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Gestão de Tempo Vivemos numa sociedade cada vez mais imediatista, na qual estresse e ansiedade tornaram-se comuns a todos. O sistema capitalista cobra resultados cada vez maiores e nem sempre as organizações investem no bem-estar de seu colaborador. Em casa nossos filhos são mais questionadores e cobram nossa atenção de forma muitas vezes mais cruel que nossos “chefes”. Diante desse cenário, ter uma boa Gestão do Tempo torna- se uma obrigação. Esse treinamento foi desenvolvido com o objetivo de tornar mais eficaz a sua relação com tarefas, compromissos, anotações e contatos. Você gostaria de ter mais tempo em sua vida? Para quê? Algumas reflexões sobre Gestão do Tempo... “Tempo é dinheiro.” Existem ditados que considero bastante infelizes, principalmente se não soubermos interpretá-los. O que mais me incomoda na frase acima é o quanto ela nos passa uma ideia de trabalho constante. Se o dia tivesse 6 horas a mais, trabalharia todas elas para gerar mais dinheiro. Em outro cenário, se conseguir reduzir a realização de minhas tarefas em 2 horas, terei novamente mais tempo para gerar mais dinheiro. Discordo disso. Boa parte do tempo que podemos gerar através de produtividade deve ser destinado a geração de equilíbrio trabalho-lazer, não de dinheiro. “Isso é coisa para quem é organizado demais.” Não há dúvidas que quanto mais habilidade de organização você tiver mais fácil será gerenciar seu tempo. Pessoas com alto nível de racionalidade terão uma maior aptidão a absorver os conceitos apresentados aqui. Porém, definir-se como incapaz de desenvolver técnicas que melhorem sua relação com o tempo já é demais. Não se vitimize, nem caia no erro do “eu sou assim e pronto”. “Torna a minha vida muito programada.” Outro erro comum de quem olha de fora um processo de organização do tempo é acreditar que o mesmo torna a sua agenda muito engessada. A questão é simples: se fosse capaz de fazer sobrar 1 hora no seu dia, teria mais liberdade ou se sentiria mais preso? Se vivesse menos em regime de urgência, qual domínio teria sobre suas ações? Acredite! Quanto melhor for o planejamento de seus compromissos e tarefas mais liberdade de ação você terá no seu dia-a-dia. “Minha vida pessoal e profissional são muito bem separadas.” Você é único. Não existe o lado profissional separado do pessoal. De fato é muito comum pessoas terem comportamentos distintos no trabalho e em casa. Em geral, o ambiente corporativo demanda um nível de organização maior e o risco de uma demissão torna as pessoas mais receptivas a métodos e padronizações. Agora reflita sobre quantas vezes você levou trabalho para casa e prejudicou o convívio com a sua família. Ou ainda quantas vezes um problema pessoal atrapalhou seu desempenho no trabalho. Um sistema de gerenciamento de tempo deve levar em conta todos os papéis do indivíduo, sem separação. Proatividade O conceito de proatividade é lugar comum no universo corporativo. A todo momento somos cobrados a tomar iniciativa e assumir a responsabilidade por nossas ações. Proatividade vai muito além de iniciativa. É assumir a responsabilidade pelas suas escolhas, independente de ter ou não culpa nos resultados. O meio externo influencia? Sim. É o responsável pelas suas escolhas? Não. Ter uma postura positiva em suas ações e perder tempo apenas com o aquilo que você é capaz de influenciar, compõe o comportamento proativo. Atividade extra Nome da atividade: Filme Assista o filme Antes de partir, de dezembro de 2007. Sinopse: O bilionário Edward Cole e o mecânico Carter Chambers são dois pacientes terminais em um mesmo quarto de hospital. Quando se conhecem, resolvem escrever uma lista das coisas que desejam fazer antes de morrer e fogem do hospital para realizá-las. A matriz do tempo Metas É impossível gerenciar seu tempo sem saber onde pretende chegar. A definição de metas de curto, médio e longo prazos é fundamental para um correto planejamento semanal, afinal suas ações