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Análise de Mercado - Tendências, Comportamentos e Movimentos - LIVRO ÚNICO-compactado

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(
ser
)educac1onal
gente crlando o futuro
 (
Creditos lnstitucionais
Fw1dador 
e 
P1-es.ident.e (lo ConseD10 de Administra o:
Jangu
e 
Diniz 
Diretor-Presidente: 
Janyo Diniz
Diretor de 
Ino\.
'
af ao 
e 
Seni os:
Joaldo 
Dini
z
Diretoria Executiva de Ens:ino:
Adriano Azevedo
Dfretoria de 
Ensino 
a Distiincia:
Enzo 
Moreira
)
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ANALISE DEM ERCAD O - TEN DEN C IAS, COM PORTAM EN TOS EM OV IM ENTOSI UNIDADE1
OSAUTORES
FELIPE TALIAR GIUNTINI
Meu nome e Felipe Taliar Giuntini. Sou Graduado em Analise e Desenvolvimento de Sistemas pela Faculdade de Tecnologia do Estado de Sao Paulo e Mestre em Cie nc ia da Computa ao pela Universidade Federal de Sao Carlos . Sou	professor, e pes9 uisa do r na area de Ciencia da Computa ao, com publica oes nacionais e internacionais. Em termos de pes9uisa, tenho interesse em proble mas relacionados a Computa aoAfetiva, lnteligencia Art ific ia l, Internet das Coisas e e- Hea lt h. Dessa forma, aceitei o convit e da Editora Telesapiens para integrar seu elenco de autores. Estou muito feliz em poder ajudar voce nesta fase de muito estudo e t ra balho. Conte comigo!
LUIZ FERNANDO CORCINI
O la . Meu nome e Luiz Fernando Corc ini. Sou formado em Engenharia Ele t r o nic a , com especializa ao em Administra ao de Tecno lo g ia da lnforma ao CTI), mestre em Educa ao e Novas Tec no lo g ia s e doutorando em Sistemas Tutores l nte lige ntes. Tenho experiencia tecnico - profiss io na l em desenvolvimento e gestao da produ ao de softwares nas areas de Gerenciamento de Processos Empresariais. Uso os recursos dis ponibilizado s pela web ha mais de 20 anos. Sou professor unive rsit a rio ha mais de 15 anos e ja publi9uei varios l ivros tecnicos sobre assuntos voltados a area de informatica. Sou apaixonado pelo 9ue fa o e adorn transmitir mi nha experiencia de vida a9ueles 9ue estao iniciando em suas profissoes, por isso fui convidado pela Editora Tele sa pie ns a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muit o feliz em poder ajuda-lo nesta fase de estudo e trabalho. Conte comig o !
A NA LISE DEM ERCA DO - TEN DE NCIAS, COM PORTAM ENTOS EM OV IM ENTO Sj UN ID AD E1
ICONOGRA"
FICOS
O la. Meu	nome e Manue la Cesar. Sou a responsavel pelo projeto grafico de seu mat e ria l. Esses 1cone s irao aparece r em sua t rilha de a pre ndizage m sig nif ic am:
ANALISE DE M ERCAD O - TEN DEN C IAS, COM PORTAM EN TOS EM OV IM ENTOSI UNIDADE1
IV
INTRODU AO
A presente unidade tern por objetivo apresentar uma v1sao geral dos ultimos anos do mercado, destacando seus conceitos e caracter1sticas, tendo como finalida de a verifica ao de seus comportamentos, mudan as e tendenc ias . Em seguida, cont ext ua liza mos a Analise de Mercado, apresentando tambem algumas ferramentas nec essa ria s . Segue-se o contexto de profissionaliza ao atual 9ue o mercado vem sofrendo nos ultimos 20 anos
e, por fim, os principais desafios e as implica oes para os dia s de hoje, nos contextos
das cidades, campo e industria. E importante destacar 9ue a analise de tendencias e comportamentos de um determinado nicho de mercado muitas vezes desperta em nos
uma postura empreendedora, o 9ue e muito sal ut a r.
Duvidas? Nao se preocupe. Recorra ao forum de duvidas e disc usso e s para socializar seu
conhecimento e esclarecer todas as suas duvidas. Depois, desenvolva as atividades e as 9uestoes sugeridas. Nos estaremos a sua disposi ao em caso de dific uldades!
Entao, vamos em frente, pois ao longo desta unidade letiva voce mergulhara neste interessante universo!
ANALISE DE M ERCA DO - TEN DE NCIAS, COM PORTAM ENTOS EM OV IM ENTO Sj UN ID AD E1
OBJETIVOS
Ola. Seja bem-vindo a disciplina lntrodu ao ao Mercado. No sso o bjetivo	e a uxili a­ lo no de se nvo lvime nto das seguintes competencias profissionais ate o te rmi no desta
etapa de estudos:
 (
1
)COMPREENDER OS CONCEITOS E CARACTERISTICAS DO M ERCA D O;
 (
2
)INTRODUZIR O CONTEXTO DE ANALISE DO MERCADO, DEMONSTRANDO SUA PROBLEMATICA;
 (
3
)COMPREENDER COMO O MERCADO TEM SIDO PROFISSIONALIZADO DESDE A REVOLU<;.AO INDUSTRIAL;
 (
4
)DISCUTIR OS PRINCIPAIS DESAFIOS DA MODERN IZA<;.AO DO TRABALHO E SUAS IM PLICA<;6ES.
ANALISE DE M ERCAD O - TEND EN CIAS, COMPORTAMENTOS EM OVIM ENTOSI UNIDADE1
SU"
MARIO
Ola. Seja muito bem vindo a nossa Unidade 1, e o nosso objetivo e a uxil ia r voce no desenvolvimento das seguintes competencias profissionais ate o termino desta etapa de estudos:
MERCADO - CONCEITOS E CARACTERISTICAS	10
CONCEITO DE MERCADO	10
CARACTERISTICAS DO MERCADO	11
OFERTA E DEMANDA	11
TIPOS DE MERCADO	12
CONCORRENCIA	12
C/CLO DE PRODUC:AO	13
ANALISE DE MERCADO	13
CONCEITO DE ANALISE DE MERCADO	14
ANALISE DE MERCADO - OS ULTIMOS ANOS	16
CARACTERISTICAS	17
ANALISE DA INDUSTRIA E DO SETOR	17
DESCRIC:AO DO NICHO DE MERCADO	17
ANALISE SWOT	18
PLANO DE AC:AO	20
MARKETING DIGITAL	20
A PROFISSIONALIZA AO DO MERCADO	21
PRINCIPAIS DESAFIOS	23
DESAFIOS NA Cl DADE	23
DESAFIOS NO CAMPO	27
DESAFIOS NA INDUSTRIA	31
ANA LISE DEM ERCADO - TEND ENCIAS , COM PORTAM ENTOS EM OVIM ENTO Sj UNI DAD E1
COM
PE
A
TENCIAl
lntroduqao	ao	Mercado
ANA LISE DEM ERCAD O - TEN DEN C IAS, COM PORTAM EN TOS EM OV IM ENTOSI UNIDADE1
1 M,ERCADO - CONCEITOS E CARAC- TERISTICAS
Para iniciar nossa aventura e para possibi lit a r a voce compreender corretame nte as implica oes de cada topico abordado neste mat erial, fa z- se necessario part irmos de conceitos comuns, os 9uais servirao de base e nortearao nossos estudos.
1.1 CONCEITO DE MERCADO
lniciamos com a defini<;:ao de "mercado" destacado por Nunes (2016):
