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DRENOS, SONDAS E OSTOMIAS Prof: Raquel Giorgete DRENOS Dreno de sucção: Sistema de drenagem fechado!!! Composto por um sistema de drenagem para o pós-operatório. Retirar ar para drenar. • Dreno Portovac • Dreno JP • Dreno Blake DRENOS Dreno de Penrose: • Tubo de látex macio; • Sistema aberto (Permite contato com meio externo) • Luz colabada com extremidade interna simples ou bifurcada. • Utilizado em pós-operatório. • Manter orifício aberto. DRENOS Dreno de tórax: • Dreno com selo d’água; • Dreno tubular; • Tem a função de realizar a drenagem pleural ou mediastinal destinando-se à retirada de conteúdo líquido e/ou gasoso da cavidade torácica; • Oscilante; • Pneumotórax, hemotórax, pós-operatório de toracotomias. CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM DRENOS TODOS • Clampear o dreno para que não haja entrada de ar; • Término da manipulação soltar o clampe; • Realizar curativo diariamente; • Atentar no risco de vazamentos e /ou risco de desconexão; • Avaliar a pele em volta do dispositivo (hipermia, calor, dor, edema, presença de lesões por dispositivos médicos ou adesivos); • Avaliar do volume e do aspecto drenado. DRENO DE TORAX • Trocar selo dágua a a cada 12-24 horas; • Verificar a oscilação na coluna líquida: deve subir na inspiração e descer na expiração; • Manter a cabeceira de leito relativamente elevada, para facilitar a drenagem; • Manter abaixo da altura do orifício; • Avaliar do volume e do aspecto drenado. MATERIAIS DE CURATIVO: Sistema de drenagem aberto: Gaze/Soro fisiológico. Maneira Asséptica. • Limpar o óstio de inserção e depois o dreno; • Secar a incisão e as laterais com gaze estéril. • Ocluir o dreno mantendo uma camada de gaze entre o dreno e a pele; • Quando ocorrer hipersecreção colocar bolsa simples para colostomia. Sistema de drenagem fechado:Gaze/Soro fisiológico. Maneira Asséptica. • Limpar o local de inserção do dreno ou cateter,; • Secar o local de inserção do dreno ou cateter com gaze estéril; • Ocluir o local de inserção com gaze estéril, fita micropore. OSTOMIAS Colostomia: abertura no intestino grosso para saída de fezes ou urina e fezes; Ileostomia: abertura no intestino delgado (fino) para saída de fezes; Urostomia: um pedaço do intestino delgado é conectado ao ureter para saída de urina; Gastrostomia: comunicação do estômago com o meio exterior; Traqueostomia: abertura da parede anterior da traqueia, fazendo uma comunicação dela com o meio externo. CURATIVO DE TQT: CURATIVO DE TQT: 1) Calçar luvas limpas; 2) Retirar a cânula interior e colocá-la em um recipiente com água e sabão por 5 minutos; 3) Aspirar o interior da cânula externa com um aspirador de secreções. Caso não tenha um aspirador de secreções, pode- se injetar 2 mL de soro fisiológico para o interior da cânula externa, provocando tosse e ajudando a retirar as secreções acumuladas nas vias respiratórias; 4) Colocar uma cânula interior limpa e esterilizada; 5) Esfregar a cânula interna suja, por dentro e por fora, usando uma esponja; 6) Colocar a cânula suja em água fervente por cerca de 10 minutos; 7) Secar a cânula com compressas esterilizadas e guardar em um recipiente desinfectado com álcool, para ser utilizada na próxima troca. 8) A superfície almofadada deve ser removida e deve-se limpar a pele à volta da traqueostomia com um pouco de soro fisiológico. Curativo de Urostomias, Ileostomias e Colostomias: 1) Remover o dispositivo anterior adequadamente; 2) Verifique se a pele periestomal está limpa e seca antes de colar a placa; 3) Proteger a pele periestomal com as barreiras protetoras na pele ao redor do estoma; 4) Utilizar pastas protetoras de pele caso seja necessário, pastas compostas por hidrocolóides. Essa pasta também realiza preenchimentos em regiões onde a placa não adere bem; 5) Ajustar corretamente a bolsa ou placa. O recorte do equipamento deve ser feito no tamanho e formato exato do estoma, não devendo ficar nenhum pedaço de pele exposto; SONDAS • Sonda Enteral; • Sonda Gástrica; • Sonda Vesical de Demora; • Sonda Vesical de Alívio. SONDAS Sonda Enteral: • Inserida da boca até a primeira porção do intestino; • Usada para alimentação e a administração de medicamentos em pessoas que não conseguem engolir ou se alimentar normalmente; • Limpe diariamente a parte externa da sonda com gaze, água e álcool a 70% ou sabonete suave. Seque bem; • Cuidado para não puxar a sonda acidentalmente; SONDAS Sonda Gástrica: • Utilizada com a finalidade de descompressão gástrica; • Diagnosticar a motilidade intestinal; • Administrar medicamentos e alimentos; • Tratar uma obstrução ou um local com sangramento; • Obter conteúdo gástrico para análise. SONDAS • Sonda Vesical de Demora: Indicada quando para promover o esvaziamento constante da bexiga, monitorar o débito urinário, fazer o preparo cirúrgico, realizar irrigação vesical ou para diminuir o contacto