Buscar

LIBRAS.EDUCA.MAYRA.PROCOPIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MAYRA SOARES PROCOPIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFLEXÕES SOBRE AS VANTAGENS DO ENSINO DE LIBRAS NA 
ESCOLARIZAÇÃO DOS ALUNOS OUVINTES 
 
 
 
 
 
Trabalho Final de Curso apresentado como 
requisito para a obtenção do título de 
especialista em Educação Inclusiva com ênfase 
em Libras, da Faculdade de Educação da 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 
Orientadora: Profa. Dra. Raquel Elizabeth Saes 
Quiles Benini 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo Grande/ MS 
2021 
 
 
 
MAYRA SOARES PROCOPIO 
 
 
 
 
 
REFLEXÕES SOBRE AS VANTAGENS DO ENSINO DE LIBRAS NA 
ESCOLARIZAÇÃO DOS ALUNOS OUVINTES 
 
 
 
 
Trabalho Final de Curso apresentado como 
requisito para a obtenção do título de 
especialista em Educação Inclusiva com ênfase 
em Libras, da Faculdade de Educação da 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
______________________________________ 
Profa. Dra. Raquel Elizabeth Saes Quiles Benini 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) 
 
 
 
______________________________________ 
Prof. Me. Francimar Batista Silva 
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) 
 
 
 
______________________________________ 
Prof. Dr. Wellington Furtado Ramos 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) 
 
1 
 
 
Reflexões sobre as vantagens do ensino de Libras na escolarização 
dos alunos ouvintes 
 Reflections about the advantages of teaching Libras in the schooling of 
hearing students 
 
Mayra Soares Procopio 
 
RESUMO 
A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma língua que possui elementos visuais e espaciais específicos, 
favorecendo uma modalidade linguística particular que pode ser vislumbrada em expressões manuais e 
corporais arquitetadas em movimentos dinâmicos e estáticos, se diferindo dos idiomas orais. Nesse 
sentido, o objetivo principal desta pesquisa é identificar as vantagens do ensino da Libras na 
escolarização dos alunos ouvintes. Especificamente, buscou-se: difundir a importância da Libras para 
sujeitos ouvintes; e demonstrar as vantagens do aprendizado da Libras nos aspectos cognitivos e físicos. 
Trata-se de um estudo de caráter exploratório e explicativo, desenvolvido a partir de uma revisão 
bibliográfica, realizou-se, de forma criteriosa, o levantamento de produções acadêmicas relacionadas 
com o tema nas bases de dados científicos, e com dialogo nas discussões com a base teórica em todas 
as seções. Os dados do estudo evidenciaram que a aprendizagem de Libras nos aspectos cognitivos: 
amplia os conhecimentos no repertório das experiências linguísticas do educando como segunda língua; 
estimula como ferramenta didático-pedagógica as possibilidades de leitura, vocabulário, na 
alfabetização da Língua Portuguesa, na interpretações das imagens visuais, na aquisição de habilidades 
cognitivas e de novas conexões cerebrais; e nos aspectos físicos: potencializa o desenvolvimento da 
expressão corporal, corporeidade e psicomotricidade. 
Palavras-chave: Libras; Escolarização; Alunos ouvintes. 
 
ABSTRACT 
The Brazilian Sign Language (Libras) is a language that has specific visual and spatial elements, 
favoring a particular linguistic modality that can be glimpsed in manual and body expressions 
architected in dynamic and static movements, differing from oral languages. In this sense, the main 
objective of this research is to identify the advantages of teaching Libras in the schooling of hearing 
students. Specifically, it sought: to spread the importance of Libras for subject listeners, and demonstrate 
the advantages of learning Libras in cognitive and physical aspects. This is a study of exploratory and 
explanatory nature, developed from a literature review, it was performed, in a careful way, the survey 
of academic productions related to the theme in scientific databases, and with dialogue in the discussions 
with the theoretical basis in all sections. The study data showed that learning Libras in cognitive aspects: 
expands the knowledge in the repertoire of linguistic experiences of the student as a second language; 
stimulates as a didactic-pedagogical tool the possibilities of reading, vocabulary, in literacy of the 
Portuguese language, in the interpretation of visual images, in the acquisition of cognitive skills and 
new brain connections; and in physical aspects: enhances the development of body expression, 
corporeality and psychomotricity. 
Keywords: Libras; Schooling; hearing students. 
 
2 
 
 
 
 
Introdução 
 
A Libras é legitimada através da Lei nacional vigente (Lei n. 10.436, de 24 de abril de 
2002) como língua de direito das comunidades surdas (BRASIL, 2002). Sendo, uma Língua 
marcada por proibições e preconceitos. 
Por esta razão, a minoria surda se manteve refém de uma ideologia dominante com 
pensamentos inflexíveis, referindo-se a tudo que é diferente do padrão social como “anormal” 
e antiquado, em um molde social dito como superior. (GESSER, 2009; BISOL, 2010). 
Isso não significa que os surdos aceitaram pacificamente essa condição. A comunidade 
surda, com muita resistência e persistência, seja relacionada ao campo da educação, politica ou 
social, têm reivindicado seus direitos linguísticos por meio de marcos legais e normativos que 
vêm rompendo paradigmas, como Leis que garantam uma escolarização coerente e atenta às 
suas singularidades. 
No entanto, no âmbito escolar ainda há entraves quando se refere sobre o processo de 
escolarização de Libras para os surdos, tornando a Libras de difícil acesso para o aluno surdo e 
no compartilhamento nos espaços escolares. 
Partindo destas prerrogativas iniciais, considera-se importante refletir sobre Libras no 
contexto educacional, visando o alcance de um território linguístico compartilhado. Desta 
forma, o presente estudo consiste em uma revisão bibliográfica que tem sua gênese na seguinte 
problemática: o ensino de Libras possui vantagens na escolarização dos alunos ouvintes? 
Esta questão se coloca, na atualidade, como um problema de pesquisa por permitir 
reflexões sobre a educação inclusiva na perspectiva da ampliação das possibilidades de 
aprendizagens de Libras para alunos surdos e ouvintes. 
Assim, este estudo tem como objetivo geral identificar as vantagens do ensino de Libras 
na escolarização dos alunos ouvintes, pois a hipótese é que a Libras tem sido entendida somente 
como um fator de inclusão unilateral, do surdo, e que não há vantagens, para além da 
socialização, a aprendizagem da Libras para alunos não-surdos. 
Na tentativa de contribuir com as mudanças deste cenário, especificamente a pesquisa 
busca difundir a importância da Libras para sujeitos ouvintes; e demonstrar as vantagens da 
aprendizagem da Libras nos aspectos cognitivos e físicos para alunos ouvintes. 
3 
 
