Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
HISTÓRIA DE SOBRAL Prof. Me. Luis Carlos Lima História de Sobral NOSSO CONTEÚDO Matérias referentes ao Município de Sobral que tratam sobre seus aspectos históricos, geográficos, literários, políticos, culturais, sociais, administrativos, econômicos, urbanos, educacionais, de saúde, turísticos, de ação social, do patrimônio histórico e outros aspectos com pertinência com o passado e o presente da história do Município. HISTÓRIA DE SOBRAL ASPECTOS GERAIS • As cores da bandeira de Sobral são: amarela, azul, vermelha e detalhes em branco. • Elementos: o sol, fonte de luz e calor, a serra da Meruoca, o Rio Acaraú, a coroa simbolizando a realeza da Princesa do Norte SOBRE SOBRAL: • POPULAÇÃO: Em 2017 a população estimada de Sobral era de 205.529 pessoas • ECONOMIA: • O PIB médio de Sobral é de R$ 20.223,81, • Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) 0,714, sendo este último dado de 2010. • Baseando-se no IDH, Sobral é considerado o segundo município mais desenvolvido do estado do Ceará, atrás apenas de Fortaleza, Capital do Estado. • Considerada a quarta economia do estado perdendo para Fortaleza, Maracanaú e Caucaia, e a 9ª maior economia do interior nordestino SOBRE SOBRAL: • Teritório: Área da unidade territorial: 2.122,897 km². • REGIÃO METROPOLITANA DE SOBRAL • A Região Metropolitana de Sobral (RMS) criada através da Lei Complementar estadual nº 168/2016 de autoria do então deputado Ivo Gomes, foi a terceira no estado do Ceará, junto com a de Fortaleza e a do Cariri. • Constituída por 18 municípios, tendo Sobral como cidade sede, compõe esta Região: Massapê, Senador Sá, Pires Ferreira, Santana do Acaraú, Forquilha, Coreaú, Moraújo, Groaíras, Reriutaba, Varjota, Cariré, Pacujá, Graça, Frecheirinha, Mucambo, Meruoca e Alcântaras A OCUPAÇÃO DA CAPITANIA DO SIARÁ GRANDE A OCUPAÇÃO DA CAPITANIA DO SIARÁ GRANDE • A ocupação efetiva das terras que correspondiam à Capitania do Siará Grande aconteceu somente a partir das últimas décadas do Século XVII, através da penetração da pecuária bovina com a chegada das fazendas criatórias. A doação de sesmarias aos “homens bons” e a consequente repartição dessas terras com seus herdeiros, fez surgir vários núcleos de povoamento no interior, em especial nas margens dos grandes rios, como foi o caso do Acaraú e do Jaguaribe, que se tomaram os principais caminhos naturais de penetração do Ceará Colonial. A atividade pecuarista no Vale do Acaraú tem início em 1697. A OCUPAÇÃO DA CAPITANIA DO SIARÁ GRANDE • As terras cearenses, que não possuíam metais preciosos e nem o solo de massapê, só ingressariam efetivamente na História do Brasil, em um momento em que as regiões litorâneas da Zona da Mata de Pernambuco, Bahia c São Vicente já tinham quase um século de ocupaçfio através do plantation da cana-de-açúcar. Por isso, afirmamos que no Século XVI não houve tentativa de ocupação da Capitania do Siará Grande. O próprio donatário da Capitania Hereditária que corresponde a área litorânea do atual Estado. Antônio Cardoso de Barros nâo tomou posse de suas terras, preferindo ficar em Salvador ocupando o cargo de Provedor-Mor do Governador Geral Tomé de Sousa. A OCUPAÇÃO DA CAPITANIA DO SIARÁ GRANDE • Após a expulsão dos holandeses do nordeste em 1654, em um movimento denominado de Insurreição Pernambucana, o açúcar brasileiro entra cm crise. A presença batava nas Antilhas com o florescimento de sua indústria açucareira naquela região, foi um duro golpe nos exportações nordestinas. Muitos engenhos de pequeno porte fecharam, levando muitos pernambucanos, baianos e alagoanos a migrarem para o interior. Enquanto isso. Portugal mergulhava em uma séria crise econômica, o que contribuiu para um maior fluxo migratório para o interior do Brasil. A pecuária ganhava a preferência como principal atividade, por não demandar altos investimentos, além de pouca mão de obra pouca, não esquecendo que o gado se auto transportava e gerava através da carne, do leite e do couro, a fácil sustentação familiar. AULA 02. A FAZENDA CAIÇARA A FAZENDA CAIÇARA • Os primeiros registros históricos relacionados a região que hoje corresponde a cidade de Sobral, são datadas do Inicio do Século XVIII e se relacionam a doação de sesmarias AOS "homens bom" da Câmara Municipal de Aquiraz, a primeira do Ceará fundada cm 1699. A FAZENDA CAIÇARA • O vereador António da Costa Peixoto recebeu através de Carta Régia datada de 14 de outubro de 1702, o direito de posse a uma sesmaria às margens do Rio Acuraú. Parte dessa sesmaria onde hoje se localiza Sobral foi herdada por sua fllha Apolônia da Costa, CASADA com o sargento-mor Antônio Marques Leitão. Deste casal a propriedade passou, por volta de 1732, para sua filha