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MEP II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período Pesquisa Qualitativa → A pesquisa qualitativa trabalha principalmente com dados em formato de texto, palavras, comunicações de linguagens ou imagens, vídeos e áudios. → Então, esse tipo de dado é diferente de dados que são usados para PESQUISA QUANTITATIVA (dados numéricos e de técnicas de análises estatísticas). → A pesquisa qualitativa é feita com seres humanos (subjetivo). → A pesquisa qualitativa examina evidências baseadas em dados verbais e visuais para entender um fenômeno em profundidade (mais detalhado). → Para isso, a pesquisa qualitativa vai aplicar técnicas de coleta e análise de dados específicas para esse tipo de dado. → A técnica mais utilizada é a entrevista. → O entrevistado tem a liberdade para responder na forma como ele achar melhor, diferente da quantitativa que fica restrito em “sim” ou “não”, por exemplo. → Outra forma de coleta de dados são as anotações de campo: acontece quando o pesquisador vai até o local que está acontecendo o fenômeno, observa e anota tudo o que ocorreu, para evitar o esquecimento. → Os dados são analisados por meio da codificação e categorização. → PASSOS DA PESQUISA QUALITATIVA: 1) Conhecer os termos estruturantes das pesquisas qualitativas: sua matéria é composta por um conjunto de substantivos cujos sentidos se complementam: experiência, vivência, senso comum e ação. E o movimento que informa qualquer abordagem ou análise se baseia em três verbos: compreender, interpretar e dialetizar. 2) Definir o objeto sob a forma de uma pergunta ou de uma sentença problematizadora e teorizá-lo: A indagação inicial norteia o investigador durante todo o percurso de seu trabalho. Sua reflexão analítica, neste momento, orienta-se para o delineamento adequado do objeto no tempo e no espaço: que não deve ser tão amplo que permita apenas uma visão superficial e nem tão restrito que dificulte a compreensão de suas interconexões. 3) Delinear as estratégias de campo: é preciso ter em mente que os instrumentos operacionais também contêm bases teóricas: são constituídos de sentenças (no caso dos roteiros) ou orientações (no caso da observação de campo) que devem guardar estreita relação com o marco teórico, sendo cada um desses elementos um tipo de conceito operativo pensado na teorização inicial. 4) Ir a campo munido de teoria e hipóteses, mas aberto para questioná-las: é preciso imergir na realidade empírica na busca de informações previstas ou não previstas no roteiro inicial. 5) Ordenar e organizar o material secundário e o material empírico e impregnar-se das informações e observações de campo: é preciso investir na compreensão do material trazido do campo, dando-lhe valor, ênfase, espaço e tempo. 6) Construir a tipificação do material recolhido no campo e fazer a transição entre a empiria e a elaboração teórica: é o processo mais denso e intenso, tem por finalidade apropriação da riqueza de informações do campo, tentando não “contaminá-lo” por meio de uma interpretação precipitada. 7) Exercitar a interpretação de segunda ordem. 8) Produzir um texto ao mesmo tempo fiel aos achados do campo, contextualizado e acessível. 9) Assegurar os critérios de fidedignidade e de validade. → DADOS QUALITATIVOS: → O diário de campo é um instrumento utilizado pelos investigadores para registrar/anotar os dados recolhidos susceptíveis de serem interpretados. → É uma ferramenta que permite sistematizar as experiencias para posteriormente analisar os resultados. → O uso do nome “diário” é feito porque esse documento assemelha-se, em seu uso, ao de um diário pessoal. → Já a palavra “campo” é empregada devido a que o uso desse é feito no que é visto como um trabalho de campo: área da natureza ou uma área da cidade, uma sala de aula, etc. → Cada investigador tem a sua própria metodologia na hora de levar o registro do seu diário de campo. → Neste, pode-se incluir ideias desenvolvidas, frases isoladas, transcrições, esquemas. → Importe que é que o investigador possa apontar no diário aquilo que vê/observa ao longo do seu processo de investigação para depois analisar e estudar. → Para a elaboração do diário de campo o investigador faz uso do seu sistema sensorial, ou seja, ele vê e ouve elementos que MEP II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período podem ser ou estarem ligados a: lugares, objetos, pessoas, acontecimento, entre outros. → Os apontamentos tirados no diário de campo não têm necessariamente de retratar a realidade em si, mas antes a realidade vista na ótica do investigador, com suas percepções e a sua cosmovisão. → A subjetividade entra em jogo a partir do momento em que são tirados apontamentos, e não unicamente quando da interpretação. → Por isso, pode-se afirmar que, mesmo que vários investigadores trabalhem em conjunto sobre o mesmo tema, os diários de campo de cada um deles serão totalmente diferentes. → A observação participante é uma das técnicas muito utilizada pelos pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa e consiste na inserção do pesquisador no interior do grupo observado, tornando-se parte dele, interagindo por longos períodos com os sujeitos, buscando partilhar o seu cotidiano para sentir o que significa estar naquela situação. → O ato de observar é um dos meios mais frequentemente utilizados pelo ser humano para conhecer e compreender as pessoas, as coisas, os acontecimentos e as situações. → Observar é aplicar os sentidos a fim de obter uma determinada informação sobre algum aspecto da realidade. → É mediante o ato intelectual de observar o fenômeno estudado que se concebe uma noção real do ser ou ambiente natural, como fonte direta dos dados. → A pesquisa documental é aquela em que os dados obtidos são estritamente provenientes de documentos, com o objetivo de extrair informações neles contidas, a fim de compreender um fenômeno; → É um procedimento que se utiliza de métodos e técnicas para a apreensão, compreensão e análise de documentos dos mais variados tipos; → A pesquisa documental não pode ser confundida com a pesquisa bibliográfica com a qual se assemelha, uma vez que ambas utilizam o documento como objeto de investigação. → O que as diferencia é a fonte, ou seja, a característica do documento: → Primeiro caso, denominam-se de fontes primárias, as quais não receberam nenhum tratamento analítico como relatórios de pesquisas ou estudos, memorandos, atas, arquivos escolares, autobiografias, reportagens, cartas, diários pessoais, filmes, gravações, fotografias, entre outras matérias de divulgação; → Segundo caso, as fontes são secundárias, abrangem toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema,
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