 
O interesse por este tema ocorreu por uma vontade pessoal1. A Língua de Sinais me 
encanta pelo fato de que, na minha concepção, o movimento traz vida, e se tornou ainda mais 
atrativo pelas minhas escolhas de formações acadêmicas associada ao movimento em Educação 
Física e Fisioterapia, no qual tenho contato com surdos, mas com muitas frustações por não 
conseguir me comunicar, “de igual para igual”. Assim, neste estudo tenho a oportunidade de 
trazer reflexões que possam impulsionar mudanças para as gerações futuras. 
Metodologicamente, esta pesquisa tem caráter exploratório e explicativo, sendo 
desenvolvida a partir de uma revisão bibliográfica, por meio de questionamentos pré-definidos. 
O problema e objetivos de pesquisa são tratados na abordagem metodológica qualitativa, que 
não poderá ser traduzida em números, pois como mencionam Marconi e Lakatos (2003, p. 104): 
“há casos em que a passagem para a qualidade nova é realizada através de mudanças qualitativas 
graduais, como ocorre com as transformações de uma língua”. 
O detalhamento dos procedimentos metodológicos será explicitado na próximaseção 
do artigo. Posteriormente, analisa-se como acontece a escolarização no âmbito educacional, 
apresentando a legislação e as brechas para um aprendizado da Libras para alunos ouvintes. Em 
seguida, apresentam-se as vantagens do aprendizado da Libras e sua importância no ensino para 
alunos ouvintes, destacando as habilidades possíveis no aprendizado de serem alcançadas neste 
processo. As considerações finais trazem reflexões pontuais sobre os principais resultados 
atingidos no estudo. 
 
Em busca de produções acadêmicas: procedimentos metodológicos 
 
Uma pesquisa bibliográfica pode ser realizada de diversas maneiras. Neste estudo, 
optou-se pela sistematização, descrição e análise de produções acadêmicas que contribuem com 
o assunto em debate. 
Assim, o desenvolvimento da pesquisa bibliográfica ocorreu da seguinte maneira: 
realizou-se, de forma criteriosa, o levantamento de produções acadêmicas relacionadas com o 
tema nas seguintes bases de dados científicos: Scielo, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e 
Dissertações (BDTD) e Periódicos Capes. Os descritores utilizados foram as palavras-chave do 
estudo, em todas as combinações possíveis. Deste modo, foi verificada uma escassez de 
 
1 Considerando o relato pessoal da pesquisadora, este parágrafo está escrito na primeira pessoa do singular. 
4 
 
 
produções sobre o assunto nesta área de conhecimento. 
Na progressão desta fase, o critério de inclusão foi a opção por produções acadêmicas 
que abordam a Libras relacionando-a com a aprendizagem para alunos ouvintes. Assim, foram 
excluídos todos os trabalhos que não tratavam desta relação. No total foram selecionadas 23 
produções. Após a leitura, na íntegra, dos textos, 07 foram escolhidos, por terem mais 
aproximações com o intento da pesquisa. Um quadro com as informações dessas produções e 
uma breve apresentação destes trabalhos serão explicitados a seguir: 
Quadro 01- Produções acadêmicas escolhidas para a pesquisa 
AUTORES TÍTULO ANO TIPO DE 
TRABALHO 
ACADÊMICO 
BASE DE DADOS 
Hivi de Castro Ruiz 
Marques; Sonia 
Mari Shima 
Barroco; Tânia dos 
Santos Alvarez da 
Silva 
O ensino da Língua Brasileira de 
Sinais na Educação Infantil para 
crianças ouvintes e surdas: 
considerações com base na 
Psicologia Histórico-Cultural. 
2013 Artigo científico Scielo 
Revista Brasileira 
de Educação 
Especial 
Ana Cristina Silva 
Daxenberger; 
Bruno Ferreira Silva 
O Ensino de Libras em uma 
escola no município de Areia-PB, 
por meio de extensão 
universitária. 
2018 Artigo científico Google Acadêmico 
Revista Educação e 
Emancipação 
(UFMA) 
Lídia da Silva A cognição e os princípios 
teóricos e metodológicos ao 
ensino de Libras para ouvintes: 
orientações a professores 
iniciantes. 
2020 Artigo científico Periódicos CAPES 
Revista Linguagem 
em Foco 
Marluce Maria 
Werle; Grasiela 
Kieling Bublitz 
A inclusão de Libras no currículo 
da Educação Infantil da escola 
regular: uma proposta possível? 
2017 Trabalho de 
Conclusão de Curso 
Google Acadêmico 
(Univates) 
Girlaine Felisberto 
de Caldas Aguiar 
Ensino de Libras para aprendizes 
ouvintes: a injunção e o espaço 
como dimensões ensináveis do 
gênero instrução de percurso. 
2019 Dissertação de 
Mestrado 
BDTD 
(UFCG) 
Maria Cristina 
Iglesias Roa 
Libras como segunda língua para 
crianças ouvintes: avaliação de 
uma proposta educacional 
2012 Dissertação de 
Mestrado 
BDTD 
(UFSP) 
Raquel Elizabeth 
Saes Quiles 
Educação de surdos em Mato 
Grosso do Sul: desafios da 
educação bilíngue e inclusiva 
2015 Tese de Doutorado BDTD 
(UFSCar) 
Fonte: Produzido pela autora. 
Como ponto de partida para nossas reflexões, a Dissertação de Mestrado da autora 
Aguiar (2019) apresenta uma pesquisa que propõe o gênero textual introdutório de base para 
ser ensinado na disciplina de Libras que enfoca a importância da Libras na escolarização para 
ouvintes. 
Na pesquisa de Silva (2020) revela-se, nos estudos linguísticos da aquisição de uma 
5 
 
 
nova língua, a conectividade das sinapses neurais que propiciam um melhor processamento 
cognitivo. A autora explicita sobre os métodos superficiais utilizados no ensino de Libras para 
alunos não-surdos. 
Já Werle e Bublitz (2017) relatam sobre o explorar, na escola, as diversas habilidades 
comunicativas e retratam, em sua pesquisa, resultados com crianças ouvintes de 2 a 3 anos: o 
interesse, naturalidade e obtenção de um maior repertório de linguagens, em contato com a 
Libras. 
Nesta mesma direção, a Dissertação de Mestrado de Roa (2012) demostra a Libras como 
segunda língua para crianças ouvintes, indicando um planejamento trimestral e uma avaliação 
como proposta educacional para surdos. 
Na análise do artigo dos autores Daxenberger e Silva (2018), evidenciam-se relatos 
sobre o ensino de Libras para crianças ouvintes, identificando a importância de Libras para 
estes alunos na prática de inclusão, por meio dos repertórios de linguagens. 
Na abordagem da Libras na área da Psicologia, Marques, Barroco e Silva (2013) 
oferecem um estudo na perspectiva histórico-cultural, enfatizando a importância de valores 
éticos no compromisso de oferecer a Libras para um desenvolvimento integral e humanização 
dos surdos. 
A Tese de Doutorado da autora Quiles (2015), apesar de não ter foco na aprendizagem 
da Libras por ouvintes, proporciona a este estudo situações-problemas das escolas em relação 
aos surdos e o conflito dos termos educação inclusiva e educação bilíngue. 
Para finalizar esta seção, é importante destacar a discussão teórica de alguns temas 
relacionados ao objeto deste estudo, e a partir desses temas evidenciam-se discussões junto as 
contribuições das 07 produções acadêmicas selecionadas na revisão bibliográfica. Ou seja, não 
há uma seção única, para as ponderações dos autores listados no Quadro 01. 
 