Em economia e nos ciencias economicas e empresariais em ge ral, o termo mercado designa um local, fisico ou nao , no qua/ os compradores e os vendedores se confrontam para estabelecer o pre'ro e a quantidade de um determinado bem que pretendem transacionar .
(NUNES, 2016).
Para complementar o conceito do termo "mercado", apresentamos um excerto de um artigo publicado no site conceito.de:
0 mercado e O ambiente social OU virtual e_ropicio as
condi<roes para a troca de bens e servi<ros. Tambem se pode entender como sendo a institui ao OU organiza'rao media nte a qua/ os ofertan tes (vendedores) e os demandantes (compradores) estabelecem uma rela'rao comercial com o fim de realizar transa'roes, acordos ou
Po de - se perceber 9ue as defini<;:oes citadas sao bem abrangentes, porem apontam sempre para a re aliza<;:ao de uma transa<;:ao (compra e/ou venda) de me rcad orias e / o u
servi<;:os. Em nosso caso, especificamente, vamos tratar sobre o mercado de Tec no lo g ia da lnforma<;:ao CTI), um mercado, alias , 9ue deu origem a chamada economia dig it a l e 9ue
esta em Constante evolu<;:ao.
Perceba tambem 9ue o mercado (esse ambiente social - real - ou virtual onde acontecem as transa oes) esta povoado de diversos atores. Alem dos ja citados compradores e vendedores, existem outros, desde indiv1duos ate empresas, ONGs etc., os 9uais se organizam em torno dos princ1pios da oferta e da demanda, de modo a produzir o produto OU servi<;:o 9ue e objeto da transa<;:ao.
Nesse sentido, faz- se necessario entender como se classificam os t i pos de mercado e
suas respectivas caract e rTst ic a s.
ANA LISE DE M ERCAD O - TENDENCIAS , COM PORTAM ENTOS EM OV IM ENTOSj UN IDA D E1
,
1.2 CARACTERISTICAS DO MERCADO
Segundo Kotler (2000), a economia moderna (mercado) se baseia no princ1pio da divis ao do trabalho, isto e, uma pessoa ou um grupo de pessoas se espec ia liza na produ ao de algo, produz e recebe um pagamento por isso. Com esse dinheiro, pode-se ad9uirir outros
produtos 9ue necessita, os 9uais sao produzidos por outra pessoa ou grupo de pessoas. Perceba 9ue uma mesma pessoa assume papeis diferentes dentro do cic lo definido por
Kotler, isto e, emum primeiro momento, ela e a fornecedora de um produto ou servi o
e, depois, passa a consumidora. lsso faz a economia ''girar" Co dinheiro circ ula entre os agentes do processo) e cria ri9ueza, com base na le i/ pri nc1pio fundamental do mercado: a le i ou princ1pio da oferta e da demanda, detalhada no it e m a seguir.
1.2.1 OFERTA E DEMANDA
Aleida oferta e demanda e uma ca rac te rTst ic a intrTnseca 9ue rege o mercado desde 9ue o homem come ou a realizar transa oes. Ela tern aver coma 9uantidade de dete rmina dos bens e servi os ofertados em determinada re g1a o e a demanda desses mesmos bens e
serv1 os nessa mesma reg1ao.
A escassez de um determinado produto ou servi o eleva seu pre o (le i a oferta e da demanda). Em outras palavras:
se existe muit a oferta de um determinado bem ou servi o e pouca demanda (procura) por ele, seu pre o tende a baixar,ja 9ue os vendedores precisa m atrair os poucos interessados para seu ne g6 c io ;
se existe pouca oferta de um determinado bem ou servi o, ou seja, se houver escassez e existir muita procura pelo mesmo, isso fara com 9ue seu valor (pre o) au me nte , haja vist a 9ue os comerciantes tern a compra do referido produto ou servi o garant ida.
Para evitar a pouca demanda por um determinado bem ou servi o, o empreendedor deve escolher com cuidado o nicho de me rcado 1 em 9ue vai investir/atuar.
Fig ura 1 - lmagem ilust rat iv a
Font e:h tt ps:/ / pixabay.co m/ pt / ipad ­ comprim ido- tecnologia- contato - 820 272 /
1 Nic ho de me rcado : fala-se de um nic h o de me rcado para se refe rir a um segmento especffico ou pontual da demanda por um bem especffico ou uma area, que pode ser satisfeita por uma ou mais empresas com conco rre nc ia minima. Um nicho_pode ser determinado por tipo de roupa , t ie.o de bebidas etc. Dis ponive l e m : <www .ca racte rist ic as.co / mercado/# ixzzSV EG rF HVo>.Acesso em: 4 nov. 201tl.
ANALISE DEM ERCAD O - TEN DEN C IAS, COM PORTAM EN TOS EM OV IM ENTOSI UNIDADE1
1.3 TlPOS DE MERCADO
Segundo Thompson (2017), os tipos de mercado podem ser organizado s de acordo com o ponto de vista pre - d ef inido e 9ue estabelece sua cla ss ific a c;:ao . Tem-se, dessa forma, seis grupos no9 ua l o tipo de mercado pode ser classificado:
De acordo com a situac;:ao geografica: nessa c la ss if ic a c;:ao estao re lac io nad os OS
tipos de mercados locais, nacionais, regionais, int e rnac io na is e g lo b al.
De acordo com o tipo de Cl ie nt e : nesse caso, dest ac am- se os seguintes tipos:
o mercado consumidor: para o caso dos produtos vendidos ao cliente final ;
o mercado industrial: para o caso de produtos semiacabados;
o mercado revendedor: caso existam intermediarios;
o mercado governam ent al: caso o clie nte seja alguma instituic;:ao gove rname nt al.
De acordo com a natureza do produto comercializado: nessa classificac;:ao, te m- se os seguintes tipos de mercado:
o mercado de bens ou produtos: formado por empresas, organizac;:oes ou indiv1duos 9ue necessitam de produtos tang1veis, como computador, tele fo ne celular, m6vel, autom6vel etc.;
o mercado de servi os: formado por empresas, organizac;:oes ou pessoas 9ue necessitam de atividades ou beneficios 9ue podem ser objeto de tra nsa c;:ao. Por exemplo: servic;:o de li mpeza, seguranc;:a etc.;
o mercado de ideias: envolve empresas, organizac;:oes ou pessoas 9ue pagam por inovac;:oes ou boas ide ia s . Podemos citar como exemplo: campanhas publicitarias, desenho ou projeto de um novo produto, logomarca ou servic;:o.
De acordo com o tipo de recurso: segundo Kotler (2000), o mercado pode ser divid ido em: mercado de mat e ria - pri ma, mercado de forc;:a de t ra balho e mercado de dinheiro.
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Acesso
 
