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Entrevista seus diferentes tipos e usos específicos

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Entrevista: seus diferentes tipos e usos 
específicos
Apresentação
No exercício profissional do assistente social, compreende-se por instrumentalidade não apenas um 
simples conjunto de instrumentos e técnicas, mas uma competência indispensável da profissão. Os 
instrumentos utilizados pelo serviço social devem então ser idealizados como subsídios dinâmicos e 
precisam ser criados em conformidade com as finalidades da ação profissional. Dentre os 
instrumentos utilizados pelo profissional, tem-se a entrevista, e nela será baseado o estudo da 
unidade.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá as definições de entrevistas, bem como as 
principais teorias que regem esse instrumento. Também identificará em quais situações a entrevista 
pode ser utilizada, analisando o seu histórico e sua relevância para o serviço social.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer as definições de entrevistas e as principais teorias sobre esse instrumento 
utilizado pelo serviço social.
•
Identificar em quais situações a entrevista pode ser utilizada pelo profissional de serviço social 
e quais as técnicas mais utilizadas.
•
Analisar o histórico das entrevistas como instrumento de intervenção e sua relevância para a 
atuação profissional de serviço social.
•
Desafio
Segundo Lewgoy (2007, p. 239), “o assistente social utiliza um conjunto de técnicas que serão 
selecionadas de acordo com o momento ou a finalidade da entrevista, mas nenhuma técnica é 
empregada excluindo as demais. O que se modifica é a intensidade e a frequência, de acordo com a 
etapa do desenvolvimento da entrevista”.
Acompanhe os atendimentos realizados:
Você é o assistente social responsável pelo caso na Secretaria e deve escolher as duas técnicas que 
serão utilizadas no primeiro momento da entrevista. Cite-as e explique-as.
Infográfico
A entrevista pertence ao instrumental do processo de trabalho do assistente social. A eficiência da 
entrevista não depende do número de entrevistas, mas da sua compreensão, possibilitando uma 
melhor intervenção. 
Você verá neste Infográfico elementos essenciais da entrevista para o assistente social.
Conteúdo do livro
A entrevista é um instrumento de trabalho utilizado amplamente 
por diferentes profissões e com finalidades diversas, sendo imprescindível para os que lidam 
diretamente com os usuários. É compreendida como instrumento mediador no processo do 
conhecimento, possibilita que o assistente social se aproxime da realidade de sua demanda, 
superando as aparências e adquirindo maiores possibilidades interventivas diante das expressões 
da questão social.
No capítulo Entrevista: seus diferentes tipos e usos específicos, do livro Estratégias e técnicas em 
serviço social I, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá a reconhecer as 
definições de entrevistas e as principais teorias sobre esse instrumento utilizado pelo serviço social, 
a identificar em quais situações a entrevista pode ser utilizada pelo profissional de serviço social e 
quais as técnicas mais utilizadas e a analisar o histórico das entrevistas como instrumento de 
intervenção e sua relevância para a atuação profissional de serviço social.
ESTRATÉGIAS E 
TÉCNICAS EM 
SERVIÇO SOCIAL I
Camila Muniz Assumpção
Entrevista: seus diferentes 
tipos e usos específicos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer as definições de entrevistas e as principais teorias sobre 
esse instrumento utilizado pelo Serviço Social.
  Identificar em quais situações a entrevista pode ser utilizada pelo 
profissional de Serviço Social e quais as técnicas mais utilizadas.
  Analisar o histórico das entrevistas como instrumento de intervenção 
e sua relevância para a atuação profissional de Serviço Social.
Introdução
A entrevista é uma das modalidades mais utilizadas pelo Serviço Social 
para a apreensão da realidade na qual se inscreve a população atendida 
nos diferentes estabelecimentos que implementam políticas sociais. É 
um instrumento da intervenção profissional que muitas vezes segue 
padrões previamente definidos pelas instituições contratantes e pelos 
programas sociais, mas que, ainda assim, depende da autonomia técnica 
do Serviço Social.
Neste capítulo, você vai compreender o que é a entrevista social, 
como ela se desdobra na intervenção profissional e como é utilizada 
pelos assistentes sociais.
Aspectos teóricos da entrevista
O Serviço Social, segundo Costa (2017), tem como objetivo a viabilização 
dos direitos da população por meio de políticas sociais. Conforme a autora, os 
profi ssionais do Serviço Social devem ter como foco de suas ações o indivíduo 
e suas relações sociais, bem como buscar, em seu atendimento, responder às re-
quisições da sociedade com base nos princípios do Código de Ética Profi ssional. 
