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Fisiologia Cardiovascular (3ª prova) Função: distribuir o sangue para todo o corpo, levando nutrientes, íons, oxigênio, glicose (substâncias essenciais), além da retirada de metabólitos. O sistema cardiovascular tem como órgão principal o coração, composto de músculo esquelético e músculo liso. Possui três paredes de músculo (epicárdio, miocárdio e pericárdio) e quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos). Essas câmaras estão envolvidas no bombeamento de sangue, através da sístole e diástole. Os átrios e os ventrículos têm a função de receber o sangue dos tecidos, leva-lo para os pulmões (para acontecer a troca gasosa) e levam o sangue oxigenado para o corpo. No circuito vascular tem 3 tipos de vasos: as artérias (tem subdivisões de artérias - artérias maiores e musculares e arteríolas) são os vasos que saem do coração levando sangue até os tecidos. O sangue se desloca nas artérias por diferença de pressão, vai ter uma pressão arterial, uma pressão hidráulica nesse vaso que vai promover o deslocamento desse sangue. Depois esse vaso chega aos capilares. Os capilares são responsáveis por promover a troca de nutrientes entre tecido e sangue. (Por diferença de pressão/concentração.) O sangue então é recolhido e volta ao coração pelo sistema venoso. As veias são os vasos que trazem o sangue ao coração. As veias não têm pressão, o fluxo de sangue nas veias se dá por uma forma diferente das artérias. Na circulação pulmonar é a mesma coisa. A artéria leva sangue do coração ao pulmão e a veia é o vaso que traz sangue do pulmão ao coração. Só que o sangue venoso sistêmico e o sangue venoso pulmonar é diferente, o sangue arterial pulmonar é o sangue venoso sistêmico e o sangue venoso pulmonar é o sangue arterial sistêmico. Na diástole esses compartimentos (2 átrios e 2 ventrículos que são câmaras abertas) se enchem de sangue, pois estão completamente relaxados, não estão oferendo resistência. Em seguida há o movimento de sístole, contração da musculatura. O coração gerando contração e tensão vai forçar as câmaras (principalmente o ventrículo) a promoverem uma impulsão e desencadear a ejeção do sangue. Entre o átrio e o ventrículo existem as válvulas chamadas de válvulas átrio ventriculares. Tem a válvula atrioventricular direita e esquerda. Antigamente chamadas de tricúspide (direita) e mitral (esquerda). A função dessas válvulas é impedir o retorno do sangue de um compartimento pro outro. O sangue tem um sentido que tem que ser bombeado. Ele vai sair do átrio e ir pro ventrículo, sair do ventrículo e ir pras artérias. No momento que o sangue passa do átrio pro ventrículo essa válvula fecha, impedindo o retorno do sangue do ventrículo pro átrio. Existem também as semilunares que estão entre as artérias e o ventrículo. Tem a semilunar aórtica (lado esquerdo), que está na artéria aorta e tem a semilunar pulmonar, que está na artéria pulmonar (lado direito). Essas válvulas semilunares impedem o refluxo de sangue da artéria para o ventrículo. Então temos 4 válvulas. No momento do fechamento dessas válvulas há a produção de sons chamados bulhas. As bulhas são os sons que auscultamos no coração. TUM TÁ. O TUM é das atrioventriculares que fecham juntas e o TÁ das semilunares. O coração gera força e tensão através do bombeamento, para distribuir o sangue para o corpo. · Circulações do sangue pelo corpo: · Cerebral: leva o sangue para o cérebro – 15% · Coronariana: leva o sangue para as paredes do coração – 5% · Renal: leva o sangue para os rins – 25% · Gastrointestinal: leva o sangue para o sistema digestório – 25% · Muscular