Quiteria Marques de Jesus como dote de seu casamento com o Capitão Antônio Rodrigues Magalhães. Este último casal fundou a Fazenda Caiçara, que aos poucos foi se transformando em um núcleo avançado de povoamento, com a vantagem de localirar-se no entroncamento das boiadas, originando dai a Estrada da Caiçara que ligava os sertões do norte cearense as terras do Piauí e Maranhão A FAZENDA CAIÇARA • Mas um outro fator de ordem político religioso foi fundamental para o desenvolvimento daquela povoação. Em 1742 o Padre Visitador Lino Gomes Carreia escolheu a povoação da Caiçara para ser a Sede do Curato, uma espécie de pequeno bispado onde seriam periodicamente celebradas missas, casamentos e batizados Eclesiasticamente, a futura cidade de Sobral, já anurcia uma posição importante na região ao se tomar sede da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, passando a receber constantemente os Visitadoros Gerais (representantes do Bispado de Pernambuco). A FAZENDA CAIÇARA • Com a importância religiosa através do Curato não tardou muito o Arraial possuir mais de cinquenta "fogos", ou seja, casas ocupadas. A Coroa Portuguesa havia estabelecido por Ordem Régia de 1766 a exigência mínima de Cinquenta moradias ocupadas para uma povoação ser transformada em município. Nesse ínterim, já tinham sido criadas no interior as Vilas de Icó em 1738, Aracati cm 1748 e Granja em 1773, ligadas ao grande desenvolvimento das chorqueadas. Evoluídas de aldeamentos jesuíticos surgiram Viçosa, Caucaia e Parangaba, todas em 1759. A FAZENDA CAIÇARA • Os índios Arariús, habitantes de uma e da outra margem do Rio Acaraú e que pertenciam a raça Tapuio, não diferente do que aconteceu com os demais nativos da América, depois de muita resistência foram em sua grande maioria exterminados e expulsos. Uns poucos foram escravizados, aldeados ou se missigenaram com os homens pobres devido a falta de mulheres brancas. Apesar de Sobral não constituir um típico aldeamento, ressaltamos que estes representaram possuem grande força para a consolidação da conquista portuguesa AULA 03. Vila Distinta e Real de Sobral Vila Distinta e Real de Sobral • Com a expulsão dos Jesuítas de todo o Reino Português pelo Ministro Marquês de Pombal em 1759, havia claras determinações reais para que as novas Vilas criadas, que não fossem evoluídas dos antigos aldeamentos indígenas fossem classificadas como "Distintas e Reais". DESSA forma, o Despotismo Esclarecido português sob uma visão laica e secular, procuravam dar um tom discriminatório às Vilas emergidas das aldeias e missões, como se estas fossem de segunda categoria e fizessem parte do um passado retrógrado. Vila Distinta e Real de Sobral • Em meados do Século XVIII, Caiçara já se constituía e, um núcleo habitacional considerável. Quando um povoado se desenvolvia era elevado a condição de Vila Vila Distinta e Real de Sobral • Foi nsse contexto que em 5 de julho de 1773. por ordem do Governador de Pernambuco, visto que o Ceará desde 1654 estava subordinado politicamente a vizinha Província, criou a Vila Distinta e Real de Sobral. Os termos "Distinta e Real", como já citamos, estão relacionadas ao fato de ser composta por uma colonização brancae com ares de nobreza. Vila Distinta e Real de Sobral • A denominação Sobral é atribuída a vários hipóteses. Uma delas defende a idéia que o nome foi uma homenagem às origens portuguesas dos fundadores da Vila, que apontam para as regiões portuguesas que usavam o nome de Sobral na Lagoa de Óbtos, no distrito de Viseu, Portugal. AULA 04. FIDELÍSSIMA CIDADE JANUÁRIA DO ACARAÚ 1841 FIDELÍSSIMA CIDADE JANUÁRIA DO ACARAÚ • Com o golpe da maioridade em abril de 1840 teve inicio o longo Segundo Reinado. Um dos articuladores do referido golpe foi o senador cearense José Martiniano de Alencar, que conseguiu barganhar junto ao Partido Liberal uma indicação como presidente da Província do Ceará. FIDELÍSSIMA CIDADE JANUÁRIA DO ACARAÚ • A situação política cearense não era diferente da capital do Império, onde o Partido liberal e Conservador, que se alternavam no poder através do cargo de Presidente do Conselho de Ministros (Primeiro Ministro) e na composição dos Gabinetes Ministeriais, usavam o poder para se beneficiarem das leis e perseguirem seus adversários. FIDELÍSSIMA CIDADE JANUÁRIA DO ACARAÚ • Francisco Xavier Torres, Tenente-Coronel, comandante das Armas do Ceará e ligado ao Partido Conservador, não reconheceu a autotidade do Senador Alencar como o novo governador do Ceará, e depois de retomar do Piauí em dezembro de 1840, onde lutava contra os últimos focos da Balaiada, resolveu ficar em Sobral e não retomar a capital para fazer a formal entrega do cargo. Nesse contexto, motins dos aristocratas rurais “carangueijos” (Conservador) explodiram em virias cidades do interior. O Senador “chimango”(Liberal) se sentiu ultrajado e desafiado, resolveu baixar vários decretos que atingiam os opositores através da suspensão das garantias constitucionais. • A reação do novo governante iria começar por Sobral. FIDELÍSSIMA CIDADE JANUÁRIA DO ACARAÚ • O próprio Senador Alencar foi a Sobral prender os opositores liderados por Xavier Torres. Era o Iníncio da Sedição de Soral. O natal dos sobralenses seria marcado por tiros de canhão. A casa do Senador Liberal Francisco Paula Pessoa, onde hoje funciona o Colégio Santana, serviu de sede para as tropas do governador. Após alguns dias de negociações sem sucesso e dois dias de conflito s, as forças conservadoras foram derrotadas, resultando em mortes e prisões dos líderes. FIDELÍSSIMA CIDADE JANUÁRIA DO ACARAÚ • Em 12 de janeiro de 1841, o Senador Alencar, como forma de agradecimento à fidelidade dos membros do Partido Liberal que lhes deram apoio na Sedição de Sobral, promulgou uma lei províncial que elevou Sobral à condição de Cidade. O nome de Fidelíssima Cidade Januária do Acaraú (uma homenagem à princesa Januária, irmã do Imperador Pedro II. Em 1842, já com os conservadores no comando, o novo presidente do Ceará, José Joaquim Coelho atendeu aos pedidos dos sobralenses e substituiu o nome da cidade de Januária para definitivamente e simplesmente “Sobral” NA PRÁTICA... • 13 – (UVA - 2004.2) Sobral nasceu às margens do rio Acaraú no noroeste do Ceará, em pleno sertão. Mesmo com suas carências, conseguiu crescer, tornando-se importante no estado e incontestável polo de desenvolvimento da região centro-norte, sendo referência na vida política, econômica e cultural do Ceará. • Leia atentamente as considerações sobre Sobral. • Foi da Fazenda Caiçara que nasceu o povoado que deu origem à Vila Distinta e Real de Sobral (1773). O status de cidade veio em 1841, com o nome de Fidelíssima Cidade Januária do Acaraú e, posteriormente Sobral (1842). NA PRÁTICA... • A Fazenda Caiçara foi implantada em terras concedidas em sesmarias ao português Antônio da Costa Peixoto, vereador de Aquiraz em 1702. Posteriormente as terras passaram em heranças e seus filhos sendo a parte herdada por Apolônia, casada com Antônio Marques Leitão a que corresponde ao perímetro da cidade de Sobral. Deste casal a propriedade passou para a folha Quitéria Marques de Jesus, como dote de seu casamento com Antônio Rodrigues Magalhães, o fundador da Fazenda Caiçara. • Desde o início da ocupação do Vale do Acaraú os primeiros povoadores e seus descendentes mantiveram estreita ligação, sobretudo de natureza econômica, com o Maranhão, o Piauí, a Bahia e, principalmente Pernambuco. • Sobral, com a vantagem de localizar-se no entroncamento dos caminhos das boiadas, foi se destacando no interior do Ceará, por meio da criação de gados, da comercialização de carnes, couramas, charques e outros produtos, existindo, no século XVIII, um intenso trânsito entre a Vila de Sobral e o porto do Acaraú. NA PRÁTICA... • O couro e o algodão tornaram-se dois produtos fundamentais na economia sobralense no século XIX. Além do comércio e das atividades agropastoris, Sobral passou a se dedicar, durante o século XX, à atividade industrial. • • Estão corretos: • Somente os itens III e V • Somente o item I • Somente os itens II e IV • Os itens I, II, III, IV e V AULA 05. ECONOMIA COLONIAL E IMPERIAL ECONOMIA COLONIAL E IMPERIAL O Charque • Sobral teve na pecuária sua principal atividade na primeira metade do século XVIII. As "oficinas de salga" que processavam a fabricavam o charque (carne seca) ganhavam importância. Aos poucos um tímido urbanismo surgia em tomo da Igreja Matriz. O Mercado da Came, a Casa da Câmara e Cadeia com o Pelourinho, eram sinais do progresso e importância política. ECONOMIA COLONIAL E IMPERIAL O Charque • Aracati, no litoral, era o principal produtor de charque nessa época. Sobral, Icó, Acaraú, Granja e Camocim tinham destaque no interior ECONOMIA COLONIAL E IMPERIAL O Charque • Havia uma intensa relação comercial de Sobral com Maranhão, Piauí, Bahia e principalmente Pernambuco, para isso muito contribuiu a posição geográfica. A produção local era escoada principalmente pelo porto do Acaraú. Havia também um constante movimento do gado das fazendas próximas que eram levados para o Piauí e Maranhão nas épocas de estiagem, e em períodos de um bom inverno, o gado era levado em forma de comboio, afim de se protegerem contra os saqueadores e ataques indígenas, para Pernambuco e Bahia onde eram vendidos. ECONOMIA COLONIAL E IMPERIAL O Algodão • No final do século XVIII, com o advento da Revolução Industrial Inglesa e a Guerra de Independência Norte-Americana, o algodão passou a ser cultivado em