precisam estar alinhadas aos seus objetivos. “Deixo a vida me levar, vida leva eu…” é bem popular e positivo na canção do Zeca Pagodinho. Mas será que essa é a melhor atitude a tomar em sua vida? E se a vida lhe levar para onde não quer? Uma vida sem definição de metas é uma vida sem norte. Urgência x Importância A grande mudança de paradigma na Gestão do Tempo é separar suas atividades recorrentes e imprevistas em Urgência e Importância. Tudo que é urgente é necessariamente importante? A Importância está diretamente relacionada às suas metas. E urgência está intimamente ligada ao tempo que você dispõe para realizar a atividade sugerida. Várias atividades podem ser urgentes e importantes. Uma crise com um cliente, um familiar doente precisando de apoio. Porém, muitas atividades são meramente urgentes, mas não estão alinhadas às suas metas e, por várias vezes, apenas desperdiçam seu tempo. Todas as atividades (compromissos ou tarefas) que vivemos diariamente podem ser divididas em quadrantes. A formação desse modelo mental é baseada em dois conceitos fundamentais: importância e urgência. Importante: atividades que estão alinhadas com seus interesses, valores e prioridades. Urgente: atividades que possuem um prazo imediato. Dessa forma divide-se o tempo em quatro quadrantes: Como está dividido o seu tempo nos quadrantes acima? Atividade extra Nome da atividade: Leitura Complementar Conheça um pouco da história de Viktor Frankl, uma das maiores referências na liberdade de escolha e senso de propósito. Link para assistir a atividade: http://obviousmag.org/archives/2011/05/viktor_frankl _um_psicologo_no_campo_de_concentracao.html http://obviousmag.org/archives/2011/05/viktor_frankl_um_psicologo_no_campo_de_concentracao.html http://obviousmag.org/archives/2011/05/viktor_frankl_um_psicologo_no_campo_de_concentracao.html Trabalhando quadrantes Uma vez compreendida a distribuição de seu tempo nos 4 quadrantes da Matriz do Tempo, faz-se necessário realizar um trabalho de redução nos quadrantes IV, III e I. O objetivo é ter cada vez mais tempo para dedicar ao quadrante II. Como ELIMINAR o quadrante IV? • Reflexão constante; • Cuidado com os ladrões do tempo: televisão e internet; • Gestão do estresse; • Propósito familiar / pessoal; Como EVITAR o quadrante III? • Alinhamento (profissional); • Discutir a relação (pessoal); • Esclarecer expectativas; • Aprender a dizer não e a negociar novos prazos; • Delegando poder (aumentando o nível de autonomia); • Desde que seja possível, não atenda todas as suas ligações. Faça um filtro na origem das ligações e no momento em atendê-las. Interromper uma atividade importante pode levar à perda de foco; Aprendendo a dizer não Está aí uma tarefa bem complicada. Dizer não torna-se especialmente difícil quando, por mais que a atividade proposta seja de nenhuma importância em sua vida, a pessoa que está pedindo é. Leia abaixo os problemas relacionados e algumas dicas que vão facilitar o seu próximo NÃO. Problemas: • É algo contrário à nossa cultura; • Muitas vezes passa antipatia, grosseria ou falta de atenção; • Dicotomia entre a não importância da tarefa e a importância da pessoa; Dicas: • Tenha um planejamento semanal como escudo; • Pense na tarefa você não realizará para atender o pedido; • Faça perguntas: isso é necessário agora? Precisa realmente de mim? Precisa realmente ser feito? • Não use o TALVEZ; • Ao superior: transfira a ele a decisão sobre as suas prioridades; • Fuja à popularidade e tenha coragem! Como REDUZIR o quadranteI? • Realizando um Planejamento semanal; • Cuidando dos relacionamentos; • Delegando; • Meta: 25% em urgências. Atividade extra Nome da atividade: Filme Assista o filme Click, de agosto de 2006. Sinopse: Um arquiteto, casado e com filhos, está cada vez mais frustrado por passar a maior parte de seu tempo trabalhando. Um dia, ele encontra um inventor excêntrico que lhe dá um controle remoto universal, com capacidade de acelerar o tempo. No início, ele usa o