em:
 
4
 
nov.
 
2018.
)
1.3.1 CONCORRENCIA
Essa caracterTstica esta relacionada as estrategias de marketing e as cond ic;:o e s o pe rac io na is dos diferentes concorrentes de um bem ou servic;:o em um mercado especffic o . Nesse sentido, podemos identificar, segundo Martinez citado por Tho mpson (2017), dois t ipo s de concorrencia:
----- onc o rre nc ia perfeita: e um mercado em 9ue todos os li c it ant es competem em condic;:oes de igualdade pela compra, sem intervenc;:oes externas ao mercado, sem atos de
ANALISE DE M ERCAD O - TENDENCIAS , COM PORTAM ENTOS EM OV IM ENTOSj UN IDA D E1
deslealdade competitiva. Nesse tipo de mercado (ideal), os produtos competem uns com os outros por sua 9ualidade e nao existe propaganda enganosa (alguns autores destacam
9ue a concorrencia perfeita nao existe).
Competi ao imperfeita: ao contrario da anterior, nesse caso, os fatores externos a
dinamica do mercado interferem na aceita ao do produto ou servi o. Entre esses fatores podemos citar: regulamenta oes estatais, reserva de mercado, monop6lios, grandes campanhas pu blic it a ria s .
A competi ao imperfeita altera o funcionamento natural do mercado e favorece alguns em detrimento de outros.
1.3.2 CICLO DE PROouc;Ao
Outra caracterTstica do mercado e o ciclo de produ ao de um bemou servi o. Para o caso de bens (produtos), o ciclo de produ ao segue, de modo geral, as seguintes etapas:
extra ao de materia - prima; produ ao OU manufatura;
d istri bui ao;
venda.
Para o caso de presta ao de servi os, o ciclo deve, de modo geral, seguir as seguintes eta pas:
identifica ao da demanda;
capacita ao de profissionais; divulga ao do servi o;
venda.
Para ambos os casos, alguns autores tambem me nc io na m a p6s- venda como sendo uma etapa significativa no processo.
..
2 ANALISE DE MERCADO
Da mesma forma 9ue fizemos no item anterior, antes de entrar em detalhes sobre a area espec1fica de Tl, cabe clarificar o conceito e as caracterTsticas do termo "ana lise de mercado".
Figura 1 - Analise de Mercado
Fonte:https://www.shutterstock.com/im -photo /R ile - c oin- money­ account-oook-finance1897244?src= Ufb f LJZFL23 rwxJvtS -vO rQ -1- 41
ANALISE DEM ERCAD O - TEN DEN C IAS, COM PORTAM EN TOS EM OV IM ENTOSI UNIDADE1
;
2.1 CONCEITO DE ANALISE DE MERCADO
Segundo a MASCI Consultoria (2017):
A analise de mercado e o processo de obten ao de informa oes sabre o mercado de atua ao da sua empresalideia, bem como os fatores que podem impactor no sucesso ou fracasso desse empreendimento.
Para corroborar esta ideia, um artigo da Endevor Bras il (2017) destaca 9ue "a analise de	mercado deve sempre ser considerada por9ue serve, em li nhas gerais, para fornecer respostas a duas perguntas fundamentais: 'o 9ue meus clientes 9uerem?' e 'o 9ue meus concorrentes oferecem?"'.
Nota-se 9ue, pelos textos citados, para 9ue se possa fazer uma analise de mercado, e necessario saber em 9ual nicho sua empresa pretende trabalhar ou ja trabalha.
Nessa mesma linha, Do rne las (2014) destaca 9ue a analise de mercado deve :
[...] apresentaro entendimento do mercado da empresa, seus clientes, seus concorrentes e quanta a empresa conhece, em dados e informa oes, o mercado onde atua. Permite ainda se conhecer de perto o ambiente onde o produtolservi o se encontra. (DORNELAS, 2014)
Assim, podemos alud i r 9ue tao importante 9uanto acreditar em uma ide ia, produto ou servi o, voce (empreendedor) precisa ter a certeza do valor do seu neg6cio e se as pessoas, de fato, comprarao a ideia.
Nota - se a9 ui a figura do empreendedor como pessoa fisica ou juri'dic a 9ue acredita em determinado projeto. Os conceitos e os desafios do empreendedorismo serao trata dos na Unidade 3 deste material, mas cabe a9 ui uma breve descri ao do termo, de modo a formar os conce itos - base para nosso estudo. Segue-se, entao, alguns apontamentos de modo a clarificar a 9uestao.
