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ADULTO E IDOSO

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ADULTO E IDOSO (NUT335) 
Nutrição do adulto 
Características desta faixa etária (20-60 anos): 
• Faixa etária ampla, logo, existem características fisiológicas diferentes entre adultos 
dessa faixa 
• Faixa etária que está inserida no mercado de trabalho, isso pode impactar na alimentação 
e atividade física 
• No final dessa faixa etária, começa a ter alteração da composição corporal aumentando 
o tecido adiposo 
Situação alimentar e nutricional no Brasil: Excesso de peso e obesidade da população adulta na 
APS. 
No contexto brasileiro ocorre a transição alimentar, nutricional e epidemiológica. Isso está 
associado ao aumento de DCNTs, carências nutricionais, excesso de peso e diminuição da 
qualidade de vida. 
Objetivos nutricionais nesta faixa etária: Promover saúde, prevenir DCNTs e carências 
nutricionais. 
 
 
 
 
 
 
ATENDIMENTO NUTRICIONAL AO VEGETARIANO 
PROTEÍNAS 
A exclusão de carne e exclusão de ovos e/ou laticínios não necessariamente diminuem a ingestão 
proteica. 
Recomendações de proteína: 
• DRI: 10 a 35% do VET ou 0,8g/kg/dia 
• FAO: 10 a 15% do VET ou 0,83/kg/dia 
OBS: Não existe recomendação específica para vegetarianos 
Porcentagem de calorias de proteínas em alimentos vegetal: 
• Sementes: 12 – 27% 
• Oleaginosas: 5 – 15% 
• Leguminosas: 20 – 30% 
• Cereais: 7 – 17% 
 
Alguns estudos mostram que a ingestão de proteína para vegetarianos pode ser maior do que 
as recomendações estabelecidas pela DRI e FAO, sendo de 0,8 a 1,0g/kg/dia, portanto, no 
atendimento é considerado o valor máximo. 
No atendimento, além de avaliar a porcentagem de proteína pelo VET e a quantidade em gramas 
por kg/dia, é preciso identificar quais alimentos contribuíram para a ingestão proteica afim de 
certificar que houve ingestão de todos os aminoácidos necessários. 
Alimentos e suas deficiências de aminoácidos: 
 
Uma “dupla perfeita” que contenha todos os aminoácidos seria de cereais e leguminosas. 
 Cereais: Arroz, milho, quinoa, amaranto, centeio, cevada, aveia, trigo, painço 
 Leguminosas: Feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha, tremoços, favas, soja e edamame 
(soja verde). 
 
 
OBS: Quantidade de lisina no pão, arroz e farinha de milho são baixas. 
A lisina é o aminoácido mais difícil de equilibrar em uma alimentação vegetariana pois é 
necessária uma quantidade maior do mesmo. Logo, quando consegue se ajustar a lisina, considera 
que os outros também foram ajustados. 
 
Em onívoros não é preciso preocupar com essa recomendação pois a ingestão de carne, ovos e 
laticínios apresentam quantidades altas de lisina. 
 
 
ÔMEGA-3 
Proveniente na alimentação por alimentos de origem animal, logo, vegetarianos possuem uma 
ingestão menor de ômega-3 em relação a onívoros e uma ingestão de ômega-6 maior. 
Alguns estudos demonstram a razão de ácidos graxos n-6 e n-3 é de 16:1 para vegetarianos 
estritos e 6 a 10:1 para os onívoros, sendo a proporção ideal de 3 a 4:1. 
Metabolismo: 
Quando a um desequilibro de um AG em relação a outro, haverá um predomínio do 
metabolismo do que está em maior quantidade. A ingestão excessiva de n-6 está associada ao 
risco de doenças cardiovasculares pois produz compostos que elevam a agregação plaquetária, 
processos inflamatórios e podem também elevar a pressão sanguínea. Já os n-3 possuem efeito 
contrário. 
 
 
A recomendação de ômega para vegetarianos é o dobro em relação aos onívoros; 
 
FERRO 
Muitas vezes o vegetariano pode apresentar deficiência de ferro devido a não ingestão de carne 
e consequente não ingestão de ferro HEME que é melhor absorvido. 
Os fatores anti-nutricionais irão interferir na biodisponibilidade de ferro não-heme que são mais 
consumidos por vegetariano, como por exemplo o ácido oxálico. É preciso diminuir a ingestão 
desses alimentos ou buscar estratégias em que a ingestão deles não seja combinada com a de 
ferro. 
 
O ácido oxálico forma um complexo muito insolúvel com o ferro não-heme impedindo sua 
absorção. 
 
Facilitadores da absorção do ferro não-heme: 
• Vitamina C: 75mg aumenta até 3x a absorção 
• Vitamina A e betacaroteno 
• Ácidos orgânicos (cítrico, málico, tartárico) 
• Aminoácidos sulfurados (leguminosas) 
• Baixo estoque de ferro 
Orientações nutricionais de ferro: 
É importante estimular o consumo de alimentos fontes de ferro e alimentos ricos em vitamina 
C e excluir e/ou evitar alimentos ricos em cálcio, fitato e ácido oxálico. 
 