larga eslala se destacando, ao lado do couro, como um importante produto de exportação para a Europa, sobretudo para a Inglaterra. O desenvolvimento da cotonicultura não fez desaparecer a pecuária, embora nessa fase houvesse um declínio das charqueadas cearenses em virtude da concorrência gaúcha. ECONOMIA COLONIAL E IMPERIAL O Algodão • As condiçõcs favoráveis, a necessidade de pouca mão-de-obra, assim como ocorria com a pecuária e a interrupção momentânea da concorrência Norte Americana, explica o destaque e a importância do algodão para Sobral. Com isso, uma classe comercial abastada, que copiava estilo de vida europeu, foi surgindo. Com a assinatura do Tratado de Paris (1783) a Inglaterra reconheceu a independência da sua ex- colônia e foi aos poucm retomando os laços comerciais. No inicio do século XIX o algodão cearense teve uma queda de produtividade. Em meados do mesmo século, com a Guerra da Secessão (1861-1865) nos EUA, houve uma retomado da cotonicultura nordestina. ECONOMIA COLONIAL E IMPERIAL O Algodão • Chegamos a conclusão que Sobral se Insere perfcitamente na afirmação do Historiador Capistrano de Abreu, o qual diria que a ocupação das terras alncarinas se devia ao binómio gado-algodão ECONOMIA COLONIAL E IMPERIAL O café • Em 1747 o aristocrata e "Cristão-novo" José Xerez de Furma Uchoa, opós chegar de umo viagem à França, plantou as primeiras mudas de café no Sítio Santa Úrsula no serra da Meruoca bem próximo a Sobral. Esse foi o primeiro registro da cafeicultura cearense ECONOMIA COLONIAL E IMPERIAL O café • Sobral não teve propriamenteem suas terras o produção do café, mas o fato de áreas próximas como a Serra da Meruoca e também a Ibiapaba passarem a produzir em larga escala, fez da cidade o principal centro coletor e exportador pelos portos de Acaraú e depois Camocim. O café aliado ao algodão e ao couro em forma de artesanato, deram uma nova dinâmica a Sobral no Século XIX, contribuindo decisivamente para a implantação da estrada de Ferro de Sobral (EPS) em 1882, intensificando as relações com Camocim e de lá com os demais portos, através da contratação çipeloclo Governo Imperial de Companhias de Navegação costeira. A Estrada de ferro de Sobral (EPS) • A "Princesa do Norte" se consolidava como centro comercial, administrativo e de serviços, e sua influência se estendia a lodo noroeste da Província, alcançando parte do Piauí. Acaraú e, principalmente, Camocim eram cidades portuárias que se desenvolviam no litoral norte como portas de entrada e saída de produtos comercializados em Sobral. A Estrada de ferro de Sobral (EPS) • Lembramos que a produção do "ouro negro" no Ceará não fazia competição às grandes fazendas do sudeste do Brasil, mesmo assim o produto incrementou o comércio da Província. Em meados de 1870 foi construída a BFB (Estrada de Ferro do Baturité) que foi importante não apenas para trazer o café daquela região serrana, mas, também, para ligar a capital com o interior. Isto demonstra a influência de políticos sobralenscs que ocupavam curgos no Governo Imperial, desejosos não apenas em escoar a produção mas tombem fazer valer os "socorros públicos" aos flagelados da seca que seriam utilizados na construção e reparo da ferrovia. A Estrada de ferro de Sobral (EPS) • Inaugurada no final do século XIX, a EPS constituiu-se fator preponderante no desenvolvimento regional, pelo intercâmbio comercial com a Europa e outros centros urbanos do país, contribuindo para a transformação cultural de Sobral. Os ramais criados até o início do século XX, em direção a Crateús. Piauí e Fortaleza, promoveram a integração regional atendendo a demanda de mercadorias e passageiros. A Estrada de ferro de Sobral (EPS) • A desativação da EFS ocorrida no final da década de 1970. Provocado por uma política equivocada da Ditadura Militar de incentivo aos transportes rodoviários, enfraqueceu a economia do região norte. O urbanismo • O gado, o algodão, as atividades comerciais e industriais trouxeram riqueza para Sobral nos séculos XVIII e pnncipalmente XIX. O urbanismo • A cidade foi se modernizando com vários equipamentos urbanos e culturais. A arquitetura marca sua relevância histórica e artística, constituindo testemunhos visíveis do processo de formação econômica, social e cultural do norte cearense. Destacando-se a construção do Teatro são João e do Teatro Apolo por volta, praças, sobrados, casarões, clubes e gabinetes de leitura. Sobral passaria a representar um importante documento do urbanismo colonial e imperial do Ceará e da atuação da Igreja na ocupaçõo do interior nordestino. A Indústria • Apesar de haver registros de pequenas insdústrias que se dedicavam a confecção de chapéus, foi em 1895 inaugurada a primeira grande fábrica Era a Fábrica de Tecidos de Sobral, que mais tarde seria chamada de Companhia de Fiação de Tecidos Ernesto Deoclcciano. Embora não fosse a primeira da Província, visto que a pioneira foi a Tecidos Progresso de Fortalza, inaugurada por Nogueira Acyoli e Thomaz Pompeu em 1885, acabou sendo uma das mais importantes. NA PRÁTICA... 