aparelho para acelerar qualquer momento tedioso, mas se dá conta de que está acelerando o tempo demais, deixando de viver preciosos momentos em família. Desesperado, ele procura o inventor para ajudá-lo a reverter o que fez. Os 4 Pilares da Gestão do Tempo Preparando a Casa Todo sistema de Gestão de Tempo deve ter como base os seguintes pontos: contatos, compromissos, anotações e tarefas. O primeiro passo na organização desses pontos é a escolha da ferramenta que irá auxiliar o processo. FERRAMENTAS CONTATOS: celular, provedores de e-mail, computador, agenda etc. COMPROMISSOS: ferramentas de calendário, google agenda, agenda tradicional etc. ANOTAÇÕES: aplicativos de celular, outlook, bloco de notas, folha de anotações etc. TAREFAS: aplicativos de celular, google tarefas, outlook, bloco de notas etc. DEFINA SEU ESTILO A escolha das ferramentas define o seu estilo de gestão. TOTALMENTE ONLINE: smartphone, laptop e ferramentas online. TOTALMENTE OFFLINE: agenda tradicional, papéis para anotações. MISTO: um pouco de cada. Em qual estilo você se enquadra? O PLANEJAMENTO TIPOS DE PLANEJAMENTO Longo Prazo: mais de um ano para realizar. Ex.: filhos, casamento, compra de apartamento, carro, etc. Médio Prazo: menos de um ano para realizar. Ex.: eventos, viagens, cursos, treinamentos etc. Curto Prazo: uma semana. Ex.: tarefas e compromissos. Curtíssimo Prazo: follow up diário. Ex.: verificação das atividades adiadas, do dia e que podem ser antecipadas. OS PILARES DA GESTÃO DO TEMPO CONTATOS - Registro de telefone, email, empresa, cargo etc no seu telefone e provedor de email. - Estabeleça o maior network possível. - Cultive o vínculo fraco. - Crie grupos no provedor de email. - Seja criterioso com os contatos do Facebook e use o Linkedin. COMPROMISSOS - Anote todos em uma plataforma com lembretes. - Compartilhe com as pessoas envolvidas. - Anote as informações fundamentais do compromisso (pauta, local, horário, convidados). - Use a ferramenta “Repetir” para eventos recorrentes (aniversários). - Use os lembretes de forma criteriosa. - Não registre uma Tarefa como Compromisso. ANOTAÇÕES - Fundamental na organização do conhecimento. - Use para projetos futuros, pautas, dados etc. - Mantenha uma Tarefa associada a Anotação quando necessário (evite que caia no esquecimento). - Crie pastas em seu computador para organizar artigos, apresentações etc. TAREFAS - Registre todas as suas tarefas importantes. - Use a ferramenta “Repetir” para eventos recorrentes. - Defina SEMPRE um prazo, mesmo que tenha que adiar constantemente. - Transforme emails em tarefas (copiando os dados relevantes). - Seja criterioso no uso de lembretes. Atividade extra Nome da atividade: Livro Leia o livro Primeiro o mais importante, Stephen R. Covey, Editora Sextante. O Planejamento Semanal - É o planejamento de rotina. - Foco na execução. - Melhor unidade de tempo para planejamento. - Deve ser feito entre sexta a tarde (ideal) e segunda de manhã (menos indicado). - Duração de 20 a 30 min. PASSO A PASSO DO PLANEJAMENTO SEMANAL 1. Reveja o planejamento da semana anterior. - Registrando novas tarefas que ainda não foram anotadas; - Eliminando as tarefas executadas; - Fazendo o acompanhamento de tarefas delegadas; - Criando novos prazos para as tarefas não cumpridas; - Reagendando compromissos não realizados. 2. Analise os Compromissos da semana - Dimensione encontros e reuniões com as tarefas propostas para a semana; - Reagende o que for necessário; - Fique atento às demandas de cada compromisso (análise de dados, envio de relatórios); - Confirme os compromissos. 