamentais (eixo cérebro-intestino). 
 
A permeabilidade intestinal aumenta a absorção de
peptídeos pouco hidrolisados, como caseína e glúten, que
após atravessarem a barreira hematoencefálica, atuam em
nível central como opióides, impedindo a comunicação adequada
dos neurônios. como consequência, dificuldade na concentração,
agitação, irritabilidade e entre outras.
06
o trato gastrointestinal 
e a disbiose intestinal 
A disbiose intestinal, também é um problema frequente no
autismo, ela ocorre pelo desequilibrio da microbiota intestinal. 
 
O intestino possui microorganismos benéficos e patogênicos.
Quando os microorganismos patogênicos estão aumentados,
devido ao uso continuo de antibióticos, medicamentos
controlados, baixo consumo de fibras, intolerâncias alimentares,
induzem a processos inflamatórios e aumentam a permeabilidade
das células intestinais, abrindo acesso a entrada de toxinas,
opióides, pedaços alimentares e etc...
07
a SELETIVIDADE ALIMENTAR
Dentre as alterações comportamentais presente nos quadros 
 do TEA, destaca a seletividade alimentar, caracteriza-se por
pouco apetite, recusa alimentar e desinteresse pelo alimento. 
 
A seletividade provoca um comportamento de resistência em
experimentar novos alimentos, conhecida como a neofobia. Pode
acarretar em CARÊNCIAS NUTRICIONAIS e prejudicar o organismo,
pois a ingestão de macro e micronutrientes está relacionada com
a ingestão de energia, sistema imunológico, neuro-proteção, bem
como o funcionamento adequado do organismo.
 
 
08
a sensibilidade sensorial
 
Crianças com TEA possuem maior prevalência do transtorno no
processamento sensorial preferênciais, toleráveis e gerenciáveis,
o que acarreta na sensibilidade excessiva ou deficientes de
estímulos sensoriais, através de texturas (tato e gustativo),
sabores (gustativo), ruídos (audição) e visuais (visão).
 
09
Devido as dificuldades alimentares seja elas por sensibilidade
sensorial, disfunção orgãnica do TGI e problemas
comportamentais. A criança autista possui o repertório alimentar
limitado, com pouca variedade na ingestão de micronutrientes,
como vitaminas e minerais, e de macronutrientes como proteinas
e carboidratos. 
 
 A monotonia e padronização alimentar, faz com que os
nutrientes de um determinado alimento não supra as
necessidades biológicas do corpo, levando a deficiências
nutricionais, desordens no trato gastrointestinal, como a disbiose,
e prejuizo no desenvolvimento cognitivo. O excesso de alimentos
com carboidratos, presentes nos pães e biscoitos por exemplo,
são os mais presentes no prato dos pequenos.
a obesidade e desnutrição 
10
Estudos apontam que a maior parte dos autistas não possuem
boa relação funcional entre o cérebro e o intestino. As proteinas
do trigo (glúten), soja, caseína (leites), quando entram na
corrente sanguínea e atravessam a barreira hematoencefálica
como opióides, impedindo a boa comunicação do sistema neural.
 
A insenção desses alimentos demonstram efeitos benefícos a
respostas do neurodesenvolvimento, melhorando o aprendizado e
concentração por exemplo.
 
A dieta restrita, deve ser prescrita e acompanhada por um
profissional nutricionista, para evitar deficiências nutricionais.
 
 
a alimentação Sem 
glúten, caseína e soja
11
Os alimentos naturais, ecológicos ou orgânicos, são alimentos
insentos de aditivos quimicos, como os corantes (ex.: tartazina e
vermelho carmosina), conservantes (ex.: glutamato monossodico
e benzoato) , açucares, edulcorantes (ex.: sacarina sódica,
cliclamato, aspartame) e pesticidas. 
 
Os aditivos químicos são capazes de alterar o funcionamento
adequado do organismo, bem como as suas vias metabólicas.
Possuem potencial cancerígeno e neurotóxicos, prejudicando o
desesenvolvimento cognitivo da criança.
 
 
a alimentação
 natural - ECOLóGICA
12
- FERRO: participa da produção de neurotransmissores,
mielinização e função imune, cognitiva, comportamental e motor.
 
Fontes: ovos, fígado, carne, aves, verduras, grãos integrais,
amêndoas, feijão, abacate, beterraba, tâmara, algas, pêra,
pêssego, ameixa seca, abóbora, castanha-do-pará, gergelim e
soja.
 
 
- CÁLCIO: é essencial para o crescimento, mineralização óssea, 
 transporte de nutrientes nas células, ativação e liberação de
enzimas em várias vias de metabolismo, transmissão de impulsos
nervosos.
 
Fontes: leite e derivados, vegetais verde-escuros (couve,
brócolis, espinafre), peixe (salmão, sardinha), feijão branco e
gergelim.
 
As PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS
NUTRICIONAIS NO TEA
13
- SELÊNIO: antioxidante que impede a formação de radicais livres.
 
Fontes: castanha-do-pará, amêndoa, avelã, carnes e aves,
salmão, fígado.
 
- ZINCO: modela as sinapses, zonas ativas de contato entre os
neurônios que se formam no período inicial do desenvolvimento.
 
Fontes: peixes, ostras, frutos do mar, carnes, feijão, sementes,
cereais e grãos integrais.
 
- MAGNÉSIO: participa das funções neurológicas, no metabolismo
das gorduras e no processo digestivo.
 
Fontes: vegetais de folhas verdes, carne, frutos do mar, cereais
integrais, castanhas, legumes.
 
As PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS
NUTRICIONAIS NO TEA
14
 
- VITAMINA A: antioxidante, aumenta a imunidade e a resistência
contra agentes infecciosos. 
 
