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REVISÃO SOI III Júlia Morbeck - 2022.2 Assuntos abordados: 1 - Doença de Chagas 2 - Cardiomiopatia dilatada 3 - DAC 4 - Pericardite 5 - DAOP 6 - Asma e DPOC 7 - Câncer de pulmão 8 - Pneumonia 9 - Erisipela, impetigo e celulite 10 - Dermatite atópica 11 - Hanseníase 12 - Leishmaniose 13 - Câncer de pele Hanseníase Infecção granulomatosa crônica. EPIDEMIOLOGIA Endêmica no Brasil - 2º lugar entre os países com maior nº de casos; ETIOLOGIA Mycobacterium leprae - intracelular obrigatório. Pode permanecer viável no meio ambiente por até 9 dias. TRANSMISSÃO Via aérea; Alta infectividade e baixa patogenicidade; FATORES DE RISCO Baixo nível socioeconômico; Desnutrição; Superpopulação doméstica; "Lepra", "moléstia de Hansen" Hanseníase CLASSIFICAÇÃO CASOS PAUCIBACILARES: as pessoas que adoecem apresentam resistência ao bacilo. CASOS MULTIBACILARES: não apresentam resistência ao bacilo. FISIOPATOLOGIA Hanseníase O M. leprae é capturado pelos macrófagos e disseminam-se pelo sangue. Célula de Schwann como nicho preferido. Essa célula não tem capacidade fagocítica profissional. A afinidade do bacilo pelo nervo periférico é determinada pela PGL-1 - glicolipídio - que se liga ao receptor alfadestroglicana da célula de Schwann. FISIOPATOLOGIA Hanseníase Podem ocorrer dois tipos de resposta imunológica: TH1 e TH2 O antígeno é apresentado ao linfócito TCD4+, libera citocinas que estimulam a diferenciação, pode ser a IL-12 ou a IL-10. TH1 TH2 IMUNIDADE CELULAR Associada com a produção de IL-2 e INF-gama (espécies reativas de O2, NO e enzimas lisossomais. Morte das bactérias nos fagolisossomos. HANSENÍASE TUBERCULOIDE - lesões de pele secas e descamativas que não possuem sensação. IMUNIDADE HUMORAL Independente de fagócitos. IL-4: ativação de linfócitos B - os anticorpos não conseguem agir sob o bacilo intracelular. IL-4 e IL-3: suprimem a ativação dos fagócitos e estmulam o desenvolvimento de TH2. HANSENÍASE LEPROMATOSA - nódulos e espessamento da pele. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Manchas esbranquiçadas, acastanhadas ou avermelhadas, com alteração de sensibilidade ao calor e/ou dolorosa e/ou tátil. Nódulos. Diminuição ou ausência de suor no local. Acomete os nervos - mão em garra. INDETERMINADA VIRCHOWIANADIMORFATUBERCULOIDE Hanseníase Máculas hippocrômicas; Distúrbios da sensibilidade Pode ocorrer alopecia; BACILOSCOPIA NEGATIVA Pequenos nervos podem emergir; BACILOSCOPIA NEGATIVA - granulomas no histopatológico Bordas elevadas, mal delimitadas na periferia; BACILOSCOPIA POSITIVA Forma mais contagiosa; Polimorfismo de lesões; Pode ter lesões sólidas; MADAROSE, FÁCIES LEONINA. BACILOSCOPIA POSITIVA REAÇÃO TIPO IIREAÇÃO TIPO I CLASSIFICAÇÃO CASOS PAUCIBACILARES: até 5 lesões cutâneas e/ou um tronco nervoso acometido. CASOS MULTIBACILARES: mais de 5 lesões cutâneas e/ou mais de um tronco nervoso acometido. ESTADOS REACIONAIS Hanseníase Alterações agudas no balanço imunológico entre o hospedeiro e o M. leprae. Ocorrem no curso da doença e durante ou após o tratamento. Ocorre em dimorfos. Relaciona-se à resposta imunocelular para melhora ou piora. Lesões tornam-se eritemato-edematosas. Relaciona-se à imunidade humoral. Mais frequente durante o tratamento e começa a aparecer ao redor do 6º mês. EXAME DERMATONEUROLÓGICO BACILOSCOPIA DE RASPADO INTRADÉRMICO INTRADERMORREAÇÃO DIAGNÓSTICO Hanseníase Essencialmente, no quadro clínico. SENSIBILIDADE TÉRMICA, DOLOROSA E TÁTIL. AV. OS NERVOS - ulnar, mediano, fibular. Utiliza-se um bisturi para fazer uma incisão até a derme - raspa o centro e as bordas. MITSUDA. Injeta-se na derme o antígeno lepromina. POSITIVO: surgimento de uma pápula >5mm. PAUCIBACILAR TRATAMENTO Hanseníase Interrompe a transmissão em poucos dias. 72h após a 1ª dose os bacilos eliminados são incapazes de se multiplicar. 