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Ortodontia em Odontopediatria

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Noções básicas de Biomêcanicas em Ortodontia
Movimento dentário pode ser fisiológico como a irrupção dentária ou movimento dentário ortodôntico 🡪 soluciona as maloclusões. 
1. Movimento dentário fisiológico: Não há presença de força ortodôntica, o movimento ocorre em decorrência das funções normais; As reações teciduais são mais discretas; o movimento dentário é bastante lento e não há presença de sintomatologia dolorosa. 
2. Movimento dentário ortodôntico: é o movimento dentário em resposta a uma força ortodôntica aplicada respeitando princípios biológicos e mecânicos. O movimento é decorrente da força ortodôntica (externa); as reações teciduais são mais extensas; o movimento dentário é mais rápido que o fisiológico; há presença de leve sintomatologia dolorosa, compatível com pericementite. Este tipo de movimento só ocorre se existir o ligamento periodontal. 
Teorias do movimento dentário Ortodôntico: 
1. Teoria da Pressão-tração: baseado no príncipio de que se uma pressão prolongada é aplicada a um dente, haverá remodelação óssea ao redor deste, havendo reabsorção óssea no lado de pressão e aposição óssea no lado de tração. No lado de pressão ocorre ativação dos osteoclastos; diminuição da reprodução celular e aumento de reabsorção óssea alveolar. No lado de tração ocorre: ativação dos osteoblastos, aumento da reprodução celular e aumento da aposição óssea alveolar. 
2. Teoria da Piezoeletricidade: é uma eletricidade de pressão, ou seja, é uma propriedade que alguns materiais cristalinos possuem de converter energia mecânica (deformação mecânica = compressão, tração ou torção) em corrente elétrica. O osso é um material piezoelétrico pois tem colágeno e hidroxiapatita. As áreas de compressão são côncavas, geram cargas elétricas + promoção da reabsorção óssea. As cargas elétricas são formadas na face oposta do osso submetido a uma deformação mecânica, sendo este efeito devido à molécula do colágeno. A remodelagem óssea é controlada pela polaridade, onde cargas positivas  favorecem a ação dos osteoclastos e as cargas negativas a ação dos osteoblastos. Nas áreas de tração 🡪 são regiões convexas em que tem cargas elétricas e promovem deposição óssea. 
3. Teoria do fluxo sanguíneo: A área de pressão provoca uma diminuição do fluxo sanguíneo o que leva uma diminuição da quantidade de O2 e portanto diminuição do pH do meio que gera o aumento na atividades dos osteoclatos e aumento na reabsorção óssea. Na região de tração tudo se aumenta, ou seja, o aumento no PH leva ao aumento da atividade dos osteoblastos e aumento da neoformação. 
4. Teoria da Reação inflamatória: Qualquer tipo de agente pode levar a quebra da homeostasia (estresse celular) o que promove redução do oxigênio recebido, super estimulação celular e deformação estrutural. Esse contexto promove a liberação de vários mediadores químicos como citocinas, produtos do acido araquidônico, e fatores de crescimento. Ou seja, afirma que o movimento ortodôntico é uma conseqüência do processo inflamatório controlado
Tipos de movimentos Ortodônticos:
1. Movimento de inclinação: Movimento de coroa predominantemente na direção da força aplicada. A coroa e a raiz movem-se em sentido oposto em torno de um centro de rotação. Ocorre a presença de duas áreas de pressão e duas áreas de tensão. 
2. Movimento de Translação: Movimento da coroa e da raiz na direção da força aplicada. A coroa e a raiz movem-se no mesmo sentido. É também denominado de movimento de corpo. o dente tem baixa inclinação pois há sobre ele duas forças iguais de mesma intensidade e que contem sentindos opostos e tendem a se anular. Ou seja, o momento de força anula o momento binário devido a posição do braquete. 
3. Movimento de extrusão: pode ser realizado com aparelhos fixos e móveis e é o mais fácil de todos. É o movimento do dente no sentido da irrupção. Não apresenta área de pressão em nenhuma região, somente de tração. 
4. Movimento de intrusão: um dos movimentos mais difíceis de ser realizado. É melhor realizado com aparelho fixo. Introduz o dente no alvéolo. 
