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Módulo 4_Aspectos importantes do PCTIC e a Fase de SFTIC

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Planejamento da 
Contratação de Soluções 
de TIC
Aspectos importantes do 
PCTIC e a Fase de SFTIC4
M
ód
ul
o
2Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2021
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente 
Diogo Godinho Ramos Costa
Diretor de Educação Continuada
Paulo Marques
Coordenador-Geral de Educação a Distância 
Carlos Eduardo dos Santos
Conteudista/s 
Henry Mross (Conteudista, 2020); 
Equipe multimídia
Haruo Silva Takeda (Coordenação Web, 2020)
Ludmila Bravim da Silva (Revisão de texto, 2020)
Fabrícia Kelly Alves Ramos da Silva (Implementação Articulate, 2020)
João Paulo Albuquerque Cavalcante (Direção e produção gráfica, 2020)
Isaac Silva Martins (Implementação Moodle, 2020)
Ana Carla Gualberto Cardoso (Diagramação, 2021)
Curso produzido em Brasília 2020.
Desenvolvimento do curso realizado no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB / CDT / Labo-
ratório Latitude e Enap.
3Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 1: Aspectos importantes do processo de 
Planejamento da Contratação de Soluções de TIC ............................. 5
1.1 Vedações da Instrução Normativa nº 1, de 4 de abril 
de 2019, da Secretaria de Governo Digital do Ministério 
da Economia (IN SGD/ME nº 1/2019) ....................................... 5
1.2 Diretrizes específicas de planejamento da contratação ...... 12
1.3 Histórico do planejamento.................................................. 20
1.4 Transparência ...................................................................... 21
Unidade 2: O processo de Seleção do Fornecedor ........................... 24
2.1 Visão geral ........................................................................... 24
2.2 Estratégias estabelecidas no Termo de Referência 
ou Projeto Básico (TR/PB) ......................................................... 26
Unidade 3: Competências e responsabilidades na fase 
de Seleção do Fornecedor de TIC (SFTIC) ......................................... 29
3.1 Responsabilidades da área de licitações ............................. 29
3.2 Responsabilidades da Equipe de Planejamento 
da Contratação (EPC) ................................................................ 30
3.3 Reduzindo os riscos durante a fase de Seleção 
do Fornecedor .......................................................................... 32
Referências ..................................................................................... 35
Sumário
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Neste módulo você conhecerá alguns aspectos relativos ao Planejamento da Contratação de TIC 
(PCTIC) a que devemos dar atenção especial. Também, conhecerá o processo padronizado da fase 
de Seleção do Fornecedor de Soluções de TIC e as responsabilidades da Equipe de Planejamento 
da Contratação (EPC).
Unidade 1: Aspectos importantes do processo de 
Planejamento da Contratação de Soluções de TIC
🎯 Objetivo de aprendizagem
Ao final da unidade, você será capaz de reconhecer aspectos importantes da fase de Planejamento 
da Contratação e conhecer a fase de Seleção do Fornecedor de Soluções de Tecnologia da 
Informação e Comunicação (TIC)
1.1 Vedações da Instrução Normativa nº 1, de 4 de abril de 2019, 
da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia (IN 
SGD/ME nº 1/2019) 
Existem algumas vedações relativas a contratações de TIC às quais devemos dar a devida atenção 
ao longo do Planejamento da Contratação de TIC (PCTIC) para qualificar o nosso planejamento e 
eliminar o risco de inconformidades legais. Algumas já estudamos nos módulos anteriores. 
Vamos apresentar neste tópico uma compilação dessas vedações.
Vedações do art. 3º da IN SGD/ME nº 1/2019
O art. 3º estabelece duas vedações, conforme o quadro a seguir:
 + I - mais de uma solução de TIC em um único contrato, devendo o órgão ou entidade 
observar o disposto nos §§ 2º e 3º do art. 12; e..
No caso de identificarmos mais de um objeto necessário ao atendimento da 
M
ód
ul
o Aspectos importantes do PCTIC e 
a Fase de SFTIC4
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/instrucao-normativa-sgd-me-no-1-de-4-de-abril-de-2019
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
necessidade de negócio que estamos querendo atender, devemos realizar o disposto 
no art. 12, §§ 2º e 3º da IN SGD/ME nº 1/2019, conforme estudamos em módulo 
anterior.
Em muitos casos é necessário realizar um planejamento - ou uma instância do PCTIC 
- para cada uma das soluções identificadas.
 + II - o disposto no art. 3º do Decreto nº 9.507, de 2018, inclusive gestão de processos 
de TIC e gestão de segurança da informação.
Atividades que fazem parte do rol de serviços não terceirizáveis, assunto que já 
tratamos módulo I.
Vedação do art. 4º da IN SGD/ME nº 1/2019:
Parece óbvio, mas é necessário deixar claro que uma empresa contratada para prestar serviços 
à Administração não pode estar designada para avaliar, mensurar ou fiscalizar seus próprios 
serviços:
Art. 4º Nos casos em que a avaliação, mensuração ou apoio à fiscalização da solução de 
TIC seja objeto de contratação, a contratada que provê a solução de TIC não poderá ser 
a mesma que a avalia, mensura ou apoia a fiscalização. (grifo nosso)
Vedações do art. 5º da IN SGD/ME nº 1/2019:
Estas vedações fundamentam-se na vasta legislação afeita às contratações de TIC, e envolvem 
temas como: risco de responsabilidade subsidiária do Estado em relações trabalhistas, relações 
contratuais, vinculação ao instrumento convocatório e ao núcleo central do objeto, ética no 
serviço público, etc. 
Algumas dizem respeito à execução contratual (fase de Gestão do Contrato de TIC) e não estão 
no escopo deste curso. Vamos relacionar todas e comentar aquelas que de alguma forma estão 
relacionadas ao planejamento da contratação.
Art. 5º É vedado:
 + I - estabelecer vínculo de subordinação com funcionários da contratada;
O art. 17 da IN SGD/ME nº 1/2019 estabelece em seus incisos I (Equipe de Fiscalização 
do Contrato) e II (Preposto da contratada) os papéis de ambas as partes que devem 
7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
interagir ao longo da relação contratual. As ordens e determinações à equipe técnica 
da contratada são responsabilidade do Preposto. 
O TR/PB pode indicar outros papéis importantes de ambas as partes caso isso seja 
necessário para a boa execução do objeto. Mas suas competências devem ser bem 
definidas e a interação entre estes nunca deve ser de subordinação.
Com efeito, o risco maior é o de estabelecer relações informais de subordinação no 
dia-a-dia da execução, presente especialmente em contratos por postos de trabalho, 
modelo que somente deve ser utilizado mediante justificativas, segundo a IN SGD/
ME nº 1/2019 (vide inciso IX do mesmo art. 5º, logo adiante..). O gestor do contrato 
e a equipe de fiscalização, bem como a instituição como um todo, devem coibir esta 
prática, caso identificada. 
 + II - prever em edital a remuneração dos funcionários da contratada;
Em contratações de serviços de TIC, nas planilhas de formação de preços a serem 
apresentadas pelas licitantes durante o certame licitatório, devem constar as 
remunerações da futura equipe que realizará os serviços. 
Mas a estimativa de salários dos técnicos envolvidos nas contratações não compete 
à Equipe de Planejamento da Contratação (EPC), desde que se utilize modelos de 
mensuração dos serviços baseados em métricas, indicadores e entregas efetivamente 
realizadas.
 + III - indicar pessoas para compor o quadro funcional da contratada
Prática a ser reprimida na fase de Gestão do Contrato.
 + IV - demandar a execução de serviços ou tarefas estranhas ao objeto da contratação, 
mesmo que haja anuência do preposto ou da própria contratada
Prática a ser reprimida na fasede Gestão do Contrato. A especificação de serviços 
do objeto da contratação deve ser precisa para evitar interpretações equivocadas.
