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Bacteriófagos - Bactéria _ Fago - infectam bactérias (classificação onde não havia os domínios Archaea) - Vírus → bactérias → lise. - Parasitas intracelulares obrigatórios que faz uso da maquinaria biossintética do hospedeiro (bactéria. - Formam um grupo diverso de vírus - Alguns com estrutura complexa - Coletivamente → a maioria dos organismos no planeta terra - Cerca de 1031 vírions de fagos com cauda no planeta. - Renovados a cada 4 ou 5 dias → 1024 infecções produtivas por segundo. Importância dos bacteriófagos - Regulação da abundância e da distribuição de bactérias no ambiente. - São uma das forças motrizes da evolução bacteriana - pressão seletiva. - Modelos para: > estudo da estrutura de vírus de plantas e de animais. > estudo de replicação e de recombinação de DNA, transcrição, tradução e regulação gênica. > estudo do metabolismo, genética e infectividade. - Aplicações: > enzimas e outros produtos codificados por fagos: razão de estudos na biologia molecular. > “phage display” > potencial terapêutico contra infecções bacterianas > parasito simples → hospedeiro unicelular > estudo com bacteriófagos → importante instrumento na pesquisa da interação parasito vs. hospedeiro. Estrutura geral dos bacteriófagos - primeira imagem de microscopia eletrônica de um bacteriófago. - T4 é um dos mais estudados. - Presença de uma cauda contrátil para fazer a infecção da célula bacteriana. - A cabeça do bacteriófago funciona como uma partícula icosaédricos - Estrutura muito variável. - Vírus filamentosos são de ssDNA. - A maioria dos fagos descobertos são dsDNA com cauda. Vírion de ssRNA icosaédrico - partes do genoma de ssRNA que são utilizadas para montar o capsídio viral. - O processo de replicação se ssRNA (+) → o vírus entra, o +ssRNA começa a sintetizar proteínas. A replicase converte em ssRNA (-) que irá servir de molde para síntese de outros +ssRNA e de proteínas estruturais (capsídeo). Replicação de um vírus de ssDNA - O material genético é duplicado → de uma fita positiva se faz uma negativa. - DNA polimerase faz a ligação, circularizando a cadeia nova - temos a cadeia replicante - a polimerase se liga nesse cadeia replicante e forma o círculo-volante. - Proteínas PV (advinda do mRNA) irão se ligar a esse novo genoma, fazendo com que ele não seja mais replicado, e isso irá servir para o processo de empacotamento do vírus. > elas não saem com o vírus, já que não são proteínas estruturais. Replicação de um vírus de dsRNA - a cadeia negativa vai sofrer transcrição → mRNA → tradução → Proteína viral. Vírion de fago lambda - há uma proteína que se associa funcionando como uma bomba de DNA. - a proteína pega o DNA e começa a envolver até formar uma estrutura bem condensada. Porém em uma determinada sequência de nucleotídeos vem uma enzima de restrição e corta com uma extremidade coesiva. - Quando esse DNA entra na bactéria ele circulariza, porque as extremidades são coesivas e complementares. Sistema com cauda contrátil 1. Liga a um receptor da parede bacteriana 2. Contração da bainha da cauda. Exolisina (se presente no virion) hidrolisa a camada de peptidoglicano. Ejeção do tubo rígido interno - parede celular. 3. Contração completa e ejeção do tubo rígido interno. Abertura do bujão proximal. Fusão com a membrana plasmática. 4. Translocação DNA viral para o citoplasma bacteriano. Sistema de injeção com cauda longa e flexível 1. Ligação a um receptor da parede bacteriana. 2. Ponta da cauda penetra na OM. Exolisina associada ao vírion (se presente) hidrolisa a camada de PPG. 3. Cauda atinge a membrana plasmática da bactéria. 4. Criação (atividade fusogênica) ou uso de um poro hidrofílico para a translocação DNA viral para o citoplasma bacteriano. Sistema de injeção de cauda curta 1. Ligação a um receptor de membrana externa da bactéria (OM) 2. Proteínas de ejeção na cabeça formam um canal que penetra na OM. Exolisina associada a virion (se presente) hidrolisa a camada de PPG. 3. Em bactérias gram negativas, o canal estende-se através da membrana interna (IM). Alguns vírus podem utilizar um receptor de IM. 4. Translocação DNA viral para o citoplasma bacteriano. Classificação dos fagos: fagos virulentos (são líticos - entram, replicam, rebentam a célula e same) e fagos temperados (escolhem entre líticos e lisogênicos). → Ciclo lítico (situação favorável) - O fago adere à célula, injeta seu DNA, começa o processo de replicação do material genético e a síntese de proteínas estruturais. Mais fagos são formados dentro da célula, até que essa estrutura é