3. Defina as Tarefas da semana - Dimensione a quantidade de tarefas com o tempo disponível; - Adie para a próxima semana o que for necessário; - Não planeje 100% de seu tempo (ou conviva tranquilamente com adiamentos); - Estabeleça quais tarefas são prioritárias; - Distribua as tarefas nos dias da semana. Verificações diárias: - O que não foi feito de dias anteriores? - O que deve ser feito hoje? - O que será realmente adiado (tarefas e compromissos)? Atividade extra Nome da atividade: Leitura Aprenda um pouco mais sobre a importância do Planejamento nesse breve post. http://www.administradores.com.br/artigos/empreendedorism o/qual-a-importancia-do-planejamento-por-que- planejar/100730/ Nome da atividade: Vídeo Assista o vídeo do Chistian Barbosa, um dos maiores especialistas do Brasil em Gestão do Tempo. Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=dptw_HKrh8w http://www.administradores.com.br/artigos/empreendedorismo/qual-a-importancia-do-planejamento-por-que-planejar/100730/ http://www.administradores.com.br/artigos/empreendedorismo/qual-a-importancia-do-planejamento-por-que-planejar/100730/ http://www.administradores.com.br/artigos/empreendedorismo/qual-a-importancia-do-planejamento-por-que-planejar/100730/ https://www.youtube.com/watch?v=dptw_HKrh8w Gestão De E-Mails Algumas dicas valiosas para aumentar a sua produtividade: - Caixa de entrada é de ENTRADA! Não deixe as mensagens na caixa de entrada eternamente. Uma vez resolvido o assunto encaminhe o e-mail para outra pasta. - Gerencie SPAMs. Utilize um e-mail auxiliar para cadastros e fichas. Marque os indesejados como SPAM e cancele o cadastro nos mailings indesejados. - Reduza as respostas desnecessárias (ok, ciente etc). Faça a sua parte e cobre das pessoas que façam a delas. Reduzir em 20% o número de e-mails abertos por dia tomando essa medida. - Só copie quem for necessário. - Use cópia oculta. - Não apague e-mails. - Crie apenas pastas necessárias. - Crie uma pasta padrão para e-mails resolvidos. - Crie grupos de destinatários. - Defina horários para “zerar” a caixa de entrada. - Não ligue nenhum notificador de e-mails. - Não verifique a caixa o tempo todo! ESCREVENDO EMAILS - O assunto deve ser totalmente compreensível; - Não escreva textos longos (3 ou 4 parágrafos no máximo); - Dê espaço entre parágrafos; - Use tópicos numerados e marcadores; - Leia o texto antes de enviá-lo; - Evite “broncas” por e-mail. GESTÃO DE REUNIÕES Algumas dicas para tornar suas reuniões mais objetivas e produtivas. - Defina Pauta; - Selecione os presentes; - Defina horário de início e principalmente de término; - Envie os arquivos necessários previamente; - Comece SEMPRE no horário; - Eleja um mediador; - Seja o mais sinérgico possível. CONSIDERAÇÕES FINAIS SINTA O RESULTADO O início é árduo e precisa de grande dedicação. É um processo de mudança de hábito. Assuma o compromisso de fazer por 4 semanas seguidas. Ao final de cada uma delas, veja o quanto você progrediu! ESTUDE Nunca foi tão fácil ter acesso ao conhecimento. Pratique sistematicamente atividades de estudo como leituras, treinamentos, cursos formais e outros. REVEJA CONSTANTEMENTE O MÉTODO O melhor método de Gestão do seu tempo é o que você desenvolverá. Utilize as dicas discutidas nesse curso para criar seu próprio modelo.Algo que sugeri não surtiu efeito? Ignore! Você pensou em adaptar alguma dica para outro formato? Faça! ENSINE A melhor forma de fixar um método é compartilhá-lo com outras pessoas. Comece dividindo o modelo com alguém próximo e depois expanda seus horizontes. Atividade extra Nome da atividade: Livro Leia o livro Estratégias práticas para ganhar mais tempo, Christian Barbosa, Editora Sextante. null null null null null null null null null null null null Autoconhecimento, valores e cultura Autoconhecimento O autoconhecimento é considerado uma das principais características a serem perseguidas por líderes em geral. Segundo George, Sims, McLean, & Mayer (2007), 75 membros do Conselho Consultivo da Stanford Graduate School of Business foram questionados a respeito das habilidades mais importantes a serem desenvolvidas pelos líderes, e eles foram praticamente unânimes em indicar o autoconhecimento. O autoconhecimento demanda uma análise das nossas crenças, valores, atitudes, limitações, convicções, potencial, experiências, limites, sonhos, objetivos, desejos. No entanto, a busca por