 + V - reembolsar despesas com transporte, hospedagem e outros custos operacionais, 
que devem ser de exclusiva responsabilidade da contratada;
Essas despesas devem estar inclusas e diluídas pela contratada nos preços unitários 
dos serviços ou das entregas, ao apresentar sua proposta de preços e o reembolso 
não deve ser previsto no TR/PB.
 + VI - prever em edital exigências que constituam intervenção indevida da Administração 
na gestão interna dos fornecedores;
Assim como há atividades estratégicas de governança e gestão que não são passíveis 
de terceirização, a Administração não deve - até mesmo por simples analogia - 
estabelecer regras contratuais que transfiram questões administrativas específicas 
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
da empresa para a gerência do Estado. Por exemplo: relocação de funcionários, 
alteração de processos ou disponibilização de recursos que não digam respeito à 
prestação do objeto, preferências por ferramentas e marcas, etc. 
 + VII - prever em edital exigência que os fornecedores apresentem, em seus quadros, 
funcionários capacitados ou certificados para o fornecimento da solução, antes da 
contratação;
Esta vedação está alinhada a entendimento largamente difundido pelo TCU, a 
exemplo do acórdão nº 1396/2012-Plenário:
9.2.4. a exigência, no subitem 13.4.2 do Edital, da indicação nominal de 
profissionais de nível superior distintos para cada lote da licitação, bem como 
pertencentes ao quadro permanente da empresa proponente, com vínculo 
comprovado mediante cópia da Carteira Profissional de Trabalho ou por meio 
de contrato de prestação de serviços, celebrado de acordo com a legislação 
civil comum, como requisito indispensável para sua habilitação, impõe ônus 
antecipado às proponentes sem a correspondente garantia de que o participante 
venha a ser vencedor do certame, com prejuízo ao princípio da competitividade, 
afrontando o disposto no art. 3º, caput e § 1º, inciso I, da Lei nº 8.666/1993, 
bem como a jurisprudência deste Tribunal consoante Acórdãos nºs 481/2004; 
1.094/2004; 26/2007; 126/2007, todos deste Plenário, Acórdão nº 2.178/2006-
1ª Câmara e Acórdão nº 2.561/2004-2ª Câmara;
Por outro lado, estas exigências devem constar no TR/PB a serem cumpridas quando 
do início da prestação, conforme art. 16, II, “f” e “g”, da IN SGD/ME nº 1/2019.
 + VIII - adotar a métrica homem-hora ou equivalente para aferição de esforço, salvo 
mediante justificativa e sempre vinculada à entrega de produtos de acordo com prazos 
e qualidade previamente definidos;
IX - contratar por postos de trabalho alocados, salvo os casos justificados mediante 
a comprovação obrigatória de resultados compatíveis com o posto previamente 
definido;
Estes dispositivos, presentes desde a primeira versão da norma de contratações 
de TIC do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação 
(SISP) do Poder Executivo Federal - a Instrução Normativa n° 04, de 19 de maio 
de 2008, da antiga Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do extinto 
Ministério do Planejamento (IN SLTI/MP nº 04/2008) - visam garantir que todos 
os contratos de TIC do SISP estejam atrelados a entregas de produtos e resultados 
comprováveis, mitigando o risco de pagamento por mera presencialidade, sem a 
devida contrapartida produtiva para a Administração. 
 + X - fazer referências, em edital ou em contrato, a regras externas de fabricantes, 
fornecedores ou prestadores de serviços que possam acarretar na alteração unilateral 
do contrato por parte da contratada; e
https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/documento/acordao-completo/%2522indica%25C3%25A7%25C3%25A3o%2520nominal%2520de%2520profissionais%2520de%2520n%25C3%25ADvel%2520superior%2520distintos%2520para%2520cada%2520lote%2520da%2520licita%25C3%25A7%25C3%25A3o%2522/%2520/DTRELEVANCIA%2520desc%252C%2520NUMACORDAOINT%2520desc/0/%2520?uuid=ce6bb340-a374-11ea-8819-dd5dbb66b627
9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
É vedação de mecanismo muito comum de licenciamento de software, em que o 
fabricante impõe instrumentos semelhantes a contratos de “adesão” a seus clientes, 
de forma que a relação contratual vincula-se a regras definidas e gerenciadas 
exclusiva e unilateralmente pelo fornecedor, geralmente publicadas em um sítio 
na internet. Este mecanismo não está previsto na legislação que rege os contratos 
administrativos. A vedação decorre do acórdão do Tribunal de Contas da União 
(TCU) nº 2569/2018-Plenário.
 + XI - nas licitações do tipo técnica e preço:
a) incluir critérios de pontuação técnica que não estejam diretamente relacionados 
com os requisitos da solução de TIC a ser contratada ou que frustrem o caráter 
competitivo do certame; e
b) fixar fatores de ponderação distintos para os índices “técnica” e “preço” sem 
que haja justificativa para essa opção. 
Trata-se de fundamentar justificar coerentemente os critérios de pontuação, posto 
que exigências infundadas limitam o caráter competitivo das licitações, como 
veremos logo em seguida.
 + XII - aceitar carta de exclusividade emitida pelos próprios fabricantes, fornecedores 
ou prestadores de serviços, devendo ser observado o disposto no inciso I do art. 25 da 
Lei nº 8.666, de 1993.
A vedação visa adequar a norma ao instrumento adequado de exclusividade em 
casos de inexigibilidade de licitação, conforme previsto na Lei nº 8.666/1993:
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em 
especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser 
fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada 
a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita 
através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em 
que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou 
Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
Outras vedações 
 + Acúmulo de papéis
Art. 10..
§ 4º Os papéis de integrantes da Equipe de Planejamento da Contratação não 
poderão ser acumulados pelo mesmo servidor, salvo quanto aos papéis de 
Integrante Requisitante e Técnico, em casos excepcionais, mediante justificativa 
https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/documento/acordao-completo/*/NUMACORDAO%253A2569%2520ANOACORDAO%253A2018/DTRELEVANCIA%2520desc%252C%2520NUMACORDAOINT%2520desc/0/%2520?uuid=081cb850-a46a-11ea-947f-f37c0b8f0f1d
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
fundamentada nos autos, e aprovados pelo Comitê de Governança Digital do 
órgão ou entidade. 
§ 5º A indicação e a designação da autoridade máxima da Área de TIC para 
integrar a Equipe de Planejamento da Contratação somente poderá ocorrer 
mediante justificativa fundamentada nos autos.
Assunto tratado ao estudar a instituição da Equipe de Planejamento da Contratação 
(EPC). Vale destacar que esta vedação também se aplica ao acúmulo dos papéis de 
fiscal, tópico que diz respeito à fase de Gestão do Contrato, nos termos do art. 29:
Art. 29..
...
§ 3º Os papéis de fiscais não poderão ser acumulados pelo mesmo servidor, 
salvo quanto aos papéis de Fiscal Requisitante e Técnico, em casos excepcionais, 
mediante justificativa fundamentada nos autos, e aprovados pela autoridade 
máxima da Área de TIC.
 + Recusa do papel de gestor ou fiscal
§ 6º O encargo de gestor ou fiscal não poderá ser recusado pelo servidor, que 
deverá reportar ao superior hierárquico as deficiências ou limitações que possam 
impedir o cumprimento do exercício das atribuições.
Questão relativa à gestão contratual, com base no estabelecido na Lei nº 8.027/1990, 
estudada no tópico sobre a instituição da EPC.
 + Especificações excessivas, irrelevantes ou desnecessárias
Art. 13. A definição do objeto da contratação deverá ser precisa, suficiente e 
clara, vedadas especificações que, por excessivas,irrelevantes ou desnecessárias, 
limitem ou frustrem a competição ou a realização do fornecimento da solução.
Esta vedação visa combater a prática do direcionamento para fornecedor ou marca 
específicos. O zelo para obter uma solução vantajosa não deve ser confundido com 
a busca injustificada (e muitas vezes intransigente) e pelo produto que julgamos ser 
o melhor do mercado.
 + Justificativa genérica da contratação
Art. 15...