Ainda conforme Costa (2017), o profi ssional deve fazer uso dos instrumentos 
e técnicas de sua profi ssão como meios para alcançar as fi nalidades de seu 
atendimento ao cidadão, com base em um sólido referencial teórico, e não 
apenas como meros acessórios de uma prática neutra, sem fundamentação.
Nesse sentido, segundo Trindade (2001), a atividade do assistente social não 
objetiva a produção de material por meio do uso de técnicas e instrumentos, mas, 
sim, a utilização do material proveniente dessas técnicas para pôr em prática o 
fazer profissional: buscar soluções para as questões sociais. Assim, conforme 
Costa (2017, p. 5), “os instrumentos e técnicas provêm das ciências sociais e po-
tencializam a produção de atitude” e têm como objetivo a reprodução social, isto 
é, a “intervenção junto às condições de vida e às consciências dos trabalhadores”. 
Sabe-se que vários são os instrumentos utilizados pelo assistente social no 
decorrer do seu trabalho, e um deles é a entrevista. Conforme Cardoso (2008), 
a palavra entrevista “remete àquilo que está entre as vistas, entre o olhar, entre 
o meu olhar e o do outro. O assistente social, no manuseio do seu instrumental 
técnico-operativo, recorre à entrevista social para desenvolver a sua intervenção”.
De acordo com Gil (1989), a entrevista é uma das técnicas de pesquisa mais 
utilizadas no campo das ciências sociais e se caracteriza como uma técnica 
em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula per-
guntas, com o objetivo de obtenção dos dados que interessam à investigação. 
A entrevista é, portanto, uma forma de interação social.
Conforme Magalhães (2003, p. 48), a entrevista é um instrumento de 
comunicação oral que tem, em geral, os seguintes objetivos: “coleta de dados; 
identificação das demandas/estabelecimento de prioridades; convite à reflexão 
sobre o cotidiano e as formas de enfrentamento de situações; devolução do 
que foi constado na interação profissional”.
 Para Sarmento (1994), a entrevista consiste em uma relação de comunicação 
atrelada a uma visão de homem e de mundo. Conforme o autor (SARMENTO, 
1994, p. 287): 
[...] a entrevista é sempre uma relação face-a-face entre duas ou mais pessoas, 
sendo que a diferenciação em seu uso é dada pela maneira e a intenção de quem a 
pratica, mas reconhecendo que é uma relação de distância e envolvimento, conhe-
cimento e ação, pensamento e realidade, interação e conflito, mudar e ser mudado. 
Segundo Lewgoy e Silveira (2007), é por meio da entrevista que os as-
sistentes sociais conseguem apreender as relações e as interações que se 
estabelecem entre a realidade e os sujeitos, individuais ou coletivos. As autoras 
citam Medina (2002) e resumem sua reflexão de que a entrevista consiste em:
Entrevista: seus diferentes tipos e usos específicos2
um momento épico, único e especial, de encontro entre sujeitos, no qual se faz 
presente o embate democrático e saudável de ideias, trajetórias e singularidades. 
Se de fato vivida, e não apenas cumprida, pode se transformar em um intenso 
momento de proliferaçãode análises, reflexões e experiências de vida, do qual 
tanto entrevistado quanto entrevistador sairão transformados pelo intercâmbio, 
pelos embates e interfaces ocorridos. (LEWGOY, SILVEIRA, 2007, p. 235) 
A entrevista no Serviço Social se constitui, então, como um processo de 
diálogo entre o assistente social e os usuários, com o objetivo de intervir na 
realidade social. Esse diálogo busca conhecer a realidade social, econômica, 
cultural e política em que o sujeito está inserido e que recai direta ou indi-
retamente sobre as suas demandas. É a partir da fala do usuário que o assis-
tente social consegue identificar as questões que permeiam a sua realidade, 
utilizando-se da mediação como um referencial teórico para sua intervenção.
A entrevista é conhecida como um instrumento direto, pois proporciona 
uma interação face a face, abrangendo a linguagem gestual, o diálogo e a 
entonação. Ela pode se dar de duas formas: individual ou coletivamente. 
Antes de utilizar esse instrumento, o assistente social precisa estar prepa-
rado e decidir qual será o tipo de entrevista a ser realizada, fazendo uma 
reflexão acerca dos objetivos específicos que ele espera alcançar. Dentre os 
tipos de entrevistas que podem ser utilizadas pelo assistente social, estão a 
entrevista estruturada ou dirigida, a entrevista não estruturada e a entrevista 
semiestruturada ou semidirigida.