Esquelética: leva o sangue para os músculos – 25% · Cutânea: leva o sangue para a pele – 5% *As circulações renal, gastrointestinal e muscular esquelética é o total de 75% da circulação total do corpo. Porém, essa circulação pode ser redistribuída, de acordo com a necessidade do indivíduo. Quando o indivíduo está em atividade física, por exemplo, a circulação esquelética precisa de um volume maior de sangue. Por isso, ocorre a redistribuição do sangue dos rins e gastrointestinal, para o músculo. Outro exemplo é quando o indivíduo está em processo de digestão, a redistribuição ocorre em direção à circulação gastrointestinal. Débito Cardíaco: volume de sangue que o coração ejeta por minuto. Volume de Ejeção da Sístole x Frequência Cardíaca 70 ml x 70 bpm = 4.900 ml/min. Aproximadamente, 5 litros por minuto (Padrões Normais para um Indivíduo em Repouso) *Em um indivíduo em atividade física, pode ir até 14.000 ml/min. Fisiologia do Músculo Cardíaco O músculo cardíaco é muito semelhante ao músculo esquelético, pois possui sarcômero, retículo sarcoplasmático, túbulos T. O que diferencia é que as células musculares estão unidas por junções Gap e que depois se ramificam. No músculo esquelético cada célula conecta com um neurônio. No músculo cardíaco são grupos de células que se ligam por conexões Gap e se conectam com um neurônio. No coração possuem estruturas que impedem que as células de se separem no momento da ejeção do sangue. Possui discos intercalares, provocando a união das células e desmossomos, impedindo que uma célula se separe da outra. Eletrofisiologia Cardíaca O coração não precisa de estímulo externo para gerar sinal elétrico. Ele tem células autorítmicas, que tem com a função de gerar o potencial elétrico, espontaneamente. O coração não depende do Sistema Nervoso, porém ele é modulado pelo Sistema Nervoso. Ele continua batendo sem o Sistema Nervoso, porém ele é regulado (se ejeta sangue com mais ou menos força) através do Sistema Nervoso Autônomo Simpático e Parassimpático. O coração possui duas células (contráteis e condutoras). As condutoras não geram força, geram potenciais de ação. As contráteis são células musculares, responsáveis pela força em que o sangue é ejetado. O coração também possui um sistema de condução especializado, que possui dois nodos: o nodo sinoatrial e o nodo atrioventricular. · Sistema de His-Purkinje: leva o sinal elétrico do átrio para o ventrículo, em uma velocidade muito rápida. O nodo sinoatrial é considerado como o marcapasso do coração, capaz de gerar o sinal elétrico espontaneamente e leva o sinal para os átrios. Ocorre a despolarização dos átrios e a contração. Enquanto isso ocorre, o estímulo chega até o nodo atrioventricular. Ele fica retido nesse átrio (ocorre um retardo), permitindo que o átrio se despolarize e contraia antes do ventrículo. Depois o estímulo é mandado para os ventrículos (através do Sistema de His-Purkinje), ocorre a despolarização do ventrículo e consequentemente ele contrai (muito rápido). · Propriedades Cardíacas: · Automatismo: o coração consegue gerar sinal elétrico espontaneamente. · Cronotropismo: é a frequência com que esse coração gera o sinal. · Inotropismo: é a força que o ventrículo faz quando ele contrai. · Contração Cardíaca (Despolarização) A célula, no coração, possui canais de vazamento de Na+ (que ficam permanentemente abertos). Logo, não precisa de estímulo para abrir os canais. Quando a célula está em repouso, o sódio entra espontaneamente, até atingir o valor limiar. Quando atinge esse valor limiar, abre os canais de Ca+ e gera o Potencial de Ação (a célula despolariza). Depois, ocorre a saída de potássio e a célula repolariza. 