Por uma expectativa na regulamentação do aprendizado da Libras para 
alunos ouvintes 
 
A escolarização é uma junção da organização da politica escolar com a rede de ensino, 
em prol de um referencial curricular teórico que atenda o ser social de maneira integra, e 
assertiva para cada fase do conhecimento escolar, para favorecer o desenvolvimento do saber 
para os educandos. Sobre este assunto, NEVES et al (2017 p.347): 
6 
 
 
 
O processo de escolarização da infância, seja na Educação Infantil ou no Ensino 
Fundamental, coloca os sujeitos sociais frente a práticas específicas pertinentes a 
essas instituições, com tempos e espaços diferenciados, posicionando-os em lugares 
socialmente demarcados. 
 
Assim, no caso do requisito primordial para a escolarização de alunos surdos, está na 
compreensão destes sujeitos com singularidade linguística, que alcance as experiências de 
saberes, de forma significativa, que promova o desenvolvimento de habilidades cognitivas, 
físicas e sociais, é/está mediado pela Libras que nem sempre é compartilhada em todos os 
tempos e espaços escolares. 
A seguir, verifica-se, segundo Soares e Baptista (2018, p. 95 e 96), a importância de 
alguns aspectos que não podem ser ignorados pela escola: 
 
[...] a ênfase na compreensão de que a surdez se constitui como um fenômeno de 
múltipla determinação, com efeitos muito diferenciados em termos do uso de recursos 
de comunicação, vinculada à indicação de que os espaços compartilhados entre surdos 
e ouvintes deveriam ser alvo de investimento, assim como o uso de variados meios 
envolvendo principalmente a Libras e a Língua Portuguesa. 
 
Apesar da comunidade surda ter tido muitas conquistas nas últimas décadas no âmbito 
político e social, por meio de Leis e Decretos2, ainda permanecem entraves para um 
direcionamento pedagógico especifico, de qualidade. Sobre este assunto, Daxenberger e Silva 
(2018, p. 205) ressaltam: 
 
[...] que diante da necessidade de maiores reflexões sobre as formas apropriadas de 
viabilizarum ensino de qualidade para as pessoas surdas, é importante trazer para a 
discussão uma visão mais crítica sobre as principais correntes metodológicas 
utilizadas em sala de aula, para que a inclusão realmente ocorra. 
 
Analisando, também, os desafios para a implantação de uma inclusão favorável para 
surdos, Quiles (2015, p. 159) explicita que: 
 
Não há duvidas de que é um desafio pensar e realizar propostas pedagógicas que 
contemplem a participação do conjunto de alunos – surdos e ouvintes. É interessante 
perceber que isso incomoda parte dos professores regentes. Talvez este seja o primeiro 
passo para uma transformação da realidade escolar. Até o momento da realização 
 
2 Para exemplificar, cita-se o reconhecimento legal da Libras como meio de comunicação e expressão, descrito no 
art. 1° da Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002; e o estabelecimento da obrigatoriedade do ensino da Libras como 
componente curricular no Ensino Superior, evidenciado no Decreto n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. E a atual 
conquista sancionada de Libras na Lei nº 14.191, de 3 de agosto de 2021, que inclui a Educação Bilíngue de Surdos 
na Lei Brasileira de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB com a Lei 9.394, de 1996, como uma versão 
de modalidade de ensino emancipada em sua necessidades especificas. 
7 
 
 
deste estudo o que se observou é que em determinados momentos os professores 
regentes acabam se utilizando do improviso. Ou seja, quando um docente percebe que 
aquilo que planejou para realizar na sala de aula não contempla os alunos surdos há a 
tentativa de compensar de alguma forma essa falha. 
 
Neste sentido, há muitas controvérsias na implantação das Leis que estejam ajustadas 
para um aprendizado consistente para os surdos no ensino regular. Entretanto, as novas 
produções de pesquisas no âmbito acadêmico, focadas em Libras, “[...] têm possibilitado que 
os professores em formação produzam conhecimentos básicos sobre essa língua, que servirão 
como base para a atuação docente junto aos alunos surdos”. (CORÁ et al, 2020, p. 2). 
Deste modo, surge a discussão da inclusão linguística para não-surdos. Mas, isso só 
seria viável através da oficialização de Leis e o reconhecimento da Libras na escolarização dos 
alunos, pois “[...] quando pessoas ouvintes falam em Libras entre si, além de romper com 
estereótipos a respeito da fala silente e reafirmar sua identidade linguística, criam um espaço 
de sinalização e mutuamente geram estímulos à aprendizagem”. (SILVA, 2020, p. 209). 
Nesta tentativa da oficialização do ensino de Libras para alunos ouvintes, uma Lei na 
região desta pesquisa, Lei Estadual de Mato Grosso do Sul, n. 5.563, promulgada em 8 de 
setembro de 2020, instituindo que nas escolas da rede estadual a Libras deve ser inserida como 
componente extracurricular. Mas, esta inclusão é limitada, pois só contempla o ensino médio 
da rede estadual, ocasionando uma lacuna para o aprendizado da Libras na infância e no Ensino 
Fundamental, concomitante com os outros idiomas. Sobre este assunto, Werle e Bublitz (2017, 
p. 6) salientam que: 
 
[...] pode-se pensar em inserir esse conhecimento já na Educação Infantil, fase das 
descobertas e da socialização inicial. O ideal seria que esse aprendizado ocorresse de 
forma lúdica e natural, pois quanto mais a língua de sinais for explorada e praticada, 
melhor será o seu entendimento. 
 
A autora Roa (2012, p. 4) corrobora com esta discussão, enfatizando a importância de 
iniciar o ensino da Libras na Educação Infantil, ao afirmar que [...] seria melhor investirmos 
nas nossas crianças, na educação infantil, para não termos, amanhã, de falar em inclusão. 
Embasado no pressuposto de que a educação se inicia nos primeiros anos de vida. 
Marques, Barroco e Silva (2013, p.516) também indicam o ensino da Libras para 
ouvintes desde a Educação Infantil. Em suas palavras: 
 
Reafirmamos, ainda, a expectativa ética de que os centros de Educação Infantil 
assumam o compromisso de oportunizarem ao aluno surdo as condições para que se 
8 
 
 
dê o processo de hominização, como resultado da apropriação de conteúdos escolares 
em língua de sinais, e que para o aluno ouvinte se descortinem novas oportunidades 
de aprendizagem por meio do acesso ao maior patrimônio da comunidade surda 
brasileira: a língua brasileira de sinais. Entendemos que o ensino da Libras na 
educação infantil é uma medida que pode verdadeiramente favorecer a consolidação 
de uma escola inclusiva. 
 