5. Movimento de rotação: é o movimento do dente em torno do seu longo eixo. Há grande potencial de recidiva. 
6. Movimento de verticalização: é o movimento predominantemente de raiz no sentido mésio-distal. Apresenta centro de rotação da coroa. É difícil de ser realizado pois requer uma área bastante extensa de reabsorção. 
7. Movimento de tor	que: Predominantemente raiz no sentindo vestíbulo-lingual. O centro de rotação estará no bracket. É difícil de ser realizado pois requer uma área bastante extensa de reabsorção. 
Fatores Importantes no Movimento Dentário Ortodôntico: 
1. Magnitude da Força: precisa ser o mais próximo possível da força natural do dente. A ideal é a capaz de movimentar o dente no menor espaço de tempo com menor dano tecidual e menos desconforto para o paciente 🡪 força ótima. Há casos que mesmo em magnitude de força máxima não se movimenta nada do dente pois não esta no ponto ideal ou mais próxima do real. Força inócua: força cuja magnitude é incapaz de promover o movimento dentário ortodôntico. Força leve  🡪 ocorre reações pontuais de necrose asséptica(ate 100 gramas): é a força cuja magnitude é capaz de promover o movimento dentário ortodôntico e que menos efeito indesejável promove. Ou seja, é capaz de desencadear o processo de reabsorção e neoformação óssea. As alterações vasculares são compatíveis com a atividade celular 🡪 a força serve de estímulo para a atividade celular 🡪 provoca inflamação controlada. Força pesada: Força capaz cuja magnitude é capaz de produzir grande quantidade de área de hialinização na região de compressão do ligamento periodontal. 🡪 pode provocar uma necrose asséptica. 🡪 as alterações vasculares são incompatíveis com a atividade celular, chegando a ocorrer oclusão dos capilares 🡪 força brusca de compressão do ligamento periodontal. Na força pesada (acima de 400 gramas) pode-se observar: dor, alterações radiculares significativas, mobilidade dental intensa, reações pulpares, alterações na crista alveolar significativas. Ocorre reabsorção óssea a distância 🡪 de dentro pra fora, chegando na cortical o dente movimenta bruscamente, caindo assim no vazio. 
Forças leves: a reabsorção ocorre frontal na parede do alvéolo, a maior parte é fisiológica, o padrão do movimento é leve e continuo, a sensação dolorosa esta presente nos primeiros 2 a 3 dias. 
Forças pesadas: o tipo de reabsorção é a distância ou minante, é predominantemente patológica, o movimento é abrupto e com saltos e a sensação dolorosa é grande (se as forças forem contínuas e de longa duração). 
2. Duração da Força: Contínua 🡪 força mantida a um nível considerável de uma consulta para outra. Muito empregada em aparelhos fixos, a intensidade da força tende a decrescer. Ocorre principalmente quando se usa fios e molas de altas flebixilidade, como fios e molar superelásticas. Contínua interrompida 🡪 O declínio de usa intensidade tende a chegar em zero. Ocorre a diminuição da força decorrente da desativaçãi inerente á liga metálica. Esse tipo de força ocorre quando se utiliza fios e molas de aço inoxidável. Intermitente 🡪 Declínio abrupto de sua intensidade que chega a zero de forma intermitente. Ocorre quando o aparelho é removido pelo paciente ou quando o aparelho fixo é desativado temporariamente. Ocorre com aparelhos removíveis elásticos e extra-orais. 
3. Condições anatômicas: volume radicular, implantação óssea, idade do paciente e estrutura óssea. 
4. Condições metabólicas: fatores hormonais, nutricionais e vitamínicos. Condições sistêmicas que alteram o metabolismo ósseo podem interferir no movimento dentário. Exemplo: paciente com diabetes mellitus anormal tem maior propensão à perda de inserção periodontal. hiperparatireoidismo 🡪 aumenta o nível de paratormônio 🡪 aumenta a quantidade de osteoclastos e aumenta a reabsorção óssea. A deficiência de proteínas prejudica a síntese de colágeno. A carência de cálcio pode esta associada a raquitismo ou osteoporose e isso gera fragilidade. A vitamina A 🡪Distribuição e atividade dos osteoclatos e osteoblastos. Vitamina C 🡪 Síntese de colágeno e vitamina D 🡪 Promove a reabsorção de cálcio a nível intestinal. 
