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Pesquisa Qualitativa em saúde uma introdução ao tema

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Resumo Cap 6
Pesquisa Qualitativa em saúde: uma introdução ao tema
Em relação as técnicas de pesquisa, as técnicas e os sujeitos não podem ser escolhidos de forma aleatória, e quando realizamos uma pesquisa, utilizar mais de uma técnica supre lacunas. Durante o processo de pesquisa, podemos dividir em: coleta de dados, registro de dados e analise/interpretação dos dados.
Durante a realização da coleta de dados, podemos utilizar, observação participante, entrevista, grupo focal, história de vida, rede de relações, elaboração de desenhos e classificação/ordenação de fotos ou gravuras. Para realização de todas essas técnicas, entender não é a única questão necessária a ser solucionada, precisa ser realizado treinamento para melhor realizar a pesquisa. 
Na observação participante, temos o examinar com todos os sentidos um evento, um grupo de pessoas, um indivíduo dentro de um contexto com o objetivo de descrevê-lo. Não é uma observação comum, já que muitos elementos não podem ser apreendidos simplesmente por meio da fala ou da escrita. Durante essa observação devemos tomar cuidado em estar dentro e fora do evento observado, mesmo que separar a presença do observador seja difícil, já que a presença dele influencia as ações do observado. Durante a observação, temos alguns elementos que podem ser observados, como por exemplo, o ambiente interno e externo, o comportamento das pessoas no grupo, a linguagem verbal e não verbal, os relacionamentos entre as pessoas observadas, a sequência dos eventos que ocorrem, tomando cuidado com a diferença entre observação participante e a pesquisa-ação.
Além da observação, temos o modo de entrevistas, que pode ser uma conversa informal a até um questionário padronizado, variando com o objetivo e o grupo a ser entrevistado. Visando os objetivos, que por sua vez, definem quem pesquisar, qual o conteúdo, número de pessoas, número de entrevistas e o tipo de entrevista. Seguindo os modelos de conversa com os participantes, temos a opção de grupo focal, que são entrevistas realizadas em grupo, que é fundamental que exista um foco, que pode ser um tema especifico, um grupo ou ambos. Também temos a opção de história de vida, que busca compreender a vida do sujeito investigado e traçar com ele uma biografia que descreva a sua trajetória até o momento atual, recuperando experiências, crenças, mitos e tradições, normalmente esse tipo de pesquisa é realizada em vários encontros e depende muito da memória do entrevistado, que pode omitir ou acrescentando fatos.
Podemos utilizar também, rede de relações, que estabelece um conjunto especifico de vínculos entre um conjunto especifico de pessoas, o que interessa aqui, é a organização dessas redes, os intercâmbios realizados e as formas de troca. Temos parentescos ou relações sociais de troca em um grupo definido como tipos específicos de redes de relações. Nessa modalidade é importante observar, o que é trocado, com quem é trocado e quanto é trocado.
Temos a elaboração de desenhos, que é propor aos pesquisados que representem graficamente uma determinada situação ou concepção, é apropriado quando não temos a comunicação oral como algo suficiente para levantarmos as impressões do pesquisado.
Outras duas técnicas são, a classificação de fotos ou gravuras que nos permite observar impressões e percepções dos entrevistados, e a análise de documentos, que é uma boa estratégia para aliar com outras, complementando ou evidenciando novos fatos, normalmente são objetos, documentos oficiais, pessoais ou públicos. 
Fora as técnicas de coleta de dados, temos as técnicas de registro de dados, que como realizado na disciplina, o diário de campo, é o instrumento mais básico de registro de dados, sendo fiel e detalhado de cada visita a campo, registrando de maneira cronológica as atividades, fichando as pessoas envolvidas na pesquisa e coletando anotações de campo que podem ser expandidas. Junto com o diário de campo, temos a síntese de dados, que pode ser uma composição de dados de diferentes origens, sendo o intermediário entre a coleta e a analise final, a síntese de dados pode também ser realizada durante a própria pesquisa, ajudando a retro alimentar e aprimorar questões que talvez foram deixadas de lado no início da pesquisa.
Por fim, temos a analisa de dados e a interpretação dos resultados, que é desenvolvida através da discussão que os temas e os dados suscitam, incluindo referências bibliográficas, modelos teóricos, juízos de valor e deve propor conclusões para os objetivos pesquisados. Apresenta a relação entre as hipóteses e a sua confirmação ou não durante a pesquisa e esse processo final, necessita na maioria das vezes, orientação de pesquisadores mais experientes ou nos cursos formais ou em assessorias técnicas e consultorias nas pesquisas não acadêmicas, para evitar falhas graves, como por exemplo extrapolar o que os dados permitem explicar. 
Referências:
Capítulo 6 - VÍCTORA, Ceres Gomes; KNAUTH, Daniela Riva; HASSEN, Maria de Nazareth Agra. Pesquisa Qualitativa em saúde: uma introdução ao tema. Porto Alegre: Tomo Ed. 2000.

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