Nem sempre a baixa ingestão leva a deficiência pois o organismo pode sofrer uma adaptação 
que melhora a absorção de ferro, essa é uma das hipóteses para que anemia ferropriva não seja 
tão encontrada em vegetariano. 
Exame bioquímico: 
 Hemograma (hemoglobina, hematócrito, VCM, HCM, CHCM, RDW) 
 Ferritina (fase menos grave da deficiência) 
 
 DFNA – Deficiência de ferro não anêmica 
 
Protocolo: 
 
Suplementação: 
• Sais ferrosos: Possuem maiores efeitos colaterais (Lesões inflamatórias – esofagite, 
gastrite, duodenite, úlcera) e aumentam as quantidades de radicais livres. 
Limitações: Interação com outros componentes alimentares, logo, deve ser ingerido 1 
horas antes das refeições de estômago vazio. Pode causar náusea e desconforto 
epigástrico, que ocorre 30 a 60 min após a ingestão do medicamento. 
Vantagem: Barato, absorção ativa e passiva (20%), sendo muito efetivo. Outros saís são 
o fumarato ferroso e glucanato ferroso. 
• Ferro aminoquelado 
• Ferro polimaltosado 
Via de reposição de ferro é, portanto, ORAL. A dose terapêutica recomendada para corrigir o 
estoque é de 3 a 5 mg/kg/dia de 2 a 6 meses. Porém, 45 mg (UL). 
VITAMINA B12 
É proveniente de alimentos de origem animal, logo, a retirada de alimentos dessa origem leva a 
uma preocupação com essa vitamina. 
É preciso se atentar ao tipo de vegetarianismo para analisar quais alimentos de origem animal 
são consumidos. 
A recomendação de vitamina B12 é de 2,4 ug/dia 
 
MITO: Alimentos fermentados como missô, tempeh, algar nori, Spirulina, Chlorella e levedura de cerveja 
ou leveduras nutricionais NÃO fortificadas com vitamina B12 NÃO são fontes seguras. Possuem um 
análogo da B12 que atrapalha sua absorção e seu metabolismo. 
 
 
 
OBSERVAÇÕES: 
 É preciso ficar atento a outras causas que podem levar a deficiência de B12. 
 O álcool interfere no metabolismo e absorção de B12. 
 A vitamina é absorvida no intestino, logo, inflamações nesse órgão podem interferir na 
absorção. 
 Anemia perniciosa leva a não produção do suco gástrico e consequente não 
produção/liberação do fator intrínseco. 
Progressão da deficiência de B12 no organismo: 
Os níveis no sangue não refletem os níveis dentro das células. A deficiência de B12 pode ser 
dividida em 4 estágios. 
1. Baixa de B12 intracelular e no plasma. 
2. Baixa de B12 intracelular e no plasma. 
3. Elevação de homocisteína e ácido metilmalônico (Alterações neurológicas: 
Concentração, memoria, atenção, formigamento...) 
4. Sintomas e alterações no hemograma – anemia megaloblástica/macrocítica (VCM e 
RDW alterados no exame bioquímico) 
Geralmente a deficiência de B12 é identificada no estágio 4, porém, seria ideal identificar no 
estágio 3, por meio da elevação do ácido metilmalônico e impedir os sintomas neurológicos. 
Sintomas: São inespecíficos, particularmente nos estágios iniciais. Alguns são memória 
prejudicada e outras alterações neurológicas, formigamento, etc. 
Avaliação bioquímica: Vitamina B12 isolada, homocisteína, ácido metilmalônico, pontos de 
corte utilizados, hemograma. 
Ponto de corte: B12 > 490 ng/mL (ponto de corte em que nenhuma pessoa apresentou, no 
estudo, acido metilmalônico alterado). 
Para homocisteína, o ponto de corte é <8ung/mL. 
Suplementação: 
• Via oral 
• Via sublingual: Para pacientes que possuem gastrite, doença de Crohn, não resposta a 
suplementação via oral e alguns pacientes pós cirurgia bariátrica. 
• Via injetável (cianocobalamina): Em casos de anemia perniciosa,deficiência grave 
sintomática que requeira correção imediata (Prescrição médica). 
Pode-se aplicar a mesma posologia a indivíduos ovolacto e lactovegetarianos, assim como a 
onívoros que necessitem de suplementação. 
Tipos de vitamina B12 utilizada: Cianocobalamina (não indicada parra paciente renal) e 
metilcobalamina (mais indicada). 
Dosagem: Relacionada a concentração de B12 encontrada no exame bioquímico. 
 