Manutenção e recuperação dos espaços na Ortodontia 
Equilíbrio: o dente é mantido em sua posição correta no arco dentário pela ação de uma serie de forças. Se uma dessas forças é alterada ou removida, ocorrem mudanças no relacionamento dos dentes adjacentes, resultando em migração dentária e desenvolvimento dos problemas de espaço. O desequilíbrio pode ser gerado a partir de uma carie dentária, trauma, reabsorção prematura e anquilose. 
Perda Prematura ou precoce refere-se ao estágio de desenvolvimento do dente permanente que sucederá ao dente decíduo perdido. Ou seja, ocorre quando o dente decíduo é perdido antes do sucessor permanente ter começado a erupção (formação coronária completa e formação radicular já iniciada). Para essa avaliação é necessário avaliar a idade dentária, sendo interessante analisar para isso o estágio de Nolla. É considerado perda precoce quando o germe do sucessor estiver aquém do estágio 6 de Nolla. Normalmente, considera-se perda precocente de um dente decíduo quando seu sucessor tem menos de 2/3 da raiz formada. 
O melhor mantenedor de espaço que existe são os dentes decíduos que além da função mastigatória, estética e da fonação são responsáveis pelo estímulo do desenvolvimento dos maxilares e pela manutenção do espaço para os dentes permanentes. 🡪 o perímetro do arco deve ser mantido de preferência por dentes hígidos pois atuam como mantenedores de espaço naturais, proporcionando equilíbrio aos arcos dentários pela preservação dos pontos de contatos proximais e oclusais. 
· Indicação de manutenção de Espaço: 
1. Espaço do dente perdido não tenha sido diminuído. 
2. Presença do sucessor permanente 
3. Prognóstico da analise da dentição mista deve ser favorável. 
· Contra-indicação de Manutenção de Espaço:
1. Quando já tem ocorrido perda de espaço 
2. Ausência do dente permanente sucessor 🡪 esta sendo revista, caso haja ausência pode se pensar em manter o espaço para colocar o implante mais a diante. Caso se pense em fechar o espaço o mantenedor é contra-indicado. 
3. Quando o dente sucessor irá irromoer ate 6 meses da perda do dente decíduo. Esta sendo revista. 
4. Quando analise da dentição mista revela um prognostico desfavorável 
· Requisitos do Mantenedor:
1. Manter a dimensão mésio-distal do dente perdido 
2. Ser funcional, pelo menos para evitar a extrusão do dente antagonista
3. Ser resistente 
4. Ser de fácil confecção e baixo custo 
5. Não lesar os dentes remanescentes e nem sobrecarrega-los com forças excessivas. 
6. Ser de fácil limpeza e não servir de retenção para restos de alimentos
7. Não impedir a erupção do dente sucessor 
8. Não interferir na fisiologia normal, no crescimento e desenvolvimento dos dentes  e processos alveolares. 
· Analise dos fatores gerais para a manutenção dos espaços 
1. Avaliação do tempo decorrido da perda: O ideal é construir o mantenedor antes da extração e coloca-lo na mesma consulta da exodontia. Se houver possibilidade de fechamento de espaços, ocorre geralmente nos primeiros dias ate os 6 meses pós-extração
2. Avaliação do desenvolvimento radicular: A perda prematura muito antes da época normal da esfoliação parece retardar a erupção do sucessor. A perda de um molar decíduo bem próximo de sua época normal de esfoliação parece acelerar a erupção e irrupção do seu sucessor. Sempre necessário que se guie pela idade biológica dentária assim como pela avalição do desenvolvimento radicular. 
3. Avaliação dos espaços do arco: a perda prematura de dentes decíduos em arcos dentários apinhados tem efeito desfavorável. O apinhamento aumenta. Os arcos sem espaços (tipo II  de Baume) apresentam mais problemas com relação as perdas precoces  do que aqueles dentes com espaços interdentários (como o tipo I de baume)
4. Avaliação da quantidade de osso que recobre o dente: o dente movimenta-se 1 mm a cada 4  a 5 meses através do osso 🡪 radiografia interproximal. 
5. Avaliação da sequência de erupção dentária: sequencia desfavorável de erupção: 2 molares inferiores irrompem primeiro que segundos pré-molares inferiores ou 2º molares superiores irrompem primeiro que segundos pré-molares superiores ou caninos superiores. 🡪 isso gera a possibilidade de movimento mesial do 1º molar permanente, diminuindo o perímetro do arco. 