este nível de conhecimento requer coragem e honestidade para um exame profundo de experiências e valores. Autoconhecimento é o profundo entendimento das próprias emoções, assim como das forças e limitações, e também dos valores e motivações (Goleman, Boyatzis, McKee, 2002). Reconhecer as emoções de forma correta, e entender suas tendências gerais de respostas a pessoas e situações é a definição de autoconhecimento proposta por Bradberry e Greaves (2009). Estar ciente de suas emoções e do impacto das mesmas em sua performance, reconhecer como seu comportamento impacta os outros, além dos vieses negativos e positivos, possibilita ao líder agir com convicção e autenticidade (Bilimoria, 2016). As pessoas confiam e seguem líderes que são reais, consistentes, e que demonstrem alinhamento de comportamentos e valores (Boyatzis e McKee, 2005). As competências de autoconhecimento propostas dentro da perspectiva de Inteligência Emocional são (Boyatzis e McKee, 2005): • Autoconhecimento emocional: capacidade de reconhecer nossas emoções seus impactos, e abertura a feedback; • Auto avaliação precisa: conhecimento de forças e limitações; • Segurança: profundo conhecimento de nosso valor e capacidades. A capacidade de fazer autocrítica e maturidade emocional face às diferentes opiniões e propósitos são também aspectos importantes no processo de autoconhecimento. Humildade, capacidade de escuta e autocontrole são necessários para lidar com pessoas que têm opiniões diferentes das nossas, e eventualmente apontam áreas para reflexão a respeito de nossas fraquezas. O aprofundamento do autoconhecimento nos leva cada vez mais a identificar e analisar nossos valores. Valores Valores são as convicções básicas e atitudes que determinam como pessoas e empresas se comportam e interagem. Rokeach (1973) define valores como um modo específico de conduta, ou condição de existência individual ou socialmente preferível ao modo contrário ou oposto de conduta ou existência (em Robbins, Judge, e Sobral, 2011). Valores carregam um elemento de julgamento que deriva daquilo que o indivíduo acredita ser bom, correto ou desejável, e possuem atributos de conteúdo e de intensidade (Robbins, Judge, e Sobral, 2011). O atributo refere-se à classificação de um modo de conduta ou condição de existência como importante, enquanto a intensidade refere-se ao quão importante tal conduta ou condição é (Robbins, Judge, e Sobral, 2011). Os valores revelam o que é importante, revelam escolhas conscientes, ajudam no processo decisório, e podem sofrer mudanças (McClelland, 1987). Já Robbins, Judge, e Sobral (2011) argumentam que, de maneira geral, valores costumam ser null null null null null null null null null null null null mais estáveis e duradouros, e muitos de nossos valores são estabelecidos ainda na infância. Valores constituem a base dos relacionamentos, e atuam como um conjunto de normas que influenciam e motivam as interações e decisões. Valores organizacionais referem-se a crenças e atitudes que caracterizam a empresa, e definem o padrão de atuação das pessoas e da organização como um todo. Valores são padrões de avaliação relacionados ao trabalho e ao ambiente de trabalho, utilizados pelos indivíduos para discernir o que certo nas empresas (Dose, 1997). O desempenho e satisfação dos funcionários provavelmente serão mais altos quando há um alinhamento entre seus valores pessoais e os valores organizacionais (Robbins, Judge, e Sobral, 2011). Tal alinhamento é geralmente muito valorizado pelos gestores. “Os gestores parecem apreciar, avaliar positivamente e recompensar funcionários que ‘se encaixem’, e estes, por sua vez, tendem a ficar mais satisfeitos se perceberem que realmente se encaixam na organização” (Robbins, Judge, e Sobral, 2011 p 149). O resultado de colocar uma pessoa em que situações que se choquem com seus valores não é positivo nem para o indivíduo nem para a organização, e há uma grande chance de haver pouca fidelidade e também ter a produtividade