Entrevista estruturada: de acordo com Lavoratti e Costa (2016), em geral, 
esse tipo de entrevista tem como objetivo traçar o perfil socioeconômico dos 
usuários, abrangendo também outras características exigidas como critérios 
de inclusão em programas sociais, tendo como base um roteiro pré-elaborado 
de perguntas. Trata-se de um método que garante a obtenção de respostas com 
rapidez e objetividade para a realização de levantamentos sociais. No entanto, 
dependendo do questionário aplicado, essa objetividade pode mascarar ele-
mentos importantes para o trabalho do assistente social, como os sentimentos 
e as motivações que ocasionaram a realização da entrevista, dificultando a 
análise dos dados com precisão. 
Entrevista não estruturada: segundo Kisnerman (1978, p. 27 apud LA-
VORATTI; COSTA, 2016, p. 89), nesse tipo de entrevista, as perguntas devem 
ser formuladas sem que haja a introdução das respostas, permitindo assim 
“qualificar dados com o entrevistado, capacitar, avaliar, orientar, informar, 
reforçar a autoestima e gerar participação”. Nesse tipo de entrevista, o entre-
vistador pode explorar mais amplamente uma questão, visando a obter dados 
relevantes quanto à intervenção profissional. 
3Entrevista: seus diferentes tipos e usos específicos
Entrevista semiestruturada: são elaboradas perguntas abertas e fechadas. 
A entrevista aberta semiestruturada é a mais utilizada por favorecer uma 
maior interação entre entrevistador e entrevistado, justamente por não se 
restringir apenas ao tema questionado. Possui questões norteadoras e objeti-
vos preestabelecidos, abrindo caminho para que outros aspectos possam ser 
trabalhados. As perguntas fechadas podem envolver, por exemplo, perguntas 
sobre profissão, idade e outras em que o sujeito pode responder “sim” ou 
“não”; já as perguntas abertas são mais descritivas. Lewgoy e Silveira (2007) 
trazem o seguinte exemplo de pergunta fechada: “Em que tu trabalhas?”. Para 
conhecer mais a fundo o indivíduo, pode-se perguntar: “Tu podes me contar 
como é um dia de trabalho?”. As perguntas abertas trazem a possibilidade 
de obter dados com mais conteúdo e, ao mesmo tempo, facilitam o processo 
para uma boa relação.
De acordo com Lewgoy e Silveira (2007), de uma forma geral, as entrevis-
tas seguem algumas etapas básicas — planejamento, execução e registro da 
entrevista —, além de técnicas que são selecionadas de acordo com o momento 
ou a finalidade da entrevista. 
Técnicas de entrevista
Refl etir sobre a entrevista e suas técnicas é falar sobre o processo de trabalho, 
direcionando-o, então, para a dimensão de produção de serviços; como tal, 
expressa a necessidade de cumprir uma fi nalidade útil. No entanto, trata-se 
de serviços produzidos pelo encontro entre quem produz e quem recebe, ou 
seja, a produção é singular e se dá no próprio ato. 
Nesse sentido, a entrevista pode ser considerada, de acordo com Sousa 
(2008, p. 126), como um “processo de comunicação direta entre o Assistente 
Social e um usuário (entrevista individual), ou mais de um (entrevista grupal)”. 
Porém, é diferente de um diálogo comum, pois essa relação se constitui por 
sujeitos — assistente social e usuário — que buscam atingir objetivos com a 
realização da entrevista. O entrevistador, cujo papel cabe ao assistente social, 
define a tarefa de conduzir o diálogo, direcionando-o para os objetivos que se 
pretende alcançar, conforme aponta Sousa (2008). Esse instrumento também 
pode ser utilizado pelo assistente social para entrevistar a instituição ou outros 
profissionais, para a realização de estudos sociais, conforme aponta Pitarelo 
(2000). Em todas essas situações, a entrevista traz um aprofundamento do 
conhecimento da realidade social, a troca entre sujeitos e a possibilidade de 
intervenção sobre a realidade, além de uma reflexão sobre a situação. 
Entrevista: seus diferentes tipos e usos específicos4
Como já foi observado, a entrevista tem suas etapas, que consistem em 
estratégias para sua condução. Porém, é necessário atentar-se que não se 
propõe um modelo fechado — deve ser reconhecida a particularidade de cada 
situação em que o indivíduo está inserido e sua complexidade na totalidade, 
bem como as próprias intenções profissionais. Além das etapas, tem-se as 
técnicas, que se configuram como facilitadoras no desenvolvimento da ati-
vidade produtiva/criativa.