lisada, liberando os fagos. → Ciclo lisogênico (situação de estresse) - Entrada do material genético do vírus, ele incorpora na forma de profago, e conforme a bactéria replica, o prófago vai sendo replicado também. Dependendo das condições ele pode voltar a ser ciclo lítico também. obs.: Quando há uma super infecção da bactéria (muito vírus para pouca bactéria), o vírus tende a entrar em ciclo lisogênico - A entrada do vírus entra e injeta o material genético. Temos as extremidades coesivas e complementares (cliva no mesmo ciclo de restrição), e dentro da bactéria a DNA ligase vai complementar um pedaço que ficou faltando fazendo com que o DNA fique bem circular. - Uma vez circularizado ele pode fazer a replicação do tipo teta, onde há a duplicação do material genético, depois pode haver uma clivagem, gerando o círculo-rolante. Em um longo período de transcrição há a formação do capsídeo viral e o empacotamento do DNA. - Esse vírus então libera proteínas que permitem com que ele lise a membrana da bactéria e saia da célula. - Por outro lado, dependendo das condições, esse vírus pode gerar proteínas de integração e integrar no genoma da bactéria na forma de prófago. Formas lisogênicas (redutiva): - Ocorre quando há muito vírus para pouca bactéria. - Pode ser lisogênica que é a inserção do material genético do vírus no genoma bacteriano, ou pode ser pseudo-lisogênico que é quando o material genético viral se circulariza e fica em um estado de não replicação. Conforme há a divisão/replicação da bactéria, esse material genético viral também é replicado. Proteína cI e a descoberta da regulação do ciclo lítico ou lisogênico. - Gene responsável pela bactéria entrar no ciclo lítico (formação de halo claro na placa bacteriana) e sair no lisogênico (na placa era visto de uma forma turva na placa bacteriana) - Material genético do vírus entra na bactéria. Assim que ele entra, as extremidades coesivas, atuação da ligase, e a circularização do material genético. - Foi definido que a região onde tem o gene c1 seria a região controladora/reguladora. Nessa região temos promotores fortes: > promotor R (PR) → genes precoce > promotor L (PL) → genes precoce > PRE → genes precoce > PRM → genes precoce > P’R → genes tardios > PI → genes tardios - Quando há preponderância do PR temos o ciclo lítico - Quando há preponderância do PL temos o ciclo lisogênico - Quando o vírus entra na célula e circulariza, o PL vai ser acionado, e vai ser produzido quem tiver a esquerda, a proteína M. Essa leitura não irá continuar porque temos um terminador. - Do lado direito (PR) vai ser produzida a proteína cro, e não contínua devido a presença do terminador. - Proteína M é um anti terminador → liga na polimerase e ignora os terminadores. Então em uma segunda etapa faz-se os genes retardados, então assim que há a produção de N também vai haver a produção de c2, O e P (O e P proteínas importantes no processo de replicação). - Em situação de condição normal da bactéria (sem estresse), a proteína c2 está sendo clivada (ciclo lítico). Caso a bactéria esteja passando por um momento de estresse, essa c2 começa a ser produzida em alta concentração (ciclo lisogênico). - Quando a c2 é produzida ela se liga ao PRE, produzindo a c1 (repressor lambda que age no bloqueando o PR e PL bloqueando, e age no PRM ativando) ↓ [c2] = ↓ [c1] → ciclo lítico funcionando normalmente. ↑ [c2] = ↑ [PRF] = ↑ [c1] →ciclo lisogênico. - cro bloqueia o PRM, inibe o c1, e deixa o PR livre para ser ativado → ciclo lítico Resumindo: Quando entra o material genético do vírus, há a circularização, ocorre o envio de mensageiros para ambos os promotores fortes, ativando-os (PR e PL). Com isso, de princípio temos a síntese de duas proteínas: M (PL) e cro (PR). A proteína M é um anti-terminador, então ela faz com que a polimerase não reconheça o sinal de terminação, e com isso a proteína c3 e c2 sejam produzidas. A proteína c3 é um bloqueador da protease, impedindo que a c2 seja degradada. Com essa alta quantidade de c2, ocorre uma ligação com o promotor tardio PRE, o que promove um aumento de c1 (repressor lambda). Esse repressor age bloqueando os operadores da direita e da esquerda impedindo os genes de serem transcritos, mas liga no promotor, fazendo com que proteínas integrases sejam sintetizadas. Por outro lado, a proteína cro se liga ao PRM, bloqueando o PL, com isso há um bloqueio do repressor c1, o que permite que a quantidade de proteólise fique alta, degradando c2, e isso permite a entrada do vírus no ciclo lítico.
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