Percebe-se, portanto, que a legislação sobre o ensino da Libras para alunos ouvintes 
precisa avançar para contemplar as crianças. Além disso, não deve ser complementar, mas 
obrigatória. A Lei n. 5.563/2020, anteriormente citada, por exemplo, gera uma oportunidade 
favorável, mas de modo minimalista, pois a Libras poderá ou não ser efetivada no contexto 
educacional, pelos fatos da necessidade de capacitação de docentes nesta área, ou implantação 
necessária de interpretes em Libras na escola, ou poderá acontecer o ensino de Libras com 
docente comprometido que proponha pelo menos um ensino superficial. 
Neste sentido, o aspecto principal que precisa ser considerado no ensino da Libras para 
não-surdos no âmbito escolar refere-se à formação de profissionais habilitados para este intento. 
Sobre este assunto, Aguiar (2019, p. 111) enfatiza que: 
 
Além disso, é preciso destacar a importância dos estudos sobre as abordagens 
metodológicas que podem ser muito novas, não só com respeito à formação docente 
de surdos e ouvintes para ensino da Libras como L2, mas também com relação à 
compreensão do processo ensino-aprendizagem como L2 para ouvintes. 
 
Mas, durante o desenvolvimento desta pesquisa é publicado uma Lei Municipal de 
Campo Grande n. 6.647, em 19 de julho 2021, com a perspectiva da Libras ser ensinada de 
forma transversal em todo ensino regular. Assim, Libras será contemplado desde a educação 
infantil até o ensino médio, mesmo que ainda seja proposta de maneira extracurricular, neste 
caso necessitando da instrução do docente habilitados e interpretes em Libras para proporcionar 
a oportunidade de aprendizagem deste idioma a todos. 
Deste modo, a importância da obrigatoriedade do ensino de Libras para alunos ouvintes 
tem sido apontada por alguns documentos oficiais brasileiros, como se pode perceber a seguir: 
 
As escolas inclusivas (escolas públicas que não são escolas bilíngues de surdos) 
devem inserir no seu Projeto Político Pedagógico o componente curricular de Libras 
como segunda língua, a fim de oferecer aos estudantes ouvintes ou surdos imigrantes 
a oportunidade de adquirir a Libras. Dessa forma, a diversidade dos estudantes 
matriculados na escola fica contemplada com a oportunidade de aprender essa língua. 
(BRASIL, 2014, p. 21). 
 
Neste contexto, a inclusão no âmbito educacional vai se desenvolvendo com avanços e 
retrocessos. De outro lado, não há efetivas modificações das práticas educativas, que deveriam 
9 
 
 
possibilitar novas relações e interações, pois como enfatizam Marques, Barroco e Silva (2013, 
p. 513): 
 
Desta forma, a maneira como os indivíduos surdos são percebidos e tratados é que 
favorece ou não o seu processo de desenvolvimento, e a educação precisa estar 
centrada no potencial que o ser humano possui para desenvolver-se, e não na 
deficiência apresentada. Assim, a insuficiência estaria na sociedade, e não na pessoa 
com deficiência. [...] A cegueira e a surdez como defeitos físicos permanecerão ainda 
por muito tempo na Terra. O cego seguirá sendo cego e o surdo, surdo; mas eles 
deixarão de ser pessoas com defeito, porque a deficiência é um conceito social. 
 
Portanto, permanece uma expectativa na regulamentação do aprendizado da Libras para 
alunos ouvintes em seu caráter íntegro de aprendizado de idiomas na esfera escolar. Apesar dos 
desafios prementes, observa-se que a comunidade surda continua ativa e resistente,almejando 
e reivindicando uma proposição educacional que, efetivamente, atenda suas necessidades e 
especificidades. 
 
As possíveis evidências de aprendizagem de Libras para alunos ouvintes: 
novas vivências, olhares e saberes 
 
A Libras é uma língua que possui especificidades e particularidades. É viso-gestual, 
diferente das convencionais línguas orais, que usam os canais de percepção dos sentidos orais-
auditivos. Assim, esta Língua Brasileira de Sinais se compõe em uma expressividade manual e 
corporal, arquitetada em movimentos refinados. Como também em seus aspectos linguísticos 
que indicam que possui alguns parâmetros definidos: nas configuração das mãos; localização 
ou ponto de articulação; movimento; orientação da palma da mão; expressões faciais e 
corporais. (QUADROS e KARNOPP, 2004; RODRIGUES e VALENTE, 2012).. 
Por suas características singulares, a Libras favorece um aprendizado mais elaborado 
para alunos ouvintes, como ressalta Aguiar (2019, p. 95): 
 
O ouvinte, para aprender Libras, precisa de disposição, vontade de aprendizado e 
ajustamento do cérebro para transformação de movimentos gestuais, expressões 
faciais/corporais em informação linguística, configurando-se esta língua, além de L2, 
em modalidade 2 (M2). Como L2, a Libras obriga o aprendiz ouvinte a inteirar-se da 
cultura e do estilo de vida dos surdos. Como M2 para os ouvintes, ou seja, língua 
espaço-gestual-visual é preciso ensiná-la considerando a acomodação linguística 
(M2) para a informação espacial, manual e visual, pouco vivenciada entre esse 
público, notadamente acostumado com a modalidade oral-auditiva (M1). 
 
10 
 
 
Assim, a partir deste momento explanam-se as vantagens encontradas no ensino da 
Libras para alunos ouvintes. Primeiramente, analisa-se a Libras nos aspectos cognitivos. No 
campo da experiência da aprendizagem das linguagens na escola, são ofertadas outras línguas 
estrangeiras (orais), como o Inglês e Espanhol, no qual só reforçam o canal oral-auditivo que 
pode até gerar conflito para o estabelecimento de categorias fonológicas no aprendiz. Enquanto 
isso, a criança surda está presente neste espaço, sem uma efetiva interlocução. 
Corroborando com essa discussão, Silva (2020, p. 200) enfatiza que: 
 
[...] algumas pesquisas linguísticas e cognitivas descobriram uma série fascinante de 
potenciais efeitos modais que podem pertencer a uma língua (oralizada ou sinalizada) 
mas não a outra e que podem afetar o processo aquisional – como a fonologia, por 
exemplo. 
 