Conforme destacado pelo Sebrae (2017), entende-se como empreende do r, em uma visao simplif ic ada, "a9uele9ue inicia algo novo, 9ue ve o 9ue ningue m ve, enfim, a9uele 9ue realiza antes, a9uele 9ue sai da area do sonho, do desejo, e parte para a a ao".
Relativamente ao "ser empreendedor", Fillion (2000) destaca dois pontos a se considerar:
"O 9ue os empreendedores fazem esta intimamente ligado a maneira como interpretam o 9ue esta ocorrendo em um setor em part ic ula r do me io" . ( F l LLION, 2000,
P· 5)
"Os empreendedores nao apenas definem situa oes, mas tambem imag inam visoes sobre o 9ue desejam alcan ar." (FILLION, 2000, p. 6)
ANALISE DE M ERCAD O - TENDENCIAS , COM PORTAM ENTOS EM OV IM ENTOSj UN IDA D E1
Perceba como o empreendedor esta diretamente ligado ao tema analise de mercado, pois, de acordo com as cita oes ant erio re s, ele deve conhecer o mercado em 9ue esta prestes a empreender e, para tanto, deve proceder a sua analise. Essa anal is e deve ter por base os seguintes t6picos:
conhecer seu setor; estudar seu cliente;
avaliar as proje oes do mercado; estudar o produto.
Nesse sentido, a MASCI (2017) apresenta dois t ipos basicos de analise de mercado 9ue podem auxil ia r na execu ao dos t6picos citados: a analise de gabinete e a pes9uisa de mercado.
A analise de gabinete e caracterizada porter seus dados levantados de forma abrangente, coletadas em canais de comunica ao publicos, como jornais, int e rne t e de ma is m1dia s, sem
a necessidade de contato di reto com os clientes. Permit e c o nso lidar uma vis ao ge ne ric a do mercado em 9ue se pret ende atuar e e eficiente para est udar (de mane i ra su pe rfic ia l)
tanto a concorrencia 9 ua nto o pu bl ic o - a lvo .
0 contato e o dialogo com os cli e nt es sao instrumentos primordiais nesse tempo de
inova ao, tendo em vista 9ue e extremamente importante a a9uisi ao e a reten<;ao dos consumidores finais. Nesse sent ido, para uma analis e ma is aprofundada do mercado (clientes e concorrencia), faz- se necessaria a ut iliza<;ao da fe rra me nta chamada pes9uisa
de mercado, cujas caracterTsticas sao a ide nt if ic a ao das necessidades reais dos clientes, incluindo contato dire t o com o cliente, de modo a ide nt ific a r, me d ia nte perguntas diretas, o n1vel de servi o esperado e as expectativas do cliente sobre o neg6cio em si.
F igur a 3 - l mage m il ustrat iva
Font e:	https:// pixabay. com/ pt / ne g %C 3 % B3 c io s ­ e mp res% C 3 % A 1 r i o s - res ultado - 373 26 3 3 /
,
SUMARIO
A Forma ao Profissional e seus desafios	9
A Educa<;iio da Sociedade Contemporanea	12
Desafios para a Profissionaliza<;iio	15
Os desafios para a forma<;ao do profissional do futuro	17
Planejamento de Carreira	20
Plano de Carreira Empresarial.	21
Plano de Carreira Pessoa!.	24
Inova ao em tempos de mudan as	25
Empreendeclorismo	29
Introdu<;iio	29
Tipos de Empreendedorismo	31
Importancia do Empreendedorismo na Sociedade	32
Razoes para empreender.	33
Caracteristicas das competencias empreendedoras	35
Aprendizado com base no comportamento	35
Competencias pessoais, tecnicas e gerenciais	35
Competencias de conhecimento e gestao da inova<;iio	36
 
6	J	Analise de mercado - Tendencias, compmtamentos e movimentos
- - - - - -
UNIDADE
Analise de mercado - Tendencias, comportamentos e movimentos	( 7
INTRODU A-O
- - - -
A presente unidade tem por objetivo apresentar uma v1sao geral dos desafios pro:fissionais na era da tecnologia. Desta forma, inicialmente serao contextualizados os desa:fios , a
importancia e oportunidades da profissionalizac;ao. Em seguida, serao discutidos comoepossive l planejar a caiTeira considerando
a globalizac;ao ea economia , que sofrem diversas modificac;oes. Adiante, abordaremos como gerai· e prover inovac;ao nesses tempos de mudanc;as. Por fim, apresenta-se alguns conceitos e desa:fios do Empreendedorismo. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva voce vai mergulhai· neste universo!
 