Monitoramento do tratamento: 
• Formação de reticulócito (célula adolescente) que, em dois dias, é convertida em 
eritrócito. Logo, uma forma de avaliação da eficácia da suplementação é observando se 
houve o aumento de reiculócito no sangue. (Pode ser feito pra B12, B9 e ferro). 
• Diminuição da homocisteína e ácido metilmalônico nas primeiras semanas de 
suplementação. 
• Aumento de eritrócitos após 8 semanas de suplementação. 
• HoloTC (B12 na forma ativa) e vitamina B12 são aumentados com o uso da 
suplementação, entretanto, NÃO são bons marcadores. 
Protocolo: 
 
 
 
CÁLCIO e VITAMINA D 
A ingestão de cálcio é preocupante para vegetarianos estritos. 
Pontos a observar no atendimento: 
 Ingestão de cálcio (recomendação 1000mg/dia) 
 Inibidores da absorção 
 
 
 
 
Algumas estratégias para aumentar a absorção de cálcio são: 
• Germinação dos grãos (melhora a disponibilidade do cálcio) 
• Remolho de leguminosas 
• Evitar nas refeições principais espinafre e acelga 
• Estimular o uso de folhas refogadas 
• Evitar tomar chás, cafés, chocolate após as refeições principais 
• Estimular o consumo de leite vegetal enriquecido com cálcio 
 
Suplementação de cálcio: 
É preciso avaliar outros parâmetros como histórico familiar. 
O consumo total de cálcio (de alimentos + suplementos) não deve exceder 2000 a 2500 mg/dia 
(UL), e valores até esses limites não estão associados ao risco de DCV. 
A suplementação é mais comum para idosos. 
Bioquímica do cálcio: 
A dosagem de cálcio total não fornece informação fidedigna quanto à calcemia funcional pois 
normalmente o cálcio sanguíneo se encontra em níveis normais. 
O cálcio urinário seria interessante para avaliar perda óssea de cálcio (limite máximo nas 24h 
varia de 250mg a 300 mg) 
Marcadores bioquímicos do metabolismo ósseo não são solicitados na dosagem, deve ser 
encaminhado ao endocrinologista. 
VITAMINA D 
Muito importante no metabolismo de cálcio influenciando na sua absorção e a saída de cálcio do 
osso. 
A exposição a luz solar, ingestão de alimentos fonte e dosagem dessa vitamina na corrente 
sanguínea são muito importantes. 
ZINCO 
Os níveis de zinco séricos e teciduais de vegetarianos são menores devido também a menor 
biodisponibilidade (maior presença de fitatos e fibras). 
 
Em onívoros, o consumo de carne corresponde a 40 a45% da ingestão de zinco enquanto ovos 
e laticínios contribuem com 20%. 
A biodisponibilidade é baixa e os inibidores de absorção são: Ácido fítico e oxálico, cerais 
integrais, leguminosas, sementes e nozes. É aconselhável orientação alimentar apropriada para 
aumentar o teor de zinco e a biodisponibilidade de dietas vegetarianas ao longo do ciclo de vida. 
Fontes: 
 
Aumentam a biodisponibilidade: 
• Ácido cítrico 
• Ácido málico (maçã) 
• Ácido tartárico (uva) 
• Cisteína (castanhas, queijos, leite, sementes) e metionina (nozes, repolho, alho, brócolis) 
 
 
 
 
 
 
 