4 – Célula em Repouso 0 – Célula Despolariza (chega PA) 3 – Célula Repolariza (sai potássio) · Velocidade da Condução do Sinal · Átrios = 1 m/s · Nodo Atrioventricular = 0,01 – 0,05 m/s (retardo) · His-Purkinje = 2 – 4 m/s (muito rápido) · Ventrículos = 1 m/s 4 – Célula em repouso 0 – Entra Na+ e a célula despolariza (Canais de Na+ Abertos) 1 – Começo da Repolarização(Canais de Na+ fechados) 2 – Entra de Ca+ (Canais de Ca+ abertos, canais de K+ rápidos fechados) = PLATÔ 3 – Repolarização(Canais de Ca+ fechados, canais de K+ lentos abertos) · Platô: a células se mantêm despolarizada, saindo K+. O que é o platô? A manutenção da despolarização. Qual evento promove o platô? A entrada de cálcio durante a despolarização. Pra que serve / qual objetivo do platô? Oobjetivo maior é prolongar o potencial de ação. · Período Refratário Absoluto: a célula não responde a outro estímulo (ela já está recebendo a um estímulo, ela não vai responder a outro estímulo), enquanto o coração estiver contraído. · Período Refratário Relativo: a célula reponde a outro estímulo, desde que esse estímulo seja maior do que aquele que chegou no Potencial de Ação (no início). Ele começa a relaxar e entra no Período Refratário Relativo. Fibrilação: ocorre quando a frequência cardíaca aumenta muito, o coração não contrai e nem relaxa efetivamente. No pré-infarto também acontece (o coração para de receber O2, os estímulos ficam desordenados). Para reorganizar os estímulos, usamos o desfibrilador. Ele não dá choque quando o coração está parado. Ele só pode ser usado quando a pessoa está fibrilando, e não quando a pessoa está em parada cardíaca. Efeitos do SNA sobre o coração O SNA modula o coração, mesmo ele sendo autoritmico. A força do coração está ligada ao volume de ejeção da sístole, consequentemente altera o debito cardíaco. O debito cardíaco regula a pressão arterial. PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA = Debito cardíaco X RUPT (Resistência vascular periférica total) O SNA comanda, atua promovendo o aumento da frequência cardíaca – taquicardia – simpático. Atua promovendo a redução da frequência cardíaca – bradicardia – parassimpático. · Parassimpático: acetil-colina se liga ao receptor muscarinico, aumentando a permeabilidade ao potássio, retarda a geração de potencial elétrico – reduzindo a frequência – promovendo a bradicardia. Hiperpolariza a célula, joga carga negativa dentro da célula. · Simpático: noradrenalina se liga a receptores β1 aumentando a permeabilidade ao sódio e cálcio, promovendo a taquicardia, aumento da frequência cardíaca. Tanto a adrenalina quanto a noradrenalina promovem o aumento da frequência, no SNA simpático. Joga carga positiva para dentro da célula. · O receptor muscarinico se liga a proteína Gi inibitório e inibe a produção do AMPc, abrindo o canal de potássio. PARASSIMPÁTICO. · O receptor β se liga a proteína Gs excitatório e estimula a produção do AMPc, abrindo os canais de sódio e cálcio. SIMPÁTICO. · Velocidade de condução no Nodo AV: efeitos dronotrópicos. · Ativação do SN Simpatico – efeito dronotrópico positivo – aumenta a velocidade de condução no nodo AV, aumenta a condução do estímulo dos átrios para os ventrículos. · Ativação do SN Parassimpatico - efeito dronotrópico negativo – reduz velocidade de condução no nodo AV, diminui a condução do estímulo dos átrios para os ventrículos. · Eletrocardiograma é a medida da diferença de potencial, na superfície do corpo, que refletem a atividade elétrica do coração. Soma a corrente de despolarização e a corrente de repolarização, em diferentes momentos. Essas correntes são