Prévia do material em texto
Centro Universidade UniFaveni Pós-graduação em Artes Maria Socorro Damacena A importância da Artes na Educação IPATINGA, MG 2022 A IMPORTÂNCIA DA ARTES NA EDUCAÇÃO Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Pós-graduação de Arte, do Centro Educacional Faveni a ser utilizado como diretrizes para manufatura de Arte. IPATINGA, MG 2022 Resumo Este artigo pretende trazer a ideia de arte na educação como ferramenta pedagógica para o desenvolvimento da formação de ideias e expressão da criatividade, causando assim a promoção de uma aprendizagem significativa. Vem refletir acerca do real significado do aprendizado da arte no cotidiano escolar e sua relevância na formação do aluno. Consiste em reforçar a arte-educação como matéria escolar essencial para valorização do pensar no cotidiano educacional, sem tratá-la no planejamento das aulas de Arte, o professor precisa levar em conta os quatro segmentos da arte, já citados anteriormente (Artes Visuais, Dança, Música e Teatro), considerando que todos são de grande importância e que com suas peculiaridades conseguem promover a expressão e a autonomia dos alunos. Além disso, é preciso considerar a faixa etária e o desenvolvimento dos alunos, apresentando atividades dinâmicas adaptadas ao nível em que cada turma se encontra. Mesmo sendo alunos pequenos, dentro de suas possibilidades perceptivas, eles conseguem apreender os conteúdos e refletir sobre aquilo que produzem. Acerca disso, Martins, Picosque e Guerra afirmam que a “arte é a linguagem básica dos pequenos e deve merecer um espaço especial, que incentive a exploração, a pesquisa, o que certamente não será obtido com desenhos mimeografados e exercícios de prontidão” (1998, p. 102). como aula de lazer ou para ser utilizada somente em datas comemorativas. O presente artigo busca contribuir para uma visão voltada à educação e a arte como intrínsecas no processo de ensino e aprendizagem, repensando no sistema educacional e na forma como a arte-educação tem sido desenvolvida em sala de aula. Para tal foi desenvolvido com base em uma revisão bibliográfica e pretende colaborar para reflexão acerca do ensino da arte e sua colaboração para o aprendizado e formação plena do aluno. Palavras-chave: Arte, Educação, Expressão. ABSTRACT This article aims to bring the idea of art in education as a pedagogical tool for the development of the formation of ideas and expression of creativity, thus causing the promotion of meaningful learning. It reflects on the real meaning of the learning of art in the daily school and its relevance in the formation of the student. It consists of reinforcing art-education as an essential school subject for valuing thinking in the educational daily life, without treating it in the planning of art classes, the teacher needs to take into account the four segments of art, already mentioned above (Visual Arts, Dance, Music and Theater), considering that all are of great importance and that with their peculiarities they can promote the expression and autonomy of students. In addition, it is necessary to consider the age group and the development of the students, presenting dynamic activities adapted to the level at which each class is. Even though they are small students, within their perceptual possibilities, they can grasp the contents and reflect on what they produce. About this, Martins, Picosque and Guerra affirm that "art is the basic language of the little ones and should deserve a special space, which encourages exploration, research, which will certainly not be obtained with mimeographed drawings and readiness exercises" (1998, p. 102). as a leisure class or to be used only on commemorative dates. This article seeks to contribute to a vision focused on education and art as intrinsic in the teaching and learning process, rethinking the educational system and the way art-education has been developed in the classroom. To this end, it was developed based on a bibliographic review and intends to collaborate for reflection on the teaching of art and its collaboration for the learning and full formation of the student. Keywords: Art, Education, Expression. Introdução Desde os feitos remotos até a consolidação da arte como meio de produção e sensibilização na civilização historicamente desenvolvida, tem como averiguar da importância desse saber para a humanidade. Uma outra definição para o termo é a utilização da arte como instrumento para abordagem de temas de áreas diversas. É nesse sentido que trataremos no presente artigo, que visa refletir sobre o conceito de arte e alguns de seus elementos constitutivos; e discutir sua aplicação na abordagem de princípios e conteúdos referentes a outras áreas do conhecimento humano. Para averiguar fez-se estudos em livros que tratam dos temas, nas leis educacionais, nos artigos e relatos de estudiosos no assunto, bem como também foi feita uma observação não participativa em um projeto social que