Cabe entender, então, o que é técnica. A técnica, conforme Bouças (2011), 
consiste na forma como o profissional operacionaliza o instrumento; ou seja, 
trata-se da habilidade necessária para a utilização do instrumento, visando 
a alcançar, com eficácia, os objetivos pretendidos com ele. Ainda conforme 
Bouças (2011), citando Cassab (1995), a técnica é “o agir instrumental não 
dissociado da intencionalidade do profissional”. A autora afirma que a técnica 
pode ser desenvolvida no processo de trabalho por meio da “capacidade teleo-
lógica do ser social em antever o que deseja alcançar” (BOUÇAS, 2011, p. 44); 
ela afirma, ainda, que essa habilidade “pode ser adquirida e desenvolvida em 
processos de capacitação continuada”. Citando Guerra (2000), Bouças afirma 
que, ao optar por um meio para se atingir determinado objetivo, desenvolve-
-se o potencial de fazer escolhas eficientes, aprimorando as habilidades já 
adquiridas e desenvolvendo novas.
O profissional utiliza-se de um conjunto de técnicas que serão selecio-
nadas de acordo com o momento ou a finalidade da entrevista. As técnicas 
utilizadas na entrevista são o acolhimento, o questionamento, a clarificação, 
a reflexão, a exploração e o aprofundamento, o silêncio sensível, a apro-
priação do conhecimento e a síntese integrativa. Vejamos mais a respeito 
delas no Quadro 1.
(Continua)
Acolhimento
Diz respeito ao momento em que as partes se apresentam 
uma à outra. Ambas devem se usar de clareza, preservando 
a cordialidade e as regras de educação. O entrevistado diz 
o que o trouxe e o assistente social, por sua vez, explica 
qual é o seu objetivo. O entrevistado deve, nesse mo-
mento do acolhimento, ser informado sobre as etapas da 
entrevista, sobre a sua duração, sobre o preenchimento de 
formulários de identificação e sobre o registro da evolução 
da entrevista. Assim, o acolhimento é uma sequência de 
atos com vistas a uma intervenção resolutiva.
Quadro 1. Técnicas da Entrevista
5Entrevista: seus diferentes tipos e usos específicos
(Continuação)
(Continua)
Questionamento
Deriva tanto dos dados que o indivíduo informa como 
do conhecimento do assistente social sobre o conteúdo 
que está em pauta. O questionamento tem de ir ao 
encontro da finalidade da entrevista,o que exige do 
assistente social estudo e conhecimento, bem como 
as habilidades de saber perguntar e responder. Assim, 
é importante aprender a técnica do questionamento. 
Essa técnica é usualmente mais usada nas entrevistas 
iniciais, visando à coleta de dados. As perguntas devem 
ser feitas de forma clara e precisa, para que as respostas 
também sejam assim.
Reflexão
Requer que o entrevistador tenha a habilidade de abrir 
caminhos para que o indivíduo possa, por meio da fala, 
examinar, revelar e reproduzir material de cunho cognitivo 
ou emocional com intenso significado. Assim, pode pro-
vocar a reflexão, ou fazer com que o entrevistado compre-
enda melhor os acontecimentos, o contexto no qual está 
inserido e seu papel nesse contexto, e, consequentemente, 
possa promover as mudanças em sua realidade. 
Clarificação
Geralmente, é feita pela utilização de alguma das outras 
técnicas. Tem o propósito de auxiliar a pessoa a compre-
ender o que é dito na entrevista.
Exploração ou 
aprofundamento
É uma técnica pela qual o assistente social procura in-
vestigar áreas da vida do usuário que requerem ser exa-
minadas mais profundamente. Para atingir essas áreas, 
o assistente social deve promover uma margem de 
segurança ao entrevistado, que diz respeito à importân-
cia de explorar assuntos delicados, jamais envolvendo 
necessidades ou curiosidades ligadas ao assistente 
social. Existem assuntos de alçada íntima que podem ser 
irrelevantes para o desenvolvimento e a progressão da 
intervenção; assim sendo, não devem ser explorados.
Silêncio sensível
Remete para as atitudes que revelam mais do que as 
palavras, como: o silêncio da tensão, que é a expressão 
da ansiedade; o silêncio do medo, que revela certo 
tolhimento na pessoa; o silêncio da reflexão, quando a 
pessoa mergulha em um estado de introspeção, que 
pode provocar tristeza; e o silêncio de desinteresse, 
que acontece quando a pessoa se afasta da questão 
em causa.