registradas na forma de ondas. · Onda P: Despolarização do átrio (direito e esquerdo) - Intervalo entre a onda P e a onda Q: tempo que o estímulo leva para sair do átrio e ir para o ventrículo. · Onda Q, R, S: despolarização (sístole) do ventrículo - complexo QRS: - Onda Q: 1ª parte do ventrículo que despolariza (meio) - Onda R: despolariza a massa do ventrículo - Onda S: despolariza as paredes. · Onda T: repolarização do ventrículo Não vimos a repolarização do átrio porque ela acontece junto com a despolarização do ventrículo. INOTROPISMO: Capacidade do coração de bombear sangue, desenvolvendo força. · Insuficiência cardíaca: incapacidade de bombeamento do coração, perde a força. Existem substancias que vão causar efeitos inotrópicos positivos e negativos. A concentração de cálcio intracelular depende da intensidade da corrente de influxo de cálcio e da quantidade de cálcio armazenado no reticulo sarcoplasmático. Se aumenta a quantidade de cálcio (aumenta a força) e a substância causa efeito ionótropico positivo. Se reduz a quantidade de cálcio (diminui a força) e essa substância causa um efeito ionotrópico negativo. Os medicamentos utilizados na insuficiência cardíaca (digitálicos) inibem a bomba de Na+, impedindo a entrada de sódio e, consequentemente, aumenta a quantidade de cálcio na célula (impede que ele sai). Essa bomba é capaz de fazer o Na+ entrar e o Ca+ sair. Para o indivíduo que tem insuficiência cardíaca não é bom. Tem que inibir essa bomba. · Lei de Frank – Starling – o volume de sangue ejetado pelos ventrículos depende do volume presente no ventrículo ao fim da diástole. Quanto mais sangue ele recebe, ele contrai mais. Se receber menos, contrai menos. · Volume diastólico final (VDE): é o volume que está presente no coração depois da diástole. · Volume de Ejeção Sistólico (VES) ou Débito Sistólico: é o volume de sangue que ele ejetou. · Volume Sistólico Final (VSF): volume de sangue que ficou depois da sístole. Ciclo cardíaco É o evento de enchimento e esvaziamento do coração. Quando ocorre a sístole (contração) e a diástole (relaxamento), as válvulas se abrem e se fecham: as válvulas atrioventriculares e válvulas semilunares (entre as artérias). · Pressão Sistólica e Diastólica: é a pressão na parede do vaso no momento da sístole e diástole (pressão na artéria). Tem a pressão independente do movimento do coração. · Sístole e Diástole: equivale ao movimento efetivo do coração. 1º ciclo: enchimento do coração. O sangue chega nos átrios para ir para o ventrículo. Enchimento ventricular passivo. Vai 75% do sangue para o ventrículo. O ventrículo está com pressão 0 e está enchendo de sangue. 2ª fase = sístole atrial: o ventrículo se enche todo e o átrio contrai. Começa a contração ventricular (o átrio relaxa) e as valvas atrioventriculares se fecham (1º Tum). 1-2 CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRIO: o volume do ventrículo continua o mesmo, aumenta a pressão, todas as válvulas estão fechadas. Quando ele atinge a pressão mínima da artéria, ele abre a válvula semilunar e começa a ejetar o sangue. Fez a força máxima (equivale a pressão arterial máxima 120 +/-) para ejetar todo sangue. Aí depois ele relaxa, perde pressão. Para o sangue não voltar, fecha as válvulas semilunares (2º ta!). Ou seja, a 1ª bulha é quando a válvula atrioventricular fecha e a 2ª bulha é o fechamento da válvula semilunar. · RELAXAMENTO ISOVOLUMÉTRICO VENTRICULAR: o coração precisa se relaxar todo para começar tudo de novo. · Fatores que regula o débito cardíaco Débito Cardíaco: é o volume de sangue que é ejetado por minuto multiplicado pela frequência cardíaca. DC = FC x VES {faça