desenvolve trabalhos com crianças e adolescentes e que tem a arte como auxiliadora nas articulações realizadas com os atendidos. O estudo da arte é um ensino com forma interdisciplinar e abrange vários campos como a psicologia, a filosofia, a semiótica, a sociologia. E julga ser importante para compreender a dinâmica do ensino com artes, que está presente desde o Brasil colônia. As formas com que o ensino de artes se apresenta são diferenciadas em função do período e do contexto político e social em que se situam. E ações de docentes envolvidos no ensino da arte e sobre o pensamento pedagógico envolvendo práticas e concepções humanas em movimento dinâmico na sociedade. Porém entendendo as limitações que tal exercício impõe, torna-se uma tarefa necessária à compreensão do fenômeno educativo a partir da concepção de homem e de mundo a ele subjacentes. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) explicitam observações e objetivos para o ensino de artes, através das inferisses contidas neste documento pode-se entender a gama de possibilidades de atividades com artes na escola e também das articulações que devem ser feitas para que estas ações se efetivem. No trabalho com arte é possível o trabalho com linhas, formas bi e tridimensionais, cores volumes, luz e texturas, as expressões com instrumentos e materiais visuais sonoros e cênicos podem fazer parte do trabalho com artes. Através de estudos de livros, artigos, mostrando as possibilidades variadas nesta área da educação, infere-se que tais possibilidades se sobressaem as dificuldades e que nos processos educativos com artes é possível interligar as aprendizagens necessárias aos alunos. Esta é uma questão fundamental para que haja uma comunicação ampla e para que o trabalho seja estimulado, aprimorado e praticado com constância para que o aluno tenha o máximo desempenho de sua capacidade cognitiva.A arte na educação consolida-se enquanto campo de investigação e produção de conhecimentos relaciona um grupo significativo de pesquisadores educadores e artistas em torno das questões do ensino da arte. As movimentações nesta área demandam a necessidade de uso de diversos materiais educativos. É primordial um currículo que iguale a produção cultural, na intenção de que o professor possa estabelecer conexões e permitir experiências artísticas com seus educandos a partir da arte nos espaços educacionais. ARTES E SEUS CONCEITOS É válido introduzir os conceitos de arte e educação, para alguns autores. Segundo Barbosa (2006) a arte é a criatividade e desenvolvimento cognitivo que leva a atos e ideias. Em comparação com a visão de Duarte Junior (2007), a arte objetiva expressar a visão humana em uma criação, ou seja, busca externalizar a percepção de mundo do indivíduo, suas ideias e emoções. Por sua vez, a Educação traz o conceito de transferir conhecimento, desenvolvimento das habilidades sociais e crescimento intelectual, buscando a formação do ser como cidadão que consegue se posicionar tendo a real noção da realidade em que vive (SAVIANI, 2002). Para Aranha (2002), a educação é o fator que promove a humanização, socialização e aperfeiçoamento das atividades. A arte tem a capacidade de uma atuação multifuncional em relação à educação, podendo utilizar a arte no processo de formação humana para dar sentido ao sentir e a percepção de mundo do ser, utilizando-se das emoções e referências simbólicas (cultura, memória, criatividade) do indivíduo. Com isto pretende educar respeitando a cultura herdada e acrescentando conhecimento a fim de dar instrumentos ao aluno para que ele venha desenvolver uma capacidade intelectual para saber ser crítico dentro desta mesma cult Segundo o PCN de Arte (BRASIL, 2000) o aluno ao conhecer e percorrer as artes desenvolve potencialidades como percepção, observação, imaginação e sensibilidade, o que influência em sua percepção de mundo significantemente. Com isto busca concretizar o sentir humano, enfatizando o que não se consegue, geralmente, expressar em linguagem, contemplando a ideia de ressignificação das ideias óbvias, obrigando o indivíduo a ressignificar também sua percepção e interpretação do contexto em que se está inserido. Segundo Duarte Junior (2007), a arte é um veículo fundamental de educação e tem como finalidade algo além de uma simples apreciação, mas sim, possui valor na relação entre a razão e a emoção. A arte busca desfazer o contexto educacional atual, onde a arte não está posta como relevante para a educação dando ao aluno o espaço e ferramentas necessárias para que este conheça o mundo e suas mais variadas culturas, ideais e pontos de vista, tornando assim um ser educado para pensar e criar, sabendo como agir perante as desigualdades sociais. Pretende abstrair o que, por muitas vezes, encontra-se profundamente guardado, como emoções e ideias e concretizar através de cores, tintas, ser utilizada para o trabalho de várias questões e disciplinas: Arte-educação é uma área