1) O texto abaixo refere-se à atividade pecuária (criação de gado) no Brasil colonial: ”O gado podia penetrar o sertão. Não tinha o problema seríssimo de transporte, porque transportava-se por si mesmo. A mão de obra exigida era pouca. Sem a complexidade da agricultura, principalmente da açucareira, tinha na amplitude do sertão o caminho de sua expansão, acompanhando os rios rumo ao interior”. • Assinale a única alternativa que apresenta uma afirmação não contida no texto. • A) A criação do gado era pouco exigente com respeito a mão de obra. • B) A agricultura açucareira era atividade mais complexa do que a criação de gado. • C) A pecuária tinha maior produtividade do que as atividades da agricultura. • D) O sertão apresentou-se como o caminho adequado para a expansão da criação de gado. NA PRÁTICA... • 2) A palavra Caiçara, em linguagem indígena significa, segundo José de Alencar, “o que se faz de pau queimado”: - de cal “queimado”, e a desinência ara “que tem ou que faz”, anteposto o ç, por eufonia. Para Martius, é “pau de Jussara”: - de caa, pau, e Jussara, palmeira: ou “lugar silvestre que em certo tempo se queima”: - de cal, queimado e ara, tempo, Paulino Nogueira pensa que a verdadeira origem do vocábulo é uma corruptela de caai-ça: - “estacas de mato, estacada, trincheiras, tapume, cerca de pau” (vocabulário indígena). Ver. Do Instituto do Ceará, vol. 1º, pag. 239). Aqui na região Caiçara foi o nome de uma fazenda de propriedade de: • a) José Martiniano de Alencar. • b) Capitão Mor Uchôa • c) Antônio Rodrigues Magalhães. • d) Martim Soares Moreno NA PRÁTICA... 3) As terras às margens do rio Acaraú eram habitadas por diversas etnias indígenas, dentre elas os: Areriú, Jaibaras entre outras. Conforme registra Dom José em sua História de Sobral, os areriús habitavam uma e outra margem do rio Acaraú e eram bravos e indóceis, pertenciam à raça dos Tapuias. Embora tenha a presença destas tribos indígenas, sua origem remonta aos portugueses, que fugiam das guerras holandesas. Após a doação de uma sesmaria ao casal Antônio Rodrigues Magalhães e Quitéria Marques de Jesus, foi fundada uma fazenda que se chamava: • a) Fazenda Mutuca. • b) Fazenda dos Macacos. • c) Fazenda Caiçara. • d) Fazenda Feliz. NA PRÁTICA... 4) A cidade foi fundada por famílias que fugiam da guerra contra os holandeses no século XVII e ao redor da Fazenda Caiçara, surgida em 1726, fundada por Antônio Rodrigues Magalhães. Uma fazenda que convergia com as rotas das boiadas na época da carne de charque. Nas terras da Fazenda Caiçara foi em 1756 edificada a Matriz da Caiçara e ao redor desta aglutinou-se um povoado. Depois foi construída a Igreja do Rosário e do Bom Parto, e ao redor destas surgiram moradias. Destas iniciativas surgiram a povoação chamada Caiçara, até quando esta foi elevada à categoria de vila em 1773 com a denominação de : • a) Fidelíssima Cidade Januária do Acaraú. • b) Sobral. • c) Vila de Sobral. • d) Vila Distinta e Real de Sobral. NA PRÁTICA... 5) O senador José Martiniano de Alencar, presidente do Ceará, chegou em Sobral no dia primeiro de dezembro de 1840, hospedando-se no palacete do seu amigo senador Francisco de Paula Pessoa, que depois foi o Palácio Episcopal e hoje é o Colégio Sat’Ana. Viera com alguma força para induzir o tenente coronel Francisco Xavier Torres entregar o comando da Força Pública, o que até então não tinha querido fazer, a fim de evitar uma revolta, que se receava, das tropas enviadas para combater os Balaios. O nome desta Revolta em Sobral era: • a) Sedição do Acaraú. • b) Rebelião dos Sobralenses. • c) Revolta dos Sobralenses. • d) Sedição de Sobral. NA PRÁTICA... 6) A sedição em Sobral começou na noite de onze de dezembro, sendo o palacete do senador Paula alvejado pela força ao mando do tenente coronel Francisco Xavier Torres, empenhando-se um combate nas ruas da cidade, em que foram mortos quatro soldados e feridos oito, tendo a gente da legalidade dois soldados mortos e cinco feridos. Após esta revolta, Sobral foi elevada ao patamar de cidade com o nome de: • a) Sobral. • b) Vila Distinta e Real de Sobral. • c) Fidelíssima Cidade Januária do Acaraú. • d) Vila distinta e Januária do Acaraú. NA PRÁTICA... 