que o coração bombeia o sangue} · Ele regula a pressão arterial. · Esses fatores (FC e volume de Ejeção Sistólico) podem ser modificado, por fatores intrínsecos e extrínsecos. Podem ser modulados pelo SNA Simpático e Parassimpático. · Volume de Ejeção Ventricular ou Sistólica · Retorno Venoso: volume de sangue que chega no coração, pelas veias. - Aumento de volume de sangue pelo mecanismo de água e sódio pelo rim. · Pré-carga: a carga imposta ao coração para ele trabalhar. O que ele tem antes de fazer o bombeamento. Sinônimo de retorno venoso. · Pós-Carga: a carga imposta para o coração conseguir vencer a resistência. Sinônimo de pressão arterial. O sangue sai do coração pelas artérias e chega ao coração pelas veias. Volume Diastólico final – Volume Sistólico Final = Volume de Ejeção -> 80 – 20 = 60ml · Fração de Ejeção: porcentagem de volume de sangue que foi ejetado. Normal = 70 a 75% • Fração baixa: abaixo de 50%. Não está dando conta de bombear o que deveria bombear. Fatores: hipertensão; enfraquecimento; insuficiência. · Vasoconstrição: aumenta a resistência do vaso e aumenta a pressão arterial. · Vasodilatação: diminui a resistência do vaso e diminui a pressão arterial. Hemodinâmica: Leis que governam o fluxo no sistema cardiovascular. CIRCULAÇÃO SISTÊMICA: o sangue sai dos ventrículos pela artéria aorta. As artérias são vasos de resistência. Nos tecidos tem arteríolas (é quem aumenta/diminui a resistência efetivamente). Vai para os capilares, onde ocorre a troca de nutrientes. Nos capilares o sangue tem que chegar compressão. Depois o sangue vai para as veias (não tem mais pressão). Em hemorragias, se ocorre a queda do volume e cai a pressão arterial, a pessoa morre de choque. Composição dos Vasos · Células endoteliais: proteção dos vasos contra substâncias que alteram a dilatação; contra placas, produz o Fator de Relaxamento do Endotélio (substância) · Lâmina basal · Fibra de elastina e musculo liso (quem tem + é a artéria) · Tecido conjuntivo * Arteriosclerose: envelhecimento da artéria (aumenta a resistência e perde elasticidade). Fica rígida. -> As artérias maiores tem + fibras elásticas (saem do coração, ejetam mais sangue); -> As arteríolas tem mais músculo liso (tem mais resistência); As veias são estruturas com alta complacência e as artérias de baixa complacência. · Complacência é o volume de sangue que um vaso pode conter sob determinada pressão. Está relacionada com distensibilidade. Na veia, você aumenta o volume, porém tem baixa resistência, logo a pressão não aumenta muito. Na artéria, aumentando o volume, aumenta a resistência e a pressão aumenta também. · Velocidade: é inversamente proporcional a área. Se aumenta a área, diminui a velocidade do sangue. Nos capilares, em uma grande área, a velocidade é reduzida, pois o sangue vai ser distribuído por uma área maior. Ele adquire a velocidade, passando mais rápido nas veias, e nas artérias, a velocidade é maior ainda. · Fluxo: é o volume de sangue por minuto. É inversamente proporcional à resistência. Aumenta a resistência (fecha o vaso) e diminui o fluxo. ↑ Resistência = ↑ Pressão Arterial ↓ Fluxo ↓ Resistência = ↓ Pressão Arterial ↑ Fluxo Para redistribuir o sangue de uma região para outra, eu fecho o vaso do lugar que eu quero que ele saia (aumento a resistência e diminuo o fluxo) e abro os vasos de onde eu quero que o sangue vá (diminuo a resistência e aumento o fluxo) R = 8nL/πr^4 n: Viscosidade π: constância L: Comprimento r: raio (vasodilatação e vasoconstrição) · Viscosidade diretamente proporcional à resistência: se está mais viscoso ele tem mais resistência (mais grossa). · Comprimento diretamente