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Capítulo 2 mélega cirurgia plástica

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Eduarda H. - C. plástica
CAPÍTULO 2 - Mélega
Cicatrização patológica
- Fatores que interferem na cicatrização: presença de infecção,
hipoalbuminemia, má perfusão tecidual, doenças (diabetes, obesidade), uso
de corticoides, tabagismo, etc.
- Também interferem o tamanho da lesão, o local, o mecanismo do
trauma, raça, idade, e outros fatores genéticos.
❖ Distúrbios Fibroproliferativos
❖ O desequilíbrio entre a síntese exagerada de colágeno e outros elementos e
a degradação e o remodelamento inadequado do MEC causam hipertofria
cicatricial
❖ Prurido e eritema estão relacionados ao maior número de mastócitos e maior
liberação de histamina
❖ Cicatriz hipertrófica
➢ Características: elevada, tensa, lisa, sem sulcos, poros ou pelos,
coloração avermelhada
➢ Não ultrapassa os limites da lesão original
➢ Costuma regredir total ou parcialmente
➢ Podem gerar dor ou prurido
➢ Ocorrem por distúrbios fibroproliferativos da derme desencadeados
por inflamação ou trauma
➢ Histologia:
■ Feixes colágenos ordenados, paralelos à epiderme, em
oposição aos vasos sanguíneos perpendiculares; os arranjos
nodulares de fibras colágenas se tornam mais finos e
organizados com o passar do tempo.
➢ Tratamento: geralmente são utilizadas medidas locais -> tende a
regredir espontaneamente
❖ Queloide
➢ Características: forma tumoral, consistência endurecida, superfície
lisa, cor avermelhada, violácea ou acastanhada.
➢ Costumam ser dolorosas ou pruriginosas
➢ Ultrapassam os limites da lesão original
➢ Mais comum em pessoas negras e orientais; maior probabilidade em
jovens
■ Mais frequentes entre os 10 e os 30 anos e gestações ->
hormônios sexuais influenciam o aparecimento dos queloides
➢ Recidivas são frequentes quando realizada excisão
Eduarda H. - C. plástica
➢ Ocorrem por distúrbios fibroproliferativos da derme desencadeados
por inflamação ou trauma
■ Há casos em que não existe história de trauma -> Síndrome de
Rubinstein-Taybi
➢ Regiões do corpo mais acometidas: deltóide, esterno, dorso, pescoço,
ângulo da mandíbula e lóbulos da orelha
➢ Histologia:
■ Feixes de colágeno hialinizado irregularmente dispersos ou em
arranjos nodulares persistentes ao passar do tempo
➢ Tratamento: costuma ser mais agressivo
❖ Tratamento:
➢ Cicatrizes menos elevadas: cremes com óleo de silicone +
pressoterapia - uso diário, por 3-4 meses
■ Creme com ácido retinóico diariamente -> podem tornar as
cicatrizes mais macias e menores
■ Pressoterapia: gera hipóxia através da compressão vascular,
diminuição da produção de colágeno e número de mastócitos,
além de melhorar na organização das fibras
➢ Infiltrações intralesionais de corticoide:
■ Triancinolona injetada na cicatriz, com intervalos de 3-4
semanas entre as aplicações -> tem efeito supressor na síntese
de colágeno e reduz elementos inibidores da colagenase
➢ Radioterapia
■ Pode ser usada como terapia complementar no pós-operatório
para o tratamento de queloides; deve ser usada apenas quando
recidivas e insucesso com outros métodos
■ Deve ser iniciada no 1° dia após a remoção e seguir por dez
dias
■ Inibe a síntese de colágeno e auxilia no equilíbrio entre à
síntese e a degradação
➢ Laser
■ Laser de CO2, argônio e Nd:YAG podem ser utilizados para
vaporizar lesões; não são bons para o tratamento de cicatrizes
hipertróficas e queloides
➢ Crioterapia
■ Utilização de nitrogênio líquido em spray ou técnica de contato
■ Não passar os limites da lesão
■ Pode ser utilizada sozinha ou com associação à excisão
cirúrgica ou com infusão de corticoide
■ O congelamento da lesão gera microtrombos e necrose tecidual
■ São feitas de 3-10 sessões
➢ Cirurgia
Eduarda H. - C. plástica
■ Ressecção isolada do queloide gera 80% de recidiva nos