de estudos extremamente propícia à fertilização interdisciplinar e o próprio termo que é designo de nota pelo seu binarismo a ordenação de duas áreas num processo que se caracterizou no passado por um acentuado dualismo, quase que uma colagem das teorias da educação ao trabalho com material de origem artística na escola, ou vice e versa, numa alternativa de subordinação (BARBOSA, 2006, p. 12 e 13) Quando o ser humano passou a pensar através da razão, buscando-a para todo e qualquer fenômeno que ocorre, a sociedade passou por modificação como o capitalismo, o consumismo, entre outros. Assim passa-se a trabalhar mais e ter menos tempo para o imaginário e utópico. Esta condição começa pelas escolas, em que a arte está cada vez mais dispersa e perdeu-se o sentido de expressão de ideias livre. Com isso, se desenvolve cada vez mais uma massa de pensamentos pré-produzidos na qual não se tem conhecimento o suficiente para o aperfeiçoamento de uma estrutura social crítica. É possível verificar esta realidade na fala de Duarte Junior: Hipertrofiando a razão gera-se, dialeticamente, um profundo irracionalismo, na medida em que os valores e as emoções não possuem canais para serem expressos e se desenvolver. Assim a dança, a festa, a arte e o ritual, são afastados de nosso cotidiano, que vai sendo preenchido apenas com o trabalho unitário, não criativo, alienante. (DUARTE JUNIOR, 2007, p. 64) A arte sempre foi classificada, de uma forma geral, como objeto de contemplação, o que faz com que seu valor como ferramenta educacional não seja percebido, sendo vista somente como lazer (BARBOSA, 2006). Por este motivo fica em segundo plano em se tratando de educação, sendo utilizada como aulas de descanso e diversão neste processo, quando na verdade possui um forte poder pedagógico quando utilizada de forma a despertar pensamentos e sentimentos, tanto no professor quanto no aluno. Tem-se visto uma desvalorização ao que se refere ao ensino da arte no âmbito escolar, principalmente, no que tange o ensino médio. O ministério da educação propôs através da medida provisória n° 746/2016 uma reforma para esse nível de ensino alterando o artigo 26 da LDB, fazendo com que a arte deixe de ser obrigatória nos anos finais da escolarização dos alunos. Para o governo federal o modelo atual de ensino aplicado no ensino médio é desinteressante. Isso causou uma comoção entre os alunos e professores que logo se manifestaram contra a proposta. Fica evidente então, que a arte vem sendo desvalorizada pela própria educação, que deveria ser sua aliada, porém ainda é almejada pelos alunos que a defendem e profissionais da educação que compartilham a mesma opinião. Portanto, a arte deve contribuir para a formação do ser humano como crítico, dando oportunidade para que este interaja, e assim respeite diferentes culturas e pontos de vista. O aluno deve ser estimulado a pensar e criar, para que saiba agir em sociedade conhecendo seus direitos e deveres e sendo preparado para transformar a sociedade onde vive (SAVIANI, 2002). Para tal é necessário que os profissionais da área tenham esta visão de não só educação, mas também formação do ser como um todo. A Arte e sua contribuição para a Educação O Ensino da Arte contribui para a formação sensível do indivíduo e é no fazer artístico que acontece essa aprendizagem, por meio de materiais o pensamento do ser humano, assim como suas emoções, seus anseios, sua história, a cultura da qual faz parte e desenvolve a identidade de um povo ou até mesmo de uma classe social. A comunicação entre as pessoas e as leituras de mundo não se dão apenas por meio da palavra. Muito do que se sabemos sobre o pensamento e os sentimentos das mais diversas pessoas, povos, países, épocas são conhecimentos que obtivemos única e exclusivamente por meio de suas músicas, teatro, pintura, dança, cinema, etc. (MARTINS; PICOSQUE; GUERRA, 1998, p.14) No começo da história da humanidade, a Arte já ocupava espaço na sociedade e vem tendo grandes transformações ao longo do tempo. A educação em Arte propicia para os alunos, grandes descobertas de acordo com as diferentes culturas em que estão inseridos. Oportunidades de desenvolvimento na aprendizagem para alunos, pois permitem ampliar o conhecimento do mundo em que está inserido, de suas habilidades e a descoberta de suas potencialidades. Além disso, estão presentes no cotidiano dos alunos que se expressam, comunicam e demonstram seus sentimentos, pensamentos, emoções por vários meios, dentre eles: linhas, formas, rabiscar e desenhar no chão, na areia, em muros, usando diversosmateriais que são encontrados por acaso pelos alunos. Segundo Jorge Coli, a arte tem assim uma função que poderíamos chamar de conhecimento, de ‘aprendizagem’. Seu domínio é o do não-racional, do indizível, da sensibilidade: domínio sem fronteiras nítidas, muito diferente do mundo da ciência, da lógica, da teoria. Domínio fecundo, pois nosso contato com a arte nos transforma. Porque o