7) “Homem culto, filho de Francisco Miguel Pereira e Teresa Maria, formou-se em Direito, tendo ocupado cargos na magistratura e na Câmara dos Deputados. Decepcionado, abandonou a vida civil para seguir ocatolicismo. Aos 47 anos, iniciou uma obra missionária, percorrendo a região Nordeste em missões evangelizadoras, erguendo inúmeras casas de caridade, igrejas, capelas, cemitérios, cacimbas d'água, açudes.” O texto trata da figura de: • a) Padre Cicero. • b) Dom José. • c) Domingos Olimpio. • d) Padre Ibiapina. NA PRÁTICA... 8) Foi um dos centros abolicionistas do Ceará desde 1871. Em agosto de 1881 havia no Ceará 24.193 escravos, dos quais Sobral tinha 1.984. Quando foi proclamada a libertação dos escravos em 1888, a cidade já não tinha nenhuma pessoa escravizada desde 2 de janeiro de 1884, tendo sido a 23ª cidade do Ceará a aderir ao movimento abolicionista. Os escravos em Sobral trabalhavam geralmente como: • a) Vaqueiros. • b) Coletores de Algodão. • c) Domésticos. • d) Caldeiros. NA PRÁTICA... 9) Dom José Tupinambá da Frota nasceu em Sobral, em 10 de setembro de 1882, morrendo nesta mesma cidade em 21 de setembro de 1959, sendo sepultado na Catedral de Nossa Senhora da Conceição da Caiçara, a Sé de Sobral, na capela do Santíssimo Sacramento. São obras de Dom José, exceto: • a) Santa Casa de Misericórdia de Sobral. • b) Museu Diocesano. • c) Banco de Crédito Popular. • d) Teatro São João. NA PRÁTICA... 10) A Expedição Britânica do Eclipse Solar, liderada por Arthur Stanley Eddington se deslocou para os dois lugares a fim de comprovar (graças ao eclipse solar de 29 de maio de 1919) a distorção que a luz sofre ao chegar no Planeta Terra. Com tal confirmação, Albert Einsteinpôde comprovar sua Teoria da Relatividade. Os dois lugares foram: • a) Ilha da Madeira e Sobral. • b) Sobral e EUA. • c) Ilha do Príncipe e Sobral. • d) Macau e Sobral. GABARITO 01 •1 – C •2 – A •3 – C •4 – A •5 – D •6 - C •7 – D •8 - C •9 – D •10 – C AULA 06. ESCRAVIDÃO E ABOLICIONISMO EM SOBRAL ESCRAVIDÃO EM SOBRA • A pecuária, o algodãoo e o café, não eram atividades que necessitavam de mão-de-obra em larga escola. Isso explica, em parte, o pouco peso da escravidão na economia cearense. • Sobral, segundo o historiador Raimundo Girão, foi um dos maiores cativeiros de escravos do Ceará. Paradoxalmente, foi também um dos lugares de maior atividade dos intelectuais abolicionistas e uma das primeiras cidades a acabar com a cscravidãoo. Mas, o porquê de tantos escravos? ESCRAVIDÃO EM SOBRA • A presença negra já existia com força no final do século XVIII quando os negros construíram a Capela do Rosário em 1790. No inicio do século XIX Já ocorria pelas ruas da antiga povoação da Caiçara o cortejo da Festa dos Reis Congos. ESCRAVIDÃO EM SOBRAL • Existem registros históricos que comprovam que por ser uma região de entroncamento comercial, havia um intenso comércio de escravos africanos em Sobral que demandavam para outras Vilas. EM 1860 sobral tinha oficialmente 16.429 escravos, o que couctpondia 16% da populaçlo. Mas não devemos esquecer que a pujança da sociedade sobralense fazia existir uma grande quantidade de "negros de aluguel" (ou "negros de ganho"), principalmente nos serviços domésticos e no comércio. • Nas ruas era comum ver aristocratas e suas famílias se deslocando de liteira e também as sinhás e sinhazinhas nas ruas tendo uma negra fazendo-lhe companhia, muda e segurando uma sombrinha francesa. Nesse cenário os castigos corporais nos escravos rebeldes eram constantes, o que nao era diferente do resto do país. ESCRAVIDÃO EM SOBRAL • Com o fim da Guerra do Paraguai, em 1870, a luta abolicionista ganha força. Nesse mesmo ano é fundada em Sobral a Socicdude manumissora que tinha por objetivo libertar os escravos através da compra de cartas de alforria. Outras entidades abolicionistas surgiram por posteriormente, como foi o caso da Sociedade Abolicionista (1871) e do Clube Abolicionista Sobralense (1883). ABOLICIONISMO EM SOBRAL • Em um período em que as mulheres ainda viviam presas ao patriarcalismo, a sobralense Maria Tomásia teve uma atuação marcante ao fundur a Sociedade das Senhoras Libertadoras em 1880. O jomnl O Libertador, um dos mais importantes porta-vozes do movimento obilicionista, fez ao longo do ano de 1882 diversas citações sobre o destaque "das dignas irmãs de Iracema", como também destacava as ações de Maria Tomásia em Fortaleza e no interior. ABOLICIONISMO EM SOBRAl A partir da década de 1870 o escravismo em Sobral foi decaindo. As entidades abolicionistas compravam Cartas de Alforria. e um outro fator foi a seca de 1876-77 que intensificou o tráfico interprovincial do norte para o sudeste. Na capital, em Janeiro de 1881, os jangadeiros liderados pelo "Dragão do Mar" proibiam o embarque e desembarque de cativos no Porto de Fortaleza. Cada vez mais a economia não dependia da mão-de-obra negra e aos poucos os escravos iam sendo libertados. ABOLICIONISMO EM SOBRAL Por ocasião da inauguração da Estrada