Fontes: fígado, óleo de fígado de bacalhau, peixes gordurosos,
leite, ovos, vegetais folhosos verde-escuros, vegetais e frutasamarelo-alaranjados, como cenoura, abóbora, pêssego, maçã e
mamão.
 
- VITAMINA B12: está relacionada com déficits cognitivos e anemia.
 
Fontes: carnes (principalmente a vermelha), frutos do mar, fígado
e rim, leite, ovos, peixes, queijos, algas marinhas e levedo de
cerveja.
As PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS
NUTRICIONAIS NO TEA
15
- VITAMINA B9: atua como coenzima em vias metabólicas e
participa de processos de proliferação celular, síntese de DNA e
funções imunológicas.
 
Fontes: vegetais folhosos verde-escuros (espinafre, aspargos e
brócolis), fígado, feijões, carne magra, batatas e pão de trigo
integral.
 
- VITAMINA D: modula a atividade imunológica, participa da
absorção e utilização do Cálcio e do Fósforo.
 
Fontes: óleo de fígado de bacalhau, peixes (especialmente salmão
e sardinha), gema de ovo e leites e derivados enriquecidos.
 
as PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS
NUTRICIONAIS NO TEA
16
O Ômega-3 tem função importante para o desenvolvimento do
cérebro e para a função neuronal apropriada, facilita a
permeabilidade no sistema nervoso central.
 
O consumo do ômega-3 via alimentação pode ser difícil em virtude
do baixo consumo de alimentos fontes (linhaça moída, salmão,
sardinha, atum) e baixa frequência adequada de pelo menos 3
vezes por semana.
 
Ao comprar um suplemento é importante verificar se o mesmo
declara na rotulagem ser livre de mercúrio e se possui certificação
internacional de qualidade. O Ômega-3 também deve vir junto com
vitamina E para sua preservação. Mantenha o suplemento na
geladeira se você mora em ambiente quente.
O ômega-3
 
 
 
 
 
 
17
Os probióticos são microorganismos vivos que possuem benefícios
a saúde, como melhorar o funcionamento do intestino, aumentar
a absorção de nutrientes, modular inflamações, tratar
intolerâncias e previne episódios de diarréias. O kerfir é uma boa
fonte de próbioticos.
 
Os prebióticos são fibras capazes de nutrir os próbióticos,
encontrados principalmente na banana, maça, alho, cebola,
feijão, tomate...
 
 
 os PROBIÓTICOS
18
1. Alimente-se a mesa com a criança, ela aprende por repetição;
 
2. Demonstre compreensão e parceria, valide o quanto é difícil
comer o alimento negado, não puna, torne o momento da
refeição agradável;
 
3. Retire distratores eletrônicos, estimule o cérebro para o
alimento;
 
4. Sempre ofereça o alimento negado;
 
5. Não substitua a refeição por lanches e afins;
 
6. Ofereça oportunidades para que a criança se servir sozinha, de
acordo com a sua competência, pois desenvolve autonomia, auto-
regulação, aprendizado e convivência social;  
 
7. Não ofereça lanches picados fora dos horários pré
estabelecidos; 
 
8. Envolva a criança no preparo das refeições, pois aumenta a
vivência com o alimento e experiências sensoriais, fortalece laços;
 
 ORIENTAÇÕES da nutri
19
9. Leve a mercados e feiras para aumentar o contato e
identificações de novos alimentos, reduz a neofobia;
 
10. Realize brincadeiras, músicas e livros sobre a importância dos
alimentos;
 
11. Ofereça alimentos atrativos, crie desenhos divertidos e de
personagens de desenhos;
 
12. Ofereça água com regularidade;
 
13. Evite oferecer alimentos opióides (glúten, caseína, soja e
açúcares) e ricos em aditivos químicos como; tartrazina, vermelho
carmorsina, adoçantes artificiais como; aspartame, sacarina,
ciclamato; e conservantes como; benzoato e glutamato
monossódico;
 
14. Oferecer 5 cores no prato;
 
15. Evite alimentos industrializados como salgadinhos, biscoitos
recheados; prefira alimentos naturais.
 
16. Movimente-se ao ar livre, realize atividades físicas
 
 ORIENTAÇÕES da nutri
20
 A família tem um importante papel em todo o processo
alimentar da criança autista, estimulando e oferecendo alimentos
de qualidade conforme orientação do nutricionista que realiza o
acompanhamento. 
 É importante destacar que o acompanhamento multidisciplinar
especializado é imprescindível para a melhora dos aspectos
gerais de saúde e comportamental da criança.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
21
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS
 
 
 
HILL, A.P., ZUCKERMAN, K.E., & BOMBONNE, E. Obesity and autism. Pediatrics, 2015.
 
KALBASSI S, BACHMANN SO, CROSS E, ROBERTON VH, BAUDOVIN SJ. Male and female
mice lacking neuroligin-3 modify the behavior of their wild-type littermates. eNeuro,
145-17, 2017.
 
MAGAGNIN, T., et al. Relato de Experiência: Intervenção Multiprofissional sobre
Seletividade Alimentar no Transtorno do Espectro Autista. ID on line REVISTA DE
PSICOLOGIA, 13.43: 114-127, 2019.
 
PIMENTEL, Y. R. A., et al. Restrição de glúten e caseína em pacientes com transtorno do
espectro autista. Revista da Associação Brasileira de Nutrição-RASBRAN 10.1, 3-8,
2019.
 
ROCHA, G. S. S., et al. Análise da seletividade alimentar de pessoas com Transtorno do
Espectro Autista. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 24, p. e538, 20 jun. 2019.
 
YANG, I., CORWIN, E.J., BRENNAN, P.A., et al. The infant microbiome: implications for
infant health and neurocognitive development. Nur Res, 65(1), 76-
88, 2016.
22

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