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Geriatria - Fragilidades, quedas e síndrome da imobilidade

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FRAGILIDADE, QUEDAS E SÍNDROME DA IMOBILIDADE
O IDOSO FRÁGIL
SÍNDROME DA FRAGILIDADE:
Estado de vulnerabilidade fisiológica 
relacionado à idade, resultante de 
reservas homeostáticas comprometidas e 
uma capacidade reduzida do organismo 
de resistir a estressores.
Declínios cumulativos em 
múltiplos sistemas fisiológicos.
○
→
Síndrome biológica.→
10% a 20% acima dos 65 anos;→
CARACTERÍSTICAS:
Perda de peso, fadiga, fraqueza, 
inatividade e redução da ingesta 
alimentar.
→
Sarcopenia, redução do equilíbrio, do 
condicionamento e osteopenia.
→
Desregulação neuroendócrina e disfunção 
imunológica.
→
RELEVÂNCIA:
Idosos frágeis sofrem com maior 
hospitalização, quedas, pioras das 
Atividades da Vida Diárias (AVDs) e 
morte.
→
FISIOPATOLOGIA DA SARCOPENIA:
Ingesta alimentar deficiente, declínio na 
produção de proteína muscular mista, 
cadeia pesada da miosina e proteínas 
mitocondriais.
→
Declínio da testosterona.→
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS:
Perda de peso não intencional: Maior de 
4,5kg ou superior a 5% do peso 
corporal no último ano.
1.
Diminuição da força de preensão palmar, 
medida com dinamômetro e ajustada ao 
índice e IMC.
2.
Diminuição da velocidade de marcha em 
segundos.
3.
Queixas de exaustão.4.
Baixo nível de atividade física à medida 
pelo dispêndio semanal de energia em 
kcal e ajustada conforme o gênero.
5.
Se tiver 3 ou mais é frágil, 1 ou 2 é 
pré-frágil e se tiver 0, não frágil 
(robusto).
→
FISIOPATOLOGIA GERAL:
Fatores neuroendócrinos e nutricionais 
estão envolvidos na doença.
→
Tríade de sarcopenia, desregulação neuro-
endócrina e disfunção imunológica.
→
EXAME CLÍNICO DO IDOSO FRÁGIL:
Manifestações atípicas de doenças clínicas.→
Polifarmácia.→
Exame de mobilidade.→
Questionário sobre cognição, humor, 
comunicação, mobilidade, equilíbrio, ...
→
OLHAR GERIÁTRICO:
Olhar a boca.
Pode não estar comendo direito 
por problema nos 
dentes/dentadura.
○
→
Medicações com potencial impacto sobre a 
fragilidade.
Metformina, amiodarona, 
aminofilina, glifozinas, análogos de 
GLP-1, estatinas (miopatias) e 
AINEs.
○
→
Acesso à alimentação.→
Controle das doenças crônicas e busca de 
novas.
→
TRATAMENTO:
Exercícios contra resistência.→
Testosterona nos pacientes com 
hipogonadismo.
→
Suporte nutricional agressivo.
Acrescentar suplementos 
nutricionais.
○
→
Tratamento da dor.→
Suporte social.→
QUEDAS EM IDOSOS
Deslocamento não-intencional para um 
nível inferior da posição inicial, com 
incapacidade de correção em tempo hábil.
Circunstâncias multifatoriais 
comprometem a mobilidade.
○
→
Acerca de 1/3 acima dos 65 anos e 
metade dos superiores a 80 anos caem 
anualmente.
→
EPIDEMIOLOGIA:
95% das fraturas no quadril são causadas 
por quedas.
→
Entre os idosos da comunidade que 
sofrem de quedas, entre 25% e 75% não 
retornam ao estado funcional prévio.
→
CONSEQUÊNCIAS:
Medo de cair.1.
Abandono de atividades.2.
Fraturas.3.
Imobilização.4.
IMPORTÂNCIA CLÍNCIA:
LESÕES ORGÂNICAS:
Escoriações, hematomas, contusões, 
fraturas e sangramentos intracranianos.
Fratura de colo de fêmur é uma 
das principais.
○
→
SÍNDROMES PÓS-QUEDA: 
Redução das atividades.→
Sintomas de ansiedade e depressão.→
Isolamento social/sentimento de 
inutilidade.
→
Fobia decorrente principalmente de 
fraturas de quadril (ptofobia).
→
Ciclo vicioso, no qual o medo de cair 
limita as atividades físicas, aumentando o 
declínio funcional, o que aumenta os riscos 
de queda.
→
Maior risco de institucionalização e morte.→
FATORES DE RISCO:
Idade.→
Sexo feminino.→
Viúvos, solteiros e divorciados.→
História prévia de fraturas.→
Múltiplas comorbidades.→
Déficit cognitivo.→
Doença de Parkinson.→
Depressão e/ou ansiedade.→
Intrínsecos (da própria pessoa), extrínsecos 
(do ambiente) e precipitantes.
Fatores precipitantes: Síncope, 
desequilíbrio, tropeços, vertigem ou 
doença aguda.