...
Parágrafo único. A justificativa deve ser clara, precisa e suficiente, sendo 
vedadas justificativas genéricas, incapazes de demonstrar as reais necessidades 
da contratação.
Trata-se de justificar adequadamente a contratação, conforme tratado em módulo 
anterior.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8027.htm
11Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 + Indicação de entidade certificadora
Art. 23...
...
III - a vedação da indicação de entidade certificadora, exceto nos casos 
previamente dispostos em normas da Administração Pública;
Nos casos em que se exijam certificações, devem ser aceitos certificados de qualquer 
instituição legalmente habilitada a fornecê-los.
 + Exigência de relacionamento qualificado com o fabricante
Art. 23...
...
IV - a vedação de exigência, para fins de qualificação técnica na fase de 
habilitação, de atestado, declaração, carta de solidariedade, comprovação de 
parceria ou credenciamento emitidos por fabricantes;
Visa evitar o risco de restrição de competitividade em função do direcionamento 
por parte do fabricante, conforme acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) nº 
1805/2015-Plenário
 + Pontuação relativa a duração de trabalhos
Art. 23...
...
V - a vedação de pontuação com base em atestados relativos à duração de 
trabalhos realizados pelo licitante, para licitações do tipo técnica e preço;
Aqui deve-se privilegiar a utilização das métricas conhecidas para mensuração dos 
serviços para evitar restrição de competitividade, posto que o que buscamos são as 
experiências de resultado e não relações duradouras com esta ou aquela instituição 
contratante. 
Vedações específicas 
As vedações definidas no Anexo da IN SGD/ME nº 1/2019, bem como a relativa a prática de 
preços superiores aos máximos definidos nos Catálogos de Soluções de TIC são diretrizes de 
objetos específicos de contratações de TIC e serão tratadas no tópico seguinte.
https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/documento/acordao-completo/*/NUMACORDAO%253A1805%2520ANOACORDAO%253A2015/DTRELEVANCIA%2520desc%252C%2520NUMACORDAOINT%2520desc/0/%2520?uuid=d8751110-a46e-11ea-aafe-6fa055153fde
https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/documento/acordao-completo/*/NUMACORDAO%253A1805%2520ANOACORDAO%253A2015/DTRELEVANCIA%2520desc%252C%2520NUMACORDAOINT%2520desc/0/%2520?uuid=d8751110-a46e-11ea-aafe-6fa055153fde
12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1.2 Diretrizes específicas de planejamento da contratação
Existem diversas orientações específicas para casos particulares de objetos de contratação de TIC 
que devem ser observadas quando planejamos uma contratação. A Instrução Normativa nº 1, de 
4 de abril de 2019, da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia (IN SGD/ME nº 
1/2019) chama atenção para estas referências em seu art. 40:
Art. 40. O Órgão Central do SISP poderá definir políticas e diretrizes, orientar 
normativamente e supervisionar as atividades de gestão dos recursos de TIC do SISP do 
Poder Executivo Federal.
Vale ressaltar que estas orientações são de observação obrigatória e sobrepõem a competência 
subsidiária da Instrução Normativa nº 5, de 26 de maio de 2017, da Secretaria de Gestão do antigo 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (IN SEGES/MP nº 5/2017) - que dispõe sobre 
as regras e diretrizes do procedimento de contratação de serviços sob o regime de execução 
indireta -, nos aspectos em que eventualmente houver disposições diferentes.
Art. 41. Aplica-se subsidiariamente às contratações de serviços de TIC o disposto nos 
arts. 1º a 18, 33 a 38, e 49 ao 68 da Instrução Normativa SEGES/MP nº 5, de 26 de maio 
de 2017, que dispõe sobre as regras e diretrizes do procedimento de contratação de 
serviços sob o regime de execução indireta no âmbito da Administração Pública Federal 
direta, autárquica e fundacional.
Parágrafo único. Não há aplicação subsidiária se houver tratamento específico em 
norma, guia, manual ou modelo publicados pelo Órgão Central do SISP. (grifo nosso)
Vedações do Anexo da IN SGD/ME nº 1/2019
Comecemos pelas orientações específicas que devemos considerar no nosso planejamento do 
Anexo da própria norma. São elas:
 
https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/instrucoes-normativas/instrucao-normativa-no-5-de-26-de-maio-de-2017-atualizada
13Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 + 1. CONTRATAÇÃO DE LICENCIAMENTO DE SOFTWARE E SERVIÇOS AGREGADOS
Trata dos atuais modelos de licenciamento de uso de software praticados no mercado 
- perpétuo ou temporário (locação ou subscrição) e os cuidados que se deve ter ao 
contratar serviços agregados, tais como atualização de versão, manutenção e suporte 
técnico. Recomenda dimensionar o objeto de acordo com as reais necessidades do 
órgão (de forma gradual, se for o caso), independentemente de práticas comuns de 
venda de serviços desnecessários, em geral desvantajosas para a Administração.
Vedações:
• cobrança retroativa de valores referentes a serviços de suporte técnico 
e de atualização de versões relativa ao período em que o órgão ou 
entidade tenha ficado sem cobertura contratual;
• cobrança de valores para reativação de serviços agregados;
• cobrança de valores relativos a serviço de correção de erros, inclusive 
retroativos, que devem ser corrigidos sem ônus à contratante, durante 
o prazo de validade técnica dos softwares;
• contratação conjugada de serviços de suporte técnico e de atualização 
de versões, quando não houver a necessidade de ambos;
• prática do “registro de oportunidade”, que é quando o distribuidor ou 
fabricante indica a empresa que realizará a venda antes mesmo do 
certame.
 + 2. CONTRATAÇÃO DE SOLUÇÃO DE AUTENTICAÇÃO PARA SERVIÇOS PÚBLICOS DIGITAIS
Vedação:
2.1. É vedada a contratação de soluções de autenticação em aplicações destinadas 
a serviços públicos digitais, salvo nos casos em que o órgão ou entidade tenha 
obtido autorização prévia pelo Órgão Central do SISP.
Esta vedação resulta da disponibilidade de solução de autenticação integrada 
disponibilizada pelo órgão central do Sistema de Administração dos Recursos de 
Tecnologia da Informação (SISP) do Poder Executivo Federal a toda a Administração, 
que utiliza bases do governo para login único do cidadão.
 + 3. CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE DESENVOLVIMENTO, SUSTENTAÇÃO E 
MANUTENÇÃO DE SOFTWARE:
A primeira orientação desta seção é a vedação de contratar serviços de 
desenvolvimento de softwares de atividades de área meio - tais como softwares de 
gestão de Recursos Humanos, ponto eletrônico, portaria, biblioteca, almoxarifado, 
patrimônio, contratos, frotas, Gestão Eletrônica de Documentos (GED) - salvo 
14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
autorizados pelo órgão central do SISP ou pelo Órgão Central do respectivo sistema 
estruturador.
Vedada também expressamente a utilização para fins comerciais de produtos de 
software desenvolvidos no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do SISP em 
decorrência de relação contratual, ou de vínculo trabalhista por parte de terceiros 
ou de agentes públicos.
As demais recomendações cuidam de evitar o pagamento em separado de atividades 
inerentes ao ciclo de vida do software e estabelecimento de patamar de preço para 
presunção de inexequibilidade.
 + 4. CONTRATAÇÃO DE INFRAESTRUTURA DE CENTRO DE DADOS, SERVIÇOS EM NUVEM, 
SALA-COFRE E SALA SEGURA
Recomenda a preferência pela contratação de serviços em nuvem para ampliação de 
datacenter - salvo quando demonstrada inviabilidade no Estudo Técnico Preliminar 
(ETP) -, determinaa observação de normas específicas, condições de garantia de 
portabilidade e conceitua sala segura e sala-cofre.
Estabelece também a seguinte vedação:
4.3. É vedada a contratação para criação ou ampliação de salas-cofre e salas 
seguras, salvo nos casos em que o órgão ou entidade tenha obtido autorização 
prévia do Órgão Central do SISP.
