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UNIVERSIDADE PAULISTA
 
ISABELLA DOS SANTOS CIPRESSO BORGES
JESSICA HAYNNA BARBOSA LISBOA
 
 
 
 
 
 
 
 
REGISTRO DE IMÓVEIS
Funcionalidade do registro de imóveis nos atos jurídicos
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sâo José dos Campos
2022
ISABELLA DOS SANTOS CIPRESSO BORGES
JESSICA HAYNNA BARBOSA LISBOA
 
 
 
 
 
 
 
 
REGISTRO DE IMÓVEIS
Funcionalidade do registro de imóveis nos atos jurídicos
 
 
Conceitos sobre ao funcionamento teórico e
pratico do cartório de registro de imóveis no Brasil.
Curso de Gestão de Serviços Jurídicos, Notariais e
Registro como requisito parcial para a
 
 
 
 
Orientador:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sâo José dos Campos
2022
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar um estudo sobre a
funcionalidade do registro de imóveis no Brasil e suas características, visto que é um
assunto de grande importância, porque em geral, as pessoas não possuem um
conhecimento sobre o que é um cartório de registro de imóveis, qual a diferença
entre registro e matrícula, para que serve qual o prazo, qual o valor, até que se torne
necessário se dirigir a um cartório registral, por algum motivo, e aí surgem as
dúvidas citadas e muitas outras, que serão abordadas. 
A partir destas informações, será apresentado e explicado dentro do presente tema,
o significado de registro de imóveis, qual a finalidade do registro de imóveis, qual a
diferença entre escritura e registro, entre outras. 
Palavras-chave: Registro, cartório, imóvel, escritura, matrícula
1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
2.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
2.1.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4
 QUE É UM REGISTRO DE IMÓVEL? 5
FINALIDADE DO REGISTRO DE IMÓVEL 5
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA REGISTRAR UM IMÓVEL 6
DIFERENÇA ENTRE ESCRITURA E REGISTRO DE IMÓVEL 7
DIFERENÇA ENTRE REGISTRO DE IMÓVEL E MATRÍCULA 9
FUNCIONALIDADE DO REGISTRO DE IMÓVEL EM CARTÓRIO 11
PRAZO PARA CONFECÇÃO DO REGISTRO DE IMÓVEL 12
CUSTOS DE UM REGISTRO DE IMÓVEL 13
SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTROS 14
SISTEMA REGISTRAL NO BRASIL 15
PRINCÍPIOS DA REGÊNCIA DOS SERVÇOS DE REGISTRO 16
CONDUTA ÉTICA DE NOTÁRIOS E REGISTRADORES 17
CONCLUSÃO 18
REFERÊNCIAS 19
1 INTRODUÇÃO
O cartório de registro de imóveis é o repositório de todas as informações dos
imóveis da circunscrição imobiliária na qual ele pertence, registro é o ato de
determinar quem é o proprietário legal de um imóvel, informando também os antigos
proprietários e os valores do imóvel nas determinadas épocas de sua transferência
de titularidade. O registro informa toda situação de determinado imóvel, pois contem
todo seu histórico, a partir do dia da efetuação de seu registro. 
Competem ao titular do imóvel todas as responsabilidades civis e fiscais de
sua propriedade, que, de acordo com legislação brasileira, institui obrigações legais
ao titular. Portanto o registro de imóveis é um órgão extrajudicial que auxilia na
organização e administração nas matrículas dos imóveis de determinada
circunscrição. 
Cabe ao cartório de registro de imóveis a qualificação e registro de
titularidade na matricula do imóvel, de forma ampla, pois a titularidade de um imóvel
pode ocorrer através de ofícios, sentenças, escrituras, cédulas de credito, ofícios e
certidões. 
De maneira geral o Cartório de registro de imóveis é responsável por toda
administração de títulos extrajudiciais e judiciais. Não apenas a titularidade um
imóvel, mas também diversos documentos e títulos que necessitam de registro para
obter sua publicidade. 
 
