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14/09/2022 Isabela Leal CANDIDÍASE – HISTOPLASMOSE – PARACOCCIDIOIDOMICOSE – CRIPTOCOCOSE – BLASTOMICOSE – MURCOMICOSE - ASPERGILOSE Candida albicans Fatores mecânicos, nutricionais, fisiológicos, sistêmicos e iatrogênicos Diabetes melito não compensado Neoplasia maligna Pacientes imunodeprimidos Antibióticos de amplo espectro Corticosteroide em grandes doses e por longo tempo Candidíase pseudomembranosa Candidíase atrófica ou eritematosa Queilite angular Candidíase hipertrófica, hiperplásica ou leucoplásica Candidíase pseudomembranosa – “sapinho” -Pápulas ou placas branco-amareladas de dimensões diversas, recobrindo área eritematosa e, ás vezes, sangrante -Manobra semiotécnica: remoção por raspagem com gaze, espátula ou abaixador de língua Fig. 6-2 Candidíase Pseudomembranosa. A, Várias placas brancas sobre uma base eritematosa, característica da candidíase pseudomembranosa. B, A remoção de várias placas pseudomembranosas revela uma superfície mucosa levemente eritematosa, mas nenhuma evidência de sangramento. Diagnóstico diferencial: -Queratose irritativa -Leucoplasia -Líquen plano hipertrófico Diagnóstico: -Aspecto clínico da lesão -Exame micológico direto -Citologia esfoliativa biopsia Candidíase atrófica ou eritematosa -Mancha eritematosa, mais comum em usuários de próteses totais (superiores) -É mais comum no palato e no dorso da língua (depapilação) Queilite angular -Mucosa retrocomissural, coloração esbranquiçada, ulcerada ou fissurada, uni ou bilateral, não é removida por raspagem -Idosos portadores de prótese total superior e inferior -Perda da dimensão vertical Candidíase hipertrófica, hiperplásica ou leucoplásica -Rara em mucosa bucal -Pápulas ou placas esbranquiçadas não removíveis por simples raspagem e encontradas nos lábios e na língua 14/09/2022 Isabela Leal Diagnóstico diferencial: -Leucoplasia -Líquen plano em placa -Sífilis secundária Diagnóstico: -Aspecto clínico da lesão -Exame micológico direto -Citologia esfoliativa biopsia -Teste terapêutico Tratamento: -Fatores predisponentes locais ou sistêmicos (doença de base) e iatrogenias -Manutenção da saúde bucal -Lavar a boca ou escovar os dentes depois de usar corticosteroides inalados -Usar bochechos orais com clorexidina -Usuários de próteses totais – devem desinfetá-las, no mínimo 1 vez/dia, com solução aquosa de água sanitária a 10%, por 10 min – enxaguando bem em água corrente -, ou de clorexidina a 0,12%, durante 10 min. -Nistatina em suspensão – bochechar e engolir -Tratamento sistêmico: nistatina ou cetoconazol Histoplasma capsulatum – solo Vias respiratória, cutânea ou mucosa Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) Leucemia e linfoma Características clínicas variáveis Infecções das vias respiratórias superiores Envolvimento pulmonar bastante intenso, lesões cutâneas, mucosas e do sistema digestório Histoplasmose crônica generalizada (02 anos após manifestação pulmonar) Lesões ulceradas na cavidade bucal Periodonto de sustentação Perdas dentárias, sialorreia e halitose Lesões orais múltiplas e em pele Pouco ou moderadamente dolorosas Podem ter aspecto ulcerado: placas ou nódulos Qualquer localização na mucosa bucal Tratamento: -Encaminhar para médico infectologista ou pneumologista -Anfotericina B (IV) / Itraconazol Diagnóstico: -Localização do fungo em cortes histológicos de material proveniente de biopsia -Sorologia (anticorpos totais anti-histoplasmose no soro) Paracoccidioides brasiliensis Brasil: micose endêmica em várias regiões Incide principalmente na zona rural Indivíduos do sexo masculino (cerca de 10 vezes mais que o feminino) Quarta e a quinta década de vida Transmissão: inalação – infecção pulmonar Anérgica: indivíduos jovens, ambos os sexos, rápida evolução, todo o organismo Hiperérgica: mais frequente, indivíduos do sexo masculino, evolução lenta, número reduzido de órgãos e sistemas Tegumento e linfáticos Pulmões, fígado, baço, intestino e sistema nervoso central (SNC) 14/09/2022 Isabela Leal Mucosa bucal: tumefações granulomatosa com pontilhado hemorrágico, lesões múltiplas, infiltradas e dolorosas, provocando sialorreia, linfadenopatia Diagnóstico: -Características clínica -Exame micológico direto de material coletado das lesões -Exame de escarro -Punção de material proveniente de linfonodos abscedados -Exame histopatológico Fig. 6-28 Paracoccidioidomicose. Essa microfotografia de alta resolução exibe uma grande levedura de Paracoccidioides brasiliensis (seta) dentro do citoplasma de uma célula gigante multinucleada. Um corte corado com metamina de prata de Grocott- Gomori (destaque) ilustra a aparência características de “orelhas de Mickey Mouse” das leveduras brotando. (Cortesia do Dr. Ricardo Santiago Gomez.) Tratamento e Prognóstico: -Prognóstico: variável – cura completa ao óbito -Sequelas bucais pós-tratamento: fibroses cicatriciais que acarretam dificuldades para abertura de boca e deglutição -Médico infectologista ou pneumologista – Itraconazol Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gatii Pombas e outras aves, gatos, cães, bovinos, macacos e outros animais Solo e fezes de pombo e de outros pássaros Não é transmitida de pessoa a pessoa, animais para humanos Homens mais infectados que as mulheres (2:1) Sistema nervoso central (SNC) superior e os pulmões Infecção pulmonar primária – assintomática Meningite criptocócica e outras alterações devido à infecção no SNC Pode causar lesões cutâneas e não causa infecções bucais Para o indivíduo HIV-positivo: contagem de CD4 menor que 50/mm³ 80% das infecções encontram-se relacionadas com a AIDS Diagnóstico: -Micologia direta -Cultura -Casos sistêmicos – o fungo no líquido cefalorraquidiano Tratamento: -Anfotericina (IV), 0,5 mg/kg/dia -5-fluorcitosina e fluconazol, 200 mg/dia -Itraconazol, por longos períodos
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