6. Avaliação da possibilidade de erupção retardada: o dente permanente esta desviado de uma trajetória normal de erupção ou ate mesmo parcialmente impactados. 🡪 ocorre erupção retardada. Se houver isso 🡪 extração do decíduo + mantenedor. 
7. Avaliação da presença do sucessor permanente: em casos de agenesia pode se manter o espaço para colocar implantes ou fechar o espaço ortodonticamente. 
· Regiões de 2º Molar decíduo: Em perdas precoces, a maior atenção sempre é dada para as perdas de 2º molar decíduo, visto que estes dentes são chaves nas perdas prematuras. Ocorre maior incidência de fechamento de espaço. Causa mais freqüente: Cárie. Na maxila as migrações são mais extensas e ocorre mais rapidamente que na mandíbula. As migrações mais comuns são os movimentos mesiais do 1º molar permanente, já na mandíbula, os dentes mesialmente ao espaço tende a movimentar para a distal. Consequências: mesialização do 1º molar permanente e extrusão do antagonista. 
Observação: a perda dos molares decíduos antes da irrupção dos primeiros molares permanentes via de regra tem um efeito negativo maior que a perda prematura após os primeiros molares permanente terem alcançado a oclusão. 
Mantenedor alça-banda:
Vantagens: Fácil confecção, mínimo tempo de cadeira e baixo custo
Desvantagens: Não restaura a mastigação e não previne a extrusão do dente antagonista. 
Mantenedor arco lingual: Vantagens: Bastante versátil; mínimo tempo de cadeira, baixo custo.  Desvantagens: Não restaura a mastigação, não previne a extrusão do antagonista e sua confecção é complexa, demandando tempo e treinamento técnico. É indicado para perda posterior bilateral no arco inferior e presença dos incisivos permanentes já irrompido. 
Botão de nance e Barra palatina: Usado para perda posterior bilateral no arco superior. 
Região do 1º do Molar decíduo: os efeitos das perdas prematuras dos primeiros molares decíduos são comparáveis aos dos segundos molares, entretanto eles são menos severos. É questionável a necessidade do mantenedor. Conseqüências: mesialização do 1º molar permanente ou do 2º molar decíduo, distalização do canino decíduo ou extrusão do antagonista. Pode se usar: banda alça, arco lingual e botão de nance. Fatores específicos: é necessário saber se a perda foi antes, durante 🡪 ate aqui se coloca o mantenedor de espaço ou após a irrupção do 1º permanente 🡪 é necessário observar e avaliar a relação oclusal entre 1 º molares permanentes 🡪 se existir um bom encaixe e relação de chave de oclusão só é necessário proservação. Mas se estiverem topo a topo é necessário avaliar a possibilidade de colocar o mantenedor de espaço, pois a grandes possibilidades de migração para mesial se existir um espaço. 
Região de incisivo decíduo: questionável  a necessidade do uso do mantenedor. Quando os incisivos são perdidos prematuramente, a preservação do espaço geralmente não é uma preocupação, desde que os caninos decíduos já estejam em oclusão. Só uso mantenedor se o dente decíduo for perdido antes dos 4 anos. Apesar da perda precoce do incisivo decíduo provocar a inclinação dos dentes adjacentes, o comprimento e a largura do arco permanecem inalterado. As conseqüências: apinhamento dos dentes permanentes e desvio da linha média + perda do comprimento do arco (questionável). Os mantenedores são: PF e PPR.
Os fatores específicos: aspecto estético e psicológico; prevenção à instalação do hábito. 
Região de canino decíduo: A perda prematura de canino decíduo é rara. O mais comum é a perda prematura por reabsorção radicular por causa da irrupção dos incisivos laterais, em casos com discrepânciaexcessiva. É mais freqüente e mais crítica na mandíbula. Casos em que há hipertonicidade do mentoniano e do orbicular inferior deve-se ter cuidado. Se perder o canino decíduo precocentemente de modo unilateral pode provocar os desvios de linha média. Se perder um canino decíduo é necessário retirar o outro canino decíduo para que não ocorra desvio da linha média. Se a perda é bilateral há possibilidade de inclinação dos incisivos inferiores para a lingual com conseqüente aumento de sobremordida e sobressaliência 🡪 deve-se por um arco lingual
Perdas múltiplas: as conseqüências são: perda do comprimento do arco, apinhamento dos permanentes e extrusão dos antagonistas. Os mantenedores mais utilizados são: arco lingual, placa de acrílico e barra palatina. 