EPIDEMIOLOGIA E PROCESSO FISIOLÓGICO DO ENVELHECIMENTO 
 
DEFINIÇÃO: A ONU considera idoso aqueles indivíduos com 60 ou mais em países em 
desenvolvimentos e a partir de 65 anos em países desenvolvidos. Essa diferença se dá pelas 
diferenças socioeconômicas, demográficas e de saúde entre esses países. 
NO BRASIL: Segundos dados do IBGE, no Brasil em 2021, 14,7% dos indivíduos têm 60 anos 
ou mais. 
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO: Se trata de um processo progressivo com a 
redução funcional caracterizada pela senescência e pelo desenvolvimento de uma condição 
patológica definida como senilidade. Logo, SENESCÊNCIA + SENILIDADE = 
ENVELHECIMENTO. 
IDADE CRONOLÓGICA x IDADE BIOLÓGICA: A idade cronológica é a idade real do 
idoso, não sendo modificada. Já a idade biológica é a idade fisiológica determinada pela saúde e 
estado funcional, sendo influenciada pelo ambiente, pelas decisões e escolhas pessoais como por 
exemplo o tabagismo, consumo de álcool, atividade física, alimentação, etc. 
LEIS, DIREITOS, DATAS, SOBRE A SAÚDE DO IDOSO: 
• Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741/2003 
• Dia Mundial do idoso – 1º de outubro 
• OMS – Década do envelhecimento saudável (2020-2030) 
• Direito à saúde e alimentação 
• Aumentar oportunidades para uma boa nutrição 
COMO AVALIAR O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL: Uma forma de avaliar 
o envelhecimento populacional é por meio das pirâmides etárias que mostra a quantidade de 
pessoas segundo a faixa etária e sexo. Outro indicador para avaliar o envelhecimento é o 
aumento da expectativa de vida que se da pelo avanço da ciência, aumento da atividade física, 
desenvolvimento do saneamento básico e quedas nas taxas de fecundidade e mortalidade. 
OBS: O aumento da expectativa de vida nos mostra a necessidade de uma maior atenção aos 
setores econômicos, sociais e de assistência à saúde. 
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO: Ocorre devido aos fatores genéticos e ambientais 
que levam a alterações fisiológicas como: 
• redução do colágeno e consequente redução da elasticidade da pele e rugas 
• Embranquecimento dos cabelos 
Percepção sensorial: 
• Redução do olfato – Acarreta em menor detecção de alimentos estragados e é agravado 
pelo uso de medicamentos e deficiência de zinco. Com isso, aumenta-se o risco de 
doenças transmitidas por alimentos (DTA) e perda de apetite. 
• Redução do paladar – A disgeusia é a denominação dada para alterações de sensação do 
paladar. A diminuição das papilas gustativas em idosos acarreta em uma menor 
sensibilidade de gostos primários e é agravado pelo uso de medicamentos, problemas 
dentários, infecções respiratórias e de ouvidos. Com isso, pode ocorrer perda de 
apetite, uso excessivo de sal e açúcar. 
• Redução da audição – Acarreta em distúrbios de comunicação, dificuldade de 
compreensão de orientações nutricionais e para saúde. 
• Redução visual – Acarreta em dificuldade para leitura e dificuldade na compra e nos 
preparos dos alimentos. 
Estratégias: Uso de ervas, temperos e molhos para realçar o sabor além da inclusão de 
alimentos com cores vivas e diferentes texturas. 
Alterações gastrointestinais: 
• Capacidade de mastigação - suas causas são cáries, doenças periodontais, uso de prótese 
total ou parcial, prótese mal adaptada e ausência de dentes. As consequências são o 
aumento do consumo de alimentos ultraprocessados ricos em carboidratos, sódio e 
gordura e redução de alimentos ricos em fibras, vitaminas e minerais como frutas e 
hortaliças. 
• Redução do fluxo de saliva (xerostomia) - relacionado ao uso de medicamentos e que 
pode dificultar a fala, mastigação, mordida e deglutição. Também, a saliva se torna mais 
espessa podendo dificultar o consumo de alimentos mais secos, logo, é preferível 
alimentos úmidos como frutas descascadas e vegetais cozidos, carnes cozidas e molhos 
de carnes. 
• Mucosa oral se tona mais lisa, fina e seca tornando os idosos mais sensíveis a 
temperaturas extremas (gelada ou quente). 
• Alterações esofágicas - podem levar ao refluxo gastroesofágico que é o fluxo retrógrado 
de suco gástrico e/ou conteúdos duodenais para o esôfago. As causas são a diminuição 
do fluxo salivas e da secreção de bicarbonato, menor motilidade esofágica, relaxamento 
do esfíncter esofágico, hérnia hiatal, aumento do tempo de esvaziamento gástrico e 
obesidade. As estratégias consistem em uma alimentação facionada e em pequenos 
volumes, redução do consumo de café, refrigerantes, chocolate e alimentos gordurosos. 
• Dificuldade de deglutição (disfagia) - pode acarretar em desnutrição, perda de peso, 
aspiração dealimentos ou líquidos e pneumonia aspirativa. As estratégias consistem em 
alimentos mais espessos (sopas, cremes e vitaminas) e uso de espessantes em bebidas. 