 + 5. CONTRATAÇÃO DE EMPRESAS PÚBLICAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E 
COMUNICAÇÃO
Estabelece que as propostas comerciais em contratações de empresas públicas de 
TIC sejam acompanhadas de demonstrativos detalhados de formação de preços dos 
itens ofertados, incluindo seus respectivos insumos, quantidades e custos.
 + 6. CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE DESENVOLVIMENTO, SUSTENTAÇÃO E 
MANUTENÇÃO DE PORTAIS NA INTERNET
Padroniza para os órgãos do SISP a utilização dos portais institucionais centralizados 
mantidos pelo Poder Executivo Federal, vedando a contratação ou renovação 
de contratos de serviços de desenvolvimento, hospedagem, sustentação ou 
manutenção de portais de informações institucionais, notícias ou prestação de 
serviços do Governo federal, salvo nos casos em que o órgão ou entidade tenha 
obtido autorização do Órgão Central do SISP. A vedação não se aplica a sítios de 
sistemas ou serviços informativos.
 + 7. REQUISITOS E OBRIGAÇÕES QUANTO A SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E 
PRIVACIDADE
Estabelece a obrigatoriedade de definição de requisitos e obrigações de Segurança 
15Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
da Informação e Privacidade (SIP) no TR/PB, bem como sanções administrativas 
correspondentes a eventuais descumprimentos de tais fatores. 
Apresenta uma lista não-exaustiva dos aspectos a considerar, quando se apliquem 
ao objeto a contratar, tais como:
• definições quanto à disponibilidade da solução e garantia da 
continuidade do negócio;
• prevenção de vazamento de dados e de fraudes digitais;
• implementação de processos de gestão de riscos, tratamento de 
incidentes, gestão de mudanças, e gestão de capacidade;
• rastreabilidade e auditoria de SIP;
• controles relativos às políticas de segurança da informação e privacidade;
• segurança do software desenvolvido, criptografia, registros de logs;
• tratamento de dados pessoais, nos termos da Lei nº 13.709, de 14 de 
agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais - LGPD).
Prevê ainda a observância do Guia de Requisitos e de Obrigações quanto à Segurança 
da Informação e Privacidade, publicado pela SGD.
Promessa é dívida: Voltando ao nosso exemplo de contratação do iceberg: de 
acordo com a recomendação do item 4.1. do Anexo da IN SGD/ME nº 1/2019, 
a saber:
4.1. Os órgãos e entidades que necessitem criar, ampliar ou renovar 
infraestrutura de centro de dados deverão fazê-lo por meio da contratação 
de serviços de computação em nuvem, salvo quando demonstrada a 
inviabilidade em estudo técnico preliminar da contratação.
Portanto, considerando que o custo das duas soluções (SN e LP) é bastante 
parecido, e que a segunda inclui a expansão de datacenter, o correto seria 
optar pelos serviços em nuvem (SN)!
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/GuiaRequisitosdeSIparaContratacoesdeTI.pdf
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/GuiaRequisitosdeSIparaContratacoesdeTI.pdf
16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Orientações da Portaria nº 20, de 14 de junho de 2016, da antiga Secretaria de 
Tecnologia da Informação do extinto Ministério do Planejamento (Portaria STI/
MP nº 20/2016):
A Portaria STI/MP nº 20/2016 dispõe sobre orientações para contratação de soluções de 
Tecnologia da Informação no âmbito da APF, e dispõe sobre diretrizes específicas, nos seguintes 
termos:
Art. 1º As contratações de soluções de Tecnologia da Informação (TI) pelos órgãos e 
entidades integrantes do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da 
Informação (SISP) devem:
...
II - observar as boas práticas, vedações e orientações constantes no sítio Orientações 
para Contratação de Soluções de TI, ... do SISP.
Atualmente, estas orientações estão disponíveis na página https://www.gov.br/governodigital/
pt-br/contratacoes/guias-modelos-e-diretrizes-para-contratacoes-de-solucao-de-tic do portal 
Gov.br.
As diretrizes específicas presentes neste sítio são as seguintes:
 + Guia de Contratações de Service Desk 
Diretrizes e boas práticas para a contratação de Serviços de Suporte e Atendimento 
ao Usuário de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), mais especificamente 
demandas de primeiro e segundo níveis, de acordo com a classificação do modelo 
ITIL (Information Technology Infrastructure Library).
 + Diretrizes Gerais
Orientações gerais para contratações de TIC.
 + Diretrizes para a Contratação de Outsourcing de Impressão
Não fazem parte do escopo dessas orientações, contratações que envolvam: serviços 
gráficos, serigrafia, Gestão Eletrônica de Documentos (GED), plotters ou grandes 
formatos, prototipagens em impressoras 3D, impressoras térmicas (para cupom 
fiscal e não fiscal, código de barras, etc), contratações de operadores de reprografia 
e concessões de uso de espaço interno para prestação de serviços de reprografia 
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-20-de-14-de-junho-de-2016-23053549
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/guias-modelos-e-diretrizes-para-contratacoes-de-solucao-de-tic
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/guias-modelos-e-diretrizes-para-contratacoes-de-solucao-de-tic
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/GuiadeServiceDeskv1.pdf
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/Orientacoes_Geraisv.6.pdf
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/BoasPraticasorientacoesevedacoesparacontratacaodeServicosdeOutsourcingdeImpressaorev.1a.pdf
17Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
para usuários externos. 
Anexo Outsourcing de impressão - Planilha modelo de compensação de franquia.
 + Diretrizes para a Contratação de Serviços em Nuvem
Considerando os avanços tecnológicos, a computação em nuvem se tornou uma 
realidade plenamente acessível às organizações, sendo mundialmente adotada por 
empresas e órgãos de governo.
 + Diretrizes para a Contratação de Serviços de Desenvolvimento e Manutenção de 
Sistemas (Fábrica de Software)
As contratações de soluções de software e de serviços de desenvolvimento e 
manutenção de sistemas - também as chamadas Fábricas de Software - devem 
observar as orientações e vedações contidas neste documento.
 + Diretrizes para a Aquisição de Ativos de Tecnologia da Informação e Comunicação
Orientações específicas para a aquisição de Ativos de TIC.
 + Modelo de Composição de Preços nas Contratações com Empresas Públicas Federais 
(SERPRO e DATAPREV)
Orientações aos órgãos e entidades integrantes do SISP nas contratações realizadas 
com o SERPRO e DATAPREV quanto à metodologia de composição de preços.
Modelo para a Contratação de Serviços de TIC
O Modelo de Contratação de Serviços de Operação de Infraestrutura e de Atendimento a 
Usuários de TIC foi elaborado pela SGD/ME em atendimento às recomendações constantes dos 
acórdãos nº 2.037/2019 e nº 1.508/2020 do Plenário do Tribunal de Contas da União (TCU), 
que revelaram deficiências diversas em contratações de serviços de TIC na métrica Unidade 
de Serviço Técnico (UST), realizadas no âmbito do Sistema de Administração dos Recursos de 
Tecnologia da Informação (SISP).
Catálogos de Soluções de TIC com Condições Padronizadas
Os Catálogos de Soluções de TIC com Condições Padronizadas, instituídos pela Instrução Normativa 
SGD/ME nº 202, de 18 de setembro de 2019, contêm itens de contratação de licenciamento de 
grandes fabricantes de software de uso volumoso na Administração, além de outros objetos. 
A Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia (SGD/ME) é responsável por sua 
elaboração e manutenção:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/AnexoOrientacoesOutsourcingdeimpressao_Planilhamodelo_compensacaodefranquia1.xlsxhttps://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/Orientacaoservicosemnuvem.pdf
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/Orientacao_FabricadeSoftwarev.5.pdf
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/orientacoes_ativos-de-tic-v-4.pdf
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/Propostademodelodecontratacoes.pdf
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/Propostademodelodecontratacoes.pdf
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/modelo-de-contratacao-de-servicos-de-operacao-de-infraestrutura-e-de-atendimento-a-usuarios-de-tic
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/modelo-de-contratacao-de-servicos-de-operacao-de-infraestrutura-e-de-atendimento-a-usuarios-de-tic
https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/documento/acordao-completo/*/NUMACORDAO%253A2037%2520ANOACORDAO%253A2019/DTRELEVANCIA%2520desc%252C%2520NUMACORDAOINT%2520desc/0/%2520?uuid=db64c1a0-b18d-11ea-ab92-21693ec053d7
https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/documento/acordao-completo/*/NUMACORDAO%253A1508%2520ANOACORDAO%253A2020/DTRELEVANCIA%2520desc%252C%2520NUMACORDAOINT%2520desc/0/%2520
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/catalogo-de-solucoes-de-tic
18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Art. 39-A. O Órgão Central do SISP manterá base atualizada dos Catálogos de Soluções de 
TIC com Condições Padronizadas no sítio eletrônico oficial do Governo Digital, contendo 
o PMC-TIC. 
§ 1º Será utilizado, como valor máximo da contratação, o PMC-TIC contido na base de 
que trata o caput deste artigo, consultado pelos órgãos e entidades do SISP, na fase de 
Planejamento da Contratação, antes do encaminhamento do processo à área jurídica, e 
no momento que antecede a renovação contratual, conforme disposto no art. 36 desta 
Instrução Normativa. 
...
Sua utilização é obrigatória, nos termos do art. 9º da IN SGD/ME nº 1/2019:
Art. 9º ..
...
§ 7º Caso a solução escolhida, resultante do Estudo Técnico Preliminar, contenha item 
presente nos Catálogos de Soluções de TIC com Condições Padronizadas publicados 
pelo Órgão Central do SISP, os documentos de planejamento da contratação deverão 
utilizar todos os elementos constantes no respectivo Catálogo, tais como: especificações 
técnicas, níveis de serviços, códigos de catalogação, PMC-TIC, entre outros.
...
Como vimos quando estudamos o artefato TR/PB, o Preço Máximo de Compra de Item de TIC 
(PMC-TIC), segundo o art. 2º, XXVII da IN SGD/ME nº 1/2019 é o “valor máximo que os órgãos e 
as entidades integrantes do SISP adotarão nas contratações dos itens constantes nos Catálogos 
de Soluções de TIC com Condições Padronizadas, aplicável para contratações realizadas em todo 
o território nacional”. 
A IN SGD/ME nº 1/2019 estabelece os valores definidos nesses catálogos como um verdadeiro 
teto de preços para seus itens:
19Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Art. 27...
...
Parágrafo único. Nas licitações com objeto que contemple item que conste nos Catálogos 
de Soluções de TIC com Condições Padronizadas, tanto na adjudicação por preço global 
como na adjudicação por item, é vedado aceitar preço superior ao respectivo PMC-TIC, 
salvo hipóteses em que se comprove a vantajosidade para a Administração, devidamente 
justificadas nos autos pela autoridade máxima da Área de TIC.
Portanto, para contratações de objetos que constem em catálogo de soluções de TIC (considerando 
especificações idênticas), o preço final do item só poderá exceder o do catálogo mediante 
justificativa.
Convém advertir também quanto à obrigatoriedade de renegociação de contratos em execução 
cujos preços para tais itens superem aos do catálogo, conforme disposto no art. 36 da IN SGD/
ME nº 1/2019, sendo vedada sua prorrogação, em caso de insucesso dessa renegociação: 
Art. 36. Para fins de renovação contratual...
...
§ 2º Os contratos cujos itens constem nos Catálogos de Soluções de TIC com Condições 
Padronizadas e tenham valores acima do PMC-TIC deverão ser renegociados para se 
adequarem aos novos limites. 
§ 3º É vedada a prorrogação de contratos cuja negociação para ajuste ao PMC-TIC 
resultar insatisfatória, devendo o órgão ou entidade proceder a novo certame licitatório, 
salvo hipóteses em que se comprove a vantajosidade para a Administração, devidamente 
justificadas nos autos pela autoridade máxima da Área de TIC.
Até o momento, incluem acordos corporativos de fornecimento de licenças para dos seguintes 
fabricantes:
•	 Adobe;
•	 Broadcom;
20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
•	 IBM;
•	 Microsoft;
•	 Oracle;
•	 Qlik;
•	 Red Hat;
•	 VMware.
Vamos finalizar este tópico com o seguinte destaque:
Destaque h, h, h, h, 
As diretrizes específicas de planejamento da contratação apresentadas neste 
tópico são de observação obrigatória por parte dos órgãos integrantes do 
Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP) do 
Poder Executivo Federal.
1.3 Histórico do planejamento
Durante todo o ciclo do Planejamento da Contratação de TIC (PCTIC), a Equipe de Planejamento da 
Contratação (EPC) deverá manter um histórico do processo de planejamento, visando concentrar 
informações úteis para auxiliar futuras tomadas de decisão e consultas nos termos do art. 9º, 
§ 6º da Instrução Normativa nº 1, de 4 de abril de 2019, da Secretaria de Governo Digital do 
Ministério da Economia (IN SGD/ME nº 1/2019):
Art. 9º ..
...
§ 6º A Equipe de Planejamento da Contratação deverá manter registro histórico de: 
I - fatos relevantes ocorridos, a exemplo de comunicação e/ou reunião com fornecedores, 
comunicação e/ou reunião com grupos de trabalho, consulta e audiência públicas, 
decisão de autoridade competente, ou quaisquer outros fatos que motivem a revisão 
dos artefatos do Planejamento da Contratação; e
II - documentos gerados e/ou recebidos, a exemplo dos artefatos previstos nesta norma, 
pesquisas de preço de mercado, e-mails, atas de reunião, dentre outros.
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/instrucao-normativa-sgd-me-no-1-de-4-de-abril-de-2019
21Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
É importante registrar também as eventuais decisões tomadas ao longo do processo de 
planejamento - que em geral repercutem em alterações nos artefatos - motivadas pela 
identificação dos riscos relacionados, pois elas representam a efetiva implementação das ações 
de tratamento, especialmente as de mitigação dos riscos reconhecidos.
Portanto, o histórico auxilia os gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e suas 
equipes a manter o conhecimento na instituição e aprimorar os processos de planejamento para 
futuras contratações, consistindo também em um verdadeiro registro de lições aprendidas. 
Pode ser mantido forma de planilhas, repositórios ou sistemas específicos.
1.4 Transparência
A Instrução Normativa nº 1, de 4 de abril de 2019, da Secretaria de Governo Digital do Ministério 
da Economia (IN SGD/ME nº 1/2019) inovou ao ampliar a transparência processual ao final da 
fase de Planejamento da Contratação (PCTIC). 
Já era prática comum a publicação do Termo de Referência ou Projeto Básico (TR/PB) das 
contratações no sítio do Comprasnet, como anexo do edital. Porém, com a publicação da IN SGD/
ME Nº 1/2019, passou a ser obrigatória também a publicação do Documento de Oficialização da 
Demanda (DOD) e do Estudo Técnico Preliminar (ETP):
Art. 34. O órgão ou entidade deverá providenciar a publicação de, pelo menos, os 
seguintes documentos em sítio eletrônico de fácil acesso, observando a legislação 
específica relativa à proteção de informações:
I - Documento de Oficialização de Demanda, Estudo Técnico Preliminar da Contratação, 
Termo de Referência ou Projeto Básico:
a) até a data de publicação do edital da licitação; ou
b) até a data de publicação do extrato de contratação, nos casos de contratação direta; 
ou
c) até a data de assinatura do contrato, nos casos de adesão à ata de registro de preços;
Assim, ficamdisponíveis informações do interesse da sociedade para prática do devido controle 
social. Entretanto, deve-se ter o devido cuidado com informações sensíveis, pois:
Informações classificadas e sensíveis que constem no DOD e no ETP devem ser ocultadas na 
versão para publicação!