Mantenedor Fixo: Vantagens 🡪 ação contínua, não são facilmente perdidos ou quebrados e tem menor dependência de cooperação do paciente quanto ao uso. Desvantagens: Possibilidade dos dentes de suporte apresentarem cárie; Falta de adaptabilidade às mudanças do crescimento. 
Mantenedor Removível: Vantagens 🡪 fácil higienização, impede a extrusão do antagonista e estética é mais favorável, facilita a mastigação e há maior controle sobre cáries. Desvantagens: Possibilidade perda ou quebra, falta de cooperação do paciente quanto ao uso, a ação não é contínua como nos  fixos. 
Recuperação de Espaços: 
Indicações: Um ou mais dentes decíduos perdidos precocemente; quando ocorre perda de algum espaço no arco pelo deslize mesial do 1º molar permanente. Alem de que a analise da dentição mista mostra que se fosse possível recuperar todo espaço que existia, todos os dentes teriam lugar adequado e poderiam ser feitos os ajustes normais na dentição mista. Casos em que há discrepância dentoesquelética negativa sem a perda de dentes precoces exige criação de espaços e não recuperação, ou seja, nunca existiu comprimento suficiente do perímetro do arco. Mas se esta associado a perda de dentes de modo precoce ou fator biológico ambiental exige a recuperação. 
Fatores importantes na recuperação de espaços: observar se a perda é no arco superior ou inferior; idade do paciente; cooperação do paciente e quantidade em milímetros de espaço que se deseja recuperar; posição e o estágio de desenvolvimento do segundo molar permanente 🡪 se o segundo molar permanente não tiver irrompido o prognóstico é bem superior do que em comparação se já tivesse irrompido, ou seja, é um fator limitante para distalizar o primeiro molar permanente quando há perda de espaço na região à frente. 
Aparelhos para a recuperação de espaços: removíveis e fixos. 
· Aparelho recuperador de espaço removível tipo mola simples: Placa de resina acrílica com grampos de retenção Adams ou circunferencial, auxiliares e arco vestibular de Hawley como elementos estabilizadores, e como componente ativo, mola simples ou digital confeccionada com fio de aço de 0,6mm. É indicado para recuperar espaço na região anterior e posterior, superior e inferior. Ativação: Realizada no helicóide, e deve ser de, aproximadamente, metade de face incisal ou oclusal do dente a ser movimentada, a cada 21 dias. 
· Outros tipos de aparelhos removíveis: Com parafuso expansor, com tipo sela fendida, com tipo molar de Benac e pode se usar tipo PLA (Placa lábio ativa). 
· Aparelhos fixos: são indicados nos casos que necessitam de um movimento maior do dente e para pacientes não colaboradores com o aparelho removível. Componentes: braquetes colados nos dentes adjacente, tubos colados nos 1º molares, fio de aço 0.018 em forma de arco ortodôntico e mola de secção aberta. 🡪 indicado para qualquer região pois é um tipo de ancoragem intrabucal, intramaxilar e recíproca. 
Tratamento das Mordidas Abertas
Tratamento precoce: 
1. Prevenir: Identificar e eliminar os fatores etiológicos que possam promover o estabelecimento da mordida aberta. 
2. Interceptar: Eliminar as alterações morfológicas que apresentam-se diferentes das características de normalidade, ou seja, corrigir a mordida aberta antes que maiores alterações morfológicas e psicológicas estejam mais sedimentadas. 
Mordida aberta: ausência localizada de oclusão no sentido vertical de um dente ou um grupo de dentes. É a falta localizada de oclusão enquanto os dentes restantes estão em oclusão. 
1. Quanto à localização, podem ser do tipo:
- Anterior: Localizada na região anterior dos arcos dentários (incisivos e caninos)
- Posterior: Localizada na região pré-molares e Molares  
- Anterior+posterior
0. Quanto ao tipo 
- Dentoalveolar: não comprometimento esquelético com um bom padrão de crescimento facial. Apenas envolviemento dos dentes e processo alveolar. Geralmente tem morfologia circular e circunscrita.  Caracteriza-se por um impedimento no processo ativo de irrupção dentária, geralmente causado por hábitos de sucção, provocando uma redução no crescimento alveolar na região comprometida. A etiologia é ambiental. 