proporcional à resistência: se tiver mais comprido, tem mais resistência para passar. · Raio é inversamente proporcional à resistência: Se aumenta o raio (diâmetro do vaso), diminui a resistência. Como é elevado à quarta potência, qualquer alteração mínima que faz no diâmetro, altera a resistência. · A resistência é diretamente proporcional à pressão arterial. IMPORTANTE: PRINCIPAL FATOR QUE INTERFERE A RESISTÊNCIA E CONSEQUENTEMENTE A PRESSÃO É O DIÂMETRO DO VASO (mecanismo de vasoconstrição e vasodilatação) · Capilar: O sangue chega pela extremidade Arterial com pressão hidrostática maior, alta; Essa pressão ‘empurra’ a parte líquida do sangue para fora = FILTRAÇÃO = saída da parte líquida (plasma – 100% do líquido sai). A parte sólida (hemácias) fica. Nem tudo que está no plasma sai. As proteínas não saem (principalmente a albumina) e elas vão ficar no capilar. Como perdeu líquido e ficou sólido, o sangue que chega à Extremidade Venosa, chega com pressão osmótica alta. Essa pressão osmótica puxa de novo o líquido que saiu, volta cerca de 90%. Os 10% do líquido que ficou do lado de fora, é captado pela circulação linfática, não deixando que esse líquido se acumule. Essa força que puxa o líquido é a chamada Forças de Starling. FATORES QUE FAVORECEM O EDEMA: Aumento da pressão; baixa quantidade de proteínas, dificultando a pressão osmótica de puxar o líquido de volta; obstrução do sistema linfático, processo inflamatório, defeitos na circulação venosa. · Veias = não tem pressão para empurrar o sangue para cima (devido à gravidade, sermos bípedes também influência). As veias estão inseridas aos músculos. Contrai o músculo, o sangue se desloca. As veias possuem válvulas para impedir que o sangue retorne. O músculo contrai, o sangue sai e a válvula fecha. FATORES QUE INFLUENCIA O TRÂNSITO DO SANGUE VENOSO = Imobilização (o músculo não contrai); insuficiência nas válvulas, causando coagulação (trombo) no vaso. REGULAÇÃO E CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL Pressão Arterial = Débito Cardíaco x Resistência Periférica As arteríolas são os vasos que apresentam a maior resistência, por conter músculo liso em sua parede. FATORES RELACIONADOS AO DÉBITO – se regula o débito, regula a pressão. Relacionado ao coração: frequência cardíaca, contratilidade, volêmicas (retenção de sódio e H20) -> Quando aumenta muito a frequência, o coração tem um tempo muito curto na diástole. -> Se o coração contrai com mais força, ele ejeta mais sangue. Mecanismo Direto = Ionotropismo Mecanismo Indireto = Frank-Starling AUMENTO DA FREQUÊNCIA = taquicardia / Regulado pelo SNA (simpático e parassimpático). REDUÇÃO DA FREQUÊNCIA = bradicardia / Regulado pelo SNA (simpático e parassimpático). Retenção de Sódio e Água = mecanismo regulado pelo rim. * Retenção de Sódio pelo Rim = aldosterona * Retenção de Água pelo Rim = ADH -> Aumenta a retenção de água no organismo, aumenta a quantidade de água no sangue (plasma) e aumenta a pressão. Aumenta a reabsorção de sódio, aumenta a retenção de sódio nos túbulos e aumenta a pressão. AJUSTE DA RESISTÊNCIA: -> Substância que tem ação vasodilatação = Bradicinina. O vaso fica em equilíbrio, mantendo a pressão. -> Ação do SN Simpático: causando vasoconstrição, o mecanismo se dá através de receptores α1. Já nos vasos do mm. esqueléticos e do cérebro,e nas coronárias causa vasodilatação, o mecanismo se dá através de receptores β2. A ação principal do S.N Simpático promove a vasoconstrição. Fatores locais = o próprio vaso libera fator de relaxamento derivado do endotélio e fator de constrição derivado do endotélio. São importantes para garantir à perfusão