Concordando com a ampliação do repertório linguístico através da Libras, Sanchez 
(1993, p.18) apud Rodrigues e Meireles (2017, p. 167) salienta que: 
 
[...] cumprir com uma série de requisitos que todas as línguas naturais possuem – 
espanhol, português, alemão, inglês, polonês... a criatividade é um deles –, pode-se 
sempre dizer alguma coisa nova. Outro requisito é a combinação de partículas não 
significativas que, usadas de certa maneira, criam significação. Eu me refiro aos 
fonemas da língua oral e às configurações de mão na língua de sinais. Com 30, 40 
configurações de mão, podem-se transmitir milhares de sinais significativos, como os 
fonemas da língua oral. 
 
A segunda vantagem que a Libras oferece a todo aprendiz está no exercício do raciocínio 
em uma modalidade que pode reforçar o aprendizado de linguagens convencionais:” […] a 
língua de sinais como ferramenta para reforçar a leitura de crianças ouvintes. Outros autores na 
literatura também encontraram resultados onde a Língua de Sinais ajudou no desenvolvimento 
da linguagem receptiva e expressiva em crianças ouvintes.” ( ROA,2012, p. 28). 
Nesta proposição, consta no ensino para surdos a didática do letramento visual como 
uma forma assertiva para a aprendizagem, que pode se tornar de suma importância, como um 
recurso didático adicional, na aprendizagem dos alunos, pois resulta na habilidade do educando 
em saber interpretar mensagens visuais e no reforço na alfabetização da Língua Portuguesa, 
como Taveira e Rosado (2016, p. 178) afirmam: 
 
[...] o conceito de visual literacy (letramento, alfabetização ou alfabetismo visual), 
quando levado a sério, significaria que para lermos uma imagem, deveríamos 
desenvolver a capacidade de desmembrá-la em partes, decodificá-la e mesmo 
interpretá-la, equivalente ao processo de leitura em voz alta, decifração de código e 
tradução. Para a autora, isso se referiria a uma atividade didática da alfabetização ou 
11 
 
 
do letramento visual. 
 
Ou seja, a Libras pode ajudar na acuidade visual e espacial, possibilitando maior 
atenção, concentração e observação, haja vista que os ouvintes estão “presos” na comunicação 
auditiva e sendo bombardeados pela poluição sonora do cotidiano. Assim, ao aprender uma 
língua sinalizada outras percepções podem ser aguçadas, como assevera Svartholm (2014, p. 
08): 
 
Outra característica das línguas de sinais é que elas permitem uma produção maior de 
informações simultâneas em comparação com as línguas faladas. Por exemplo, uma 
informação linguística pode ser acrescentada a uma sequência sinalizada pela adição 
de movimentos específicos de boca, ou pelo movimento das sobrancelhas, em 
conjunto com os sinais manuais. O que é comumente percebido como ‘mímica 
vigorosa’ pelos não sinalizadores quando veem os usuários de língua de sinais é de 
fato um nível extra de informação linguística. 
 
Logo nesta Pós-graduação, foi realizado uma atividade na disciplina de letramento 
visual, sendo proposto um planejamento de aula na área de atuação do acadêmico. tendo a parte 
principal do plano de aula. Por conseguinte, nesta produção acadêmica torna-se evidente a 
importância do aprendizado da leitura de imagens para todo aprendiz (ANEXO 1). 
Sob o mesmo ponto de vista no aprimoramento da discriminação visual, está a 
especialidade da educação na pedagogia visual, que poderia ser exercitada no aprendiz surdos 
e não-surdos, estimulando esta importante percepção facilitadora por meio de tecnologia ou 
gráficos visuais, como na visão ampla dos mapas conceituais, dando ênfase ao aprendizado do 
conhecimento pela visualidade. Sobre este aspecto, Lacerda, Santos e Caetano (2011, p.106) 
ressaltam que: 
 
 [...] recursos de uma Pedagogia Visual, trazemos para a discussão o uso de 
mapas conceituais. A teoria sobre mapas conceituais foi desenvolvida por Joseph 
Novak [...] e define o mapa conceitual como uma ferramenta para organizar e 
representar conhecimento, ou seja, configura-se como uma representação gráfica 
em duas dimensões de um conjunto de conceitos construídos de tal forma que as 
relações entre eles sejam evidentes.[...] já que os mapas conceituais se apoiam na 
organização visual dos conceitos, favorecendo a compreensão e elaboração de 
conhecimentos. 
 
Como a terceira vantagem do ensino da Libras para ouvintes, destaca-se a estimulação 
cerebral nas diversidades da aprendizagem. Isto é, de acordo com a Teoria das Inteligências 
Múltiplas, tem alunos que aprendem melhor utilizando a percepção auditiva, outros 
visualmente, ou também por meio da escrita. Enfim, há diferentes formas de recepção da 
informação para o aprendizado. 
12 
 
 
Assim, faz necessário oferecer ao educando a diversidade destes canais perceptivos-
cognitivos, para melhor aproveitamento e fixação de conteúdo para ouvintes. Sobre esta teoria 
Natel et al (2013, p. 144) explicam que: 
 
[...] Gardner avaliou as atuações de diferentes profissionais em diversas culturas, o 
repertório de habilidades, e identificou inicialmente sete inteligências: linguística, 
lógica-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal e intrapessoal. Fatores 
ambientais, genéticos e neurobiológicos são determinantes para o desenvolvimento 
dessas inteligências, sendo que cada uma delas apresenta um grupo de componentes 
que formama base dos mecanismos de processamento de informação do ser humano. 
 
Nesta lógica, o processo de escolarização deve permitir ao educando vivências 
significativas, com melhor assimilação no processamento cognitivo. Para isso, torna-se 
necessário conhecer as principais habilidades cognitivas: “Entende-se por função cognitiva ou 
sistema funcional cognitivo as fases do processo de informação, como percepção, 
aprendizagem, memória, atenção, vigilância, raciocínio e solução de problemas.” (ANTUNES 
et al, 2006, p. 109) 
Para aprofundar este aspecto, das habilidades cognitivas desenvolvidas por meio do 
ensino da Libras, o estudo de Roa (2012) elucida sobre a atenção e a estimulação da memória. 
Desenvolvida na Itália, por dois anos, esta pesquisa contou com três grupos de participantes: o 
primeiro grupo aprendia a língua nativa; o segundo e o terceiro uma segunda língua, sendo 
respectivamente o Inglês e a Língua de Sinais. Os resultados evidenciam que: “ [...] o grupo 
que aprendia Sinais se superou em relação aos outros dois grupos, demonstrando que a língua 
de sinais foi um fator significante no desenvolvimento cognitivo, melhorando as habilidades de 
atenção das crianças, a discriminação visual e a memória espacial. (ROA, 2012, p. 30). 
Além disso, na análise da área neurolinguística evidencia-se que o cérebro de um surdo 
possui uma plasticidade neural fantástica, possibilitando uma evolução de novas conexões 
cerebrais pelo desafio dado ao cérebro, conquistando novos arquétipos de inteligência que 
poderão ser experimentados no ensino para alunos ouvintes. Sacks (2010, p. 85) releva esses 
aspectos ao afirmar que: 
 