objeto artístico traz em si, habilmente organizados, os meios de despertar em nós, em nossas emoções e razão, reações culturalmente ricas, que aguçam os instrumentos dos quais nos servimos para apreender o mundo que nos rodeia. Entre a complexidade do mundo e a complexidade da arte existe uma grande afinidade. (COLI, 1995, p.109). A liberdade que a arte possui de inverter, deslocar, ressignificar confere a ela um caráter transgressor, necessário dentre outras coisas, para questionar valores pré-estabelecidos da sociedade. É interessante, para quem trabalha com educação, conhecer a importância do deseducar. Levando-se em conta que educação se dá com base nos valores de determinada sociedade em determinada época, não é difícil listar valores antes considerados oficiais e atualmente questionados. A arte é, sem dúvidas, um excelente exercício de liberdade, uma vez que cada obra de arte cria suas próprias regras no exato momento em que se constrói. Neste caso, amplia-se o poder criador do espectador, que completa a obra que aprecia, com suas próprias referencias. A diversidade de linguagens existentes no campo das artes: Música, Teatro, Dança, Circo, Artes plásticas (pintura, escultura, xilogravura etc. ), Cinema, Fotografia, Literatura, Rádio, Vídeo... Cada uma dessas linguagens se desdobra em subdivisões, estilos, linhas, estéticas. Educação para a Arte Conforme Fusari e Ferraz (2001), por meio da arte, é sinônimo de expressão que permite orientar e ressignificar situações diárias, de maneira menos alienada, mais crítica e sensibilizada. Assim, a arte age como formadora de mentes pensantes, possibilitando que qualquer cidadão que tenha acesso ou pratique algum meio artístico, consiga observar e analisar profundamente os fatos grupais e individuais, mostrando a relevância que cada um deve configurar dentro da sociedade que cada um deve configurar dentro da sociedade. A Arte, enquanto disciplina escolar abrange os segmentos de Artes Visuais, Dança, Música e Teatro (BRASIL, 1997). Nessas quatro áreas há inúmeras possibilidades de conteúdos permitindo ao aluno exprimir-se, manifestar-se, comunicar-se e desenvolver-se por meio da fruição alcançada com os estudos. A partir de estudos históricos, práticos e técnicos, a práxis educativa transforma-se em constante incentivador do desenvolvimento dos educandos. Conforme Barbosa, isso permite analisar a ideia de que a Arte na educação tem como finalidade principal permitir que a criança expresse seus sentimentos e a ideia de que a Arte não é ensinada, mas expressada. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais: O conhecimento da arte abre perspectivas para que o aluno tenha uma compreensão do mundo na qual a dimensão poética esteja presente: a arte ensina que é possível transformar continuamente a existência, que é preciso mudar referências a cada momento, ser flexível. Isso quer dizer que criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é condição fundamental para aprender. (BRASIL, 1997, p. 19) O professor é preciso compreender que os processos e evoluções são mais relevantes que o resultado final. Sendo assim, deve ser desconsideradas perspectivas e exigências por grandes produções artísticas, e ponderar a importância de “desenvolver a capacidade de formular hipóteses, julgar, justificar e contextualizar julgamentos diferentes acerca de imagens e de Arte”. (BARBOSA, 1991, p.64). O ensino de Arte traz contribuição ao âmbito social, no sentido de possibilitar à criança compreender o ambiente em que vive, ampliar o conhecimento cultural e aprender a viver em sociedade de maneira atuante. A arte se constitui de modos específicos de manifestação da atividade criativa dos seres humanos ao interagirem com o mundo em que vivem, ao se conhecerem e ao conhecê-lo. O aluno que tem uma sólida base artística dentro da escola, sendo este o lugar que frequenta e participa grande parte de sua vida, torna-se mais sensível ao observar as mais diversas situações e aprende a refletir de forma mais ampla, dando sentido às inúmeras informações que tem aproximação. É neste sentido que o ensino de Arte vem contribuir com as demais disciplinas, pois permite ao aluno absorver e dialogar, opinar e fazer com que suas ideias não se bastem somente em senso comum, mas pela frenética procura de dados, que constatem e afirmem a veracidade dos fatos. A Arte tem por objetivo promover uma educação humanizadora e transformadora, construindo formadores de opinião, se trabalhada e atribuída corretamente a cada faixa etária com atividades e exercícios expressivos e estimulantes. Porém, nota-se que a educação em Arte, mesmo inserida há tempos nos currículos escolares, ainda não é trabalhada de maneira apropriada, tanto por se ponderar que é uma ocasião para recreação, quanto pela própria preparação dos professores. Nesta mesma perspectiva, os Parâmetros Curriculares Nacionais salientam que o ensino de Arte favorece o relacionamento do aluno com as outras