8	J	Analise de mercado - Tendencias, compmtamentos e movimentos
OBJETIVOS
Ola! Se bem-vindo a nossa Unidade 2, e o nosso objetivo e auxiliar voce no desenvolvimento das seguintes competencias profissionais ate o tennino desta etapa de estudos:
1C ontex	alizar	os	des fi_os,	a	importancia	e
op01tumdades da profiss1onahza9ao;
 (
2
)Discutir	como	deve-se	planejar	a	caITeira conside rando a globaliza <;ao e a economia;
 (
3
)Discutir como gerar e promover a inova<;ao em tempo de mudans;as;
 (
4
)Entender	os	conceitos Empreendedorismo;
e	desa:fios	do
Analise de mercado - Tendencias, comportamentos e movimentos ( 9
A Forma-;ao Profissional e seus desafios
A sociedade tern passado por grandes transforma9oes, especialmente nos ulti.mos 50 anos. E de se referir que uma serie de inova9oes tecnol6gicas tern alterado de maneira radi­ cal e com uma velocidade espantosa o cotidiano das pessoas, deixaudo marcas na sociedade como nuncaantes na hist6ria da evolu9ifo humana . De modo geral, pode-se destacar que o re­
sultado destas inova9oes esta alteraudo nossas vidas tanto no ambito pessoal quanto no profissional, gerando globaliza9ao economica, social e educacional, bem como o surgimento de um modo de vida batizado de: sociedade do conhecimento.
Diante deste contexto, o progresso da tecnologia e a importaucia do acesso a infornia9ao e s uper i.mportante . Para que tenha ideia
da velocidade da evolu9ao do conhecimento humano, segundo dados da empresa !NOVA Consulting, o conhecimento humano disponivel dobra de tamanho a cada 13 meses.
0 Grafico abaixo apresenta maiores infonna9oes para compara9ao:
1400
1200	•
1000
800
600
 (
•
)400
200
Grafico 1 - Quantidade de lvfeses
no qua l o
c onheci mento humano dobra
0	-=--=	•
19'00	1945	2014	2020	Fonte:	Jnova
._ Meses	1200	300	12	0,03	Cons ulti ng,
(2018).
Como base na figura acima, o conhecimento da humanidade, em 2020, estani dobrando de tamanho a cada 12 horns. Imagine o desafio que seni tentar acompanhar a evolu9ao do conhecimento na area profissional de sua preferencia?
Isto se deve ao avan90 da capacidade computacional e o desenvolvi.mento de novos algoritmos que possibilitam realizar processamento cada vez maiores, em cada vez menos
 
10 J	Analise de mercado - Tendencias, compmtamentos e movimentos
te ligados i capacidade de extra9ao e a transmissao do conhecimento em qualquer fo1mato de midia , como texto, imagens, audios e videos.
A tabela a seguir apresenta dados estatisticos dautiliza9ao dos recursos disponibilizados na internet, em 2016:
FACEBOOK	701.389 logins por minuto
YOrTUBE	20,78 milhoes de visualiza96es por minuto
TINDER	972.222 swipes por minuto
GOOGLE	2,4 milhoes de pesquisas por minuto SPOTIFY	38.052horasdemusicasescutadasporminuto INSTAGRA"''." l		38.194 postagens por minuto T\VITER	347.222 novos tweets por minuto
LI	IN	120 novas contas por minuto
WRAT A?P	20,8 milhoes de mensagens por minuto Alem dos nfuneros	apresentados	na tabela	acima,
obviamente essa globaliza9iio economica e social tern transformado as rela9iio e formas de trabalho.Ecada vez mais comum a op9ao do emprego tradicional ser deixado de lado, substituidopor trabalho
autonomo, o qual depende de certas caracteiistica,s dentre as quais, podemos citar: alto nivel de conhecimento tecnico e social, criatividade, senso critico, habilidade de inovar e se redesenharem tempos de mudan9asde :frequentes.
Diante disso, possuir um diploma ja nao garante a empregabilidade. Esta caracteiistica esta cada vez mais relacionada a qualifica9ao, isto e, as habilidades tecnicas e sociais normalmente requeridas na area de atua9ao. Como exemplos, podemos citar: dominio de um ou mais idiomas estrangeiros, conhecimento especifico sobre um determinado neg6cio; a habilidade de operar uma fen-amenta ou sistema.
0 mercado de trabalho tern buscado por pessoas que sabem aprender e/ou sabem se reinventar. Pode parecer estranho essa expressao, mas como a tecnologia e as fonnas de neg6cio tern evoluido rapidamente, nao basta ser apenas tecnico. A mais valia nao esta.em, simplesmente, saber identi:fica r e apontaros
Analise de mercado - Tendencias, comportamentos e movimentos	( 11
problemas, mas est:a na habilidade de buscar solu9oes, o que implica na capacidade de aprender constantemente e ainda, se reinventar.
EXEMPLO
Quando me f01mei na faculdade de Engenharia, a linguagem de programa9ao do momento era Delphi. Foi muito util ter conhecido e me desenvolvido nesta linguagem de programa9ao, porem, os tempos mudam, outras necessidades aparecem, e a tecnologia evolui. Posso garantir que uma pessoa que sabe programar em linguagem Delphi ha 20 anos e nao aprendeu outra linguagem, nao tera grandes op01tunidades de emprego, atualmente, como tinha naquela epoca.
Outro aspecto a ser levado em considera9ao e o fato de que sistemas/robos estao ocupando cada vez mais os postos de trabalho operacionais, especialmente os ma9antes e repetitivos.
Isto se da porque, trabalhos repetitivos induzem adesmotivavao;
a desmotiva9ao induz ao en-o; o en-o produz perda e acidente de trabalho. Por outro lado, um sistema nao vai se chatear, nem se desmotivar por que esta carimbando mil livros por dia numa biblioteca ou, numa linha de produ9ao automotiva, parafusando o mesmo local, em varias pe9as.
lsto quer dizer que, feliz ou infelizmente, em pouco tempo nao teremos mais posto de trabalho operacional. Muitas vagas de emprego deixarao de existir.
Mas, antes que voce se desespere, muitas outras vagas de trabalho serao criadas, porem, com tendencia menos operacional e mais sofisticada, de nivel t:atico , ou seja, nivel gerencial.
Atualmente existem sistemas, robos que contam quantos cliques do mouse voce deu numa detenninada pagina ou anuncio. Eles conseguem contar quantas vezes voce acessou dete1minado assunto na internet, entre outras coisas.
Imagine um anuncio de emprego como este: "Contrata.-se funcionario para contar o nfunero de vezes que os visitantes deste site, clicam num determinado link ou anuncio."
Nenhuma pessoa conseguiria fazer isso em tempo habil,
 