6 MESES - 1 dose de RIFAMPICINA 600mg/mês e DAPSONA 100mg/dia. MULTIBACILAR 12 MESES - acrescentando CLOFAZIMINA, 1 dose de 300mg/mês e 50mg/dia. RIFAMPICINA: atua inibindo a sua RNA polimerase. DAPSONA: inibe a síntese de ác. fólico pela bactéria. BACTERIOSTÁTICO. CLOFAZIMINA: inibe o crescimento da micobactéria, liga-se ao DNA. Leishmaniose Tegumentar FATORES DE RISCO Intervenções do homem no meio ambiente - expansão de atividades econômicas. ETIOLOGIA Agente etiológico: protozoário do gênero Leishmani - parasitas intracelulares obrigatórios. -L. braziliensis - todo o Brasil; -L. amazonensis - florestas primárias e secundárias; -L. guyanensis - região Norte. ETIOLOGIA Vetor: fêmeas do gênero Lutzomya ou Phlebotomus. "Mosquito palha" Úlcera de Bauru Leishmaniose Tegumentar Doença infecciosa não contagiosa. Acomete a pele e mucosas. CICLO BIOLÓGICO Leishmaniose Tegumentar FISIOPATOLOGIA Leishmaniose Tegumentar Manipula as defesas inatas do hospedeiro para facilitar a sua entrada e a sobrevivência no macrófago. -Inativa as enzimas lisossômicas; -Expõe moléculas semelhantes à fosfatidilserina em sua superfície - típica de células em apoptose - induzem a fagocitose; Resistência e sensibilidade mediada por resposta TH1 e TH2 - anticorpo é ineficaz. OBS.: Os níveis de anticorpos circulantes são diretamente proporcionais à gravidade da doença e à atividade da infecção. Leishmaniose cutânea difusa e visceral são mais altos os níveis de anticorpos. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Depende da espécie do parasito e da resposta imune do hospedeiro. RESPOSTA MEDIADA POR LINFÓCITO T --> Leishmaniose cutânea ou mucocutânea. AUSÊNCIA DA RESPOSTA CELULAR (TH1) --> Leishmaniose cutânea difusa. LEISHMANIOSE CUTÂNEA LEISHMANIOSE MUCOCUTÂNEA LEISHMANIOSE CUTÂNEA DIFUSA Leishmaniose Tegumentar Pápula que se transforma em nódulo que depois ulcera. ÚLCERA: contorno circular, borda elevada, pouco exsudativa. FORMA GRAVE E DESFIGURANTE. "nariz de anta" Paciente com resposta celular deficiente. Nódulos e placas que não ulceram, predominam nas orelhas. INTRADERMORREAÇÃO PCR ELISA, IMUNOFLUORESCÊNCIA DIAGNÓSTICO Baseiam-se em dados clínicos, epidemiológicos e histopatológicos e no encontro do parasito em tecidos. Leishmaniose Tegumentar MONTENEGRO. Injeta-se na derme o antígeno. POSITIVO: surgimento de uma pápula >5mm. Detecção de parasitas em material obtido de lesões. TRATAMENTO ANTIMONIAIS: IM ou EV - menor adesão. O mecanismo de ação preciso dos antimoniais pentavalentes permanece incerto. É pressuposto que várias enzimas de Leishmania spp sejam inibidas seletivamente. Efeito colateral: alterar a função elétrica do coração. 2ª OPÇÃO: ANFOTERICINA B CALAZAR - órgãos internos Comprometimento do sistema fagocitário mononuclear. Leishmaniose Visceral Acometimentos de órgãos ricos em SFM: fígado, baço e medula. Leishmania chagasi, Leishmania donovani, Leishmania infantum HEPATOESPLENOMEGALIA FEBRE PALIDEZ INFECÇÕES FREQUENTES Dermatofitoses O CONTÁGIO INTERHUMANO É FREQUENTE. ETIOLOGIA Fungos dos gêneros: Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton. RECEBEM DENOMINAÇÃO DE ACORDO COM A LOCALIZAÇÃO CORPORAL DA LESÃO TINEA OU TINHA Dermatofitoses Dermatófitos: Vivem à custa da queratina da pele, dos pelos e das unhas. FUNGOS: unicelulares ou pluricelulares, eucariotas.UMIDADE NA PELE FAVORECE O CRESCIMENTO DOS DERMATÓFITOS. Os fungos crescem de maneira circular, bordas eritematosas (processo inflamatório). TINEA BARBAE TINEA CAPITIS TINEA OU TINHA Dermatofitoses Comprometimento dos cabelos. Lesões eritematoescamosas do couro cabeludo. Áreas de tonsuras: pequenos cotos de cabelos ainda implantados. Tinea Fávica: muita secreção e coceira. Odor forte. ESCÚTULAS DE GODET -crosta fávica. Pode levar a alopécia definitiva. Pústulas centralizadas por pelos nas regiões da barba e do bigode. TINEA CORPORIS TINEA CRURIS TINEA OU TINHA Dermatofitoses Lesão eritematoescamosas, a partir da prega inguinal. A lesão pode invadir o períneo e propagar-se paraas nádegas. Muito pruriginosa, por isso a liquenificação é frequente. Lesões eritematoescamosas, circinadas, isoladas ou confluentes. Prurido sempre presente. Braços, face e pescoço. TINEA MANUUM TINEA PEDIS TINEA OU TINHA Dermatofitoses Vesículas, bastante pruriginosa; Fissuras e maceração nas pregas interpododáctilas; Lesões descamativas. Mancha vermelha em relevo na pele; Mancha de pele seca, descamada ou escamosa com uma leve coceira TINEA UNGUIUM TINEA IMBRICADA TINEA OU TINHA Dermatofitoses Lesões escamosas em círculos concêntricos. Trichophyton concentrium. Tem forte componente genético - afeta populações isoladas. Lesões destrutivas e esfarinhentas das unhas. EXAME DIRETO DIAGNÓSTICO Dermatofitoses Raspados de pele, pelos, cabelos ou fragmentos de unhas. COLETA: periferia da lesão - o fungo cresce do centro para a periferia. Utiliza HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO para clarificar o pelo e as escamas da pele - pq a queratina é muito opaca. HORA DE REVISAR COM QUESTÕES Gratidão
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