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APG 18 
Prolactina 
Objetivos 
1. Morfofisiologia e anatomia da glândula 
mamária. 
2. Analisar os hormônios envolvidos na 
produção e secreção do leite. 
3. Explicar a sinalização da prolactina 
(eixo). 
 
Glândula mamária 
A glândula mamária é composta de 15 a 
20 lobos, cada um com um ducto 
lactífero excretor que se abre no mamilo. 
Os lobos, por sua vez, são compostos de 
vários lóbulos que contêm estruturas 
secretoras chamadas alvéolos e as 
porções terminais dos ductos. 
O epitélio dos alvéolos e dos ductos é 
composto de duas camadas de células: 
células epiteliais luminais apicais e 
células mioepiteliais basais. Há forte 
evidência para a presença de células-
tronco mamárias adultas dentro desse 
epitélio. 
As células epiteliais luminais dos 
alvéolos são os produtores de leite e as 
células luminais dos ductos transmitem e 
modificam o leite secretado. 
As células mioepiteliais são células do 
tipo de músculo liso estriado e a contração 
dessas células em resposta a um estímulo 
expele o leite do lúmen dos alvéolos e dos 
canais. 
Os lobos e os lóbulos são sustentados 
dentro de uma matriz de tecido conjuntivo. 
O outro componente tecidual importante 
da mama é o tecido adiposo. 
Os ductos lactíferos se esvaziam no 
mamilo, uma protrusão sem pelos 
altamente inervada da mama projetada 
para a sucção por um bebê. O mamilo é 
circundado por uma aréola pigmentada 
sem pelos que é lubrificada pelas 
glândulas sebáceas. 
A protrusão do mamilo, chamada ereção, 
é mediada pela estimulação simpática 
das fibras do músculo liso em resposta 
à sucção e outra estimulação mecânica, 
estimulação erótica e frio. 
 
1
Prolactina 
Embora o estrogênio e a progesterona 
sejam essenciais ao desenvolvimento 
físico das mamas durante a gravidez, um 
efeito especial de ambos esses hormônios 
é inibir a verdadeira secreção de leite. 
Por outro lado, o hormônio prolactina tem 
o efeito exatamente oposto na secreção 
de leite, promovendo-a. 
A prolactina é secretada pela hipófise 
anterior materna, e sua concentração no 
sangue da mãe aumenta uniformemente a 
partir da quinta semana de gravidez até o 
nascimento do bebê, época em que já 
aumentou de 10 a 20 vezes o nível normal 
não grávido. Esse nível elevado de 
prolactina, no final da gravidez. 
Além disso, a placenta secreta grande 
quantidade de somatomamotropina 
coriônica humana, que provavelmente tem 
propriedades lactogênicas, apoiando, 
assim, a prolactina da hipófise materna 
durante a gravidez. Mesmo assim, devido 
aos efeitos supressivos do estrogênio e da 
progesterona, não mais do que uns 
poucos mililitros de líquido são secretados 
a cada dia até após o nascimento do 
bebê. O líquido secretado, nos últimos 
dias antes e nos primeiros dias após o 
parto, é denominado colostro, que 
contém, essencialmente, as mesmas 
concentrações de proteínas e lactose do 
leite, mas quase nenhuma gordura, e sua 
taxa máxima de produção é cerca de 
1/100 da taxa subsequente de produção 
de leite. 
Imediatamente depois que o bebê nasce, 
a perda súbita tanto de secreção de 
estrogênio quanto de progesterona da 
placenta permite que o efeito lactogênico 
da prolactina da hipófise materna 
assuma seu papel natural de promotor 
da lactação, e no período de 1 a 7 dias as 
mamas começam a secretar quantidades 
copiosas de leite, em vez de colostro. 
Essa secreção de leite requer uma 
secreção de suporte adequada da maioria 
dos outros hormônios maternos também, 
porém os mais importantes são: GH, 
cortisol, paratormônio (PTH) e insulina. 