Consequências das alterações gástricas: 
 Diminuição da produção de secreção gástrica devido a atrofia das células parietais 
(responsáveis pela secreção do HCL e fator intrínseco) que acarreta na menor absorção 
de cálcio, ferro e zinco. 
 Diminuição do fator intrínseco e consequente menor absorção de vitamina B12 
 Diminuição do HCL que leva ao supercrescimento bacteriano (H. puylori) 
 Isso de medicamentos com bloqueadores de H2 e inibidores de bomba de prótons que 
causam menor biodisponibilidade dos nutrientes 
 Aumento do tempo de esvaziamento gástrico e consequente perda de apetite e sensação 
prolongada de saciedade 
Estratégias: Alimentação facionada e em pequenos volumes, redução do consumo de alimentos 
gordurosos e concentrados. 
Alterações intestinais: 
As causas são mudanças na alimentação relacionadas à idade, uso de medicamentos e estilo de 
vida. Suas consequências são o aumento do estado inflamatório, diminuição do funcionamento 
imunológico e das células da mucosa. 
• Intolerância à lactose: Causada pela atrofia da mucosa intestinal e consequente redução 
da lactase. A estratégia é a inclusão de leite isento ou com teor reduzido de lactase. 
• Constipação intestinal: Causada pela menor motilidade intestinal, mas também por 
alimentação pobre em fibras, baixa ingestão de água e líquidos, sedentarismo e 
medicamentos. 
Alterações na fome, saciedade e sede: 
Também conhecida como “anorexia do envelhecimento”, ocorre pela maior secreção de 
hormônios anorexígenos (promotores da saciedade) que são PYY, GLP-1 e colecistoquinina 
(CCK) além da menor secreção de hormônios orexígenos (promotores da fome) como a grelina. 
As consequências são o aumento da sensação de saciedade e plenitude e perda de apetite que 
podem levar a ingestão inadequada de nutrientes. 
A menor sensibilidade a sede ocorre por uma disfunção cerebral e menor sensibilidade dos 
osmorreceptores acarretando em risco de desidratação. 
Alterações na composição corporal: 
Menor produção de testosterona e hormônios do crescimento + DCNT + alimentação 
inadequada + inatividade física influenciam diretamente na composição corporal que consiste 
em: 
 Redução acentuada de massa magra e aumento da gordura corporal – O aumento de 
gordura geralmente é maior na região abdominal que está associada ao maior risco de 
doenças cardiovasculares, diabetes e síndrome metabólica além da obesidade 
sarcopênica. 
 Menor estatura – Devido ao achatamento de discos intervertebrais, redução do tônus 
muscular e arqueamento dos membros inferiores. 
 Menor densidade mineral óssea (DMO) – as principais causas são menopausa, 
diminuição da testosterona, alteração no metabolismo de cálcio e da vitamina D. Isso 
pode acarretar em osteoporose 
Alterações nas funções dos órgãos: 
• Cardiovasculares: O coração apresenta menor capacidade contrátil devido a hipertrofia 
do ventrículo esquerdo. As artérias e vasos sofrem aumento da rigidez e menor 
elasticidade acarretando em uma maior resistência periférica e consequente aumento da 
pressão arterial. 
OBS: É preciso ficar atento ao consumo de sódio e gorduras. 
• Renais: Redução da Taxa de filtração glomerular (TFG) que acarreta em diurese e risco 
de desidratação. É afetado pelo uso de medicamentos como diuréticos e antibióticos 
além do consumo excessivo de proteínas que pode agravas a TFG. É muito comum em 
idosos a poliúria noturna. 
OBS: É preciso ficar atento ao consumo de água, proteína, sódio e potássio. 
• Hepáticas e vesícula biliar: O fígado apresenta menor volume e fluxo sanguíneo e menor 
eficiência na biotransformação dos fármacos que pode acarretar em intoxicação por 
medicamentos. Também, apresenta uma menor síntese proteica, colesterol e secreção 
biliar. Já a bile tem um aumento do índice litogênico e consequente pré-disposição a 
formação de cálculos. 
OBS: É preciso ficar atento ao consumo de gorduras e vitaminas lipossolúveis. 
• Pâncreas: Ocorre exaustão das células beta que levam a menor secreção de insulina 
podendo acarretar em uma intolerância à glicose. Outros fatores são alteração nos 
receptores de insulina nos tecidos podendo levar a resistência a insulina. 
OBS: É preciso ficar atento ao consumo de carboidratos especialmente do açúcar de 
adição. 
• Neurológicas: O menor numero de neurônios e síntese de neurotransmissores pode 
levar ao comprometimento da memória, reflexos, coordenação, equilíbrio e habilidade 
de aprendizagem. O comprometimento cognitivo é uma das principais causas de 
morbidade e incapacidade. 
• OBS: É preciso ficar atento a omissão das refeições, perda da capacidade de mastigação 
e deglutição. Também, atenção ao consumo de algumas substâncias precursoras de 
neurotransmissores como colina, tirosina e triptofano, ômega 3, vitamina E e selênio. 
 
NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA IDOSOS 
 
Aspectos que devem ser levados em consideração: 
o Composição corporal 
o Digestão, absorção e metabolismo de nutrientes 
o Menor necessidades energéticas – Muito relacionada a menor quantidade de massa 
magra 
o Menor gasto energético 
o Menor taxa metabólica basal (TMB) 
 
 
 
 
 
 
 
MACRONUTRIENTES 
Recomendações da BRASPEN (2019) 
Proteínas: 1,0 a 1,5 g/kg/dia 
 Objetivo: Compensar a perda gradual e progressiva da massa magra, força e 
performance muscular e o catabolismo em condiçoes inflamatórias, principamente em 
idosos com perda de apetite e baia ingestão alimentar. 
 Priorizar aminoácidos indispensáveis (ex: leucina) e proteínas de rápida absorção 
(carnes, ovos e leite). 
Fibras: 25 g/dia 
 O consumo deve ser associado a adequada ingestão de líquidos. 
 Obbjetivo: Estimular a motilidade e reduzir a constipação intestinal, favorecer o controle 
glicêmico e do peso corporal. 
 
 
Recomendações de macronutrientes: 
 
OBS: Utilizar as recomendações da AMDR exceto para açúcar (utiliza a do guia). 
 
LÍQUIDOS 
A necessidade varia de acordo com o nível de atividade física, temperatura do ambiente e uso 
de medicamentos. 
 A sensação de sede em idosos é comprometida principalmente pelo uso de medicamentos o 
que pode levar a desidratação. É preciso avaliar as condições clínicas específicas como 
insuficiência renal e cardíaca que muitas vezes pode levar a restrição de ingestão de líquidos. 
Deve-se estimular a ingestão de água potável, aromatizada, leite, sucos de frutas e smoothies 
além de moderar o consumo de café. 
Ingestão adequada (IOM): 
 Homens: 3,7 L/dia → 3,0 L/dia provenientes de água e bebidas (13 copos) 
 Mulheres: 2,7 L/dia → 2,2L/dia provenientes de água e bebidas (9 copos) 
 
MICRONUTRIENTES 
 
Vitamina B6, folato e vitamina B12: 
A diminuição da ingestão dessas vitaminas leva a um aumento da homocisteína (marcador de 
DCV) acarretando em doenças cardiovasculares e perda de função cognitiva. Além disso, a 
gastrite atrófica (atrofia das células parietais) leva a diminuição do fator intrínseco e 
consequentemente a menor absorção de vitamina B12, podendo acarretar em anemia perniciosa. 
Baixas concentrações de folato e vitamina B12 de forma conjunta tem como característica a 
anemia megaloblástica. 
Fontes: 
✓ Vitamina B6: Carne vermelha, leite, vísceras, abacate, banana e cereais integrais. 
✓ Folato: Carne vermelha, vísceras, alface, agrião, brócolis, couve e leguminosas. 
✓ Vitamina B12: Carne vermelha, vísceras, peixe, leite e ovos. 
Vitamina A: 
É fundamental para manutenção da saúde óssea, tecido epitelial, função imune e antioxidante. 
Sua menor ingestão é devido a restrição de alimentos de origem animal e dificuldade de 
mastigação de frutas e hortaliças. 
Fontes: 
✓ Animais: fígado, gema de ovo, leite, manteiga, atum, queijo e creme de leite. 
✓ Vegetais: Hortaliças e frutas de cores amarela,verde, vermelha e alaranjada. 
Vitamina C: 
É um antioxidante e auxilia na cicatrização de feridas. A baixa ingestão é comum em idosos 
edentados, com demência e/ou que moram em casa de repouso. 
Fontes: 
✓ Vegetais e frutas, principalmente cítricas. 
Vitamina E: 
É antioxidante, anti-inflamatória e auxilia na função cognitiva. O baixo consumo ocorre devido a 
restrição de alimentos gordurosos. 
Fontes: 
✓ Óleos vegetais (soja, milho, girassol), azeite de oliva, oleaginosas, linhaça, manteiga e 
gema de ovo. 
Vitamina K: 
É importante na coagulação sanguínea e na prevenção de fraturas ósseas. O baixo consumo é 
devido a restrição de alimentos gordurosos. 
Fontes: 
✓ Abacate, óleos vegetais, folhas verde-escuras (agrião, brócolis, couve, rúcula), gema de 
ovo e vísceras (fígado, coração). 
Vitamina D: 
É extremamente importante para manutenção da saúde óssea, função cognitiva, prevenção de 
doenças infecciosas, autoimunes, câncer, DCV e metabólicas. A diminuição da síntese cutânea, 
presença de doenças hepáticas e insuficiência renal levam a menor conversão em sua forma ativa 
(calcitriol). Além disso, em idosos institucionalizados e acamados a exposição solar é menor. 
Fontes: 
✓ Leite, manteiga, gema de ovo, sardinha, atum, salmão, óleo de fígado de peixe. 
Cálcio: 
Importante para manutenção da saúde óssea e prevenção de DCNT. Ocorre devido a baixa 
ingestão de leite e derivados devido a presença de intolerância a lactose ou por precaução com 
o teor de lipídeos. Também, a menor absorção nesse nutriente pode levar a acloridria e 
deficiência de vitamina D e, em mulheres, a menopausa e consequente queda de estrogênio leva 
ao aumento do PTH e diminuição de cálcio nos ossos. 
Fontes: 
✓ Leite e derivados, agrião, brócolis, couve, rúcula, linhaça e oleaginosas. 
Ferro: 
A deficiência de ferro pode levar a anemia ferropriva o que é um grande fator para o aumento 
da mortalidade. A menor absorção pode levar a acloridria. A perda de apetite, dificuldade de 
mastigação ou menor ingestão de alimentos fontes são possíveis causas da deficiência. Em idosos 
pode haver essa deficiência também por alterações na hemoglobina e efeitos de medicamentos. 
Fontes: 
✓ Carne vermelha, vísceras, agrião, almeirão, feijão, lentilha e oleaginosas. 
Zinco: 
Fundamental para regulação do sistema imune, ação antioxidante, anti-inflamatória e na 
cicatrização. Sua menor absorção pode levar a acloridria. Perda de apetite, dificuldade de 
mastigação ou menor ingestão de alimentos fontes podem causar a deficiência. 
Fontes: 
✓ Carne vermelha, aves, fígado, ostras, aveia, gergelim, linhaça e oleaginosas. 
Sódio: 
Importante na manutenção do volume e da osmolaridade plasmática, equilíbrio ácido-basico, 
absorção de nutrientes, contração muscular e transmissão nervosa. A alta ingestão de sódio está 
relacionada com o aumento da pressão arterial e perda mineral óssea. Modificações no equilíbrio 
hidroeletrolítico e uso de medicamentos podem levar a hiponatremia e danos neurológicos. 
Fontes: 
✓ Sal, alimentos ultraprocessados, caldos concentrados, conservas, enlatados, ebutidos, 
queijos e pães. 
Potássio: 
Importante na regulação da síntese proteíca e glicogênio, equilíbrio ácido-básico, transmissão 
nervosa e contração muscular. Vômitos, diarreia, uso de diuréticos espoliadores de potássio 
podem levar a hipotassemia, fraqueza muscular e arritmia cardíaca. 
Fontes: 
✓ Frutas, hortaliças, legumes e leguminosas. 
Magnésio: 
Cofator de reações enzimáticas, metabolismo energético e ósseo, sistema neuromuscular e 
balanço hidroeletrolítico. A menor absorção e aumento da excreção são causas da deficiência. 
O uso de laxantes e antiácidos a base de magnésio podem levar a hipermagnesemia. 
Fontes: 
✓ Vegetais verde-escuros, legumes, peixes, oleaginosas, leite e derivados, leguminosas, 
cereais integrais e cacau. 
 