de Ferro de Sobral (1882). movidos pelo espirito de modernidade, os aristocratas e intelectuais da cidade alforriaram vários escravos. No dia 2 de fevereiro de 1884, quatro anos antes da Lei Áurea (13 de Maio de 1888), a Câmara Municipal de Sobrai declara libertos os escravos. OBS: Antes, em janeiro de 1883, Acarape (atual cidade de Redenção) libertou pioneiramente seus cativos e em 25 de março o Governo Provincial do Ceará libertou oficialmente todos os escravos, dai a expressão “Terra da Luz". A DIOCESE DE SOBRAL – 1915 Em 1915, o Papa Bento XV criou a Diocese de Sobral. Para isso, muito contribuiu a obediência do clero local mediante o projeto de "romanização" da Igreja desde o final do século XIX. Eram tempos difíceis aqueles, pois o mundo passava pela Primeira Guerra Mundial e aqui no sul do Ceará, o Padre Cícero era excomungado pela Igreja, devido as práticas do catolicismo popular e o seu envolvimento com o coronelismo. 0 prestígio de Sobral era nítido, visto que um filho da terra seria nomeado como primeiro bispo, no caso Dom José Tupinambá da Frota. Em 1916, houve a sagração episcopal do destacado religioso sobralense. *ROMANIZAÇÃO • Romanização: processo este que intencionou a implantação de uma Igreja hierárquica, piramidal, um catolicismo diretamente vinculado à Roma, assegurando a Cúria como sendo a orientadora das práticas religiosas. Acrescenta-se ainda o fato de os sacerdotes serem considerados enviados de Deus para preparar o homem para a vida eterna; o celebrante era tido como o personagem central do ritual eucarístico, o mediador entre o fiel e o santo de devoção, com o qual não se poderia manter um contato direto • Olívia Bruna de Lima Nunes: ROMANIZAÇÃO DO CATOLICISMO NA DIOCESE DE LIMOEIRO DO NORTE DOM JOSÉ TUPINAMBÁ DA FROTA DOM JOSÉ TUPINAMBÁ DA FROTA 1852-1959 Dom Jose Tupinambá da Frota, dinâmico. futurista e em certos momentos conservador ao extremo, o Bispo alavancou o desenvolvimento da cidade na primeira metade do século XX. Construiu o Seminário Diocesano (que deu origem à Universidade Estadual Vale do Acaraú), a Santa Casa de Misericórdia de Sobral, um Museu, Um abrigo para idosos, um orfanato e várias instituições de ensino como: Colégio Santana para Mulheres, Colégio Sobralense para homens e Patronato, entre outras inúmeras obras. Na década de 30, Dom José se destacou na luta contra o comunismo através da LEC (Liga Eleitoral Católica), instituição politico-religiosa de nível estadual que procurava controlar o eleitorado em meio a suposta "ameaça vermelha". DOM JOSÉ TUPINAMBÁ DA FROTA 1852-1959 • Em 1908 foi nomeado vigário de Sobral e em 1916, criado o bispado da cidade, foi eleito o primeiro bispo, permanecendo no cargo até 1923, quando foi transferido para diocese mineira de Uberaba. No ano seguinte, porém, foi nomeado novamente bispo de Sobral, diocese na qual permaneceu até falecer em 1959. Fundou: • o Seminário da Betânia - Diocesano • os Colégios Sobralense e Santana • o Abrigo Sagrado Coração de Jesus • o Patronato Imaculada Conceição • o Museu Diocesano • a Santa Casa de Misericórdia ECLIPSE DE 1919 Quando em 1915o cientista Albert Einstein anunciou a sua Teoria da Relatividade, havia a necessidade de sua comprovação experimental direta, o que poderia ser feito por ocasião de um eclipse total do sol. Invisível no Hemisfério setentrional, o eclipse total do sol, previsto para 1919, poderia ser observado satisfatoriamente pelos cientistas de dois pontos da terra: Sobral e na Ilha de Porto Príncipe na África. ECLIPSE DE 1919 ➢A aparelhagem complexa c avançada para a época, combinada com as condições do tempo favorável, foram fundamentais para que as observações feitas em Sobral (por ocasião do eclipse total do sol ocorrido a 29 de maio de 1919), servissem para a coleta de informações. ➢A cidade foi destaque na imprensa internacional. ➢A comissão brasileira foi composta por oito membros, tendo à frente, Henrique Marize, chefe do Observatório do RJ. ECLIPSE DE 1919 Durante o eclipse foi possível a visualização das estrelas que estavam ao seu redor e com uma câmera acoplada ao telescópio foram feitas oito fotos perfeitas, onde havia, pelo menos, sete estrelas. Os resultados desse trabalho foram publicados meses depois e discutidos no encontro cientifico realizado, em Londres, no dia 6 de novembro de 1919. . Sobral tombada pelo Iphan (1999-2000) O Sítio Histórico de Sobral foi tombado como Patrimônio Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 12 de agosto de 1999. O arquiteto Antonio Carlos Campelo Costa foi contratado em 1997, pelo então prefeito Cid Gomes para fazer o levantamento e a delimitação de áreas de valor histórico e cultural para Sobral. O conjunto urbanístico reconhecido como Monumento Nacional