Esses hormônios são necessários para 
fornecer aminoácidos, ácidos graxos, 
glicose e cálcio, fundamentais para a 
formação do leite. 
Depois do nascimento do bebê, o nível 
basal da secreção de prolactina retorna 
aos níveis não grávidos durante algumas 
semanas. Entretanto, cada vez que a mãe 
amamenta o bebê, sinais neurais dos 
mamilos para o hipotálamo causam um 
pico de 10 a 20 vezes da secreção de 
prolactina, que dura aproximadamente 1 
hora. Essa prolactina age nas mamas 
maternas para manter as glândulas 
mamárias secretando leite nos alvéolos 
para os períodos de amamentação 
subsequentes. 
Se o pico de prolactina estiver ausente, 
ou for bloqueado em decorrência de 
dano hipotalâmico ou hipofisário, ou se 
a amamentação não prosseguir, as 
mamas perdem a capacidade de 
produzir leite dentro de mais ou menos 
uma semana. 
Entretanto, a produção de leite pode se 
manter por vários anos se a criança 
continuar a sugar, embora a formação de 
l e i t e , n o r m a l m e n t e , d i m i n u a 
consideravelmente depois de 7 a 9 meses. 
 
GUYTON 
2
Hormônio inibidor da prolactina 
O hipotálamo tem papel essencial no 
controle da secreção de prolactina, o 
hipotálamo essencialmente estimula a 
produção de todos os outros hormônios, 
mas efetivamente inibe a produção de 
prolactina. 
O comprometimento do hipotálamo ou 
o b l o q u e i o d o s i s t e m a p o r t a l 
hipotalâmico-hipofisário geralmente 
aumenta a secreção de prolactina, 
enquanto deprime a secreção dos 
o u t r o s h o r m ô n i o s h i p o f i s á r i o s 
anteriores. 
Por isso, acredita-se que a secreção pela 
hipófise anterior de prolactina seja 
controlada totalmente, ou quase 
totalmente, por fator inibidor formado no 
hipotálamo e transportado pelo sistema 
portal hipotalâmico-hipofisário à hipófise 
anterior. Este fator é, por vezes, chamado 
hormônio inibidor de prolactina, se bem 
que ele é quase certamente o mesmo que 
a dopamina, conhecida por ser secretada 
pelos núcleos arqueados do hipotálamo e 
que pode diminuir a secreção de 
prolactina em até 10 vezes. 
Inibição da ovulação 
A razão disso parece ser que os mesmos 
sinais neurais das mamas para o 
hipotálamo que provocam a secreção de 
prolactina durante o ato de sugar — seja 
devido aos sinais nervosos ou devido a 
efeito subsequente de mais prolactina — 
inibem a secreção do hormônio liberador 
da gonadotropina pelo hipotálamo. Isto, 
por sua vez, suprime a formação dos 
hormônios gonadotrópicos hipofisários. 
Após vários meses de lactação, em 
algumas mulheres, especia lmente 
naquelas que amamentam seus bebês 
apenas parte do tempo, a hipófise 
c o m e ç a a s e c r e t a r h o r m ô n i o s 
gonadotrópicos suficientes para 
restabelecer o ciclo sexual mensal, 
embora a amamentação continue. 
Ejeção de leite 
O leite é secretado de maneira contínua 
nos alvéolos das mamas, mas não flui 
facilmente dos alvéolos para o sistema de 
d u c t o s e , p o r t a n t o , n ã o v a z a 
continuamente pelos mamilos. 
- o leite precisa ser ejetado dos alvéolos 
para os ductos, antes de o bebê poder 
obtê-lo. 
Essa ejeção é causada por um reflexo 
neurogênico e hormonal combinado, que 
envolve o hormônio hipofisário posterior 
ocitocina. 
- Quando o bebê suga, ele não recebe 
quase nenhum leite por mais ou menos 
30 segundos. 