afetada (Finegan, 2000). Imagine a reação de um funcionário que valoriza a meritocracia, é movido por metas e resultados, e que espera o reconhecimento do seu trabalho individual, sendo contratado por uma empresa onde o atingimento dos objetivos seja sempre creditado ao time, e o desempenho individual não seja reconhecido. Uma consequência natural pode ser uma redução em sua motivação pessoal, no comprometimento com as tarefas, na entrega, e até mesmo no comprometimento com a empresa. Cultura Organizacional Cultura Organizacional é definida por Robbins, Judge e Sobral (2011 p 501) como “um sistema de valores compartilhados pelos membros de uma organização que a diferencia das demais”. Quando observamos o comportamento de funcionários de determinada empresa, é muitas vezes fácil identificar aspectos comuns presentes no comportamento dos indivíduos, e explicações nas quais a frase “aqui é/fazemos assim”, sem mesmo que as pessoas se deem conta de como tais comportamentos são reflexo da cultura da organização. “A cultura organizacional é sutil, intangível, implícita e sempre presente”, e essas regras implícitas geralmente governam o comportamento dos indivíduos no dia a dia do trabalho (Robbins, Judge e Sobral, 2011 p 504). Há sete características básicas que expressam a cultura de uma organização, e existem dentro de um continuum, ou seja, vão de um grau baixo para um grau elevado (Robbins, Judge e Sobral, 2011): • Inovação: quando os funcionários são estimulados a inovar e correr riscos; • Atenção aos detalhes: expectativa que os funcionários sejam precisos, analíticos e deem atenção aos detalhes; • Orientação para resultados: quando os resultados são mais valorizados do que os processos utilizados para alcançá-los; • Foco na pessoa: consideração a respeito do impacto dos resultados sobre as pessoas; • Foco na equipe: refere-se à organização das atividades do trabalho em torno das equipes, e não dos indivíduos; • Agressividade: grau de competitividade e agressividade dos indivíduos na organização; • Estabilidade: grau de ênfase na manutenção do status quo em comparação ao foco no crescimento. A cultura organizacional define as fronteiras entre as organizações. Ela também proporciona o sentido de identidade dos membros de uma empresa, facilita o comprometimento com objetivos maiores do que os interesses individuais, e estimula a estabilidade do sistema null null null null null null null social. Quando uma cultura organizacional tem problemas, alguns aspectos podem ser observados (Clifton & Harter, 2019): • Inabilidade de atrair talentos deponta; • Dificuldade de maximizar o crescimento orgânico a partir das interações entre clientes e funcionários; • Iniciativas da liderança que não vão a lugar algum; • Falta da agilidade nas respostas às necessidades dos clientes; • Perda dos melhores funcionários para outras marcas fortes. A cultura fornece os padrões adequados para que os funcionários decidam o que devem ou não fazer ou dizer (Robbins, Judge e Sobral, 2011). Gary Vaynerchuk, presidente da Vayner Media, declarou que “a cultura dirige a organização, e se isso for arruinado, nada mais é importante”. Questionário: Seu Código Moral (Boyatzis e McKee, 2005 pgs 82/83) O objetivo deste exercício é ajudá-lo (a) a identificar suas crenças e valores. Uma análise periódica destes aspectos é fundamental, visto que eles podem mudar com o tempo. Abaixo você encontrará uma lista com valores, crenças, ou características pessoais para sua análise e identificação dos princípios que guiam sua vida. Instruções: 1) Identifique em torno de 15 valores que são os mais importantes para você, e os indique com um X. null null 2) Desta lista de 15, identifique 5 que são os mais importantes. 