Quadro 1. Técnicas da Entrevista
Entrevista: seus diferentes tipos e usos específicos6
Ao abordar as técnicas de entrevista, é necessário destacar uma questão 
intrínseca à entrevista, sem a qual ela não cumpre sua finalidade: a capacidade 
de escuta. Assim, o profissional deve ter uma atenção desmedida, devendo 
escutar não só o que o entrevistado diz, mas também aquilo que ele não diz, 
estando atento, tendo cautela e percebendo as subjetividades, seja pelos gestos, 
pelas atitudes, entre outros comportamentos.
Relevância da entrevista
O Serviço Social brasileiro trabalha com a entrevista desde a sua origem 
como profi ssão. Inicialmente, no serviço social de caso, a entrevista tinha 
como objetivo dar resolutividade às demandas trazidas pelos usuários. 
Focava-se, muitas vezes, em fatos isolados, sem uma avaliação crítica da 
complexidade da situação demandada e da inter-relação entre os problemas 
apresentados pela totalidade da realidade social. O serviço social de caso, 
juntamente com o serviço social de grupo e de comunidade, formava a 
metodologia do Serviço Social tradicional brasileiro, que recebeu fortes 
infl uências norte-americanas nas décadas de 1940 e 1950. No que se refere 
ao serviço social de caso, este tinha seus fundamentos na psicologia, na 
(Continuação)
Apropriação do 
conhecimento
Diz respeito ao conhecimento detido pelo assistente 
social e a como ele pode contribuir para que a situação 
problemática possa ser usada como instrumento de 
investigação, indagação e reflexão, no sentido de poder 
contribuir para um novo e melhor conhecimento e, 
assim, ajudar a promover novas perspectivas, derrubando 
afirmações e crenças negativas.
Síntese 
integradora
Corresponde ao momento de encerramento da entrevista 
e consiste em fazer uma reunião das questões tratadas. 
Uma das suas funções é fazer sobressair um denominador 
comum entre as inúmeras comunicações concretizadas 
durante a entrevista. A síntese também é uma forma de reto-
mar o fio de prumo da entrevista, isto é, permite a retomada 
e o alinhamento dos objetivos da entrevista, elaborando as 
hipóteses possíveis, no sentido de se encontrar as estratégias 
mais favoráveis e que levem às respostas esperadas.
Fonte: Lewis (1997).
Quadro 1. Técnicas da Entrevista
7Entrevista: seus diferentes tipos e usos específicos
psiquiatria e na sociologia positivista e baseava sua atuação em instrumentos 
de abordagem individual, com vistas ao ajustamento do “cliente” ao seu 
meio social. Segundo Pires (2007):
[...] o instrumental passível de utilização pelo assistente social seria para a 
operação de Estudo, entrevista [...], visitas domiciliares, observação e infor-
mações de colaterais via entrevista e exames ou testes [...]. Os dados coletados 
através desses instrumentos seriam aqueles utilizados para a elaboração do 
Diagnóstico [...] o Tratamento Social que poderia ser Direto ou Indireto. Para 
o Tratamento Direto lista a entrevista e maior apelo a técnicas psicológicas 
(como apoio e esclarecimento, por exemplo) e, para o Indireto, a prestação 
de serviços concretos (utilizando-se principalmente de entrevistas e encami-
nhamentos) e modificação de ambiente.
A constatação da importância da entrevista no Serviço Social advém, então, do 
início da profissão, que ficou marcado pela publicação da obra Diagnóstico Social, 
de autoria de Mary Richmond. nessa época, referia-se à entrevista inicial como 
uma “conversa inicial”. A entrevista possibilitava a elaboração do diagnóstico 
social. A autora trazia a ideia de que, na primeira entrevista, fossem observados 
os seus objetivos e lembrava que, naquele momento, a assistente social deveria ser 
“delicada”, “paciente” e escutar amplamente o “necessitado”. Outra importante 
reflexão foi a da autora Anette Garret (1988), que definia entrevista como uma 
“conversa profissional”, por envolver a comunicação entre duas pessoas.
Trindade (2001) resgata como os instrumentos foram utilizados historica-
mente no Brasil e aponta que, no processo de reprodução social, a profissão 
atuava junto à classe trabalhadora, na orientação moral e social das famílias 
dos operários. Para tal, utilizava-se de instrumentos, e um deles era a entre-
vista com os membros da família, possibilitando a investigação sobre as reais 
condições das famílias operárias. Porém, tinha viés fiscalizador e repressor 
daquilo que fugisse da moral e dos costumes dominantes.