Primeiramente, é preciso que 
1. impulsos sensoriais sejam transmitidos 
através dos nervos somáticos dos 
mamilos para a medula espinal da 
mãe e, então, para o seu hipotálamo. 
2. No hipotálamo desencadeiam sinais 
neurais que promovem a secreção de 
ocitocina, ao mesmo tempo em que 
causam secreção de prolactina. 
3. A ocitocina é transportada no sangue 
para as mamas, onde faz com que as 
células mioepiteliais (que circundam as 
paredes externas nos alvéolos) se 
contraiam, assim transportando o leite 
dos alvéolos para os ductos, sob uma 
pressão de +10 a 20 mmHg. 
4. Em seguida, a sucção do bebê fica 
efetiva em remover o leite. Assim, 
dentro de 30 segundos a 1 minuto 
depois que o bebê começa a sugar, o 
leite começa a fluir. 
O ato de sugar uma mama faz com que 
o leite flua não só naquela mama, mas 
também na oposta. 
É especialmente interessante que, quando 
a mãe pensa no bebê ou o escuta 
3
chorar, muitas vezes isso proporciona 
um sinal emocional suficiente para o 
hipotálamo provocar a ejeção de leite. 
Inibição da ejeção de leite 
Vem de fatores psicogênicos ou até 
mesmo a estimulação generalizadado 
sistema nervoso simpático em todo o 
corpo materno, isso pode inibir a secreção 
de ocitocina e, consequentemente, 
deprimir a ejeção de leite. 
Por essa razão, muitas mães devem ter 
um período de ajuste após o nascimento, 
sem transtornos para obter sucesso na 
amamentação de seus bebês. 
GUYTON 
Eixo hipotálamo-hipofisário 
Vários hormônios placentários estimulam 
o desenvolvimento mamário, incluindo o 
estrógeno, a progesterona, o lactogênio 
placentário e uma variante do hormônio do 
crescimento (GH-V). 
O estrógeno age sobre a mama tanto 
direta como indiretamente através do 
aumento da PRL hipofisária materna. O 
estrógeno aumenta a secreção de PRL de 
lactotróficos hipofisários. 
O estrógeno estimula a hipertrofia e a 
proliferação lactotrófica, o que explica o 
aumento de duas vezes do volume da 
hipófise durante a gestação nos seres 
humanos. 
Embora as células epiteliais expressem 
genes que codificam proteínas do leite 
e enzimas envolvidas na produção de 
leite, a progesterona inibe o início da 
p r o d u ç ã o e s e c r e ç ã o d e l e i t e 
(lactogênese). 
Após o parto, a mama humana produz 
colostro, que é enriquecido com proteínas 
antimicrobianas, anti-inflamatórias e com 
baixa taxa de gordura. Na ausência da 
progesterona placentária, a produção 
normal de leite materno ocorre dentro de 
alguns dias. 
GUYTON 
Após o parto, quando os níveis de 
estrogênio e de progesterona diminuem, 
as glândulas produzem quantidades 
maiores de leite que contêm 4% de 
gordura e quantidades substanciais de 
cálcio. As proteínas no colostro e no leite 
incluem imunoglobulinas maternas 
secretadas nos ductos e absorvidas pelo 
epitélio intestinal do bebê, tranferindo 
parte da imunidade da mãe para o bebê 
durante as suas primeiras semanas de 
vida. 
SILVERTHORN 
A ligação entre a sucção do mamilo e a 
secreção de PRL envolve um reflexo 
neuroendócrino no qual a secreção de 
dopamina na eminência mediana é inibida 
(o fator inibidor da liberação de PRL). 
Também é possível que a sucção aumente 
a secreção de hormônios liberadores de 
PRL não identificados. 
BERNE E LEVY 
Referências: 
- Guyton 13 edição 
- Silverthorn 7 edição 
- Berne e levy 7 edição. 
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