- Esquelética: os pacientes apresentam uma desarmonia no crescimento facial. Há o envolvimento esquelético e não apenas dentário e alveolar. A morfologia é bastante difusa. Ocorre também um impedimento no processo ativo de irrupção dentária, geralmente causado por hábitos de sucção ou respiração bucal. A etiologia primária não é o fator ambiental e apresenta associação com desequilíbrio esqueléticos. Na cefalométria pode se observar que há um tendência anormal de crescimento: rotação mandibular horária; Ângulo goníaco aberto; ramo mandibular muito curto; divergência entre planos palatino e mandibular; aumento na altura facial Antero-inferior (AFAI)
Etiologia: os dentes e ossos alveolares são expostos as forças e pressões antagônicas da função muscular em que serão exercidos pelos lábios, língua e bochechas. 
Principio de equilíbrio de forças: Não haverá alteração morfológica; o equilíbrio entre lábios, bochechas e língua favorece o posicionamento correto dos dentes nos ossos maxilares. O desequilíbrio favorece a alteração morfológica. 
- Fatores etiológicos ambientais: hábitos de sucção, presença de tecidos linfóide hipertrofiados + adenóide (é fator etiológico da mordida aberta devido o pressionamento da língua 🡪 tonsilas hipertrofiadas dificultam a passagem de ar, para respirar melhor coloca a língua para frente, se interpondo entre os incisivos), respiração bucal (nessa condição a criança permanece a maior parte do tempo com a boca aberta e mandíbula abaixada, a língua sai da posição normal e existe  a prevalência do músculo bucinador com diminuição do desenvolvimento transversal do palato com possível mordida cruzada posterior. Além disso, a língua repousa no assoalho bucal se interpondo entre os incisivos, restringido o desenvolvimento vertical dos dentes anteriores), fonação e deglutição bucal atípica e postura anterior da língua em repouso 🡪 atividades atípicas da língua. A interposição lingual pode ser um fator predisponente para a mordida aberta. A postura anterior da língua em repouso é muito mais deletéria que a deglutição e fonação atípica. 
Fatores Etiológicos Gerais: Crescimento esquelético desarmônico e padrão facial (Pacientes com crescimento vertical apresentam maior tendência a manifestar mordida aberta anterior do que pacientes com crescimento horizontal. Pacientes braquiofaciais tem predominância de crescimento no sentindo horizontal e quase nunca desenvolvem mordida aberta anterior em razão de a musculatura ser mais tensa. Padrão mesiofacial: Pode se desenvolver a MAA, mas pode ser autocorrigida, se não houver presença de hábitos secundários. Pacientes dolicofaciais tem crescimento facial vertical e são mais dispostos a desenvolver MAA em razão da musculatura facial ser mais flácida. A gravidade é aumentada pela presença de hábitos deletérios. 
Dentadura decídua: O comprometimento é dentário com pouco envolvimento esquelético. O prognóstico é muito mais favorável. 
Tratamento: Uso da Grade palatina. Pode ser a grade palatina removível que funciona como lembrete para que a criança não sugue o dedo/chupeta e não interponha a língua.   Se a gradepalatina for fixa: impede o hábito de sucção do dedo/chupeta e atua como barreira mecânica impedindo a interposição da língua entre os dentes. 
Dentadura mista: o componente esquelético começa a aumentar devido a persistência dos fatores etiológicos que não foram eliminados na dentadura decídua. A participação esquelética é pouco freqüente, entretanto a prevalência dos componentes esqueléticos é maior que na dentadura decídua. O tratamento é mais complexo. Pode se fazer uso de pontas ativas – esporões 
- De acordo com o trabalho mostrado em aula a grade palatina fixa produz o maior impacto na posição dos incisivos e foi uma boa escolha para a correção precoce da mordida aberta anterior. 
Dentadura Permanente: o componente esquelético é bem maior do que nas demais, podendo ser restrito ao osso alveolar ou ter envolvimento de todo o padrão de crescimento esquelético facial. O tratamento é mais complexo e a estabilidade não é tão satisfatória como aquela da correção precoce. 