 
Alguns micronutrientes apresentam um aumento na recomendação em comparação com os 
adultos: 
 
 
Outros micronutrientes apresentam uma diminuição da recomendação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO IDOSO 
 
Avaliação do consumo alimentar 
✓ Consumo de energia, macro, micronutrientes e líquidos de acordo com a AMDR e 
EAR/AI 
✓ Consumo de alimentos processados e ultraprocessados 
✓ Consumo de grupos de alimentos 
✓ Consumo de alimentos com fatores antinutricionais – idosos já possuem uma grande 
diminuição absortiva naturalmente 
✓ Numero e qualidade das refeições – idosos apresentam naturalmente perda de apetite 
 
Avaliação antropométrica 
Importante lembrar que idosos apresentam redução da massa magra e aumento da gordura 
corporal. 
 
 
Esse ponto de corte é mais sensível para identificar desnutrição que é um grande fator de 
mortalidade nessa faixa etária. 
 
 
 
 
 
 
 
Exame clínico e físico 
Auxilia na identificação de sinais e sintomas físicos decorrentes de alterações nutricionais. 
O principal intuito é identificar a desnutrição energético-proteica e deficiência de 
micronutrientes. 
✓ Anamnese clínica (presença de doenças e uso de medicamentos 
✓ Estilo de vida (atividade física e sono) 
✓ Identificar limitações sensórias, físicas e cognitivas 
✓ Estado geral de saúde, consciência, saúde emocional, funcional e cognitiva 
 
 
Avaliação bioquímica 
 
 
 
 
 
CONDUTA NUTRICIONAL NAS SÍNDROMES GERIÁTRICAS 
 
Síndromes Geriátricas: São condições de saúde complexas, prevalentes em pessoas idosas, 
especialmente naquelas mais frágeis, que não se enquadram em categorias de doenças definidas 
e frequentemente são consequências de múltiplos fatores adjacentes e afetam vários sistemas 
orgânicos (OMS, 2015). 
Sarcopenia – Redução da massa muscular relacionada com o envelhecimento, associada a 
redução da força e /ou função. Acarreta em transtornos de mobilidade, maior risco de quedas 
e fraturas, dificuldade de realização de atividades diárias, perda de independência e aumento do 
risco de morte. 
Acontece mais em mulheres pois as mesmas tendem a ter uma perda de massa muscular mais 
antecipada que os homens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Está relacionada a três condições: 
 
Conduta nutricional: 
 Proteínas: 1,0 – 1,5 g/kg/dia distribuídos nas 3 refeições principais. 
Optar por proteínas de maior digestibilidade, biodisponibilidade e com aminoácidos 
indispensáveis. 
Suplementação: Apenas em casos de sarcopenia avançada (caseína, proteínas do soro 
do leite, leucina) 
 Vitamina D: Dosar o calcidiol e realizar suplementação em casos de deficiência 
 Nutrientes antioxidantes: Vitamina A, C, E e selênio 
 Ômeg-3: Incluir alimentos fonte como atum, sardinha e linhaça. 
Estratégias: 
 
 
Delirium: Síndrome cerebral orgânica sem etiologia específica caracterizada pela presença 
simultânea de perturbações da consciência e da atenção, da percepção, do pensamento, da 
memória, do comportamento psicomotor, das emoções e do ritmo sono-vigia. Pode ser 
consequência do uso de múltiplos medicamentos (polifarmácia), processos infecciosos, doenças 
cardiovasculares, doenças pulmonares e doenças cerebrovasculares. 
 
