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Queimaduras - ATLS

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FISIOPATOLOGIA SISTÊMICA 
As queimaduras apresentam uma fisiopatologia 
sistêmica com lesão microvascular, com liberação de 
histamina e bradicinina, que causa vasodilatação, e, 
associada a perda de líquido para o terceiro espaço, 
diminui o débito cardíaco. 
Tais lesões causam alterações imunológicas, facilitando 
infecções (principal causa de morte nos grandes 
queimados - pneumonia) e aumento do metabolismo. 
AVALIANDO A PROFUNDIDADE 
 
 
Queimaduras Superficiais/Primeiro Grau: Limitada à 
epiderme, eritematosa, dolorosa e pálida à 
compressão. Ex: Queimadura solar. 
 
 
 
Espessura Parcial/Segundo Grau: 
 Superficial (atinge a derme papilar): Dolorosa, 
presença de bolha e empalidecem à 
compressão. 
 Profunda (atinge a derme reticular): Maior 
palidez, mosqueada e não empalidecem. 
 
Espessura Completa/Terceiro Grau: Pele em aspecto 
de couro, com superfície seca e indolor, pois atinge o 
tecido celular subcutâneo e queima os prolongamentos 
nervosos. Apresenta aspecto em cera. 
 
AVALIAÇÃO INICIAL 
Tratar como politraumatizados: ABCDE. 
 A (Via Aérea): Lesões de VVAA superior e 
inferior. Ter atenção com escarro carbonáceo, 
queimadura de vibrissas nasais, rouquidão, 
hiperemia de orofaringe, etc. 
 B (Ventilação): Cuidado com as escaras. 
 C (Circulação): Reposição volêmica agressiva. 
 D (Neurológico): Avaliar confusão mental. 
Atenção com paciente queimado em local 
fechado, por intoxicação de monóxido de 
carbono. 
 E (Exposição): Calcular superfície corporal 
queimada. 
 
Regra dos 9: Cálculo de área de queimadura. 
 Cabeça e pescoço: 9% (4,5 região anterior e 4,5 
região posterior). 
 Membro superior (cada): 9% (4,5 região 
anterior e 4,5 posterior). 
 Tronco: 36% (18% região anterior e 18% região 
posterior). 
 Membro inferior (cada): 18% (9% região 
anterior e 9% região posterior). 
 Períneo e genitália: 1%. 
FÓRMULAS DE REPOSIÇÃO VOLÊMICA 
Parkland: 2 X Superfície corporal queimada x peso. 
Deste volume de ringer lactato aquecido (2,0 ml/kg/% 
queimadura), 50% é feita nas primeiras 8h e 50% nas 
16h subsequentes DO EVENTO. Manter o débito 
urinário entre 0,5 – 1,0 ml/kg/h se queimadura normal; 
se queimadura elétrica, 1 ml/kg/h pelo menos. 
*Incluir o que já foi feito no atendimento pré-
hospitalar. 
*Queimaduras de primeiro grau não são contabilizadas 
nas fórmulas de SCQ. 
Queimadura elétrica (qualquer idade): Peso x SCQ x 
4mL 
 
Crianças < 14 anos: Peso x SCQ x 3 mL 
TRATAMENTO 
Antibioticoterapia: Desbridamentos e curativos locais. 
O ATB é tópico (sulfadiazina de prata). 
Cirurgia: Enxertos e retalhos. 
Suporte nutricional: Metabolismo aumentado (2,5 a 
3g/kg/dia). 
 Primeiro grau: Tratamento local com banho 
gelado, hidratante, caladril, etc. Podem-se 
utilizar analgésicos ou AINES VO. 
 Segundo grau: Desbridamento e curativo com 
ATB tópico. 
 Terceiro grau: Cirurgia (enxerto e retalho). 
ESCAROTOMIAS 
 
Queimadura circunferencial em tórax e abdome pode 
evoluir com Síndrome Compartimental, insuficiência 
respiratória, hipercapnia por razão da não 
expansibilidade torácica. 
COMPLICAÇÕES 
 Úlcera Gástrica de Estresse (Úlcera de Curling): 
Indicada a profilaxia com bloqueadores H2 ou 
IBP. 
 Íleo adinâmico: Presente nos primeiros dias 
após a queimadura. 
 Síndrome de Ogilvie (pseudo-obstrução 
colônica)

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