disciplinas do currículo, exemplificando que: O aluno que conhece arte pode estabelecer relações mais amplas quando estuda um determinado período histórico. Um aluno que exercita continuamente sua imaginação estará mais habilitado a construir um texto, a desenvolver estratégias pessoais para resolver um problema matemático. (BRASIL, 1997, p. 19) É neste sentido que a disciplina de Arte não pode ser vista como um momento de entretenimento ou recreação. Como as demais disciplinas do currículo, em Arte existem objetivos a serem alcançados por meio de métodos que visam o aprendizado. Os PCNs, reconhecendo as dificuldades enfrentadas pelos professores polivalentes, afirmam que: Sem uma consciência clara de sua função e sem uma fundamentação consistente de arte como área de conhecimento com conteúdo específicos, os professores não conseguem formular um quadro de referências conceituais e metodológicas para alicerçar sua ação pedagógica; não há material adequado para as aulas práticas, nem material didático de qualidade para dar suporte às aulas teóricas. (BRASIL, 1997, p. 26 O professor que leciona Arte, mesmo não tendo a formação específica, deve buscar conhecimentos que lhe dê suportes à sua prática educativa, devido à relevância desta disciplina na vida dos alunos. É necessário provocar e despertar nos alunos querer algo além do que é desenvolvido em sala de aula, tendo em vista uma nova forma de observar as mais variadas situações, até mesmo fora do ambiente escolar. Estas observações precisam servir de estímulo e levar à fruição livre dos pensamentos com criatividade, diante de diversas linguagens artísticas. Os alunos devem ser guiados a relacionar-se com a arte, na qual esta interfira em seus pensamentos e hábitos simples, elevando-os a algo criador. A partir do momento em que se compreendem conceitos estéticos, ocorre uma transformação na capacidade de ver, observar, descobrir e analisar os fatos, tornando cada momento de formação humana. Com isso, surgem novas mentes pensantes, dispostas a adentrarem em mundos diferentes do que estão habituados, de enfrentar desafios e posicionar-se com determinação, procurando caminhos que se desloquem a uma conclusão coerente e abrangente. As autoras Fusari e Ferraz afirmam que é necessário pensarem “um trabalho escolar consistente, duradouro, no qual o aluno encontre um espaço para o seu desenvolvimento pessoal e social por meio da vivência e posse do conhecimento artístico e estético” (2001, p. 21). Continuam afirmando que isso requer uma metodologia que possibilite aos estudantes a aquisição de um saber específico, que os auxilie na descoberta de novos caminhos, bem como na compreensão do mundo em que vivem e suas contradições. Compete então, ao professor responsável pelas aulas de Arte, mediar e atrair a vontade pela busca e pela pesquisa, despertando a curiosidade, difundindo novos elementos, indagando e gerando dúvidas, que deixem os alunos instigados e inquietos por respostas, gerando assim uma vasta construção de conhecimento. Essa curiosidade deve ser guiada até que se torne objetiva, não sendo somente ingênua ou de senso comum, mas aprimorada, com o professor mostrando caminhos e dando livre arbítrio para que o aluno exprima as suas próprias manifestações, permitindo ao educando opinar e atuar como cidadão crítico. Estas discussões permitem concluir que a Arte deve ser colocada como disciplina formadora de opinião, pela qual os conteúdos trabalhados não se resumam a meros desenhos, trabalhos manuais, ou cantigas e representações sem sentido. Ao contrário disto, a Arte deve propiciar que cada situação apresentada gere diálogo e discussões, permitindo ao aluno expor o que pensa e interagir com o grupo, trocando informações, ideias e socializando, além de ser instigado a refletir e raciocinar sobre manifestações simples e complexas. Sempre respeitando a idade e o nível de desenvolvimento do aluno, o professor deve buscar dar significação e conjunção de forma única e pessoal ao conteúdo exposto, permitindo que isso seja debatido e que todos tenham direito e oportunidade de opinar e defender suas convicções, ponderando a igualdade entre todos. Fusari e Ferraz atentam para o fato de que esse tipo de prática pedagógica é: Na verdade, um movimento educativo e cultural que busca a constituição de um ser humano completo, total, dentro dos moldes do pensamento idealista e democrático. Valorizando no ser humano os aspectos intelectuais, morais e estéticos, procura despertar sua consciência individual, harmonizada ao grupo social ao qual pertence. (2001, p. 19) As manifestações artísticas levadas aos alunos devem aguçar os seus sentidos, incentivando-os a tornarem-se seres criadores. Segundo Freinet, “a livre expressão facilita a criatividade da criança, no desenho, na música, no teatro, extensões naturais da atividade infantil, progressivamente responsável por seus comportamentos afetivos, intelectuais e culturais “(apud SAMPAIO, 1994, p. 