Conduta nutricional: 
 Manutenção da hidratação 
 Alimentação adequada de acordo com as necessidades energéticas, de macro e 
micronutrientes. 
 
Demência – É um comprometimento cognitivo, adquirido e progressivo, que compromete as 
atividades diárias. A doença de Alzheimar é a causa mais comum da demência em idosos, 
responsável por 50-60% dos casos. 
Conduta nutricional: 
 Alimentação variada, contemplando todos os grupos 
 Redução do consumo de alimentos ricos em ácidos graxos saturados e trans 
 Adequação das concentrações séricas de vitamina D 
 Manutenção do peso adequado 
 Redução no consumo de alimentos ricos em AGEs (produtos finais de glicosilação 
avançada): Manteiga, margarina, carnes submetidas ao calor seco (fritar, assar, grelhar), 
queijos, alimentos ultraprocessadosDepressão – Sindrome psiquiátrica caracterizada por redução do humor, perda do interesse 
ou prazer e alterações do funcionamento biológico, que pode durar meses a anos. 
Pode estar associada aos seguintes fatores: Diabetes, câncer, doenças cardiovasculares, 
deficiência funcional aumentada, morbidade, mortalidade e uso aumentado de serviços de saúde. 
 
 
 
 
 
INTERAÇÃO FARMACO-NUTRIENTES EM IDOSOS 
A presença de doenças crônicas em idosos e a utilização de diversos fármacos (polifarmácia) 
pode levar a efeitos adversos e aumentar a interação fármaco nutriente. 
Polifarmácia: É o uso rotineiro e concomitante de quatro ou mais medicamentos (com ou sem 
prescrição médica) por um paciente. (OMS, 2017) 
 
 
Uso de fármacos em idosos: 
Um problema comum é a automedicação que pode levar ao consumo excessivo de laxativos, 
anti-histamínicos, vitaminas, minerais, analgésicos e antiácidos. Isso pode levar a efeitos adversos 
no estado nutricional como redução na absorção de nutrientes e no apetite. 
 
 
Interação fármaco-nutriente: 
Pode aumentar ou diminuir absorção. 
As alterações podem ser fisiológicas e fisiopatológicas. 
 
 
 
Alguns medicamentos podem ser consumos juntamente com os alimentos, por exemplo, os anti-
inflamatórios tomados junto com alimento a fim de minimizar a irritação da mucosa gástrica. 
Também existem medicamentos que não podem ser administrados juntos pois a alimentação 
pode aumentar o pH e consequentemente reduzir a absorção de alguns medicamentos. Além 
disso, pode observar menor velocidade do esvaziamento gástrico, aumentar a motilidade 
intestinal, competição por sítio de absorção, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
MICROBIOTA INTESTINAL EM IDOSOS 
Microbiota intestinal: Se trata de uma coleção de microrganismos que vivem no intestino, 
benéficos ou não. 
Simbiose intestina: É a relação benéfica entre os microrganismos do intestino e o hospedeiro. 
Essa relação é responsável pela inibição de microrganismos patogênicos por meio da estimulação 
de compostos antimicrobianos, competição por nutrientes e por sítios de adesão. Além disso, a 
microbiota intestinal está muito relacionada com a modulação do sistema imune estimulando o 
sistema de defesa do hospedeiro. 
 
 
A composição da microbiota intestinal varia de individuo para individuo, porém, os mais comuns 
são firmicutes e bacteroidetes. 
Alguns estudos mostram que indivíduos com sobrepeso e obesidade apresentam uma menor 
quantidade de bacteroidetes. 
 
 
 
 
 
 
 Em idosos naturalmente ocorre um aumento de bactérias patogênicas e redução das bactérias 
protetoras e benéficas, caracterizando uma disbiose intestinal. 
 
 
A preferencia de alimentos ultraprocessados em idosos pode piorar o caso de disbiose intestinal. 
Algumas estratégias são o uso de probióticos, prebioticos e simbióticos. 
 
 
 
ALIMENTOS FONTES: 
• Probióticos: Iogurtes, yakults, kefir, kombuchá. 
• Prebióticos: Cebola, alho, tomate, banana, cereais integrais como aveia, cevada e trigo. 
• Simbióticos: Além da ombinação de alimentos probióticos e prebioticos, é vendido 
em capsulas. 
 
 
 
PLANEJMANETO ALIMENTAR DO IDOSO 
 
Ao elaborar um plano alimentar para o idoso, deve-se considerar: 
• Alterações fisiológicas 
• Estado nutricional 
• Presença de doenças 
• Presença de alterações cognitivas e funcionais (grau de independência do idoso) 
• Nutrientes com maior risco de deficiência: Proteínas, fibras, cálcio, ferro, zinco, folato, 
vitaminas A, d, c e B12 
• Consumo de líquidos (idosos apresentam maior risco de constipação intestinal) 
• Uso de medicamentos 
• Aspetos socioeconômicos 
• Aspectos culturais e religiosos

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