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Atividade Interdisciplinar - Nossa boa dependencia dos Microrganismos editado (1)

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NOSSA BOA DEPENDÊNCIA DOS MICRORGANISMOS
Adriano Carneiro Alves; Anderson Bisarria dos Santos; Ramon Petherson Alves Barbosa; Valdo dos Santos Damasceno
Prof. Dra. Maysa Braga Barros Silva e Prof. Dra. Viviani Milan Ferreira Rastelli
Introdução
 Com base em pesquisas e conhecimentos obtidos nas disciplinas de Microbiologia geral e clínica e Imunologia geral e clínica, elaboramos esta atividade, podendo conhecer e identificar os tantos benefícios dos microbiomas, tanto para o ser humano, quanto para o meio ambiente. Essas comunidades de microrganismos são fundamentais para a sobrevivência, estão presentes desde o nosso nascimento, atuando no equilíbrio funcional, reconstrução celular, regeneração e na transformação, tanto da nossa espécie, meio ambiente e na produção alimentícia, tornando-os uma chave essencial para o desenvolvimento e manutenção da vida. (GRAÇA,2016)
Microbiomas no Sistema Imune, Funções e Tratamentos
	A microbiota é fundamental para a manutenção da saúde do organismo, considerada um ecossistema bacteriano, alojada principalmente nos intestinos, também presentes no estômago, íleo e cólon, tem como funções, a proteção anti-infecciosa, imuno-modulação e contribuição nutricional desde que se mantida em equilíbrio, favorecendo tanto o organismo, quanto os microrganismos. Em sua maior parte, as bactérias deste microbioma, são anaeróbicas, gênero bacteroides, Bifidobacterium, Eubacterium, Clostridium, Peptococcus, Peptostreptococcus, Ruminococcus e Fusobacterium. (PAIXÃO, 2016)
	No nascimento, somos expostos à vários microrganismos que estimulam o desenvolvimento das funções do trato gastrointestinal, movimentos peristálticos, degradação de polissacarídeos, além de atuarem como indutores de maturação do nosso sistema imune, reconhecendo a partir daí patógenos e desencadeando resposta protetora. (GRAÇA, 2016). Esta colonização bacteriana existe por meio de sítios de adesão específicos, determinados geneticamente, sofrendo interferências ou alterações em receptores de células da mucosa. As bactérias anaeróbias facultativas são as primeiras a colonizarem o TGI do recém-nascido, E. faecium, E. faecalis e E. coli já estão presentes nas primeiras horas. A forma com que o parto ocorre também interfere no início da formação da microbiota do bebê, tendo com o parto normal, contato direto com a microbiota fecal da mãe, agilizando a instalação deste ecossistema. O leite materno enriquece esse sistema com Bifidobactérias, inibindo bactérias patogênicas por meio de fatores imunológicos, já os leites artificiais diversificam ainda mais, apresentando Bacteroides, Enterobactérias, Enterococcus e Clostridium sp. (PAIXÃO, 2016)
	No intestino humano à cerca de 1800 gêneros e aproximadamente 36000 espécies bacterianas diferentes, dentre elas existem alguns filos bacterianos predominantes como Firmicutes (64%) e Bacteroides (23%), que tem função protetora do sistema imunológico como prevenção da colonização por microrganismos patogênicos, ajudando na produção de mucina que atua como barreira para diminuir a capacidade de adesão, regulação da Angiogênese intestinal e estimulação imunológica dando ao hospedeiro proteção. Alguns destes microrganismos auxiliam na produção de enzimas que atuam no processamento de alimentos obtendo maior eficácia na absorção de nutrientes, manutenção e reparo de tecidos e órgãos, além da produção de nutrientes e vitaminas como K e B12, ácido fólico, essenciais para atividades do metabolismo. (GONÇALVES, 2016).