30). Com as discussões até aqui expostas, verifica-se nos documentos oficiais e nos referencias teóricos que a disciplina de Arte não é um passatempo escolar, mas se constitui como formadora de personalidade, contribuindo para o desenvolvimento perceptível e crítico do sujeito. A seguir discutiremos de que maneira os eixos de Arte são entendidos pela legislação educacional e em que medida este auxilia no desenvolvimento do aluno, demonstrando que cada segmento possui uma finalidade. Arte e a suas finalidades Assim como em qualquer outra disciplina do currículo escolar, Arte também exige planejamento. O planejamento das aulas é um dos quesitos fundamentais para o sucesso do professor no aprendizado dos seus alunos, pois, é através dele que se percebem os erros e acertos de suas aulas, além de possibilitar adaptações às formas de ensinar, conforme o aproveitamento da turma e do indivíduo. A partir dessa análise, o professor pode também se autoavaliar, observando e levantando suposições, buscando melhorar e proporcionar aos alunos um melhor aprendizado, além da satisfação pelo que faz. Nas palavras de Zabala, o planejamento é: Um conhecimento e uma reflexão sobre os possíveis modelos, uma análise e uma avaliação das normas, uma apropriação e elaboração do conteúdo, que implica a análise dos fatores positivos e negativos, uma tomada de posição, um envolvimento afetivo e uma revisão e avaliação da própria atuação. (1998, p. 48) Com o objetivo de que os conteúdos e atividades possam ser planejados, se faz necessária a prática da pesquisa. A pesquisa inicia no momento em que o professor estuda o currículo, sente as necessidades dos seus alunos e busca entendimento e suporte para apresentar novos conhecimentos. Para Paulo Freire todo professor é um pesquisador, afirmando que “faz parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa” (1996, p.32), porém, é necessário que o professor se reconheça como tal para estar em formação permanente. Neste sentido, o professor deve agir como mediador, estimulando o diálogo e práticas artísticas como expressividade e fruição dos pensamentos, a fim de que o aluno chegue a um senso de conhecimento e aprendizado. As ideias devem ser colocadas e a partir disso, deixar o educando exprimir o que sente e consequentemente causar uma movimentação na mente, considerando a possibilidade de participação e as particularidades de cada indivíduo. Freire, neste mesmo sentido, já relatava: Quando estou diante de uma plateia de estudantes, nem sempre se trata de convencê-los ou de mostrar que sua ideia x ou y é errada e, consequentemente, que a minha seria a certa. Ao explicitar a minha ideia, trata-se mais de fazer com que eles percebam em que medida as deles, que partem das suas próprias práticas, se assemelham às minhas, quando é o caso, ou divergem das minhas. (1996, p. 71 No planejamento das aulas de Arte, o professor precisa levar em conta os quatro segmentos da arte, já citados anteriormente (Artes Visuais, Dança, Música e Teatro), considerando que todos são de grande importância e que com suas peculiaridades conseguem promover a expressão e a autonomia dos alunos. Além disso, é preciso considerar a faixa etária e o desenvolvimento dos alunos, apresentando atividades dinâmicas adaptadas ao nível em que cada turma se encontra. Mesmo sendo alunos pequenos, dentro de suas possibilidades perceptivas, eles conseguem apreender os conteúdos e refletir sobre aquilo que produzem. O professor deve provocar a atitude criadora do aluno, ser fomentador do pensamento, da sensibilidade, do questionamento, da construção de novas ideias, desafiando-o e provocando situações de criação. São diversas as técnicas de Artes Visuais usadas na Educação Infantil, todas trazem possibilidades para os alunos aumentarem seu potencial criador, para isso é preciso que o educador ofereça variados suportes e materiais como recurso de manipulação e expressão. O desenho, a pintura e a colagem das crianças são marcas que elas deixam a partir de sua relação com o mundo, em diálogo permanente com seu imaginário. São marcas pessoais. Portanto, é muito importante percebermos que cada criança tem um jeito próprio de se expressar: traços com mais vigor ou mais leves, ocupando o espaço todo ou apenas um cantinho, usando muitas cores ou escolhendo apenas uma etc. Nós professores (as), que lidamos dia-a-dia (sic) com meninos e meninas e suas produções culturais, seremos capazes de reconhecer a produção de cada criança mesmo que não tenha nome escrito se possibilitarmos que os pequenos se expressem com autoria. (BRASIL, 2006, p.48). A criação artística contribui para um processo de formação do aluno, para que construa um relacionamento interpessoal e também promova um domínio corporal. Desta forma, o fazer Arte vai além de simplesmente oferecer lápis, caneta, folha de papel, é preciso que o educador ofereça meios que estimule a criatividade e imaginação, por exemplo, com um pedaço de carvão