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emesmo? Mas pode, ao ext:rair o relat61io diaii o/semanal/mensal sobre o n(unero de cliques que um detenninado site obteve, fazer
considerac;oes, verificar perfil dos visitantes e o mais imp01iante, tomar decisoes sobre qual deve ser o pr6ximo passo. E fato que os sistemas informaticos e a inteligencia aitificial estao nos ajudando
a construir ou fonnar a nossa base de conhecimento, mas, pelo menos, por enquanto, nos ainda estamos no comando.
Outros fatores emergentes podem ser considerados, quando se trata da fonna9ao profissional, como ainda a capacidade do trabalhador em gerenciar seus aspectos emocionais em detenninadas posi9oes.
A Educa-;ao da Sociedade Contemporanea
Nesta sociedade de mercado contemporanea, o conhecimento e a chave de tudo, sendo que o papel do ser humano e fundamental. Vale ressaltar que um sistema de banco de dados, por exemplo, contem, como o pr6piio nome diz, apenas dados. No entanto, dadosnao implicain em infonna9oes e as infonnayees nem sempre implicain em conhecimento.
0 conhecimento implica na capacidade de tomar decisoes, c1iai· situa 9oes e produtos ineditos. Devido a isso, o ser humano sempre estara envolvido no processo de conhecimento, tendo em vista que abordagens de inteligencia artificial se baseiain em ocoffencias de situayees ante1iores para poder cump1ir sua tarefa, isto e, essas abordagens envolvem uma etapa denominada: etapa de treinainento do sistema inteligente, diferente do treinainento que acontece conosco.
0 processo educacional sempre teve grande impmtancia nas sociedades civilizadas e tern grande impacto na constiu9ao de ideias, na liberdade de expressao e num processo de cria9ao de riqueza, de evolu9ao, autentico e harmonioso. Preocupado com estes aspectos, a Comissao Intemacional de Educa9ao da UNESCO definiu quatro pilai·es de enfoque pai·a a educa9ao:
Analise de mercado - Tendencias, comportamentos e movimentos	( 13
- - - -
· aprender a conhecer;
· aprender a fazer;
· aprender a viver;
· aprender a ser.
Com relac;ao ao primeiro item, aprender a conhecei considerando ummundo globalizado e a imensa quantidade dedadose infonnai;ao geradosa cadamomento, osdesafiosdaeducayaodeixaram de ser, o quanto de infonnai;ao a pessoa acumula, mas desenvolvei· meios para que a pessoa, consiga chegar a informayao e produzir conhecimento e conteudo relevante baseada na mesma. Ratificando esta ideia, Siemens (2005), citado por Munhoz (2015), destaca que:
[...} a aquisir;iio de conhecimento algo que niio pode ser transmitido, mas que decorre de uma quantidade de interar;oes que vace
venha a desenvolver na grande rede. Ou seja, nao e passive! adquirir pessoalmente tada a quantidade de informar;oes sabre a/gum
assunto em particular, isso samente acarre com a colaborar;aa de autras participantes da grande rede. (MUNHOZ, 2015, p. 39).
Combasenisto, estarconectado efundamental paramanter
o aprendizado, pois esta nova maneira deorganizac;ao doprocesso educacional tern pregado que ela deva ocorTer ao longo da vida, ou seja, o individuo sempre estara em processo de aprendizado a
:fim de que esteja em constante melhoria de si mesmo, no sentido mais amplo da vida, nao se limitando ao campo pro:fiss ional.
Com relai;ao ao terceiro item, aprender a viver, vale a pena destacar que a interdependencia da sociedade modema e a fonna como as relay5es intemacionais tern se tornado cada vez mais importantes para a economia local, aprender a viver em conjunto tern sido um dos itens fundamentais da educac;ao, no que tange a
convivencia e a relayao com culturas diferentes.
Outro autor de destaquee Edgar M01in (2000), o qual
 