Os primeiros passos para a constituição da profissão no Brasil foram 
marcados por um contexto histórico de enfrentamento político entre instâncias 
de poder, e a ação profissional era caracterizada pela filosofia cristã. A partir 
da metade dos anos 1960, o Serviço Social obteve um significativo desenvol-
vimento em termos de instrumentos e técnicas utilizados pela profissão sob 
a égide da ideologia desenvolvimentista. Isso se deu no contexto histórico-
-político que permeava o país nesse período, implicando mudanças efetivas no 
discurso, nas formas de intervenção e no projeto profissional da categoria. Esse 
processo, que se estendeu até a década de 1970, foi um movimento histórico, 
denominado de movimento de reconceituação e caracterizado por uma crise 
Entrevista: seus diferentes tipos e usos específicos8
do paradigma tradicional na profissão, sendo o primeiro passo para romper 
com o Serviço Social tradicional. 
O Serviço Social se aproximou da perspectiva desenvolvimentista a partir 
da década de 1960 e passou a criticar sua tradicional submissão, visando a 
um novo padrão cultural e teórico, diante do cenário de pauperização e as 
efervescências que vinham ocorrendo no país, com mobilizações populares, 
inclusive vindas da Igreja Católica.
Com toda a mudança política e econômica que ocorria na época após 1964, 
a categoria profissional buscou novas concepções teóricas, metodológicas e 
técnicas. O Serviço Social nesse período se aproximou da tradição marxista 
para explicar a dinâmica da sociedade e fundamentar seu trabalho profissional 
em prol da transformação social.
A fenomenologia tambémfoi um referencial teórico do qual o Serviço 
Social se aproximou. Essa concepção teórica ficou evidenciada nos instru-
mentos utilizados pelos profissionais, principalmente na sua relação com a 
população atendida. A entrevista foi uns dos instrumentos mais utilizados, 
porém, com uma perspectiva de viabilização de diálogo. Esse diálogo seria a 
aproximação com o “cliente”, e, nesse momento, o assistente social seria um 
mentor no processo pelo qual o próprio “cliente” promoveria sua transformação. 
A fenomenologia propunha a transformação no âmbito da individualidade, 
conforme leciona Trindade (2001). Essa intenção de ruptura com o Serviço 
Social tradicional se caracterizava por um viés funcionalista e tecnicista, 
considerando que o desenvolvimento de técnicas era suficiente para o bom 
trabalho profissional.
O desenvolvimento do instrumental enquanto técnica de intervenção que 
contemple uma melhor compreensão e análise da sociedade, associado com uma 
perspectiva em que a teoria não está desconexa da prática, deu-se a partir dos 
anos 1980. Esse instrumental técnico da profissão é resultado do aprofundamento 
do conhecimento teórico com o desenvolvimento de práticas de intervenção.
A partir da década de 1990, outras mudanças aconteceram; assim, após 
um longo processo histórico e vários enfrentamentos políticos e ideológicos, o 
Serviço Social contemporâneo tomou como referencial teórico o materialismo 
histórico dialético de Marx. Este defende valores e princípios que evidenciam a 
emancipação dos sujeitos, a democratização das relações societárias, a defesa da 
ampliação da cidadania, bem como a sua consolidação na sociedade enquanto 
reconhecimento dos direitos civis, políticos e sociais. Defende também a luta 
pela democracia em prol da ampliação da participação política e da riqueza 
socialmente produzida, a liberdade como princípio ético central, a defesa 
dos direitos humanos e a recusa do arbítrio e do autoritarismo, com a busca 
9Entrevista: seus diferentes tipos e usos específicos
constante da equidade e da justiça social, entre outros elementos (CONSELHO 
FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 1993).
O assistente social, nessa nova perspectiva, é compreendido como técnico, 
que analisa criticamente a realidade na qual está atuando, considerando os 
aspectos socioeconômicos e políticos da sociedade do momento histórico que 
está inserido e os rebatimentos disso na particularidade das localidades e nas 
singularidades dos sujeitos, para assim propor intervenções. Essa intervenção 
junto aos sujeitos deve ser pautada por uma relação respeitosa aos anseios e às 
decisões dos mesmos e visa à transformação objetiva da realidade, na perspectiva 
de mudança e resistência ao movimento contraditório da sociedade capitalista.
Sendo assim, entende-se que a definição do conceito de entrevista no Serviço 
Social passou por algumas alterações, de acordo com a trajetória histórica da 
profissão, que culminou em uma mudança nas abordagens teórico-metodológica, 
técnico-operativa e ético-política da profissão. A entrevista pode, então, ser consi-
derada “uma atividade profissional com objetivos a serem alcançados, que coloca 
frente a frente uma ou mais pessoas que estabelecem uma relação profissional, 
através de suas histórias”, conforme lecionam Lewgoy e Silveira (2007, p. 235). 