 
 
 
 
 
4
2 QUE É UM REGISTRO DE IMÓVEL?
O registro de imóvel é o documento oficial que determina o atual dono do
imóvel, o registro é anexado em sua matricula, completando o histórico geral do
imóvel. É um ato publico, ou seja, qualquer pessoa pode representar um terceiro
para realizar o devido registro. 
Ao realizar o registro do imóvel, pessoas e empresas podem efetuar
empréstimos usando seus títulos de propriedades como garantia, ou seja, ao
requerer determinado valor de empréstimo para as instituições financeiras, podemos
deixar como garantia de pagamento a transferência da posse do imóvel para a
instituição. 
É importante ressaltar que a verdadeira transmissão da aquisição do imóvel é
realizada em cartório, com o registro de imóvel efetivado pelo órgão publico, pois
com somente o contrato de compra e venda, por exemplo, a pessoa é somente
detentora da posse do imóvel e após a transmissão e registro na matriculam, será
detentora da posse e também da propriedade. 
 
2.1 FINALIDADE DO REGISTRO DE IMÓVEL
De acordo com a ONR (Operador Nacional do Sistema de Registro Eletrônico
de Imóveis) 
“O Registro de Imóveis do Brasil (RIB) tem a missão de fomentar, aprimorar e
modernizar os serviços prestados pelos oficiais de registro, a quem incumbe garantir
e proteger o direito à propriedade imobiliária em todo o país.” 
Ao analisarmos o ato de registro, baseando-se na Lei Nº 6015, de 31 de
Dezembro de 1973 (Lei de Registros Públicos), em seu primeiro artigo: 
Art. 1º Os serviços concernentes aos Registros Públicos, estabelecidos pela
legislação civil para autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos, ficam
sujeitos ao regime estabelecido nesta Lei. 
Já o artigo 167 da referida Lei, enumera os atos que são praticados no
Registro de Imóveis, dividindo-os em duas espécies: os registros e as averbações. 
Os registros criam, instituem, declaram e transferem direitos reais sobre bens
imóveis, como a compra e venda, o usufruto, a arrematação de bens imóveis por
leilão, entre outras. 
Já as averbações alteram a situação jurídica criada pelo registro, seja em
relação à pessoa titular do direito real ou ao imóvel; por exemplo, a alteração do
estado civil e o cancelamento de hipoteca. 
5
Ou seja, o registro de imóvel tem como finalidade administrar todos os
imóveis dentro de sua circunscrição, para evitar a desordem de titularidade. 
 