3) Coloque estes 5 mais importantes em ordem de relevância, sendo 1 o mais importante para você, até o 5, que você considera o menos importante do total. Atividades extras Leitura: Robbins, Judge e Sobral, 2011 – Capítulo 16 Vídeos: Rogério Chér – Gestão de Pessoas: Dicas Sobre Autoconhecimento - https://www.youtube.com/watch?v=MLhOc3C7C7U Flexibilidade e autoconhecimento - Pedero Mandelli - https://www.youtube.com/watch?v=MoVkyxMUzQg Características do Líder: ética, exemplo, valores, trabalho em equipe, etc.- Bernardinho - https://www.youtube.com/watch?v=TwIZpiHK 6LY https://www.youtube.com/watch?v=MLhOc3C7C7U https://www.youtube.com/watch?v=MoVkyxMUzQg https://www.youtube.com/watch?v=TwIZpiHK6LY https://www.youtube.com/watch?v=TwIZpiHK6LY A importância do autoconhecimento "Quando você se sente bem em relação a si mesmo, os outros também se sentem bem em relação a você." Jake Steinfeld O autoconhecimento é a recognição de nossa própria personalidade, de nossos pontos fortes, de nossas fraquezas, das coisas que apreciamos e daquelas que não gostamos. Neste sentido, qualquer pessoa se quiser, pode desvelar a sua felicidade interior. O desenvolvimento do autoconhecimento pode ajudar a reconhecer a presença do estado de estresse ou pressão em que determinada situações impõe. Isso, aliás, é pré-requisito para uma comunicação efetiva e para a manutenção de boas relações interpessoais, além de essencial para o desenvolvimento de empatia pelo próximo. O processo do autoconhecimento é essencial para a evolução e aprendizagem em diferentes áreas da vida. Quanto mais nos conhecemos, mais temos condições de discernir sobre qualquer situação na vida. Além disso, ganhamos autonomia para fazermos escolhas saudáveis e somos estimulados a questionamentos sobre nós mesmos e nosso papel, a fim de nos tornarmos cada dia melhores e confiantes para desenvolver e executar sonhos, planos e metas, descobrindo qualidades, habilidades e valores. Além é claro, de sermos capazes de reconhecer o que precisa ser melhorado e ter forças para executar essa tarefa. Caminhos do conhecimento Nosso subconsciente vai guardando algumas memórias afetivas, traumáticas, hábitos e crenças que ficam lá guardadinhas num programa sobre o qual a vida vai rodando. E serão ativadas toda vez que estivermos diante de uma situação onde esse conhecimento parecer útil. Pode ser uma palavra, um som, um cheiro, um gesto, qualquer coisa pode deflagrar essas memórias. Toda vez que algo trouxer uma dessas memórias à tona, nos sabotaremos de forma inconsciente por medo, raiva, vergonha, entre outros sentimentos movidos pelas emoções, não deixando que todo nosso potencial floresça, subtraindo oportunidades de uma vida plena em todas as áreas. Esses movimentos internos mascaram nossa dificuldade de mudança, disposição em sair da zona de conforto e experimentar o novo. O futuro está adiante, o sucesso pessoal também. Os caminhos do conhecimento ajudam no processo do autoconhecimento e na dinâmica do conhecer e compreender para crescer. Crenças limitantes na criação de realidades Vamos inicialmente entender o que é uma crença. Sempre que temos algo como “verdade” em nosso conceito pessoal, acreditamos com toda a nossa força. E se acreditamos, certamente investimos energia nessa “verdade”, seja ela promovendo bem-estar ou não. E, principalmente, se investimos energia, criamos algo em nossa realidade. Fazemos parte de um sistema de crenças e em diferentes níveis, associados a lugares e experiências diversas. Temos crenças criadas através da educação dos nossos pais, dos grupos de amigos, dos nossos professores na escola, de alguma religião ou filosofia, de leituras, do que nos contam, de coisas que ouvimos e vemos nos meios de comunicação social, ou seja, qualquer input desses pode criar uma crença e uma crença quando é criada, vai influenciar na nossa vida, na nossa realidade. Existem crenças num nível sistêmico familiar, que são aquelas herdadas de pai, mãe, avôs e avós, de gerações em gerações. São crenças que nos fazem ter um sentimento de pertencimento ao nosso sistema familiar e essas crenças podem até serem vistas como um padrão familiar, um arquétipo de sucesso, por exemplo, uma inclinação para uma determinada