dos vasos. · EDRF: Fator de Relaxamento derivado do endotélio = NO (óxido nítrico). · EDCF: Fator de Constrição derivado do endotélio = Endotelina A pressão é mantida por termosfato. O termosfato ajusta a pressão dentro dos parâmetros. Pressão arterial média = Débito Cardíaco x Resistência Periférica total OBS: Débito Cardíaco = Frequência Cardíaca e Volume de ejeção. · Pressão normal: 120\80 · Hipertensão: 140\90 -> Pode ser causada por situação idiopática. Hipertensão essencial = não sabe o que causa a hipertensão, não sabe determinar onde começou (95%). Pode ser chamada também de hipertensão primária. · Mecanismos de regulação (fatores) da Pressão Hipertensão secundária: fatores secundários que levam à hipertensão= medicamentos. · Fatores da F.C => sistema autônomo e ritmo marcapasso · Fatores do V.S => contratilidade cardíaca, retorno venoso, S.N Simpático, pressão arterial (pós carga). · Fatores da RPT => Locais, neurais e humorais. Regulação Neurohumoral · Mecanismo de curto prazo: esses monitores agem em conjunto para garantir que a pressão e o volume sanguíneo sejam mantidos. · Segundos · Barorreceptores: sensores de pressão, distribuídos em pontas estratégicas (artérias). · Quimiorreceptores: não são específicos do coração * · Resposta isquêmica do S.N.Central= não são específicos * *não vai cobrar · Mecanismo à longo prazo: · Minutos · Sistema Renina-Angiotensina: sequência de eventos que vão estimular a liberação da angiotensina (hormônios). · BARORRECEPTORES: é o principal mecanismo à curto prazo. Informa ao Sistema Nervoso tanto quando cai, quanto sobe. Localizadas nas artérias carótidas e aorta. · Barorreceptores Cardíacos: leva informação para o cérebro. · Barorreceptores aórticos: leva à informação para o corpo. Eles estão conectados com o bulbo, através do nervo vago (comunica com a aorta) e nervo glossofaríngeo (comunica com a carótida). No núcleo do trato solitário, no bulbo recebe as informações se a pressão caiu ou subiu. · Parassimpático: desacelerador cardíaco (nodo sinoatrial e contratilidade) · Simpático: acelerador cardíaco e vasoconstritor (arteríolas -> maior resistência. Veias -> maior vasoconstrição, aumento do retorno venoso). · Barorreflexo: queda de fluxo quando a pessoa está deitada e levanta de uma vez. Ocorre a queda de pressão e os barorreceptoresregulam, muito rapidamente. Quando cai a pressão cai o impulso e os estímulos do nervo vago, aumenta estímulos do vaso sanguíneo (vasoconstrição), atividade simpática e pressão. · Sistema Renina-Angiotensina (O rim e o controle humoral) A angiotensina II é o principal hormônio envolvido. Liberação de renina pelo rim causa a: · Redução do fluxo plasmático renal · Redução da concentração de sódio · Estimulação nervosa simpática A função da renina é produzir à angiotensina II, que é liberada pelo glomérulo do rim. Encontra o angiotensinogênio e produz à angiotensina II. · Funções da Angiotensina: · Vasoconstritor · Estimula a glândula adrenal a produzir aldosterona, aumenta a retenção de sódio e água, aumenta volume e pressão. · Estimula a produção do hormônio antidiurético, ADH, atuando no rim retendo água e sódio, aumenta volume e pressão. · Estimula o mecanismo da sede (ação dipsogênica, bebe + água, retenção de água e sódio, aumenta volume e pressão. · Estimula o apetite ao sal, retém sódio e água, aumenta volume e pressão. · Hipertensão secundária: estenose na artéria renal, diminui o fluxo de sangue para o rim. Libera mais renina e aumenta a pressão. OBS: Pressão arterial média = pressão diastólica + 1\3 (pressão sistólica - pressão diastólica)
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