Nos testes de construção espacial, as crianças surdas tiveram resultados muito melhores 
do que as ouvintes e, de fato, muito melhores do que o ‘normal’. Os resultados foram 
semelhantes nos testes de organização espacial - a capacidade de perceber um todo a 
partir de partes desorganizadas, a capacidade de perceber (ou conceber) um objeto. 
Aqui, novamente, as crianças surdas de quatro anos saíram-se extraordinariamente 
bem, obtendo resultados que alguns alunos ouvintes do curso secundário não seriam 
capazes de alcançar. Com um teste de reconhecimento facial - o teste Benton, que mede 
o reconhecimento facial e a transformação espacial – as crianças surdas mais uma vez 
13 
 
 
colocaram-se notavelmente à frente das ouvintes e muito além dos padrões 
cronológicos. (Grifo do autor). 
 
Já, direcionando a aprendizagem de Libras nas vantagens nos aspectos físicos para 
alunos ouvintes, salienta-se o campo da expressão corporal, pois inicialmente a imagem 
representada em mente poderá ser reproduzida corporalmente. E na Libras se expressa de 
maneira proficiente a gramática no corpo. Macedo e Almeida (2020, p. 85) revela nos estudos da 
Língua de sinais no campo da semiótica imagética, com uma análise aprofundada dos signos e 
suas significações: 
 
A semiótica imagética é considerada como a área de conhecimento que faz uso da 
língua de sinais, de signos visuais a partir do corpo, do espaço em que flui a 
corporeidade da língua em sua mais profunda dimensão visual, ou seja, negociar 
sentidos que se revelam no corpo-língua. Assim, a semiótica imagética compõe um 
campo da imagem, da incorporação no ensino de imagens que se configuram no corpo 
e fazem parte da estrutura da língua de sinais e, por conta disso, deve ser usada como 
forma de conhecimento linguístico. 
 
Nesta perspectiva, a corporeidade é de suma importância para o despertar criativo do 
imaginário, na infância. Assim, em Libras nas representações imagéticas no corpo são formadas 
pelas diversidades refinadas do mundo viso-gestual, trazendo esta corporeidade como definem 
Gonçalves-Silva et al (2016, p. 190): “Corporeidade significa caminhar na busca de uma 
educação que realce a afirmação de que o ser humano não aprende somente com sua 
inteligência, mas com seu corpo e suas vísceras, sua sensibilidade e imaginação”. 
Além disso, é preciso destacar que o gesto corporal foi a primeira maneira de 
comunicação entre os homens e com o desenvolvimento da fala foi se tornando um fator de 
comunicação secundário, como lembra Gonzalez (2020, p. 25): [...] canais não verbais, como 
os corpos, gestos e grunhidos, eram o meio de comunicação da espécie humana antes da 
evolução da linguagem, que possibilitou a elaboração de códigos e seu uso para a comunicação. 
Deste modo, a linguagem corporal é uma das comunicações não verbais que revela 
sentimentos e manifesta suas atitudes de maneira visualmente influenciável, pois somente: “[...] 
35% do significado social de uma conversa corresponde às palavras pronunciadas, os outros 
65% seriam correspondentes aos canais de comunicação não verbal”. (ROA, 2012, p. 8). 
Percebe-se, portanto, que a estimulação da expressão corporal desenvolve uma 
comunicação interpessoal mais elaborada para os ouvintes. Neste propósito, a Língua brasileira 
de sinais é “[...] capaz de expressar não só cada emoção, mas também cada proposição e de 
14 
 
 
permitir a seus usuários discutir qualquer assunto, concreto ou abstrato, de um modo tão 
econômico, eficaz e gramatical quanto a língua falada”. (SACKS, 2010, p. 29). 
Assim, ao invés de uma visão unilateral de inclusão social da Libras a escola poderia 
refletir para favorecer uma inclusão comunicativa, que traz por meio da Libras a reflexão de 
que o corpo também “fala”. 
Outrossim, o fato da percepção focada apenas na comunicação do canal oral-auditivo 
desenvolve uma única modalidade de comunicação, empobrecendo outros modos de expressão. 
Sobre este aspecto, Werle e Bublitz (2017), que realizaram uma pesquisa com crianças ouvintes 
de 2 a 3 anos, no ensino da Libras, afirmam que as crianças desenvolvem esta interação 
interpessoal expressiva de maneira mais espontânea e com entusiasmo. Nas palavras das 
autoras: 
 
Certamente, o aprendizado da língua de sinais aprimorou a criatividade, as 
associações com o mundo e a interação uns com os outros, fatores essenciais para o 
desenvolvimento infantil. Outrossim, o que era para ser uma proposta analisando a 
possibilidade de inserir a língua de sinais na Educação Infantil, continua a ser uma 
prática pedagógica do dia a dia, em razão de as crianças revelarem suas demonstrações 
positivas com vontade de saber mais sobre a língua. (WERLE e BUBLITZ, 2017, p. 
19). 
 
Deste modo, outra vantagem de Libras é no aperfeiçoamento das capacidades 
psicomotoras, de interação do aprendiz em seu caráter holístico, no qual no corpo são 
exercitados as vivências psicológicas e das habilidades motoras, sendo uma psicomotricidade 
única, como ressaltam Marques, Barroco e Silva (2013, p. 515-516): 
 
Consideramos que o ensino de Libras promove o desenvolvimento psicomotor, com 
atividades significativas e contextualizadas, além de socialmente útil. Avaliamos que 
o uso dessa língua é capaz de promover o desenvolvimento das funções psicológicas 
superiores em sujeitos surdos e ouvintes. Como primeira língua para sujeitos surdos, 
a Libras é a porta de entrada para as informações do ambiente em que vivem e para 
apropriação de conceitos que estimulam e movimentam o desenvolvimento das 
funções propriamente humanas. 
 
Nesta analogia, a Libras proporciona através da datilologia o aperfeiçoamento na 
coordenação motora fina do dedilhar, no fortalecimento musculares para o pinçamento, e da 
apreensão manual; já a lateralidade da configuração manual na discriminação do lado direito e 
o esquerdo, com na mão dominante ativa e a mão passiva que ocorre durante a sinalização; na 
direcionalidade na orientação da frente, a trás ou nas diagonais. Rodrigues e Valente ( 2012, p. 
60) descrevem estas habilidades: 
15 
 
 
 
[...]os movimentos que as configurações de mão adotam podem ser do tipo sinuoso, 
semicircular, circular, retilíneo, helicoidal e angular, sendo possível produzi-los de 
forma unidirecional,bidirecional ou multidirecional. Ademais, eles podem ser 
produzidos com diferentes tensões, velocidades e frequência. 
 