carreira, um dom artístico ou até mesmo uma null null null null null null null null null null null doença que se propaga de gerações em gerações. Não muito diferente, são as crenças em um plano histórico que são aquelas que toda humanidade já viveu e se criaram as crenças coletivas que influenciam a sociedade como um todo. Criamos a identificação com determinados grupos também através dessas crenças coletivas. Finalmente tem a que chamamos de crenças no nível da alma que são aquelas que vêm da nossa essência. Portanto, é bom olharmos para esse emaranhado de crenças e de influências que somos formados, que compõem um código dentro de nós e que dialogam entre si. E se tratando de crenças, umas são conflitantes, outras são afins, umas vão negar, outras vão aceitar e com isso vamos criando contradições internas e movimentos na vida, determinados por esse sistema de crenças. Entendemos agora, que o conhecimento é o melhor caminho para a compreensão da nossa essência. Quando não estamos em estado de harmonia, nos distanciamos da criatividade, da autoconfiança, dos sonhos e projetos de vida. Os maiores impedimentos para o caminho do autoconhecimento são as crenças limitantes que operam como um programa no inconsciente. Elas moldam a forma como vemos e interpretamos o mundo e interferem de forma decisiva nas nossas escolhas. Caminhos para o Autoconhecimento Conhecer para compreender a essência humana e a própria essência, é sair do estado fantasma no mundo das crenças limitantes e partir para os caminhos do autoconhecimento que são caminhos de ressignificações dos pensamentos limitantes. Ou seja, é a exploração da própria mente e da descoberta de aspectos que geralmente não são percebidos, mas têm grande influência nas questões comportamentais. Logo, avaliar o que precisa ser melhorado e força para executar essa tarefa, mesmo sendo dolorosa, poderemos trilhar nos caminhos do autoconhecimento, do crescimento e da força do Poder Pessoal. E as vantagens? São muitas. O autoconhecimento proporciona o controle das emoções, oferece autonomia, auxilia nas escolhas saudáveis, define com clareza metas, objetivos e propósito de vida. Já as desvantagens, deixamtudo em desarmonia, é a real dificuldade de executar sonhos, planos, metas e um futuro saudável. Quando não estamos em estado de harmonia, vivemos no estado fantasma, criando realidades equivocadas. Como nada existe fora do agora, viver na presença é o caminho mais curto para a felicidade. Quando o aqui e agora flui, vivemos na presença. Conhecer para compreender Na vida, nada fica no passado. Tudo atua. Nossas memórias afetivas, traumáticas, hábitos e crenças. Carregamos crenças, medos e emoções e cada fragmento dessas memórias nos levam ao estado fantasma como forma de defesa. Ao longo da vida criamos defesas para dar conta dessa dor e das nossas feridas emocionais como a rejeição, humilhações, vergonha, traição e abandono. Fica mais fácil conhecer para compreender essa dinâmica e fazer contato com a dor emocional. Muitos conflitos do presente, geralmente têm origem real no passado. Tensões do presente somam com as nossas feridas emocionais. A mais importante relação que uma pessoa pode ter em sua vida é aquela que ela mantém consigo mesma. O autoconhecimento é o primeiro passo do processo de criação e da própria felicidade. "O eterno presente é o espaço dentro do qual se desenvolve toda a nossa vida, o único fator que permanece constante. A vida é agora. Nunca houve uma época em que a nossa vida não fosse agora, nem haverá." Eckhart Tolle https://www.pensador.com/autor/eckhart_tolle/ null null null null null null null null null null null Atividade Extra Para complementar esta aula, vale assistir a entrevista com Eckhart Tolle – sobre conhecimento, informação e sabedoria: Como se relacionam? Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=sviEE4hc1wY&t=78s https://www.youtube.com/watch?v=sviEE4hc1wY&t=78s Produtividade
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