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/instrucao-normativa-sgd-me-no-1-de-4-de-abril-de-2019
22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
ATENÇÃO: Esta ocultação inclui qualquer estimativa de valores que conste 
nos artefatos publicados nos termos do art. 34, I, “a” da Instrução Normativa 
nº 1, de 4 de abril de 2019, da Secretaria de Governo Digital do Ministério 
da Economia (IN SGD/ME nº 1/2019), caso a Equipe de Planejamento da 
Contratação (EPC) tenha optado por não os divulgar os valores de referência 
da contratação.
A Lei nº 12.527 - Lei do acesso à informação (LAI) regula o acesso a informações 
previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do 
art. 216 da Constituição Federal. 
O Decreto nº 7.724 regulamenta a LAI e define os procedimentos para 
classificação da informação por parte das instituições no Poder Executivo 
Federal.
Informações sensíveis devem ser classificadas por comissões designadas nos 
órgãos para manter o devido controle sobre tais informações.
Para quem vai realizar um Planejamento da Contratação de TIC (PCTIC), pode ser bastante útil 
utilizar documentos publicados ou mesmo de contratações anteriores do próprio órgão para 
inspirar o seu processo, pois:
Destaque h, h, h, h, 
É uma boa prática utilizar artefatos de qualidade produzidos por outros colegas 
como paradigmas para o nosso planejamento. 
Por outro lado, o emprego do famoso “copy-cola” sem um exame e 
contextualização judiciosos prejudica a qualidade dos artefatos e demonstra 
desídia e incompetência!
Antes de terminar, uma reflexão: Por que não publicamos o Mapa de Gerenciamento de Riscos 
(MGR) da contratação que construímos ao longo do Planejamento da Contratação de TIC (PCTIC) 
juntamente com os outros artefatos? Porque, comumente:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
23Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Destaque h, h, h, h, 
O Mapa de Gerenciamento de Riscos (MGR) contém informações sensíveis, 
que podem ser utilizadas por pessoas mal-intencionadas e causar prejuízos a 
instituições, autoridades e servidores. Por isso o MGR não deve ser publicado!
Com estes importantes destaques finalizamos esta unidade. 
E também nossos estudos do PCTIC. Em seguida, veremos o processo de Seleção do Fornecedor 
nos casos de contratações de TIC, pois os trabalhos da EPC ainda não estão concluídos!
24Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 2: O processo de Seleção do Fornecedor
🎯 Objetivo de aprendizagem
Ao final da unidade, você será capaz de reconhecer o processo de Seleção do Fornecedor de 
Soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do Sistema de Administração dos 
Recursos de Tecnologia da Informação (SISP) do Poder Executivo Federal
2.1 Visão geral
Vamos contextualizar a fase de Seleção do Fornecedor de Soluções de Tecnologia da Informação 
e Comunicação (TIC) - ou simplificando: Seleção do Fornecedor de TIC (SFTIC) - em relação ao 
Modelo de Contratação de Soluções de TIC (MCTIC), assistindo à animação a seguir.
Animação: SFTIC e seus marcos ou artefatos.
No diagrama a seguir representamos a fase de Seleção do Fornecedor de Soluções de TIC (SFTIC) 
para a maioria dos casos de contratações de soluções de TIC:
25Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 
Figura 24 - Fase de SFTIC
Esta modelagem representa o processo genérico de Seleção do Fornecedor com base nas 
normas vigentes, com um nível de abstração suficiente para os nossos estudos. Esse processo, 
em suas fases interna e externa, é conduzido pela área de licitações do órgão, e - como vimos - 
normalmente ocorre na modalidade pregão.
Tal é o disposto na Instrução Normativa nº 1, de 4 de abril de 2019, da Secretaria de Governo 
Digital do Ministério da Economia (IN SGD/ME nº 1/2019):
Art. 25. A fase de Seleção do Fornecedor observará as normas pertinentes, incluindo o 
disposto na Lei nº 8.666, de 1993, na Lei nº 10.520, de 2002, no Decreto nº 9.507, de 
2018, no Decreto nº 3.555, de 2000, no Decreto nº 5.450, de 2005, no Decreto nº 7.174, 
de 2010, e no Decreto nº 7.892, de 2013, e respectivas atualizações supervenientes.
Parágrafo único. É obrigatória a utilização da modalidade Pregão para as contratações 
de que trata esta Instrução Normativa sempre que a solução de TIC for enquadrada 
como bem ou serviço comum, conforme o disposto no § 1º, art. 9º do Decreto nº 7.174, 
de 2010.
Art. 26. A fase de Seleção do Fornecedor inicia-se com o encaminhamento do Termo de 
Referência ou Projeto Básico pela Área de TIC à Área de Licitações e encerra-se com a 
publicação do resultado da licitação após a adjudicação e a homologação.
Art. 27. Caberá à Área de Licitações conduzir as etapas da fase de Seleção do Fornecedor.
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/instrucao-normativa-sgd-me-no-1-de-4-de-abril-de-2019
26Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Vale lembrar que o Decreto nº 5.450/2005 foi revogado pelo novo decreto que regulamenta o 
pregão eletrônico, o Decreto nº 10.024, de 20 de setembro de 2019. 
 
2.2 Estratégias estabelecidas no Termo de Referência ou Projeto 
Básico (TR/PB)
Como vimos ao estudar o Termo de Referência ou Projeto Básico (TR/PB), há uma série de 
escolhas que devem ser realizadas ao longo do planejamento que serão importantes para que a 
equipe da área competente da instituição realize a contratação.
Os artigos 12 a 24 da IN SGD/ME nº 1/2019 definem as informações que compõem o artefato, 
dentre as quais aquelas que a equipe da área de licitações precisa para construir os artefatos de 
sua responsabilidade, tais como o edital e a minuta de contrato. 
As principais informações necessárias para que a área responsável defina a estratégia para a 
seleção do fornecedor e que deve constar no TR/PB construído pela Equipe de Planejamento da 
Contratação (EPC) são:
• definição do objeto;
• códigos Catmat e/ou Catser; 
• definição e justificativa para divisão ou não em itens e lotes;
• adequação orçamentária;
• descrição da solução de TIC;
• especificação dos requisitos da contratação;
• definição das responsabilidades das partes;
• em caso de opção por Sistema de Registro de Preços (SRP), definição das 
responsabilidades do órgão gerenciador;
• valores mínimo e máximo de referência;
• condições de habilitação técnica (qualificação da empresa e da equipe, em caso de 
prestação de serviços);
• itens em que houver incidência de margens de preferência, se for o caso;
• exigência ou não de vistoria para participação no certame;
• regime de execução do contrato;
• tipo e modalidade da licitação;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D10024.htm
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/instrucao-normativa-sgd-me-no-1-de-4-de-abril-de-2019
27Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• índice de correção monetária;
• admissibilidade de consórcio e/ou subcontratação;
• procedimentos e critérios para realização de teste ou verificação de amostra do 
objeto ou de Prova de Conceito, caso a EPC tenha optado pelo seu emprego.
Façamos ainda algumas observações importantes:
 + Índice específico de correção monetária
No TR ou PB deve-se prever o índice a ser utilizado para correção monetária 
dos valores contratuais, que será transcrito para o contrato como cláusula de 
reajustamento. 
A IN SGD/ME nº 1/2019 estabeleceu a obrigatoriedade de utilizar o Índice de Custos 
de Tecnologia da Informação (ICTI):
Art. 24. Nas contratações de serviços de Tecnologia da Informação em que haja 
previsão de reajuste de preços por aplicação de índice de correção monetária, 
é obrigatória a adoçãodo Índice de Custos de Tecnologia da Informação - ICTI, 
instituído pela Portaria GM/MP nº 424, de 7 de dezembro de 2017, e mantido 
pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA.