▫
ALTERAÇÕES SENSORIAIS:
Alterações na visão, propriocepção e 
sistema vestibular provocam alteração na 
marcha.
→
MEDICAMENTOS:
Ansiolíticos, antipsicóticos, antidepressivos, 
anti-hipertensivos, diuréticos, 
anticolinérgicos, anti-arrítmicos, 
hipoglicemiantes, ...
→
Polifarmácia.→
CAUSAS AMBIENTAIS:
Iluminação inadequada, superfícies 
escorregadias, tapetes soltos/com dobras, 
degraus altos ou estreitos, obstáculos, ...
→
AVALIAÇÃO CLÍNICA:
Perguntar a história clínica (quedas 
prévias, medicamentos, ...).
→
Exame físico (avaliar marcha, equilíbrio, 
mobilidade, acuidade visual e exame 
neurológico).
→
Avaliação cognitiva.→
Avaliação funcional.→
Avaliação ambiental.→
Anamnese:
Onde caiu?
O que fazia no momento da 
queda?

Alguém presenciou?
Quais medicações estão em uso?
Houve mudança recente no estado 
mental?

Fez avaliação oftalmológica 
recente?

Há fatores de risco ambientais?
Há problemas nos pés/calçados 
inadequados?

Já houveram quedas anteriores.
→
 Página 1 de Geriatria 
Quando avaliando o exame físico:
Avaliar hipotensão postural no 
sistema cardiovascular.
○
Avaliar estado mental, sintomas 
depressivos e função vestibular 
no sistema neurológico.
○
No sistema osteomuscular avaliar 
marcha, órteses, dores e os pés.
○
→
TESTES DE DESEMPENHO FÍSICO:
Teste de Tinetti.→
Escala de Equilíbrio de Berg.→
Teste do alcance funcional: Distância de 
menos de 15 cm no qual o paciente 
consegue, entre ficar em pé e inclinado.
→
INTERVENÇÕES E PREVENÇÃO:
Fatores intrínsecos modificáveis:
Fortalecimento muscular e 
alongamentos específicos.
○
Reeducação postural.○
Equilíbrio e reabilitação 
vestibular.
○
→
Analgesia.→
Considerar melhor socialização e 
encorajamento.
→
Envolver família.→
Manuseio de repercussões psicológicas.→
Tratar condições clínicas subjacentes.→
Racionalizar prescrição e correção de 
doses e de combinações inadequadas.
→
Reposição de vitamina D.→
AVALIAÇÃO DO DOMICÍLIO:
Desníveis, acesso a objetos, iluminação, 
banheiro, móveis sem apoio, 
obstáculos, ...
→
PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES:
Protetores de quadril.→
Triagem para osteoporose.→
Dispositivos auxiliares de marcha.→
Tempo no chão (47% não se levantam 
em menos de 1 hora).
→
SÍNDORME DA IMOBILDIADE
IDOSOS FRAGILIZADOS:
Indivíduos que têm mais de 75 anos, 
dependem de terceiros para AVDs, vivem 
geralmente em instituições, são incapazes 
de se movimentar, usam múltiplos 
fármacos, são desnutridos e apresentam 
alterações nos exames laboratoriais.
→
Geralmente mantidos confinados nos leitos 
e, devido à imobilidade, adquirem e 
evoluem a outras complicações.
Síndrome de Imobilidade (SI).○
→
CONCEITO:
Deriva do fato de todos os órgãos e 
aparelhos ressentirem-se por conta da 
imobilidade e suas consequências.
→
Deterioração intelectual, comportamental, 
depressiva, cardiovasculares, respiratórios, 
digestivos, ...
→
Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas 
que ocorrem ao mesmo tempo, que 
individualizam uma entidade mórbida e 
podem ter mais de uma etiologia.
→
Imobilidade: Ato ou efeito resultante da 
supressão de todos os movimentos de 
uma ou mais articulações em decorrência 
da diminuição das funções motoras, 
impedindo a mudança/translocação 
corporal.
→
Síndrome da imobilização: Complexo de 
sinais e sintomas resultantes da supressão 
de todos os movimento articulares que, 
por conseguinte, prejudica a mudança 
postural, compromete a independência, 
leva à incapacidade, fragilidade e morte.
→
CRITÉRIOS DE DIFERENCIAÇÃO:
Repouso: Permanência no leito por um 
período entre 7 e 10 dias.
→
Imobilização: Entre 10 e 15 dias.→
Decúbito de longa duração: Mais de 15 
dias.
→
CRITÉRIO MAIOR:
Déficit cognitivo moderado a grave e 
múltiplas contraturas.
→
CRITÉRIOS MENORES:
Sinais de sofrimento cutâneo ou úlceras 
de decúbito.
→
Disfagia leve a grave.→
Dupla incontinência.→
Afasia.→
QUANDO HÁ SÍNDROME DA IMOBILIDADE?
Presença de características do critério 
maior e pelo menos 2 características dos 
menores.
→
CAUSAS:
Múltiplas.
Doença muscular, vascular, 
osteoarticular, 
cardiorrespiratória, ...
○
→
Síndrome da imobilidade é a consequênciafinal de múltiplas causas.
→
PREVALÊNCIA E MORTALIDADE:
Necessidade de dieta especial por sonda.→
Uso de antibióticos de última geração.→
Requerem curativos especiais.→
Causa mortis: Quase sempre há falência 
múltipla de órgãos, mas também, PNM, 
TEP e sepse.
→
COMPLICAÇÕES:
Atrofia da pele e muscular.1.
Úlceras de decúbito.2.
Escoriações, ...3.
 Página 2 de Geriatria