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r eumconjunto de oitoreflexoes demelho1ia da educa9ao , que veremos a segmr:
· 0	conhecimento admite erros, tendo em vista que ela e
composta por seres humanos, que sao sujeitos a falhas;
· 0	conhecimento e pe1tinente, ou seja, promove um
conhecimento quee capaz de entender problemas locais e globais;
· 0	ensino deve ser centrando a condi9ao humana, ou
seja, ela deve abordar questoes do piano fisico, social, cultmal e hist6rico do individuo;
· 0	ensino deve estar comprometido com a " identidade
da terra". Ou seja, deve respeitar as diversas maneiras que o individuo decidelevar a sua vida local, como questoes emocionais e espirituais;
· A 16gica deterministica deve dar espa90 a 16gica da
ince1teza;
· 0 ensino deve promover a compreensao nos mais diversos espa9os, discutindo e tratando questoes como racismo, xenofobia e outras f01mas de exclusao ;
· 0 ensino deve promover a questao da etica, ou seja, tratar
tambem as condi9oes hmnanas no intimo do ser, t:rabalhando com a questao da humanizavao e diversidade.
Como podemos notar, o processo educacional modemo esta fo1temente atrelado a capacidade intelectual individual dos estudantes e a principios eticos, sendo que ele deve preparar os estudantes para lidar com as mudan9as no ambiente cultmal, na economia e com as mudan9as tecnol6gicas. Essa habilidade de atuar e se adaptar a novos ambientes e contextos, devem vir acompanhada de caracte1isticas como: iniciativa e dete1mina9ao.
Diante deste contexto, a universidade assume um papel mais amplo, reforvando os valores eticos e morais da sociedade e dando maior enfase paraodesenvolvimentopessoaldosindividuos em conjunto com a prepara9ao profissional dos mesmos.
Apesar dos avan9os, vale a pena verificar os seguintes apontamentos: (1) de acordo com rep01tagem do jomal Estadao, "tres em cada dez jovens e adultos de 15 a 64 anos no Pais -
Analise de mercado - Tendencias, comportamentos e movimentos	( 15
2oo, equivalente a cerca de 38 milhoes de pessoas
- sao considerados analfabetos funcionais". (PALHARES e DIOGENES , 2018).
 (
Analfabetismo 
funcional
, 
ea 
poucacapacidade 
quealgumaspessoas 
apresentam
,
 
para
 
a
 
compressao
 
de
 
textos
 
s
imples.
 
Esta
s
 
pes
soas
 
nao 
conseguem decodificar 
tetras
, 
e ate 
frases 
inteiras
, 
bem 
como, 
nao 
pos
s
uem 
habilidade 
de 
interpreta9ao 
de
 
textos.
)Desafios para a Profissionaliza-;ao
0	crescente avan90 socioeconomico do Brasil e suas altera9oes nos processos de trabalho tern gerado uma nova
demanda para o setor educacional, relativamente a gera9ao de
demandas dequalifica9ao tecnicae profissionaldos trabalhadores. lsto se deveao fato de que as modifica9oes nos setores produtivos e na economia, as fmmas do t:rabalho e o perfil do trabalhador foram alterados substancialmente. A eleva9ao nos niveis de escolaridade da popula9ao e a concon encia intemaciona1 sao alguns dos fatores que promovem a exigencia, cada vez maior, de requisitos para as vagas ofertadas.
Alem disso, no que tange as demandas para ocupa9ao do trabalho, pode-se elencar pelo menos quatro categorias, a saber:
1. A que o trabalhador espera receber;
2. A requerida para opera9ao de uma nova tecnologia (exigencia de quern produz);
3. A requerida pela empresa que adota.a nova tecnologia;
4. A transmitida ao trabalhador por meio de cursos tecnicos­ profissionalizantes;
 
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Entende-se que o trabalho como fonna de educac;ao pode contlibuir no desenvolvimentoprofissional do u-abalhado.r Esta visao se tern, quando o ti·abalho e entend ido como um processo, quepossibilita a fonnac;ao baseada nos conhecimentos acumulados ao longo da hist61ai da humanidade.
Isso se da por meio da operacionalizac;ao do curriculo que promove a apropriac;ao das ciencias, de maneira mais ampla e geneiica, voltado ao desenvolvimento humano.
Dessa forma, a fonnac;ao profissional, do ponto de vista da composic;ao , em que o u-abalho e a base educativa, inclui-se o exercicio das habilidades tecnicas. Para tanto, seu principal objetivo tern sido, os estudantes assimilarem tambem embasamentos cientificos, que sao a base de diferentes tecnologias. Essas tecnologias nao s6 caracterizam as relac;oes de produc;ao , mas tambem seus processos.
0 empregador tambem pode colaborar para a aprendizagem de seus funcionaiios, desde que trabalhem ativamente nos processos, e sendo inclusos nos variados treinamento,stais como:
· Ensino a distancia: e uma fonna de ensino em que o estudante nao precisa frequentar presencialmente a instituic;ao , podendo ser realizado via internet ou correspondencia. Neste tipo de ensino exige-se muito empenho por paite do aluno, de modo que ele consiga se organizai· e manter seus estudos regulaimente;
· Cursos presenciais: ea forma mais tradicional de ensino, onde n01malmente o aluno se dirige ate uma instituic;ao de ensino de f01ma regular durante o curso;
· Coaching: e uma orientac;ao tecnica personalizada por
paite de um profissiona,l a fim de que seus clientes alcancem seus objetivos especificos;
· Mentoring: e uma tecnica de treinamento que ajuda as pessoas se tornai·em melhores no habilito profissional e na vida pessoal.
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 (
D
e
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)Odesafios para a forma.;ao do profissional do futuro
Embora a competic;ao esteja em continua expansao, o que se pode entender e que ha um aumento dos requisitos e das necessidades de identifica9ao de perfis profissionais relacionados as competencias exigidas.
Nesse arnbito, ressalta-se que, devido a problemas para encontrar o profissionaladequado, as organizac;oes te rn duas saidas:
1. Buscar o profissional no mercado extemo;
2. Diminuir os requisitos profissionais exigidos, procurando assim assegurar as suas a9oes operacionais.
Como exemplo podemos citar o fato de que algumas institui9oes tern renunciado a imposi9ao de :fluenc ia em Lin gua Inglesa, a fim de assegurar a contratac;ao de funcionfuios que possuem melhor fluidez nas Soft Skills.
Embora a competic;ao esteja em continua expansao, o que se pode entender e que ha um aumento dos requisitos e das necessidades de identifica9ao de pedis profissionais relacionados
as competencias exigidas.
Nesse arnbito, ressalta-se que, devido a problemas para encontrar o profissionaladequado, as organiza9oes tern duas saidas:
1. Buscar o profissional no mercadoextemo;
2. Diminuir os requisitos profsi sionais exigidos, procurando assim assegurar as suas a9oes operacionais.
Como exemplo podemos citar o fato de que algumas institui9oestern renunciadoa imposi9aode :flue ncia e m Lin gua
 