 + Apresentação de preços por item na proposta dos licitantes
Em relação às ofertas dos fornecedores, convém citar o art. 12, § 4º da IN SGD/
ME nº 1/2019, que trata da proposição de preços por item em licitações por preço 
global:
§ 4º Nas licitações por preço global, cada serviço ou produto do lote deverá estar 
discriminado em itens separados nas propostas de preços, de modo a permitir a 
identificação do seu preço individual na composição do preço global, e a eventual 
incidência sobre cada item das margens de preferência para produtos e serviços 
que atendam às Normas Técnicas Brasileiras - NTB, de acordo com o art. 3º, § 5º 
da Lei nº 8.666, de 1993.
 + Possibilidade de sigilo de valores de referência
Para finalizar, destacamos que o Decreto nº 10.024, de 20 de setembro de 2019 
(regulamento do pregão eletrônico), trouxe a seguinte orientação:
Art. 15. O valor estimado ou o valor máximo aceitável para a contratação, se não 
constar expressamente do edital, possuirá caráter sigiloso e será disponibilizado 
exclusiva e permanentemente aos órgãos de controle externo e interno.
§ 1º O caráter sigiloso do valor estimado ou do valor máximo aceitável para a 
contratação será fundamentado no § 3º do art. 7º da Lei nº 12.527, de 18 de 
novembro de 2011, e no art. 20 do Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D10024.htm
28Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
§ 2º Para fins do disposto no caput, o valor estimado ou o valor máximo 
aceitável para a contratação será tornado público apenas e imediatamente após 
o encerramento do envio de lances, sem prejuízo da divulgação do detalhamento 
dos quantitativos e das demais informações necessárias à elaboração das 
propostas.
§ 3º Nas hipóteses em que for adotado o critério de julgamento pelo maior 
desconto, o valor estimado, o valor máximo aceitável ou o valor de referência para 
aplicação do desconto constará obrigatoriamente do instrumento convocatório.
Assim sendo, em caso de pregão eletrônico, não é obrigatório que a Administração 
divulgue os valores de referência da contratação quando da publicação do edital 
(observada a exceção do §3º, acima), devendo a Equipe de Planejamento da 
Contratação (EPC) avaliar a razoabilidade de mantê-los em sigilo, diante do risco da 
prática de sobrepreço, como vimos ao estudar a etapa de elaboração do TR/PB.
Convém observar também que, em relação ao pregão presencial, a jurisprudência 
do Tribunal de Contas da União (TCU) também admite esta possibilidade, posto 
que a Lei nº 10.520/2002 não inclui o orçamento estimado no rol de elementos 
obrigatórios a constar no edital (vide acórdão nº 2080/2012-Plenário).
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10520.htm
https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/documento/acordao-completo/ac%25C3%25B3rd%25C3%25A3o%25202080%252F2012/%2520/DTRELEVANCIA%2520desc%252C%2520NUMACORDAOINT%2520desc/0/%2520
29Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 3: Competências e responsabilidades na fase de 
Seleção do Fornecedor de TIC (SFTIC)
🎯 Objetivo de aprendizagem
Ao final da unidade, você será capaz de reconhecer a responsabilidade da Equipe de Planejamento 
da Contratação (EPC) durante a fase de Seleção do Fornecedor de Soluções de TIC (SFTIC)
3.1 Responsabilidades da área de licitações
A área de Licitações do órgão é a competente por conduzir o processo do Seleção do Fornecedor 
de TIC (SFTIC), contando com o devido apoio da Equipe de Planejamento da Contratação (EPC) e 
da área jurídica, nos termos da legislação afeita às licitações e contratos. O art. 27 da Instrução 
Normativa nº 1, de 4 de abril de 2019, da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia 
(IN SGD/ME nº 1/2019) corrobora esta competência, como não poderia deixar de ser:
Art. 27. Caberá à Área de Licitações conduzir as etapas da fase de Seleção do Fornecedor.
De acordo com o nosso diagrama de processo da fase de SFTIC, o quadro a seguir relaciona as 
atividades de responsabilidade da área de licitações do órgão:
Analisar o Termo de Referência ou Projeto Básico (TR/PB) e o processo de contratação como 
um todo, recebido pela Equipe de Planejamento da Contratação (EPC). 
Caso a área tenha identificado supressões ou incorreções no processo e seus artefatos, deve 
devolvê-lo à EPC para que esta realize os devidos ajustes.
Elaborar a documentação necessária, em geral as minutas do edital e do contrato.
Encaminhar o processo para a área jurídica, que emitirá parecer sobre sua conformidade.
Caso haja recomendações acerca do edital, contrato ou outro aspecto processual de sua 
responsabilidade, efetuar as adequações pertinentes.
Realizar audiência pública, caso previsto ou necessário.
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/instrucao-normativa-sgd-me-no-1-de-4-de-abril-de-2019
30Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Providenciar a publicação dos artefatos de planejamento da contratação (Documento de 
Oficialização da Demanda - DOD, Estudo Técnico Preliminar - ETP e Termo de Referência ou 
Projeto Básico (TR/PB):
• antes ou por ocasião da publicação do instrumento convocatório;
• antes da publicação da ratificação da contratação em caso de inexigibilidade. 
Analisar e responder possíveis questionamentos e impugnações, com apoio da EPC, caso 
necessário.
Realizar a sessão pública, se for o caso.
Realizar a habilitação das empresas que cumprirem os respectivos requisitos e declarar o 
vencedor do certame.
Analisar e decidir motivadamente sobre possíveis recursos, com participação da EPC e da 
área jurídica, caso necessário.
Adjudicar ou providenciar a adjudicação - caso haja recursos - por parte da autoridade 
competente da área administrativa.
Diligenciar para a homologação e publicação do resultado da contratação ou da ratificação, 
em caso de inexigibilidade.
3.2 Responsabilidades da Equipe de Planejamento da 
Contratação (EPC)
A EPC atua no que diz respeito às questões técnicas relativas a ajustes, dúvidas, questionamentos 
ou impugnações, em apoio à área de licitações do órgão que, como vimos, conduz o processo. 
O art. 28 da IN SGD/ME nº 1/2019 relaciona as atividades da fase de SFTIC de responsabilidade 
da EPC: 
Art. 28. Caberá à Equipe de Planejamento da Contratação, durante a fase de Seleção do 
Fornecedor:
...
Estas atividades estão definidas nos incisos deste artigo, que detalhamos no quadro a seguir:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/instrucao-normativa-sgd-me-no-1-de-4-de-abril-de-2019
31Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 + I - analisar as sugestões feitas pelas Áreas de Licitações e Jurídica para o Termo de 
Referência ou Projeto Básico e demais documentos de sua responsabilidade;
A EPC é responsável por responder os apontamentos do parecer jurídico relativos 
ao Termo de Referência ou Projeto Básico (TR/PB), realizando os devidos ajustes e 
adequações. 
No expediente de resposta ao parecer jurídico a EPC deve:
a) Apontar as recomendações acolhidas e indicar a alteração correspondente 
realizada no TR/PB para sua satisfação;
b) Justificar as razões para cada recomendação não acolhida, se houver.
 + II - apoiar, em sua área de atuação, o pregoeiro ou a Comissão de Licitação na resposta 
aos questionamentos ou às impugnações dos licitantes; e
Considerando que boa parte dos questionamentos que surgem durante o certame 
licitatório dizem respeito a dúvidas técnicas dos licitantes, bem como a decisões que 
a EPC tomou durante o Planejamento da Contratação de TIC (PCTIC), é necessário 
que a equipe esteja disponível para apoiar a área responsável, respondendo às 
demandas de sua competência.
 + III - apoiar tecnicamente o pregoeiro ou a Comissão de Licitação na análise e julgamento 
das propostase dos recursos apresentados pelos licitantes e na condução de eventual 
verificação de Amostra do Objeto.
A EPC também é responsável por auxiliar a área responsável a dirimir dúvidas relativas 
à habilitação ou pontuação técnica das participantes, bem como nas respostas aos 
recursos apresentados pelas licitantes. 
Provas de conceito, se previstas, deverão ser conduzidas pela área responsável com 
a presença da EPC, podendo contar com a participação de equipes de apoio ou de 
especialistas previamente designados.