primeiros 2 anos e 100% de recidiva nos primeiros 4
■ Podem ser usados enxertos, zetaplastias e retalhos de pele
para remover grandes lesões ou para aliviar a tensão da pele
■ Técnica mais utilizada: exérese intralesional -> deixa borda
mínima o suficiente para sutura, sem lesar o resto da pele
■ Fundamental o uso de terapias associadas: infiltração de
corticoide e pressão
❖ Distúrbios da contração cicatricial
❖ Contratura:
➢ Quando há persistência do processo de contração além do período de
reepitelização
➢ Gera deformações e resultados estéticos insatisfatórios, limitação de
movimentação e perda de função
➢ Células envolvidas: fibroblastos e miofibroblastos -> presentes no
tecido de granulação
➢ Tratamento:
➔ Não cirúrgico: dilatação, massagem e fisio
➔ Cirúrgico: zetapastia e ressecção cicatricial
❖ Distúrbio de pigmentação
❖ Causados pela resposta dos queratinócitos e melanócitos ao trauma ->
proliferação e estimulação excessivas, mudança de função
❖ Divididas em: Hipocromias/hipomelanoses e Hipercromias/hipermelanoses
❖ Medicamentos podem causar hipercromia -> ciclofosfamida, clorpromazina e
antimaláricos
❖ Pacientes com patologias de pele como vitiligo, psoríase, etc, podem ter as
mesmas lesões no local do trauma cirúrgico -> fenômeno isomórfico/Koebner
❖ Tratamento:
➢ Hipocromia: expectante-tempo, pouca exposição solar e maquiagem
corretiva
Eduarda H. - C. plástica
➢ Hipercromia: expectante-tempo, proteção solar química e física,
agentes despigmentantes -> hidroquinona 2-4%, ác. azelaico 15-20%
e ác. kójico 1-2,5%
❖ Distúrbio de resistência
❖ Deiscência e alargamento de cicatriz
➢ Quando é utilizado um fio de sutura inapropriado para a lesão -
degradação precoce - podem ocorrer deiscências ou alargamento da
cicatriz
➢ Pode ocorrer também por retirada de pontos precoce
➢ Aspecto esgarçado ou depressão da cicatriz
➢ Tratamento:
■ Prevenção: repouso, uso de cinta elástica, microporagem,
curativos e retornos ao consultório
■ Correção cirúrgica
❖ Distúrbio da cicatrização em áreas irradiadas
❖ Efeitos da radiação sobre a pele
❖ Causa alterações pigmentares, espessamento e fibrose cutânea, surgimento
de teleangiectasias, necrose e oncogênese
❖ Afeta os vasos sanguíneos, criando um ambiente hipóxico sem resposta
angiogênica
❖ Tabagismo
❖ Fundamental a suspensão do tabagismo 2-4 semanas antes da cirurgia ->
torna taxa de cicatrização semelhante ao não tabagista
❖ Tabaco reduz a produção de colágeno
❖ À nicotina tem efeito vasoconstritor que persiste até 1 hr após inalação,
aumenta a adesividade plaquetária e inibe a proliferação de glóbulos
vermelhos
❖ Monóxido de carbono reduz oxigenação tecidual -> ocupa local do O2 nas
hemácias
❖ Diabetes
❖ Pacientes diabéticos tem maiores problemas na cicatrização
❖ Importante participação de isquemia secundária à arteriosclerose e de
alterações hemorreológicas - maior viscosidade do sangue e menor
formabilidade das hemáceas
❖ As medidas de prevenção são o controle da glicemia e da obesidade e
monitorização de possíveis infecções
❖ Corticoterapia sistêmica
❖ Gera diminuição dos fibroblastos, redução do tecido de granulação, redução
da epitelização e da contração da ferida
Eduarda H. - C. plástica
❖ Reações são dose-dependentes-> baixas doses em curto período
praticamente não tem impacto; uso crônico e altas doses podem ter efeito por
até um ano
❖ Os efeitos anti inflamatórios podem ser revertidos por uso de vitamina A
❖ Malignização de cicatrizes
❖ Quando feridas e cicatrizes instáveis desenvolvem úlceras de Marjolin
❖ Maior risco de câncer
❖ Mais comum em cicatrizes de queimaduras, mas pode acontecer em úlceras
flebopáticas, de pressão, lesões de lúpus e áreas de enxerto
❖ Tratamento:
➢ ressecção cirúrgica e radioterapia complementar quando necessário
➢ Prevenção -> tratamento de cicatrizes instáveis

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