BOUÇAS, K. F. A entrevista no processo de trabalho do assistente social: uma análise crítica 
da utilização deste instrumento na equipe de Serviço Social do CEMEAES – Macaé, RJ. 
2011. 80 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Serviço Social) – Universidade 
Federal Fluminense. Polo Universitário de Rio das Ostras, Rio das Ostras, 2011.
CARDOSO, M. F. M. Reflexões sobre instrumentais em Serviço Social. São Paulo: LCTE, 2008.
COSTA, C. Os instrumentos técnicos operativos do Serviço Social: aula 9.  2017. 
Disponível em: <https://www.enfconcursos.com/uploads/cursos/2017/03/
cursos_148984980158cd4dc988502.pdf>. Acesso em: 4 nov. 2018.
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS). Resolução CFESS nº 273 de 13/03/1993. 
Institui o Código de Ética Proffissional dos (as) Assistentes Sociais e dá outras providências. 
Brasília, DF, 1993. Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=95580>. 
Acesso em: 18 dez. 2018.
GARRET, A. Entrevista: seus princípios e métodos. Tradução de Maria Mesquita Sampaio 
et al. 9. ed. Rio de Janeiro: Agir. 1988.
GIL, A. C. Métodos e técnicas da pesquisa social. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1989. 
GUERRA, Y. Instrumentalidade do processo de trabalho e serviço social. Serviço Social 
e Sociedade. São Paulo, n. 62, 2000.
Entrevista: seus diferentes tipos e usos específicos10
LAVORATTI, C.; COSTA, D. (Org.). Instrumentos técnico-operativos no Serviço Social: um 
debate necessário. Ponta Grossa: Estúdio Texto, 2016. p. 261. 
LEWGOY, A. M. B.; SILVEIRA, E. M. C. A entrevista nos processos de trabalho do assis-
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Veras; Lisboa: CPIHTS, 2003.
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RICHMOND, M. E. Diagnóstico social. Lisboa: Fundação Russell Sage, 1950.
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Leituras recomendadas
BARROCO, M. L. S. Ética e Serviço Social: fundamentos ontológicos. 4. ed. São Paulo: 
Cortez, 2006.
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GIL, A. C. Entrevista. In: GIL, A. C. Métodos e técnicas da pesquisa social. 5. ed. São Paulo: 
Atlas, 1999. 
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Capacitação em Serviço Social e Política Social. Módulo 4. Brasília: CEAD/UNB, 2000.
GUERRA, Y. Na prática a teoria é outra? In: FORTI, V.; GUERRA, Y. (Org.) Serviço Social: temas, 
textos e contextos. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. (Coletânea nova de Serviço Social).
LEWGOY, A. M. B. Subsídios para reflexão: a instrumentalidade em Serviço Social. Porto 
Alegre, PUCRS, 2002. Faculdade de Serviço Social. Material didático.
11Entrevista: seus diferentes tipos e usos específicos
Conteúdo:
Dica do professor
Ao realizar uma entrevista, parte-se de um objetivo profissional e se almeja uma finalidade. Sempre 
que possível, o primeiro passo para desenvolvê-la é munir-se das informações referentes à situação 
a ser estudada, para obter elementos que possibilitem o avanço do diálogo, evitando que o usuário 
seja obrigado a repetir informações. 
A entrevista, então, como outros instrumentos, tem um conjunto de etapas para o seu 
desenvolvimento.
Nesta Dica do Professor, você conhecerá quais são essas etapas.
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1) A técnica que requer que o entrevistador tenha habilidade de abrir caminhos para que o 
indivíduo possa, por meio da fala, examinar, revelar e reproduzir material de cunho cognitivo 
ou emocional com intenso significado é denominada de:
A) registro da entrevista.
B) planejamento.
C) clarificação.
D) síntese integradora.
E) reflexão.
2) Uma das modalidades mais utilizadas pelo serviço social para a apreensão da realidade na 
qual se inscreve a população atendida nos diferentes estabelecimentos que implementam 
políticas sociais são as entrevistas. Embora possa ser utilizada a partir de diferentes aportes 
teórico-metodológicos, a entrevista consiste em um dos instrumentos da intervenção 
profissional que muitas vezes segue padrões previamente definidos pelas instituições 
contratantes e pelos programas sociais, mas ainda assim depende da autonomia técnica do 
serviço social.
Em relação à condução da entrevista por parte do assistente social, assinale a afirmativa 
correta.
A) Depende da autonomia técnica do serviço social mesmo contemplando requisições 
institucionais.
B) A razão instrumental que a orienta só pode ser pensada sob o ponto de vista institucional.