Tratamento das Mordidas Cruzadas
Mordidas Cruzadas: São anomalias oclusais caracterizadas pela inversão da relação oclusal entre os dentes superiores e inferiores no sentindo vestíbulo-lingual. Pode ser anterior ou posterior ou ambos (total). 
Classificação quanto à origem:
- Dentária: Ocorre devido à inclinação axial anormal de um ou mais dentes
- Funcional: Ocorre devido a um deslizamento funcional da mandíbula causado por uma interferência oclusal. Toda relação de topo a topo gera uma instabilidade oclusal o que pode levar a deflexão mandibular. Pode ocorrer uma discrepância entre RC e máxima intercuspidação habitual 
- Esquelética: Ocorre devido à presença de uma discrepância óssea entre as bases esqueléticas. 
Diagnóstico Diferencial entre mordidas cruzadas anteriores para saber se é dentário, funcional ou esquelética 🡪 fatores a serem levados em consideração:
- Número de dentes envolvidos 
- Avaliação do perfil parcial do paciente 
- Padrão de oclusão do paciente – alteração em MIH e RC. 
- Relação molar e relação canino 
- Analise do padrão esquelético
· CARACTERÍSTICAS DA MORDIDA CRUZADA ANTERIOR DENTÁRIA: 
- Retenção prolongada de decíduos. 
- Presença de dentes supranumerários 
- Desvio no eixo de erupção do dente com alteração na inclinação axial do dente
- Trauma na região anterior 
🡪 Geralmente há envolvimento de poucos dentes na MC (1, 2 dentes); não existe comprometimento do perfil facial; a trajetória de fechamento da mandíbula é sem desvio; overjet negativo pequeno e localizado; ocorre uma alteração da inclinação axial do dente ou dentes envolvidos na mordida cruzada. Os dados cefalométricos são compatíveis com classe I esquelética. O tratamento é a correção das inclinações axiais dos dentes envolvidos. Opções mecânicas para o tratamento: espátula de madeira, placa com mola digital e plano inclinado (indicado para incisivos superiores cruzados que já estejam completamente erupcionados 🡪 presença de trespasse vertical negativo). A ancoragem do plano inclinado deve ser igual a N + 2 COM 45º  de inclinação. Há duas forças envolvidas: penetração e deslizamento. O tempo de tratamento é curto: 10 a 15 dias e tem baixo custo. Desvantagens: aparelho anti-estetico; a alimentação deve ser pastosa. A força aplicada e a quantidade exata de movimento vestibular do dente cruzado é incontrolável. Ocorre possibilidade de mordida aberta anterior. 
- Mordidas cruzadas anteriores funcionais: há alguma interferência oclusal que gera adaptação funcional da mandíbula. O número de dentes envolvidos é variável; há o comprometimento do perfil facial – perfil normal em RC e prognata em MIH. A trajetória do fechamento da mandíbula apresenta desvios. O overjet é negativo e pequeno. Pode ocorrer uma alteração discreta na inclinação axial dos dentes envolvidos em mordida cruzada. O padrão cefalometrico é compatível com a normalidade 🡪 classe I esquelética. Tratamento: eliminação da interferência oclusal, pode se fazer isso através do ajuste oclusal mecanicamente ou ajuste oclusal por desgaste. O tratamento remove as relações de topo e faz com que não haja discrepância entre MIH e relação cêntrica. 
Mordida cruzada anteriores Esqueleticas: Há uma discrepância entre as bases esqueléticas o que pode ser oriundo de um excesso de crescimento mandibular ou há uma deficiência do crescimento maxilar ou uma associação de ambos. Características clínicas: geralmente todos os dentes anteriores estão envolvidos na mordida cruzada; há um comprometimento do perfil facial – perfil prognata em RC e prognata em MIH; A trajetória de fechamento da mandíbula é sem desvios; o overjet negativo é acentuado 🡪 grande; existe uma alteração compensatória da inclinação axial dos dentes; os dados cefalométricos são compatíveis com classe III esquelética. Tratamento: em casos de dentição decídua, mista e permanente jovem 🡪 disjunção palatal + tração reversa; Em casos que o paciente esta em uma dentição permanente tardia pode se realizar uma cirurgia ortognática ou ortodontia compensatória.

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