ou um graveto é possível tero mesmo resultado de um lápis. A criança, desta forma ao fazer Arte, conhece a si mesmo e o mundo que o cerca. O educador deve propiciar aos alunos um ambiente adequado, com diversas superfícies, materiais e instrumentos, de forma que tenham contato com uma gama maior de possibilidades para se expressar. Com mais recursos e mais estímulos ele poderá conhecer novas técnicas, novos materiais, texturas, misturas de cores e tintas, desenvolvendo seus sentidos e posteriormente sua intelectualidade. É importante também, que esse ambiente ofereça condições favoráveis para os alunos, como comodidade e conforto, para que possam produzir com criatividade e autonomia seus trabalhos artísticos. Desta forma, faz-se necessário criar situações no cotidiano escolar para a criança interessar-se pela Arte. Criando ambientes desafiadores, onde ela se sinta capaz de perceber seu potencial, reconhecer que tem habilidades que ela própria não tinha conhecimento, se interessar pelas atividades artísticas e a praticá-las com prazer e divertimento. Os diferentes materiais que são oferecidos para os alunos ao entrarem em contato com as práticas das Artes despertam seu imaginário, desta maneira ele usa sua fantasia e descobre várias maneiras de criar novas formas. A imaginação sustenta o raciocínio e o sentir dos jovens alunos, cria sonhos e fantasias, pois através dela a mente infantil percorre outros tempos e espaços. A Arte leva os alunos para outro mundo, com outras sensações e também outros sentimentos, ela mexe com a cognição e com o afeto das mesmas. A didática usada no Ensino de Artes deve ser interessante, prazerosa e estimular a curiosidade da criança. O educador deve evitar repetição e atividades mecânicas em sua didática e mediar o processo de forma significativa. Deve promover oportunidades para o aluno manipular o material didático, pois dessa forma eles criam interesse em saber do que se trata, de que material é feito, tendo oportunidade de experimentá-lo e compreendê-lo. Algumus alunos serão mais hábeis com canetas, outras com tintas, e outras terão mais facilidade, usando argila do que arame. Algumas preferirão materiais como as tintas, a meios mais controlados e precisos como as canetas. Ao expor as crianças a diferentes meios e ao se tornarem sensível aos aspectos que distinguem os trabalhos artísticos de seus alunos, o professor terá um quadro mais completo de cada criança. (KRECHEVSKY, 2001, p.146) Arte para Educação A liberdade que a arte possui de inverter, deslocar, ressignificar confere a ela um caráter transgressor, necessário dentre outras coisas, para questionar valores pré- estabelecidos da sociedade. É interessante, para quem trabalha com educação, conhecer a importância do deseducar. Levando-se em conta que educação se dá com base nos valores de determinada sociedade em determinada época, não é difícil listar valores antes considerados oficiais e atualmente questionados. As ideias podem ser transgredidas de várias formas, artísticas ou não. Mas a arte é, sem dúvidas, um excelente exercício de liberdade, uma vez que cada obra de arte cria suas próprias regras no exato momento em que se constrói. Neste caso, amplia-se o poder criador do espectador, que completa a obra que aprecia, com suas próprias referencias.A educação ao longo da vida baseia-se em quatro pilares: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; aprender a ser, via essencial que integra as três anteriores. As artes, pelas suas potencialidades integradoras, oportunizam ao ser humano o desenvolvimento de competências para a vida, sejam elas cognitivas (aprender a conhecer), sociais (aprender a conviver), produtivas (aprender a fazer) ou pessoais (aprender a ser), pois, há uma experiência estética viva e que favorece a Inter e transdisciplinaridade, seja como disciplina em uma instituição de ensino ou como tema/método numa ação transversal. (WENDELL, 2010) Atualmente, considerando-se que não se separa arte da educação no processo transformador do indivíduo, cunhou-se a expressão arte educação, que considera que o processo educativo não é separado por espaço formal de educação, podendo acontecer em assentamentos, aldeias, sindicatos etc. Desta forma, o professor não é somente aquele com formação em licenciatura. Pode ser, por exemplo, um mestre da cultura popular. Hoje em dia, as artes estão sendo utilizadas como metodologia em diversas outras áreas do conhecimento, presentes como meio para apreensão ou vivência de conteúdos diversos, e também como área fim e específica para o aprendizado eixo de cada uma das artes. Isto é visível no exemplo da educação escolar, em que as artes estão na maioria das disciplinas como técnicas corporais, visuais, interpretativas etc., além de estarem nos projetos especiais com produtos ou vivências estéticas. Mas, é também uma disciplina específica para o aprendizado teórico e prático de cada experiência artística, seja teatral, coreográfica, visual