2.1.1 DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA REGISTRAR UM IMÓVEL
Para registrar um imóvel, são necessários os seguintes documentos: 
• Comprador e Vendedor; 
• CPF das partes; 
• Documento de identificação; 
• Certidão de nascimento ou casamento (se for o caso), com data de
expedição de até 90 dias; 
• Endereço completo e profissão; 
• Matrícula (atualizada em 30 dias) 
• Certidõesnegativas de ônus, ações e negativa de débitos municipais; 
• Certidão de cadastro no Município com valor venal; 
• Escritura pública; 
• Carta de quitação, quando for o caso. 
Em caso de registro por sentença ou ofício, a parte deve comparecer ao
cartório com toda documentação supracitada junto à sentença arbitral ou judicial em
mãos. 
6
3 DIFERENÇA ENTRE ESCRITURA E REGISTRO DE IMÓVEL
A diferença entre escritura e registro é bem simples de entender, pois para
transferirmos um imóvel dependemos de um ato autentico legal ao negócio, que é
realizado através da escritura pública, sem ela o ato não possui fé jurídica, ou seja,
não é valido para fins legais. 
A escritura publica trata-se do documento onde é manifestada a vontade do
atual dono do imóvel de vender, doar, permutar, hipotecar ou alienar. 
A escritura pública deve ser feita em Cartório de Notas, e validade necessita
da assinatura dos respectivos representantes legais (Escreventes e Oficiais de
cartório) e das partes pertinentes para realização do ato segundo a Lei nº 4.380, de
21 de agosto de 1964, artigo 61: 
“Art. 61. Para plena consecução do disposto no artigo anterior, as escrituras
deverão consignar exclusivamente as cláusulas, têrmos ou condições variáveis ou
específicas. 
§ 1° As cláusulas legais, regulamentares, regimentais ou, ainda, quaisquer
normas administrativas ou técnicas e, portanto, comuns a todos os mutuários não
figurarão expressamente nas respectivas escrituras. 
§ 2° As escrituras, no entanto, consignarão obrigatòriamente que as partes
contratantes adotam e se comprometem a cumprir as cláusulas, termos e condições
a que se refere o parágrafo anterior, sempre transcritas, verbum ad verbum, no
respectivo Cartório ou Ofício, mencionado inclusive o número do Livro e das fôlhas
do competente registro. 
§ 3° Aos mutuários, ao receberem os respectivos traslados de escritura, será
obrigatòriamente entregue cópia, impressa ou mimeografada, autenticada, do
contrato padrão constante das cláusulas, têrmos e condições referidas no parágrafo
1° dêste artigo. 
§ 4° Os Cartórios de Registro de Imóveis, obrigatòriamente, para os devidos
efeitos legais e jurídicos, receberão, autenticadamente, das pessoas jurídicas
mencionadas na presente Lei, o instrumento a que se refere o parágrafo anterior,
tudo de modo a facilitar os competentes registros. 
§ 5º Os contratos de que forem parte o Banco Nacional de Habitação ou
entidades que integrem o Sistema Financeiro da Habitação, bem como as
operações efetuadas por determinação da presente Lei, poderão ser celebrados por
instrumento particular, os quais poderão ser impressos, não se aplicando aos
mesmos as disposições do art. 134, II, do Código Civil, atribuindo-se o caráter de
escritura pública, para todos os fins de direito, aos contratos particulares firmados
pelas entidades acima citados até a data da publicação desta Lei. (Incluído pela Lei
nº 5.049, de 1966). 
7
§ 6º Os contratos de que trata o parágrafo anterior serão obrigatòriamente
rubricados por todas as partes em tôdas as suas folhas. (Incluído pela Lei nº 5.049,
de 1966). 
§ 7º Todos os contratos, públicos ou particulares, serão obrigatòriamente
transcritos no Cartório de Registro de Imóveis competente, dentro do prazo de 15
(quinze) dias, a contar da data de sua assinatura, devendo tal obrigação figurar
como cláusula contratual. (Incluído pela Lei nº 5.049, de 1966).” 
O registro é a parte final, que oficializa a transferência entre donos do bem,
após entregar a escritura ao cartório de registro, a mesma ficará armazenada na
matricula pertinente ao imóvel. Em caso de alienação de imóvel, o registro só poderá
ser feito após a quitação da divida, ou seja, ao final do pagamento o comprador terá
seu nome registrado no imóvel. 
8
4 DIFERENÇA ENTRE REGISTRO DE IMÓVEL E MATRÍCULA
O registro do imóvel é um documento retirado em cartório, que traz a
informação de quem é o proprietário legal do bem, além de informar se a
propriedade está sendo transferida de uma pessoa para outra. 
O registro deve constar na matrícula do imóvel e deve ser retirado após a
assinatura do contrato de compra e venda do imóvel, que confirma a negociação
que foi efetivada, quando for o caso. Dessa forma, também é realizada a
transferência de propriedade do bem. 