 Por conta deste fatos, destacamos na Libras diferentes vantagens do seu ensino para 
alunos ouvintes, pois acreditamos que a Libras promove o desenvolvimento de habilidades, 
percepções, sensações e conhecimentos que apenas uma língua visual e espacial tem a 
capacidade de produzir, como relata nos autores de Daxenberger e Silva (2018, p. 210-211), a 
aprendizagem da Libras em escola pública, descrevem que os alunos ouvintes conseguem 
diferenciar a importância da Libras neste novo modo de ensino para os usuários surdos e não-
surdos: 
 
[...] Os alunos participantes já compreenderam o que é LIBRAS e a importância de se 
aprendê-la; sabem que vai além de uma simples disciplina e também que não são 
apenas sinais descontextualizados. Eles já sabem a grande importância da LIBRAS 
não só para as pessoas surdas, mas também para a sociedade; puderam através do 
projeto ter a oportunidade de aprender uma nova língua, compreenderam que as aulas 
serviram e servirão para que levem adiante seus estudos e tenham a apreensão de que 
a comunicação é essencial para a vida do ser humano. 
 
Portanto, neste estudo, enfatizamos a importância da construção de novos olhares para 
a Libras, vislumbrando seu potencial linguístico. No qual, neste estudo buscamos a tentativa de 
um avanço direcionado a ambiente escolar favorável para compartilhamentos, pois 
proporcionam experiências significativas para todos. E por fim, ressaltamos a Libras como 
mediadora de diferenciadas vivências e aprendizagens significativas e potencializadoras, com 
os indicativos nesta seção. 
 
Apontamentos Finais 
 
Os surdos, por muitas gerações, foram taxados como deficientes, mas só nos referimos 
à deficiência quando falta algo. No caso dos surdos isso não acontece, não falta comunicação, 
haja vista que eles têm sua própria língua, constituída em uma cultura linguística particular. 
Assim, esta Língua se tornou obscura e repleta de preconceitos, no qual não atentaram para as 
vantagens que proporcionaria aos alunos ouvintes. 
Estamos em uma fase de aceitação, acolhimento e respeito das diferenças, promovida 
16 
 
 
pela proposição da educação inclusiva. Neste processo, torna-se fundamental a formulação de 
Leis e Decretos a respeito da Libras, que não sejam limitados a uma inclusão social do surdo e 
a uma proposição da Libras apenas como disciplina de forma complementar para ouvintes. 
Faz-se necessário refletir sobre as potencialidades da Libras para todos alunos no ensino 
regular. Os dados do estudo evidenciam que a aprendizagem de Libras nos aspectos cognitivos: 
amplia os conhecimentos no repertório das experiências linguísticas do educando como 
segunda língua; estimula como ferramenta didático-pedagógica as possibilidades de leitura, 
vocabulário, na alfabetização da Língua Portuguesa, na interpretações das imagens visuais, na 
aquisição de habilidades cognitivas e de novas conexões cerebrais; e nos aspectos físicos: 
potencializa o desenvolvimento da expressão corporal, corporeidade e na psicomotricidade. 
Indicamos, finalmente, a importância do aumento de produções acadêmicas e científicas 
sobre esta temática, pois a educação só será efetivamente inclusiva, para surdos e ouvintes, 
quando as diferenças linguísticas, para além de respeitadas, forem vivenciadas. 
Referências 
AGUIAR, Girlaine Felisberto de Caldas. Ensino de Libras para aprendizes ouvintes: a 
injunção e o espaço como dimensões ensináveis do gênero instrução de percurso. Dissertação 
(Mestrado em Linguagem e Ensino). Universidade Federal de Campina Grande, Centro de 
Humanidades, Campina Grande, 2019. 
ANTUNES, Hanna K. M.; SANTOS, Ruth F., CASSILHAS, Ricardo, SANTOS, Ronaldo 
V.T.; BUENO, Orlando F. A.; MELLO, Marco Túlio de. Exercício físico e função cognitiva: 
uma revisão. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 12, n. 2, Mar./Abr. 2006. 
BISOL, Claudia. Discursos sobre a Surdez: deficiência, diferença, singularidade e construção 
de sentido. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 26, n. 01, p. 07-13, jan./mar. 2010. 
BRASIL. Lei n. 10436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais. 
LIBRAS e dá providências. Diário Oficial da União. Brasília, 2002. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm. Acesso em: 16 de agosto de 2021. 
BRASIL. Decreto n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei n. 10.436, de 24 
de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras Diário Oficial da 
União. Brasília, 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso em: 18 de julho de 2021. 
BRASIL. MEC/SECADI. Relatório do Grupo de Trabalho, designado pelas Portarias n. 
1.060/2013 e n. 91/2013, contendo subsídios para a Política Linguística de Educação Bilíngue 
–Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa. Brasília, 2014. 
DIOGRANDE. Lei n. 6.647, de 19 de julho de 2021. Dispõe sobre a inclusão do Programa 
“Língua Brasileira de Sinais - Libras” nos componentes curriculares das escolas da Rede 
Municipal de Ensino - Reme. Diogrande n. 6.357, Campo Grande, M.S. 2021. Disponível em: 
http://portal.capital.ms.gov.br/egov/downloadFile.php?id=7801&fileField=arquivo_dia_ofi&t
able=diario_oficial&key=id_dia_ofi&sigla_sec=diogrande em: 16 de agosto de 2021. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm
http://portal.capital.ms.gov.br/egov/downloadFile.php?id=7801&fileField=arquivo_dia_ofi&table=diario_oficial&key=id_dia_ofi&sigla_sec=diogrande
http://portal.capital.ms.gov.br/egov/downloadFile.php?id=7801&fileField=arquivo_dia_ofi&table=diario_oficial&key=id_dia_ofi&sigla_sec=diogrande
17 
 