ou musical. Já nas ONGs as artes entram como metodologia na formação para a cidadania, na educação de valores ou nas diversas produções temáticas, unindo-se a experiência de formações de crianças e jovens artistas. Várias são as razões que levam à construção de um produto artístico: inspiração, ideia, encomenda externa, dentre outras. No entanto, ele expressará a percepção de mundo do artista que o criou e será percebido de forma particular por cada espectador. Cabe aqui uma observação importante acerca do uso da arte com fins educacionais. Se expressamos nossa percepção de mundo, estão inclusos nessa percepção elementos que, muitas vezes, não tínhamos a intenção de expor ou nem sabíamos que possuíamos. Isso inclui mitos, preconceitos, crenças... O aluno que tem uma sólida base artística dentro da escola, sendo este o lugar que frequenta e participa grande parte de sua vida, torna-se mais sensível ao observar as mais diversas situações e aprende a refletir de forma mais ampla, dando sentido às inúmeras informações que tem aproximação. É neste sentido que o ensino de Arte vem contribuir com as demais disciplinas, pois permite ao aluno absorver e dialogar, opinar e fazer com que suas ideias não se bastem somente em senso comum, mas pela frenética procura de dados, que constatem e afirmem a veracidade dos fatos. Considerações Finais A arte é uma forma de o ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. A arte pode ser representada através de várias formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre outras. Considerando esta grande contribuição das Artes na Educação, percebe-se a relevância deste ensino, pois é vivenciando a Arte desde cedo que se aprende a valorizar a cultura de uma sociedade. Para isso, é necessário um novo olhar sobre o Ensino de Artes nas escolas, pois, para uma aprendizagem significativa é essencial o comprometimento do educador, como o planejado nas atividades, definição de objetivos a serem alcançados e utilização de materiais diversificados. Através do presente estudo, fica notável que uma das grandes dificuldades encontradas no ensino de Artes são os profissionais sem a devida formação, assim como a compreensão do que se trabalha nessa disciplina e os objetivos a serem alcançados com a mesma. Muitas pessoas dizem não ter interesse pela arte e por movimentos ligados a ela, porém o que elas não imaginam é que a arte não se restringe a pinturas ou esculturas, também pode ser representada porformas mais populares, como a música, o cinema e a dança. Essas formas de arte são praticadas em todo o mundo, em diferentes culturas. Atualmente a arte é dividida em clássica e moderna e qualquer pessoa pode se informar sobre cada uma delas e apreciar a que melhor se encaixar com sua percepção de arte. Diante do exposto, conclui-se que a Arte deve ser colocada como disciplina formadora de opinião, pela qual os conteúdos trabalhados não se resumam a meros desenhos, trabalhos manuais, ou cantigas e representações sem sentido. Todas e quaisquer manifestações artísticas levadas aos alunos devem aguçar os seus sentidos, incentivando-os a tornarem-se sujeitos pensantes e criadores. REFERÊNCIAS ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofia da Educação. - 2 ed - São Paulo: Moderna, 2002. BARBOSA, Ana Mae. Arte-Educação no Brasil.-5.ed - São Paulo: Perspectiva, 2006. BARBOSA, A. M. T. B. A Imagem no Ensino da Arte. São Paulo: Editora Perspectiva, 1991. PCNs..Disponível,em:http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php,id_m =101. Acesso em: 10 de junho de 2012. BRASIL, MINISTERIO DA EDUCAÇÃO. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BÁSICA LEI 9394/96. Disponível em: Acesso em: 20 de Set. 2016 BRASIL, Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: arte. Brasília, DF, 2000. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: artes – Brasília, 1997. DUARTE JUNIOR, João Francisco. Por que arte-educação? -6. ed.- Campinas, Sp:Papirus,2007. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à Prática Educativa. - São Paulo: Paz e Terra. 1996. FUSARI, M. F. R; FERRAZ, M. H. C. T. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez, 2001. FUSARI, M. F. R; FERRAZ, M. H. C. T. Metodologia do Ensino da Arte. São Paulo: Editora Cortez, 2. ed., 1999. MARTINS, M.C.; PICOSQUE, G. GUERRA, M.T.T. Didática do ensino da Arte. São Paulo: Editora FTD, 1998. SAVIANI,Dermeval.Educação: do senso comum a consciência filosófica. -14. ed.- Campinas,SP:Autores Associados: 2002 SAMPAIO, R. M. W. F. Freinet: Evolução Histórica Atualidades. 2 ed. São Paulo: Scipione, 1994. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: arte. Brasília, DF, 2000. WENDELL, N. Publicação eletrônica [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por em 20 mar. 2010. KRECHEVSKY, M. Avaliação na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2001. ZABALA, A. A Prática Educativa: Como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.