Cumpre ressaltar que a propriedade só é de fato de alguém, após o registro
na matrícula da transferência. 
As informações obrigatórias que constam em um registro de imóveis são: 
• Data do registro; 
• Nome, domicílio, nacionalidade do comprador do imóvel e também do
vendedor; 
• Documentos pessoais de identificação, estado civil, profissão, número do
CPF, de ambas as partes caso seja pessoa física; 
• Sede social e número da inscrição do CNPJ, caso seja pessoa jurídica; 
• Forma do título, procedência e caracterização; 
• Valor do contrato ou da dívida, bem como prazos e condições, incluindo
sempre os juros, caso haja essa taxa. 
Já a matrícula de um imóvel é considerada uma “certidão de nascimento” do
imóvel, pois contém todas as informações necessárias para identificação jurídica da
propriedade e possui numeração própria, a qual é identificada por este numero. Para
cada imóvel deve ser aberta uma matrícula com numeração, dentro do cartório
responsável pela circunscrição imobiliária onde está localizado o imóvel, não sendo
possível ser aberto em qualquer cartório. 
Na matrícula, ficam registrados todos os acontecimentos ao imóvel, e contém
todas as informações, como: 
• Número da matrícula; 
• Data abertura; 
• Identificação do imóvel, caso seja rural ou urbano, juntamente com sua
localização completa e medição; 
• Nome, domicílio, estado civil, profissão e CPF do proprietário, caso seja
pessoa física; 
• Sede social e número da inscrição do CNPJ do proprietário, caso seja
pessoa jurídica; 
• Número do registro anterior; 
Cumpre ressaltar que na matrícula o imóvel também consta quem foram os
9
proprietários antigos e quem é o atual, se já houve alguma movimentação, hipoteca,
penhora, construção, demolição ou inventário, além do número de cadastro da
propriedade na Prefeitura Municipal. 
Portanto, diferença desses documentos é que a matrícula é um documento
completo do imóvel, e que possui todas as informações necessárias sobre o bem. Já
o registro diz sobre a posse do imóvel, efetivando, de fato, a transferência entre os
proprietários. 
10
5 FUNCIONALIDADE DO REGISTRO DE IMÓVEL EM CARTÓRIO
Após ter feito a escritura pública, seja para compra e venda, doação, permuta,
ou qualquer ato notarial que permita alteração na matrícula do imóvel, ou então após
oficio judicial ou quitação de um financiamento, é necessário comparecer ao registro
de imóveis para prosseguir com os atos. A transferência de propriedade só é
concluída com a devida alteração das disposições contidas na matrícula do imóvel a
fim de excluir o nome do vendedor ou transmitente, e incluir o do comprador, ou o
próximo proprietário do imóvel. 
O comprador deve levar para o cartório a escritura, ITBI pago, e toda a
documentação necessária e dar entrada, e realizar o pagamento. No caso de
quitação de financiamento, é necessário levar a carta de quitação para dar baixa na
matrícula. 
O cartório procede com o registro dentro do prazo dado e é aberta uma
prenotação até que seja concluído. 
11
6 PRAZO PARA CONFECÇÃO DO REGISTRO DE IMÓVEL
Seguindo a LRP (Lei de Registros Públicos) – Lei nº 6015, de 31 de
Dezembro de 1973 
“Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências. 
Art. 188. Protocolizado o título, proceder-se-á ao registro ou à emissão de
nota devolutiva, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data do protocolo, salvo nos
casos previstos no § 1º deste artigo e nos arts. 189, 190, 191 e 192 desta Lei.
(Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022) 
§ 1º Se não houver exigências ou falta de pagamento de custas e
emolumentos, deverão ser registrados, no prazo de 5 (cinco) dias: (Incluído pela Lei
nº 14.382, de 2022) 
I - as escrituras de compra e venda sem cláusulasespeciais, os
requerimentos de averbação de construção e de cancelamento de garantias;
(Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) 
II - os documentos eletrônicos apresentados por meio do Serp; e (Incluído
pela Lei nº 14.382, de 2022) 
III - os títulos que reingressarem na vigência da prenotação com o
cumprimento integral das exigências formuladas anteriormente. (Incluído pela Lei nº
14.382, de 2022) 
§ 2º A inobservância do disposto neste artigo ensejará a aplicação das penas
previstas no art. 32 da Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, nos termos
estabelecidos pela Corregedoria Nacional de Justiça do Conselho Nacional de
Justiça. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)” 
De maneira geral, em casos concretos, os registro públicos tem o prazo de 5
(Cinco) dias úteis para serem registrados e arquivados, antes da alteração da lei o
prazo para entrega de um registro era de até 30 (Trinta) dias corridos. 
 