 
DAXENBERGER, Ana Cristina Silva; SILVA, Bruno Ferreira. O Ensino de Libras em uma 
escola no município de Areia-PB, por meio de extensão universitária. Revista Educação e 
Emancipação, São Luís, v. 11, n. 2, mai./ago. 2018. 
GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua 
de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. 
GONÇALVES-SILVA, Luiza Lana; SOUZA, Maria Celeste Reis Fernandes de; SIMÕES, 
Regina; MOREIRA, Wagner Wey. Reflexões sobre corporeidade no contexto da educação 
integral. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 32, n. 01, p. 185-209, Jan./Mar. 2016. 
GONZALEZ, Luís César Spatari. Colaboração do estudo do comportamento não verbal no 
esporte: uma proposta sistemática. Rio Claro, 68 f. Dissertação (Mestrado). Universidade 
Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Biociências, Rio Claro, 2020. 
LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de; SANTOS, Lara Ferreira dos Santos; CAETANO, 
Juliana Fonseca. Estratégias metodológicas para o ensino de alunos surdos In: GÓES, 
Alexandre Morand Góes (Org.). Língua Brasileira de Ainais – Libras: uma introdução. 
Coleção UAB−UFSCar Pedagogia. São Paulo: EdUFSCar, 2011, p.101-116. 
MACEDO, Yuri Miguel; ALMEIDA, Priscila Félix. Semiótica imagética e surdez: 
contribuições para o ensino da Biologia. Ensino em Foco, Salvador, v. 3, n. 7, p. 83-89, dez. 
2020. 
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia 
científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
MARQUES; H. C. R.; BARROCO, S. M. S.; SILVA, T. S. A. O ensino da Língua Brasileira 
de Sinais na Educação Infantil para crianças ouvintes e surdas: considerações com base na 
Psicologia Histórico-Cultural. Rev. Bras. Ed. Esp., Marília, v. 19, n. 4, p. 503-518, Out./Dez., 
2013. 
MATO GROSSO DO SUL. Lei n. 5.563. Dispõe sobre a inclusão do tema Língua Brasileira 
de Sinais (LIBRAS), como conteúdo transversal, nos componentes curriculares das Escolas da 
Rede Estadual de Ensino do M.S. Regulamentada no dia 8 desetembro de 2020. Disponível 
em: https://www.spdo.ms.gov.br/diariodoe/Index/Download/DO10274_09_09_2020. Acesso 
em: 10 de julho de 2021. 
NEVES, Vanessa Ferraz Almeida et al. Infância e Escolarização: a inserção das crianças no 
ensino fundamental. Educ. Real., Porto Alegre , v. 42, n. 1, p. 345-369, mar. 2017. 
NATEL, Maria Cristina; TARCIA, Rita Maria Lino de; SIGULEM, Daniel. A aprendizagem 
humana: cada pessoa com seu estilo. Rev. Psicopedagogia. São Paulo, v. 30, n. 92, p. 142-148, 
2013 . 
QUADROS, R. M. de; KARNOPP, L. Língua de Sinais Brasileira: estudos linguísticos. 
Artmed: Porto Alegre, 2004. 
QUILES, Raquel Elizabeth Saes. Educação de surdos em Mato Grosso do Sul: desafios da 
educação bilíngue e inclusiva. 2015. 326 p. Tese (Doutorado). Universidade Federal de São 
Carlos. São Carlos: UFSCar, 2015. 
ROA, Maria Cristina Iglesias. Libras como segunda língua para crianças ouvintes: avaliação 
de uma proposta educacional. 2012. 177 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino em 
Ciências da Saúde). Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo 
https://www.spdo.ms.gov.br/diariodoe/Index/Download/DO10274_09_09_2020
18 
 
 
(UNIFESP), São Paulo, 2012. 
RODRIGUES, Sara dos Santos; MEIRELES, Rosana Maria do Prado Luz. Por que ensinar 
Libras para alunos ouvintes na escola regular inclusiva? ANAIS de Evento I Jornada 
Científica e Tecnológica de Língua Brasileira de Sinais: Produzindo conhecimento e 
integrando saberes. Universidade Federal de Fluminense, Niterói, RJ, 06 de julho de 2017. 
RODRIGUES, Cristiane Seimetz. VALENTE, Flávia. Aspectos Linguísticos da Libras - 
Curitiba: IESDE Brasil SA..p. 252. 2012. 
SACKS, Oliver. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. Tradução de Laura Teixeira 
Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. 
SOARES, Carlos Henrique Ramos; BAPTISTA, Claudio Roberto. Alunos com surdez no 
Brasil: espaços de escolarização e produção acadêmica em três diferentes contextos regionais. 
Rev. Bras. Ed. Esp., Marília, v. 24, Edição Especial, p. 85-100, 2018. 
SILVA, Lídia da. A cognição e os princípios teóricos e metodológicos ao ensino de Libras para 
ouvintes: orientações a professores iniciantes. Revista Linguagem em Foco, v. 12, n. 3, p. 197-
218, 2020. 
SVARTHOLM, K. 35 anos de Educação Bilíngue de surdos – e então? Educar em Rev. 
Curitiba, Editora UFPR, Edição Especial, n. 2, p. 33-50, 2014. 
TAVEIRA, Cristiane Correia; ROSADO, Alexandre. O letramento visual como chave de 
leitura das práticas pedagógicas e da produção de artefatos no campo da surdez. Revista 
Pedagógica, v. 18, n .39, set./dez. 2016. 
WERLE, Marluce Maria; BUBLITZ, Grasiela Kieling. A inclusão de libras no currículo da 
educação infantil da escola regular: uma proposta possível? Trabalho de Conclusão de Curso 
(Graduação em Letras), Universidade do Vale do Taquari, UNIVATES, 2017. 
 
 
ANEXO 1- LETRAMENTO VISUAL: AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM LIBRAS, realizado no 
curso de Pós-graduação em Educação Inclusiva com ênfase em Libras, da Faculdade de Educação da 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Disciplina: Letramento Visual e Literário para 
surdos; Prof°. Responsável: Prof. Dr.Wellington Furtado Ramos; realizado pela acadêmica: 
Mayra Soares Procopio. 
Nesta atividade foi elaborada no letramento visual na Educação Física com figuras ilustrativa e a 
sinalização com aplicativo Hand Talk seguindo sua sequência de interpretação em Libras L1. Deste 
modo, foi descrito passo-a-passo da metodologia em Libras, com a proposta do conteúdo esporte e com 
o tema: esportes olímpicos e suas adaptações. tendo a parte principal do plano de aula a seguir: 
 
 
●PARTE PRINCIPAL (35 min): 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS CONSULTADAS 
ARRUDA, Bruna; PORTELLA, Sandro. A importância da organização do espaço da sala de aula na promoção do ensino bilíngue para surdos. 
INES. Revista Fórum, Rio de Janeiro | n. 38 | Jul-Dez 2018. 
TAVEIRA, Cristiane Correia; ROSADO, Alexandre. O letramento visual como chave de leitura das práticas pedagógicas e da produção de 
artefatos no campo da surdez. Revista Pedagógica. V.18, N.39, SET./DEZ. 2016. 
 
SITES PESQUISADOS 
Amanda Duda, Pedagogia e Libras site: https://vidacff.blogspot.com/?m=1 Acessado: 27/07/2021 
Hand Talk vídeo youtube: https://youtu.be/iiyatvAOOqg Acessado: 30/07/2021 
Play Store acesso do aplicativo de Libras- Hand Talk: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.handtalk Acessado: 30/07/2021. 
https://vidacff.blogspot.com/?m=1
https://youtu.be/iiyatvAOOqg
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.handtalk

Continue navegando