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a	, assegurar a contrata9ao de funcionfuios que
possuem mellior fluidez nas Soft Skills.
 (
Soft skills sao as 
competencias relativas 
a 
personalidade 
e 
compo11amento do profissional. Envolvem aptidoes mentais
, 
emocionaise 
sociais.
Podemosdizerquesaohabilidades 
particulares
, 
pois nascem de acordo com 
as 
expe1iencias, 
cultura
, 
c1ia9ao 
e 
educav[o de 
cada 
pessoa
, 
entre outros fatores. 
(CAMINHA
,
 
2018).
)
Embora os brasileiros ja demonst:rem importantes progressos na constm9ao de habilidades como tarefas em grnpo, dialogo e afinidade, a habilidade de analisar oportunidades e a sustenta9ao de ideias e fundamentos sao fun95es que ainda precisam ser aperfei9oadas por eles.
A figura abaixo ilustra algumas das caracte1isticas classificadas como soft skills:
Figura I - Caracte,isticas do solf skills
Font e: htt p:llwww .por terc hester.coml wp­ contentluploads/2015/02/Fotolia_58825528_ Subscription_Monthly_Mjp
Paralelamente a demanda pelas "soft skills", a transfonna9ao da tecnologia, da ciencia e dos setores produtivos fez su:rgir uma corrente que a:firma que , a moderniza9ao supostamente venceu a humanidade, assumindo a posi9ao das pessoas e tomando seus se1vi9os. Ideia que tern sido frequentemente manifestada nas exposi95es de empresas quando
Analise de mercado - Tendencias, comportamentos e movimentos	( 19
naota.c;ao e que tern ostentado o fim de 2 bilhoes de fimc;oes, cujos procedimentostern sido substituidos por maquinas.
Tendo isso em vista e, contraiiando o que tern oconido em boa paite dos cursos, os quais concentram o aprendizado no desenvolvimento de conhecimentos tecnicos, e necessario construir formas que melhorem as possibilidades de evoluc;ao
do conhecimento da sabedoria e competencias, relativas a:
imagina c;ao , inova c;ao e pensainento 16gico.
Tambem acrescentando, e necessario que as instituic;oes de ensino se atentem em c1iar questoes para o conhecimento, que propiciem os individuos a tomai· decisoes, trabalhai· com condic;oes atipicas e utilizar o pensamento logico perante essas condic;oes . Por e m , o que se tern compreendido e que as instituic;oes de ensino superior tern considerado as "Soft Skills" por necessidade, em setores pe1ifericos e tern concentrado as atividades na expansao dos hai·d skill s (veja definic;ao abaixo)
As competencias tecnicas que acrescentamos ao cuniculo sao as chainadas "hai·d skills". Sao as habilidades que podem ser ensinadas em uma capacitac;ao. Por exemplo: o uso de fe1rnmentas e conhecimentos profissionais. Elas sao desenvolvidas nos treinamentos corporativos para melhorar a qualificac;ao profissional.
Em referencia as "Soft Skills" vs."Hai·dSkills",eimp01tante cons iderai· que, alem de pensai· na f01mac;ao do profissional do Seculo XXI, devemos entender como deve ser a instituic;ao que prepara os individuos na fonnac;ao tecnica. Sendo que algumas habilidades, mencionadas ante1iorment,esao desenvolvidasa paitir da inf'ancia, periodo em que as sinapses nervosas ainda estao em processo de f01ma9ao.
E fundamental que se entenda a dimensao da fonnac;ao de
uma escola que capacite as pessoaspara o inesperado, fazendo
 
20 J Analise de mercado - Tendencias, compmtamentos e movimentos
referencia as boas praticas e utilizando o raciocinio 16gico no dia a dia. Para tanto,e necessario entender e tratar essa visao de ensino, como sinais para a organizar;ao das tarefas das escolas e cmsos.
Por fim, sejam nas Instituir;oes de Ensino Superior ou nas Instituir;oes de Ensino Basico Fundamental e necessaiio que existam condir;oes pr6piias, para constrnr;ao e desenvolvimento de praticas relacionados as necessidades tecnicas do amanha.
Estas propoem o uso de areas em que estudantes consigam ser estimulados a apresentar ideias, reduzir conflitos e considerar medidas com etica, liberdade e responsabilidade. Com isso, a educayiio deve se refmmular imediatamente.
Planejamento de Carreira
Em um mundo globalizado, conconido e em constante mudanr;a, o ato de planejar uma caneira nao e tarefa simples. Ser uma pessoa bem-sucedida, ter uma caneira de sucesso
e fazer o que gosta, silo objetivos de vida que, hoje em dia, estao intimamente ligados a se nsa r;ao de realiza r;ao pessoal e
felicidade. Ao contraiio dos nossos antepassados, cuja profissao lhes era imposta pela familia, ou pela sua origem, ou seja, a linhagem a qual pertenciam. Atualmente, a possibilidade de escolha de uma profissao e a gama de possibilidade s acaba por ser uma desvantagem para os que nao tomam o cuidado de fazer um mapa, com objetivos claros, de onde querem chegar ou do que querem conquistar.
Como primeiro passo, vamos identificar o que significa o te1mo "can eira". Segundo Dutra (1996), citado por Tofoli e Tofoli (2015, p. 4), "a carreira e tida como uma seiie de etapas e transir;oes que variam de acordo com as pressoes sofudas pelo individuo, originadas pela pr6pria pessoa ou pelo ambiente no qual esta inse1ido".
Neste sentido, podemos deduzir que, assim como num jogo, precisamos ter estrategia para transpor os obstaculos que nos impedem de passar de uma etapa para a seguinte, com vistas a atingir um objetivo. Esta estrategia pode ser amparada por um

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