 
 
12
7 CUSTOS DE UM REGISTRO DE IMÓVEL
As custas para um registro de um imóvel variam de acordo com o valor do
mesmo, estipulado pela prefeitura da circunscrição imobiliária. A base para tais
medidas foi fundamentada pela Lei no 10.169, de 29 de dezembro de 2000 em seu
primeiro parágrafo: 
“Art. 1o Os Estados e o Distrito Federal fixarão o valor dos emolumentos
relativos aos atos praticados pelos respectivos serviços notariais e de registro,
observadas as normas desta Lei. 
Parágrafo único. O valor fixado para os emolumentos deverá corresponder ao
efetivo custo e à adequada e suficiente remuneração dos serviços prestados.” 
Seguindo esse principio, os estados estipularam por lei a tabela de custas dos
atos de registro de imóvel. Em São Paulo, a Lei nº 11.331, de 26 de dezembro de
2002 estipula os preços dos atos praticados para um registro de imóvel, com
correção anual. 
13
8 SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTROS
O sistema registral, é posterior e mais moderno que o sistema notarial. 
Os serviços notariais estão regidos pelos seguintes artigos: 
Art. 1º, da Lei 6.015/73 
Art. 1º Os serviços concernentes aos Registros Públicos, estabelecidos pela
legislação civil para autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos, ficam
sujeitos ao regime estabelecido nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 6.216, de
1975) 
§ 1º Os Registros referidos neste artigo são os seguintes: (Redação dada pela
Lei nº 6.216, de 1975) 
I - o registro civil de pessoas naturais; (Redação dada pela Lei nº 6.216, de
1975) 
II - o registro civil de pessoas jurídicas; (Redação dada pela Lei nº 6.216, de
1975) 
III - o registro de títulos e documentos; (Redação dada pela Lei nº 6.216, de
1975) 
IV - o registro de imóveis. (Redação dada pela Lei nº 6.216, de 1975) 
§ 2º Os demais registros reger-se-ão por leis próprias. 
(...) 
 Art. 1º, da Lei 8.935/94: 
 Art. 1º Serviços notariais e de registro são os de organização técnica e
administrativa destinados a garantir a publicidade, autenticidade, segurança e
eficácia dos atos jurídicos. 
14
9 SISTEMA REGISTRAL NO BRASIL
O registrador é um profissional de direito que possui fé pública, fiscalizado
pelo Poder Judiciário, conforme art. 37 da Lei 8.935/94, por mais que os serviços
sejam exercícios em caráter privado. 
A frente desses serviços (“cartórios”), sempre está um delegatário. Agente
delegado esse que é pessoa física que, ingressa por concurso público, exerce
profissionalmente as atividades notariais e de registro. Também, devendo possuir o
curso superior em Direito. Desse modo, evitando que a delegação seja outorgada a
pessoas que não possuam o conhecimento jurídico formal. 
O sistema registral imobiliário brasileiro presume ser proprietário do imóvel a
pessoa em que nele figura nessa situação. Isso significa que o registro pode ser
alterado, caso um interessado demonstre que a pessoa que figura como proprietária
do imóvel no registro não é a verdadeira proprietária. Por isso se diz que nosso
sistema adota o princípio de que o registro é relativo e não absoluto. 
15
10 PRINCÍPIOS DA REGÊNCIA DOS SERVÇOS DE REGISTRO
Os serviços de registro são regidos pelos seguintes princípios: 
• O principio da publicidade no direito registral, diz sobre a transparência, de
forma que não deve existir os elementos da dúvida ou ambigüidade. Por essa razão,
todos os hábitos registrais são públicos. 
Conforme ensinamento de Álvaro Melo Filho: 
[...] como um sinal exterior, ou meio legal de publicidade, em garantia dos
direitos com relação aos seus titulares e à validade de seus efeitos, relativamente a
terceiros. Os registros são feitos para ficar à disposição do público e visam a
