RESENHA - A ARQUITETURA NO NOVO MILÊNIO

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR
 ARQUITETURA E URBANISMO
HISTÓRIA DA ARQUITETURA
PROFESSOR: MARCELO PIRES
ALUNA: THALITA SANTIAGO
RESENHA CRÍTICA: A ARQUITETURA NO NOVO MILÊNIO (P. 9 A 56).
Benevolo, Leonardo. A Arquitetura do Novo Milênio. Estação Liberdade. São Paulo, 2007. (Capítulo 1 O campo da arquitetura no limar do século XXI.)
CREDENCIAIS DO AUTOR:
Leonardo Benévolo nasceu em Orta San Giulio, em 25 de setembro de 1923 e faleceu em 5 de Janeiro de 2017. Foi um grande arquiteto e historiador da Itália, estudou arquitetura em Roma, graduando-se em 1946.
PRINCIPAIS OBRAS:
· Storia delle città (VI volumes). Bari: Editora Laterza, 2006
· L'architettura nell'Italia contemporanea. Bari: Laterza, 2006 
· L'architettura nel nuovo millennio. Bari: Laterza, 2006
· Storia dell'architettura moderna. Bari: Laterza, 2006
· Introduzione all'architettura. Bari: Laterza, 2005
· Le origini dell'urbanistica moderna. Bari: Laterza, 2005
· La città nella storia d'Europa. Bari: Laterza, 2004
· História da arquitetura moderna São Paulo: Perspectiva, 1976
· A arquitetura no novo milênio. São Paulo: Estação Liberdade, 2007. 496p.
RESUMO DA OBRA:
A Arquitetura no novo milênio traz um panorama do universo arquitetônico que nos cerca. Não um panorama exaustivo qualquer, mas uma visão ampla, selecionada e estruturada por Leonardo Benevolo, um dos mais renomados historiadores da arquitetura. Ao longo de quase quinhentas páginas e cerca de novecentas imagens, o autor, que é também arquiteto e urbanista, deixa de lado a “proteção” do distanciamento histórico para encarar o desafio de descrever, ilustrar e analisar criticamente aqueles que são, a seu ver, os protagonistas e as obras mais significativos da arquitetura nos últimos trinta anos.
Nesta, que é sua obra mais recente, Benevolo exclui propositalmente do título os termos “história” e “moderna” — que figuram em sua já clássica História da arquitetura moderna —, como ele mesmo destaca na “Introdução”. O crítico italiano acredita que no centro da produção contemporânea estão a preocupação com a atualidade e a busca da inovação adaptada a lugares específicos, o que a distingue, portanto, do que acontecia na criação moderna e a aproxima dos ensinamentos dos mestres da década de 1920.
(Sinopse retirada do próprio livro.)
RESENHA CRÍTICA:
O capítulo em questão, do livro de Leonardo Benévolo, que tem como tema a produção "contemporânea", abrange de forma objetiva a passagem da arquitetura moderna em paisagens do campo, com a chegada da industrialização e como essas alterações ainda refletem na paisagem dos dias atuais, através disso, o autor faz várias autocríticas, nele, diferentemente do seu livro mais famoso, "História da Arquitetura Moderna", ele não escreve uma narrativa comum. 
Tendo início na Europa, a industrialização compõe um marco muito importante para a modernidade, por romper com a imagem tradicional do campo e, consequentemente, das pessoas que nele viviam. 
Como consequência da parcial destruição do visual natural, veio também a extinção de uma porcentagem significativa das edificações que já existiam, "apagando" parte da história daqueles ambientes europeus. 
Porém, não apenas a Europa foi afetada com esse fenômeno, como diversas partes do mundo, em que o novo foi substituindo o tradicional, o que deveria ser uma espécie de integração, de mistura. Isso contribui para que parte da história da arquitetura mundial seja perdida, impedindo vários povos de possuírem identidade própria. Por outro lado Benévolo, se dedica a explicitar a transformação de algumas cidades europeias desde a reconstrução do período depois da guerra até a criação das chamadas "cidades globais", além de algumas páginas dedicadas à urbanização chinesa. 
Partindo desse princípio, foi criado um novo tipo de modelo urbanístico, que segue fortes características, dentre elas: uma nova distribuição dos ambientes público e privado, bem como natural e industrial, trazendo as abordagens técnicas e artísticas para a vida dos habitantes do campo e das cidades industriais. 
Dessa forma, o primeiro capítulo do livro "A arquitetura no Novo Milênio" manda uma visão estruturada do que foi a evolução da modernidade nos continentes, uns mais do que outros, sem proteger nenhum ambiente, criticando o que considera mais importante, significativo, dando mais ênfase à evolução dos chamados "modelos de urbanização". O texto como um todo é muito bom, de leitura leve e clara, onde é possível perceber todas as mudanças nos ambientes, tanto arquitetônicas quanto sociais, de uma maneira geral. 
Entretanto, assim como em seu primeiro livro, o centro de seu estudo ainda está na Europa, talvez por ser esta o berço da antiga arquitetura mundial, além da crença de que o movimento moderno (pouco citado neste capítulo 1), seria um eterno sucesso, como realmente é.