Vale destacar que:
Destaque h, h, h, h, 
Os procedimentos para realização de teste de amostras e provas de conceito 
devem estar detalhados em apêndice ou anexo do Termo de Referência ou 
Projeto Básico (TR/PB).
32Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3.3 Reduzindo os riscos durante a fase de Seleção do Fornecedor
A Instrução Normativa nº 1, de 4 de abril de 2019, da Secretaria de Governo Digital do Ministério 
da Economia (IN SGD/ME nº 1/2019) estabelece a responsabilidade de realizar o gerenciamento 
de riscos durante a fase de SFTIC:
Art. 38. ..
...
§ 2º Durante a fase de Seleção do Fornecedor, o Integrante Administrativo com apoio 
dos Integrantes Técnico e Requisitante deve proceder às ações de gerenciamento dos 
riscos e atualizar o Mapa de Gerenciamento de Riscos.
Existem diversos riscos que podemos definir como recorrentes em processos de seleção de 
fornecedores. 
O quadro a seguir relaciona os riscos mais comuns da fase de SFTIC, para os quais a equipe 
responsável pelo certame da Área de Licitações da instituição e a Equipe de Planejamento 
da Contratação (EPC) - e especialmente o integrante administrativo - devem sempre atentar, 
definindo e implementando as devidas ações de tratamento, como vimos no módulo anterior: 
 + Sobrepreço
O risco de sobrepreço está presente em quase todos os processos licitatórios, 
independentemente da modalidade. Há várias ações de mitigação que podem ser 
empregadas, entre elas:
• a revisão das pesquisas e estimativas de preços e verificação de sua 
adequação à Instrução Normativa nº 73, de 5 de agosto de 2020, da 
Secretaria de Gestão do Ministério da Economia (IN SEGES/ME nº 73/2020);
• a opção pelo caráter sigiloso do valor estimado ou do valor máximo 
aceitável da licitação;
• a ampla publicidade do certame, visando evitar a combinação prévia de 
preços por parte dos licitantes;
• etc.
O Tribunal de Contas da União (TCU) recomenda a utilização de uma “cesta de 
preços” que amplie a amostra que fundamenta a definição dos valores referenciais. 
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/contratacoes/instrucao-normativa-sgd-me-no-1-de-4-de-abril-de-2019
https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/instrucoes-normativas/instrucao-normativa-no-73-de-5-de-agosto-de-2020
33Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Tal é, por exemplo, a indicação do Acórdão 819/2009-TCU-Plenário:
1.7.2. faça o orçamento do objeto a ser licitado com base em ‘cesta de preços 
aceitáveis’ oriunda, por exemplo, de pesquisas junto a cotação específica com 
fornecedores, pesquisa em catálogos de fornecedores, pesquisa em bases 
de sistemas de compras, avaliação de contratos recentes ou vigentes, valores 
adjudicados em licitações de outros órgãos públicos, valores registrados em 
atas de SRP e analogia com compras/contratações realizadas por corporações 
privadas, desde que, com relação a qualquer das fontes utilizadas, sejam 
expurgados os valores que, manifestamente, não representem a realidade do 
mercado, à luz do art. 6º, inc. IX, alínea ‘f’, da Lei nº 8.666/93 (nessa linha, itens 
32 a 39 do voto do Acórdão nº 2.170/2007-P); 
 + Licitação deserta ou fracassada
A licitação deserta é caracterizada pela falta de interessados no certame. Já a 
fracassada é quando nenhum licitante consegue se habilitar ao fornecimento.
Ambos ocorrem principalmente devido à utilização de modelos de execução 
descolados da realidade do mercado, ao exagero nas exigências técnicas, ou à falta 
de devida publicidade ao certame, principalmente junto ao nicho de mercado que 
se deseja mobilizar.
Ações de contingência incluem ampla publicidade ao edital e revisão das estratégias 
de contratação - por exemplo o adequado parcelamento - em vista das práticas 
comuns de mercado. 
Um mecanismo bastante efetivo para adequação das condições de prestação à 
realidade do mercado, e consequente estímulo à participação das empresas, é a 
realização de audiência ou consulta pública.
 + Excesso de manifestações dos licitantes
Um risco comum é de haver quantidade elevada de questionamentos, impugnações 
e recursos por parte dos competidores. Em alguns casos, visando até mesmo 
inviabilizar o processo de contratação.
Ações comuns para mitigar este risco incluem, por exemplo: 
• revisão das especificações técnicas por especialistas imparciais;
• sessões de brainstorming das equipes, no intuito de identificar possíveis 
fragilidades das especificações e modelos;
• opinião de colegas quanto à clareza e razoabilidade dos modelos adotados;
https://contas.tcu.gov.br/juris/SvlProxyHighlight?base=RELACAO&ano=2009&numero=819&colegiado=P&relator=WALTON%20ALENCAR
34Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• realização de audiência ou consulta pública;
• observação rigorosa das diretrizes e recomendações publicadas pelo órgão 
central do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da 
Informação (SISP) do Poder Executivo Federal;
• etc. 
 + Prejuízo à competitividade
São diversas as causas que podem levar a este risco e que podem ser combatidas na 
atividade de avaliação do TR/PB e do processo como um todo, tais como:
• opção indevida ou injustificada por inexigibilidade ou dispensa;
• indivisibilidade indevida da solução em itens ou lotes;
• direcionamento das especificações técnicas. 
Destaque h, h, h, h, 
De toda forma, uma razão muito comum para ocorrência desses riscos 
é a insuficiência de prazo para realização de um bom planejamento, 
comprometendo sua qualidade.
Até mesmo para realizar um bom certame licitatório necessita-se de prazo adequado para que 
a equipe responsável pela seleção do fornecedor conheça suficientemente os pormenores do 
objeto e as expectativas dos demandantes. Muitas vezes é necessário lançar mão de suspensões, 
remarcações e negociações que exigem algumas dilações de prazos para maximizar a qualidade 
da seleção. 
Com estes alertas para os riscos mais comuns da fase de SFTIC, chegamos ao final do nosso curso.
Espero que nossos estudos tenham sido úteis para você e 
sirvam como um bom princípio para quem está iniciando no 
assunto ou um bom instrumento para aprimorar as práticas de 
planejamento em contratações de TIC para aqueles que já as 
conheciam. 
Boa sorte a todos nós nos nossos planejamentos de contratações 
de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)!
35Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 31000:2018: Gestão de riscos - 
Diretrizes. Rio de Janeiro, 2018.
BRASILIANO, Antônio Celso Ribeiro. Resposta aos riscos corporativos – método brasiliano. São 
Paulo: Sicurezza, 2009.
BRESSER-PEREIRA, L. C., Do estado patrimonial ao gerencial. In: Pinheiro, P. S.; Wilheim, J.; Sachs, 
I. (Orgs.), Brasil: Um Século de Transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001: p. 222-259.
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um guia do Conjunto de Conhecimentos do Gerenciamento 
de Projetos - PMBoK. 5a. ed. Newtown Square: PMI Publications, 2013. 
	Unidade 1: Aspectos importantes do processo de Planejamento da Contratação de Soluções de TIC
	1.1 Vedações da Instrução Normativa nº 1, de 4 de abril de 2019, da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia (IN SGD/ME nº 1/2019) 
	1.2 Diretrizes específicas de planejamento da contratação
	1.3 Histórico do planejamento
	1.4 Transparência
	Unidade 2: O processo de Seleção do Fornecedor
	2.1 Visão geral
	2.2 Estratégias estabelecidas no Termo de Referênciaou Projeto Básico (TR/PB)
	Unidade 3: Competências e responsabilidades na fase de Seleção do Fornecedor de TIC (SFTIC)
	3.1 Responsabilidades da área de licitações
	3.2 Responsabilidades da Equipe de Planejamento da Contratação (EPC)
	3.3 Reduzindo os riscos durante a fase de Seleção do Fornecedor
	Referências

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