abriga 1.247 imóveis em uma poligonal com perímetro total de 5,33 quilômetros. Sobral tombada pelo Iphan (1999-2000) Exemplos de imóveis tombados: colonial (Casa do Capitão-Mor), barroco (Sé Catedral), neoclássico (Teatro São João), art nouveau (residências da rua Lúcia Sabóia) e art déco (agência dos Correios e Telégrafos), entre outros. Foi também feita a requalificação do Largo das Dores; a urbanização da margem esquerda do rio Acaraú; a restauração do Theatro São João e da Casa do Capitão- Mor; a reforma do Boulevard do Arco; e a criação da Escola de Comunicação, Cultura, Ofícios e Artes (Ecoa), que ocupou antigos galpões de uma fábrica. PERSONAGENS DA HISTÓRIA DE SOBRAL • Sua principal obra foi “Luzia-Homem”, 1903, um romance regionalista que retratava muito bem o cotidiano da cidade de Sobral • Domingos Olímpio é considerado o precursor do romance moderno no Brasil Domingos Olímpio • Domingos Olímpio Braga Cavalcanti nasceu na cidade de Sobral, no estado do Ceará, em 18 de Setembro de 1850 e veio a falecer no Rio de Janeiro, no dia 07 de Outubro de 1906, com 55 anos de idade. Era republicano e abolicionista convicto. • é patrono da Cadeira Nº 8 da Academia Cearense de Letras PERSONAGENS DA HISTÓRIA DE SOBRAL • JOSÉ JÚLIO DE ALBUQUERQUE BARROS, filho do Dr. João Fernandes de Barros e D. Luiza Amélia de Albuquerque Barros, nasceu a 11 de maio de 1841 • Foi Promotor Público em Sobral • Exerceu a alta administração em duas províncias do Império: • - Ceará — nomeado Presidente, em decreto de 9 de fevereiro de 1878 • - Rio Grande do Sul — nomeado Presidente, em carta de 2 de junho de 1883 Foi nomeado Barão de Sobral, em decreto de 19 de janeiro de 1889. JOSÉ JULIO DE ALBUQUERQUE BARROS (BARÃO DE SOBRAL) PERSONAGENS DA HISTÓRIA DE SOBRAL • JOSÉ JÚLIO DE ALBUQUERQUE BARROS, filho do Dr. João Fernandes de Barros e D. Luiza Amélia de Albuquerque Barros, nasceu a 11 de maio de 1841 • Foi Promotor Público em Sobral • Exerceu a alta administração em duas províncias do Império: • - Ceará — nomeado Presidente, em decreto de 9 de fevereiro de 1878 • - Rio Grande do Sul — nomeado Presidente, em carta de 2 de junho de 1883 Foi nomeado Barão de Sobral, em decreto de 19 de janeiro de 1889. JOSÉ JULIO DE ALBUQUERQUE BARROS (BARÃO DE SOBRAL) TEATRO SÃO JOÃO (SOBRAL) TEATRO SÃO JOÃO (SOBRAL) • Em 1875 foi criada a Sociedade Cultural União Sobralense, para desenvolver e propagar a cultura local. Composta por Domingos Olímpio (autor de Luzia-Homem), Antônio Joaquim Rodrigues Júnior, José Júlio de Albuquerque Barros (Barão de Sobral), João Adolfo Ribeiro da Silva, entre outros nomes, eles resolveram construir um grande teatro na cidade. • A planta pertence ao senhor João José da Veiga Braga, o mesmo homem que havia feito a planta da Cadeia Pública Sobralense TEATRO SÃO JOÃO (SOBRAL) • O majestoso teatro seguiria o estilo do teatro tradicional com dois níveis superiores de camarotes, piso em madeira e cadeiras revestidas em couro, matéria-prima característica da região. Seu estilo é uma clara demonstração da forma com os membros da elite sobralense buscava seguir os padrões europeus, afinal assim que se teve início construção de teatros do tipo italiano, com plateia em ferradura, tal estilo foi utilizado em Sobral. TEATRO SÃO JOÃO (SOBRAL) • tinha aquela dupla finalidade de trazer benefícios culturais e promover meios de trabalho aos flagelados • Embora tido como inspirado no Teatro de Santa Isabel, do Recife, o Teatro São João, é um dos raros exemplos da época, que apresenta na fachada um frontão em arco. Inspirado no estilo neoclássico italiano, • 3 de novembro de 1875, teve inicio a construção com o lançamento a pedra fundamental do Teatro São João, antecipando-se em 25 anos à fundação do Teatro José de Alencar, em Fortaleza. • A inauguração mesmo demorou uma pouco e só ocorreu em 26 de setembro de 1880 TEATRO SÃO JOÃO (SOBRAL) • tinha aquela dupla finalidade de trazer benefícios culturais e promover meios de trabalho aos flagelados • Embora tido como inspirado no Teatro de Santa Isabel, do Recife, o Teatro São João, é um dos raros exemplos da época, que apresenta na fachada um frontão em arco. Inspirado no estilo neoclássico italiano, • 3 de novembro de 1875, teve inicio a construção com o lançamento a pedra fundamental do Teatro São João, antecipando-se em 25 anos à fundação do Teatro José de Alencar, em Fortaleza. • A inauguração mesmo demorou uma pouco e só ocorreu em 26 de setembro de 1880 TEATRO SÃO JOÃO (SOBRAL) HISTÓRIA DE SOBRAL ASPECTOS GERAIS • As cores da bandeira de Sobral são: amarela, azul, vermelha e detalhes em branco. • Elementos: o sol, fonte de luz e calor, a serra da Meruoca, o Rio Acaraú, a coroa simbolizando a realeza da Princesa do Norte
Compartilhar