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Proliferação Diferenciação Apoptose Elaborado por Giovanna Nery Sanches NEOPLASIA E CARCINOGÊNESENEOPLASIA E CARCINOGÊNESE CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DOS CÂNCERES O câncer é a segunda principal causa de morte nos Estados Unidos. Somente as doenças cardiovasculares exigem um tributo mais elevado. Ainda mais agoniante que a mortalidade associada é o sofrimento físico e emocional infligido pelas neoplasias. Os pacientes e o público com frequência indagam: “Quando haverá cura para o câncer?” É difícil a resposta a essa pergunta simples porque o câncer não é uma doença, mas muitas desordens que compartilham uma profunda desregulação de crescimento. Carcinogênese é o processo que gera neoplasia, que por sua vez, é uma alteração celular. O câncer é uma desordem genética causada por mutações do DNA que, em sua maior parte, são adquiridas espontaneamente ou induzidas por agressões do ambiente. Essas alterações genéticas são hereditárias e passadas para as células-filhas na divisão celular. Como resultado, as células que ancoram essas alterações estão sujeitas à seleção darwiniana (sobrevivência da mais ajustada), em que as células que sofrem mutações proporcionam as vantagens de crescimento ou sobrevivência, passando para trás suas vizinhanças e chegando desse modo a dominar a população. Autossuficiência nos sinais de crescimento, pelos quais o crescimento dos cânceres se torna autônomo e não é regulado por indícios fisiológicos. O acúmulo de mutações dá origem a uma série de propriedades chamadas características do câncer: Ausência de resposta aos sinais inibidores de crescimento que controlam as proliferações celulares não neoplásicas, como a hiperplasia. Evasão da morte celular, permitindo que as células cancerosas sobrevivam sob condições que induzem apoptose em células normais. Potencial replicativo ilimitado tornando, portanto, as células cancerosas imortais. Desenvolvimento da angiogênese para sustentar o crescimento das células cancerosas. Capacidade de invadir tecidos locais e disseminar-se para locais distantes. Capacidade de escapar do sistema imune. EVENTOS BÁSICOS DA ONCOGÊNESE/CARCINOGÊNESE Agressão ao genoma da célula, com alteração do DNA (mutações) ou expressão anômala dos genes. O equilíbrio entre proliferação e diferenciação celular envolve comunicação intracelular e expressão equilibrada de vários genes de diversos tipos. No câncer há sempre um aumento da proliferação e uma diminuição da diferenciação. Gene Ativação ou inativação de genes que coordenam funções essenciais da célula, como proliferação, diferenciação, morte por apoptose. Gene ativado inativo ou alterado inativo+ + Elaborado por Giovanna Nery Sanches GENES ASSOCIADOS À FORMAÇÃO DO CÂNCER Proto-oncogenes: genes da proliferação celular. São genes que sempre estarão ativos. Quando esse gene está ativado em momento que não deveria, ele é denominado de oncogene. Genes supressores de tumores: genes de controle de qualidade do ciclo celular e indutores de apoptose. Um desses genes é denominado P53. Exemplo: HPV inativa o P53 e, por isso, o indivíduo desenvolve verrugas (proliferação celular). O HPV além de estimular a proliferação da célula, ele inativa o gene supressor. Genes de reparo ao DNA: genes indutores do reparo no genoma alterado. No caso do câncer, esses genes estão inativos ou deficientes, não realizando a sua função. Existem dois genes, em todas as células, em estrita relação: o gene supressor tumoral é responsável por controlar o proto-oncogenese, toda vez que o proto-oncogene começa a agir como um oncogenese, ele pode ativar a apoptose. No caso do câncer, como o gene supressor tumoral está inativo, o proto-oncogenese se manifesta. DISPLASIA Alterações no crescimento e na diferenciação celular acompanhadas de redução ou perda da diferenciação das células afetadas. Esse tecido sofreu uma interferência e perdeu a homogeneidade. Displasia é o nome dado para o desenvolvimento celular fora do normal, que pode gerar a má-formação de um tecido ou órgão de qualquer parte do corpo humano. Existem diversos tipos de displasias, que mudam de acordo com a região afetada do corpo. A diferença entre metaplasia e displasia é que a metaplasia é reversível e diferenciação específica. A displasia pode ser irreversível e a diferenciação acontece desordenada. São iguais à célula basal. O núcleo em relação ao citoplasma mantém relação, ou seja, teoricamente mantém as funções normais. ANAPLASIA Falta de diferenciação celular e de regularidade celular (das células do tumor). São atípicas e podem apresentar: Pleomorfismo: variação do tamanho e forma dos núcleos. Núcleos hipercromáticos: a cromatina nuclear está aumentada e irregularmente distribuída (agregada). Mitoses atípicas: mitoses tripolares. Quociente núcleo citoplasma aumentado. Células bizarras, incluindo células gigantes. Não tem mais características típicas do tecido. A proporção núcleo e citoplasma é maior, e o núcleo também está maior por ter mais coisas nesse núcleo. Elaborado por Giovanna Nery Sanches ALTERAÇÕES DA DIFERENCIAÇÃO CELULAR Displasia: do colo uterino, dos brônquios, do estômago. CONDIÇÕES PRÉ-CANCEROSAS Lesões associadas ao desenvolvimento do câncer. Carcinoma in situ: no epitélio e ainda não invadiu. Tumor localizado em certa região. Hiperplasia: do endométrio, pólipos adenomatosos do intestino grosso. Metaplasia: intestinal da mucosa gástrica. Nevos pigmentados salientes: uma hiperplasia mais localizada de um tecido/célula. Saliente = indicativo de proliferação (pintas). Neoplasia (tumor) benigno. Tumor = lesão Câncer = doença. Neoplasia: proliferação local celular anormal, descontrolada e autônoma, irreversível, onde as células reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar em consequências de alterações nos genes que regulam o crescimento e diferenciação celulares. A célula neoplásica nunca será reversível, o tecido sim! ETAPAS DA CARCINOGÊNESE Iniciação Os genes sofrem a ação dos agentes cancerígenos que levam a modificações. Nesta etapa, há alterações genéticas nas células, porém, não é possível observar um tumor clinicamente ainda. O fator que deflagra a iniciação é a mutação (mudança no material genético). A etapa de iniciação é reversível. Como existem diversos genes associados na formação do câncer, a alteração em um deles não necessariamente irá iniciar o processo de carcinogênese. Para que essa etapa aconteça, é necessária as seguintes mutações: Oncogene: quando os genes de proliferação celular (proto-oncogeneses) estão ativados no momento em que não deveria. Genes de reparo do DNA: esses genes estão inativos ou deficientes. Genes supressores tumorais: estão inativados . Agentes iniciadores químicos: alimentação, fumo, poluição (produtos que geram gás radioativo, inseticidas, agrotóxicos, arsênico inorgânico em água de lençois freáticos contaminados). Agentes iniciadores físicos: radiação ultravioleta (UVA, UVB, UVC), radiação ionizante (eletromagnética). Agentes iniciadores biológicos: HVB, HPV. Promoção Os genes sofrem a ação dos agentes cancerígenos que levam a modificações. Nesta etapa, há alterações genéticas nas células, porém, não é possível observar um tumor clinicamente ainda. O fator que deflagra a iniciação é a mutação (mudança no material genético). A etapa de iniciação é reversível.
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