da urina com lesões de pele próximas à região genital. • Sonda Vesical de Alívio: Indicada para drenar a urina antes de algum procedimento médicos ou para alívio imediato em pessoas com paralisia e retenção urinária crônica. SONDAS Gastrostomias/ Jejunostomias • Administrar alimentos e líquidos; • Na GASTROSTOMIA, um tubo (sonda ou cateter) é colocado no estômago e fica acessível através da pele do abdome; • Na JEJUNOSTOMIA, um tubo é colocado no intestino para alimentação, quando o paciente apresenta alguma dificuldade no estômago impossibilitando a alimentação via oral e pela gastrostomia. MATERIAIS SONDAGEM VESICAL Sondagem de Alívio: • Material para higiene íntima: gazes não estéreis; sabão líquido neutro; água morna; luva de procedimento. • Cateter uretral de Nélaton, descartável e estéril; • Um par de luvas de procedimento; • Um par de luvas estéril; • Um pacote de gaze; • Máscara cirúrgica, óculos e avental de procedimento; • Um kit de sondagem vesical: cuba-rim; cúpula; pinça cheron; campo estéril (0,75 m × 0,75 m); • Anestésico em gel estéril; • Antisséptico aquoso (solução de clorexidina aquosa 0,2%). Sonda Vesical de Demora: • Cateter vesical de Foley estéril, duplo lúmen (12 a 16 Fr para adultos; 6 a 10 Fr para crianças); • Coletor de urina de sistema fechado; • Duas seringas de 20 mLluer slip; • 20 mLde água destilada; • Uma agulha 40/12 mm; • Anestésico em gel estéril de uso único; • Antisséptico degermante (solução de clorexidina degermante 2%); • Solução fisiológica 0,9%; • Antisséptico aquoso (solução de clorexidina aquosa 0,2%); • Fita adesiva ou fixador de sonda • Um par de luvas de procedimento; • Um par de luvas estéril; • Um pacote de gaze (10 unidades); • Máscara cirúrgica, óculos e avental de procedimento; • Uma comadre não estéril; • Kit de sondagem vesical: uma cuba-rim, uma cúpula, uma pinça cheron, um campo estéril (0,75 × 0,75 m). PASSO A PASSO SONDAGEM VESICAL 1. Reunir todo o material necessário; 2. Colocar luvas e lavar a região íntima da pessoa; 3. Lavar as mãos; 4. Abrir o pacote de cateterismo junto à pessoa, de forma estéril; 5. Abrir o pacote da sonda e colocar junto à cuba, sem contaminar; 6. Colocar o lubrificante sobre uma das gazes do pacote; 7. Pedir para que a pessoa fique de barriga para cima, com as pernas abertas para o sexo feminino e as pernas juntas, para o sexo masculino; 8. Calçar as luvas esterilizadas; 9. Lubrificar a ponta da sonda; 10. Para o sexo feminino, fazer a anti-sepsia com a pinça montada, separando os pequenos lábios com o polegar e o indicador, passar uma gaze molhada de anti-séptico entre os grandes e pequenos lábios e sobre o meato urinário; 11. Para o sexo masculino, fazer anti-sepsia na glande com a pinça montada com gaze umedecida no anti-séptico, afastando com o polegar e o indicador da mão esquerda o prepúcio que cobre a glande e no meatourinário; 12. Pegar a sonda com a mão que não entrou em contato com a região íntima e introduzir na uretra, e deixar a outra extremidade dentro da cuba, verificando a saída da urina; 13. Inflar o balão da sonda com 10 a 20 mL de água destilada (sonda de demora). 14. Fixar a sonda. MATERIAL SONDAGEM ENTERAL SONDAGEM GÁSTRICA: • Sonda gástrica (mulher Fr14 a Fr16, homem Fr16 a Fr18); • Seringa de 20ml; • Gaze; • Soro fisiológico ( 1 ampola); • Toalha de rosto; • Cuba rim; • Lidocaína gel ou lubrificante hipoalergênico; • Fita adesiva; • Estetoscópio; • Luvas de procedimento; • Sacos para lixo SONDAGEM ENTERAL: • Sonda enteral com fio guia (mandril); • Seringa de 20 ml; • Copo com água; • Gaze; • Benzina; • Toalha de rosto; • Xylocaína gel; • Fita adesiva; • Estetoscópio; • Luvas de procedimento; • Sacos para lixo. PASSO A PASSO SONDAGEM ENTERAL E GÁSTRICA 1. Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º); 2. Proteger a região torácica com a toalha e limpar as narinas com gaze; 3. Limpar o nariz e a testa com gaze e soro fisiológico para retirar a oleosidade da pele; 4. Medir a sonda da ponta do nariz ao lobo da orelha e dela até à base do apêndice xifoide; 5. Marcar com adesivo ou fita micropore; 6. Calçar as luvas; 7. Injetar água dentro da sonda (enteral); 8. Lubrificar a sonda com xilocaína gel; 9. Flexionar a cabeça do paciente para frente e para baixo, para fechar a glote obstruindo a traqueia e abrindo a passagem pelo esôfago; 10. Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta, até a marca do adesivo; 11. Aguardar a migração da sonda para duodeno, encaminhar ao Raio-X para confirmação do local da sonda; 12. Retirar o fio-guia após a passagem correta (sonda enteral); 13. Para verificar se a sonda está no local: Injetar 20ml de ar na sonda e auscultar com estetoscópio, na base do apêndice xifóide, para ouvir ruídos hidroaéreos. Ver fluxo de suco gástrico aspirando com a seringa de 20ml. Colocar a ponta da sonda no copo com água, se tiver borbulhamento está na traquéia. Deve ser retirada.