amparar o crédito em geral e prevenir fraudes, além da garantia natural que
outorgam aos negócios. (MELO FILHO, 1986). 
• O principio da inscrição diz sobre a necessidade da comunicação, que é
trata-se do assento feito no cartório, ou seja, o ato de trasladar para os livros, visto
que a inscrição tem o efeito constitutivo, que instaura o direito ou sua oneração. 
• Principio da fé publica, que é o fato de que o agente delegado que pratica
um ato, possui a crença de que constitui em verdade e legitimidade pública,
presunção de veracidade. 
• Principio da prioridade garante que não haja contradição, pois protege o que
primeiro registra um imóvel. 
• Principio da especialidade diz que todo registro deve ser feito de forma
individualizada, determinando todos os dados específicos, características, e outros
dados. 
• Principio da legalidade, que diz sobre a impossibilidade do cartório registrar
um titulo invalido, de forma que em caso de alguma situação jurídica, a situação
registral deve ser plenamente confiável. 
• Principio da continuidade tem como finalidade impedir que qualquer que não
seja titular disponha do direito e confira identidade ao registro e à realidade jurídica
que ele possui. 
16
11 CONDUTA ÉTICA DE NOTÁRIOS E REGISTRADORES
Para o caso dos notários e registradores, há um Código de Ética a ser
seguido, como parte integrante do estatuto do Colégio Notarial do Brasil – Conselho
Federal, Associação dos Notários e Registradores do Estado de São Paulo
(ANOREG/SP). 
O código mencionado diz sobre a conduta a ser tomada pelos notários e
registradores, seus deveres, proibições, e as sanções disciplinares no caso de
violação as normas propostas. O Conselho de ética possui competência para julgar
os processos por infração disciplinar. 
Cumpre informar que para tipo de cartório, seja notarial, seja registral, possui
também o seu próprio código de ética. 
17
12 CONCLUSÃO
Diante do estudo realizado, conclui-se que o registro de imóveis é
fundamental para os atos da vida civil, pois abrange tudo o que envolve os imóveis e
para a segurança do negócio jurídico, desde a compra de um imóvel seja de pessoa
jurídica para pessoa física e vice-versa, seja entre pessoas físicas, seja um
financiamento do imóvel, doação, partilha no caso de inventário, hipoteca, bloqueio
judicial, entre outros. 
É importante observar quais são os procedimentos a serem feitos para a
execução dos atos, bem como toda a documentação necessária. Além disso, a
matrícula do imóvel é um documento de suma importância para cada imóvel, de
forma que demonstra todo o histórico do imóvel e segurança aos atuais e futuros
proprietários do mesmo. 
Cabe dizer que a partir do efetivo registro na matrícula sobre o ato realizado é
que a pessoa que adquire um imóvel é efetivamente proprietária, pois até então,
possui somente a posse e não a propriedade de fato. 
Ademais, os registradores possuem fé publica e devem seguir todas as regras
do Código de Ética e garantir a seguridade nos atos praticados, pois há presunção
da verdade e segurança jurídica em seus atos. 
 
 
 
 
18
REFERÊNCIAS
ANOREG. ESTATUTO DA ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES
DO ESTADO DE SÃO PAULO. anoregsp.org.br. 2020. Disponível em:
https://www.anoregsp.org.br/paginas/31/estatuto. Acesso em: 28 nov. 2022.
BRASIL. Constituição. República Federativa do Brasil de 1988. LEI No 601, DE 18
DE SETEMBRO DE 1850.. Brasília,DF. Senado Federal, 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l0601-1850.htm. Acesso em: 28 nov. 2022.
BRASIL. Constituição. República Federativa do Brasil de 1988. LEI Nº 4.380, DE 21
DE AGOSTO DE 1964.: Artigo 61. Brasília, DF. Senado Federal, 1988. Disponível
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