C) Deixa de ser instrumental do assistente social sempre que requisitada institucionalmente. 
D) Trata-se de um instrumental apenas investigativo e não interventivo.
E) Não depende da autonomia técnica do serviço social.
3) 
Para atingir os objetivos a que se propõe, a entrevista envolve técnicas e habilidades, 
possuindo etapas importantes. A primeira etapa é o planejamento, a segunda é a execução e 
a terceira é o registro.
Marque a alternativa relacionada à primeira etapa da entrevista.
A) Fundamenta-se no direito de o entrevistado ter o seu atendimento registado, assim como lhe 
é reservado o direito de consultar o registo que lhe diz respeito.
B) Constitui-se por meio de variados recursos que vão formando diferentes momentos, que 
podem ser entendidos como: coleta de dados ou focalização, contrato, síntese e avaliação.
C) Pode ser elaborado durante ou imediatamente após o atendimento, para que não sumam os 
aspectos que dizem respeito à profundidade do relato das situações.
D) Não é importante que o assistente social se organize, considerando a ação sustentada pelos 
eixos teórico, técnico e ético-político.
E) Diz respeito à organização e ao estabelecimento de diretrizes que conduzem a entrevista.
4) Segundo Lewgoy (2007, p. 239), “o assistente social utiliza um conjunto de técnicas que 
serão selecionadas de acordo com o momento ou finalidade da entrevista, mas nenhuma 
técnica é empregada excluindo as demais. O que se modifica é a intensidade e a frequência, 
de acordo com a etapa do desenvolvimento da entrevista”.
Constituem-se técnicas da entrevista:
A) acolhimento, planejamento e clarificação.
B) acolhimento, reflexão e silêncio sensível.
C) acolhimento, exploração e aprofundamento e registro.
D) acolhimento, síntese integrativa e execução.
E) acolhimento, planejamento e registro.
5) A entrevista é um dos instrumentos tradicionalmente utilizados pelo assistente 
social. Dentre os tipos de entrevista que podem ser utilizados pelo assistente social, existe a 
entrevista estruturada ou dirigida, a entrevista não estruturada e a entrevista 
semiestruturada ou semidirigida.
Qual das opções abaixo pode definir a entrevista semiestruturada?
A) Esse tipo de entrevista geralmente tem por objetivo traçar o perfil socioeconômico dos 
usuários, além de outras características exigidas como critérios de inclusão em programas 
sociais.
B) Nessa entrevista tem-se um roteiro previamente elaborado; o entrevistador formula as 
perguntas conforme a ordem estabelecida.
C) Nesse tipo de entrevista, o entrevistador pode explorar mais amplamente uma questão. Visa 
obter dados relevantes quanto à intervenção profissional.
D) São elaboradas perguntas abertas e fechadas. 
E) Restringe-se apenas ao tema questionado, não possui questões norteadoras e objetivos 
preestabelecidos.
Na prática
Como profissão legalmente reconhecida e legitimada, o serviço social tem profissionais capacitados 
para trabalhar com a questão social e suas várias expressões. A atuação do serviço social na 
penitenciária tem como principal objetivo propiciar atendimento direto ou indireto, além de 
proporcionar espaços de socialização e possibilidades de convívio social aos internos do sistema 
prisional, sempre pautada em posturas éticas e comprometidas com o desenvolvimento da 
cidadania como direito de todos.
Sendo assim, veja Na Prática a ação de um assistente social na penitenciária.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Entrevista em serviço social: Uma rediscussão crítica do 
instrumento técnico-operativo
A entrevista compreendida como instrumento mediador no processo do conhecimento, possibilita 
que o assistente social se aproxime da realidade de sua demanda. Leia mais no artigo a seguir.
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A entrevista inicial no processo de trabalho do assistente social 
na penitenciária estadual de Florianópolis
O artigo tem como objetivo analisar a importância da entrevista do serviço social dentro da 
Penitenciária Estadual de Florianópolis.
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A Instrumentalidade na prática do Assistente Social
Vejamos agora quais são os principais instrumentos que caracterizam a prática do exercício 
profissional. Para tanto, o assunto será abordado em duas etapas: instrumentos diretos e 
instrumentos indiretos. Leia o tópico sobre entrevistas.
http://repositorio.ufpa.br/jspui/bitstream/2011/6243/1/Dissertacao_EntrevistaServicoSocial.pdf
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/156674/TCC%20CAROL%20-%20vers%C3%A3o%20final%20corrigido%20%281%29.pdf?sequence=1&isAllowed=y
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https://www.gesuas.com.br/blog/a-instrumentalidade/

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