	Os tão conhecidos Próbióticos são microrganismos vivos que em quantidades ideais trazem benefícios para seus hospedeiros. Para ser considerado um probiotico é necessário que cada cepa de bactéria tenha concentração de 10 8-10 por dia. O gênero Bifidobacterium é composto por microrganismos gram. positivos que não formam esporos, algumas espécies são de origem humana estando presentes em cáries dentarias, fezes e vagina. As chamadas bifidobacterias são capazes de produzir ácido acético e lático em proporção 3:2 sem a produção de CO2. Tem como benefícios a preservação da integridade intestinal, atenuando efeitos de doenças intestinais (diarreia infantil por rotavirus e a diarreia associada a uso de antibióticos), redução da gravidade da hepatopatia alcoólica, inibição de colonização gástrica com Heliobacter pylori (gastrite, úlcera péptica e câncer gástrico), melhora de saúde urogenital, melhores níveis de lipídeos no sangue, que podem promover a digestão de lactose em intolerantes e redução do risco de câncer. (PERBELIN et al, 2019)
	O Sistema Imunológico consegue manter em equilíbrio, células imunes e comunidades microbiotas, assim obtendo benefícios, porém, o exagero no uso de antibióticos pode influenciar negativamente este equilíbrio e até explicar elevação nos níveis de doenças autoimune e doenças inflamatórias. (GRAÇA, 2016). Contudo, algumas pesquisas podem ter encontrado uma saída tecnológica, com programação genética de vírus que combatem infecções, identificando e combatendo bactérias específicas, outras bactérias atuando contra o câncer, chamados de bacteriófagos ou fagos, se tornando uma possível alternativa a antibióticos. O Transplante de Microbiota Fecal, que consiste em introduzir diretamente no intestino de pacientes contaminados com Clostridium difficile, gerando infecções bacterianas persistentes, fezes de um indivíduo saudável, por tubo nasogástrico ou colonoscopia, restaurando a microbiota natural. (PAIXÃO, 2016)
	O microbioma contribui na composição dos nossos tecidos, aspectos de oleosidade, firmeza, irritação e hidratação, são resultados da presença da microbiota. O cuidado microbiótico cutâneo deve ser mantido afim de prevenir doenças e complicações, além de contribuir na estética. (PAIXÃO, 2016)
	Vantagens de uma microbiota nos acompanham em campos, como alimentação, meio ambiente e no agrossistema, seguindo conectados, acumulando condições benéficas ao dia-a-dia humano. Nos alimentos, microrganismos geram produtos e melhoram processos de fabricação, modificando características originais, conferindo novos gostos, sabores e aparências. As bactérias são as mais utilizadas na transformação de laticínios e alimentos em conserva, alguns Fungos Filamentosos (bolores) são também utilizados na maturação de queijos, já algumas leveduras atuando como fermento biológico na produção de pães, liberando CO2, fazendo a massa crescer, e na produção do etanol, especialmente utilizado em bebidas alcoólicas. (ICBJR, 2022)
Considerações Finais
	Microrganismos fazem parte de toda uma cadeia de desenvolvimento, atuando de forma essencial em vários processos, desde funções vitais de nosso organismo, passando por modificações e aprimoramentos na indústria alimentícia, chegando a nos ajudar a manter um equilíbrio ecológico sustentável.
	Após finalizarmos este estudo, fica claro que não só de luta contra bactérias, vírus, fungos e leveduras, é a nossa vida, para uma real e melhor sobrevivência, com o auxílio da tecnologia, aprendemos cada vez mais que além de coexistir e gerar ajuda mútua entre a raça humana e os microbiomas, estes se tornaram indispensáveis e essenciais, contanto que haja pesquisa, conhecimento e cuidado, já podemos chamá-los sim de microrganismos do bem.
Referências:
GUIMARAES, M. Aliados Improváveis, Pesquisa Fapesp, [S.l], ed. 257, 2017. Disponível em: <https://revistapesquisa.fapesp.br/aliados-improvaveis/>. Acesso em: 26 de Ago. de 2022.
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS, Conheça os microrganismos mais comuns nos alimentos. São Paulo, SP: ICBJR, 2022. Disponível em: <https://icbjr.icb.usp.br/conheca-os-microrganismos-mais-comuns-nos-alimentos/>. Acesso em: 14 de Ago. de 2022.
GONÇALVES, S. R. F. O microbioma intestinal humano e as suas implicações na saúde. 2016. 31 f. Tese (Mestrado Integrado em ciências Farmacêuticas), Universidade de Coimbra, Coimbra, 2016. Disponível em <http://hdl.handle.net/10316/48409>. Acesso em 07 de Set de 2022.
GRAÇA, R. A importância da microbiota para o amadurecimento do sistema imune, Instituto de MicrobiologiaPaulo de Góes UFRJ.[Sl]. 2016. Disponível em: <https://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/graduacao/informe-da-graduacao/654-a-importancia-da-microbiota-para-o-amadurecimento-do-sistema-imune>. Acesso em: 26 de Ago. de 2022.
PAIXÃO, L.A.; CASTRO, F. F. S. A colonização da microbiota intestinal e sua influência na saúde do hospedeiro. Universitas Ciência da Saúde, Brasília, DF, v.14, p. 85-96, 2016. Disponível em: <https://www.cienciasaude.uniceub.br/cienciasaude/article/download/3629/3073>. Acesso em: 30 de Ago. de 2022.
PERBELIN, A. et al. O papel da microbiota como aliada no sistema imunológico Arquivos do Mudi, Maringá, PR v. 23, n. 3, p. 345-358, 2019.. Disponível em: <https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/view/51557 >. Acesso em: 07 de Set. de 2022.