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Abordagens do Serviço Social

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Abordagens
APRESENTAÇÃO
Registram-se, no exercício profissional do assistente social, diversas possibilidades de aproxima
ção com seus usuários, o que se denomina de abordagem. No cotidiano profissional, as abordage
ns se manifestam por meio de atendimentos individuais, grupais ou coletivos, familiares, etc. De
pendendo da finalidade e do contexto, o profissional pode optar por um ou outro tipo.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai analisar a relevância da instrumentalidade para a prof
issão e os elementos técnico-operativo, teórico-metodológico e ético-político constitutivos da pr
ática profissional.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer a importância da instrumentalidade para o Serviço Social.•
Analisar a instrumentalidade do Serviço Social a partir da construção do seu arcabouço teó
rico-metodológico, ético-político e técnico-operativo.
•
Descrever as abordagens do Serviço Social no mundo do trabalho em um contexto capitali
sta.
•
DESAFIO
O Serviço Social pode realizar diversos tipos de abordagens, dependendo de seus objetivos e do
s recursos disponíveis, de forma individual, grupal ou coletiva, familiar, etc. Entre as atribuições 
do assistente social está, também, a busca ativa do usuário faltoso no atendimento. Ou seja, ao p
rofissional compete localizar o usuário, entender os motivos que o levam a interromper o tratam
ento e mobilizar meios para que retorne.
Imagine que você é assistente social de um Centro de Referência para o tratamento de hansenías
e, doença de notificação compulsória à autoridade competente, que pode ser transmitida pelo ar 
caso a pessoa acometida não faça o tratamento adequado.
Pensando nas abordagens possíveis de serem utilizadas pelo assistente social, crie uma proposta 
para o atendimento a esses usuários, com foco na orientação sobre a importância da adesão ao tr
atamento para assegurar o mínimo de faltas possíveis.
INFOGRÁFICO
Independente do tipo de abordagem escolhido, o assistente social deve considerar que a realidad
e social não é estática. Sendo assim, não se deve limitar a prática profissional às abordagens que 
consideram as necessidades sociais como problemas individuais. Isso porque as situações vivenc
iadas pelos usuários têm uma raiz histórica comum, marcada pela desigualdade de classe e suas i
mplicações, que se manifesta na ausência e na precariedade de vários direitos, como saúde, empr
ego, moradia, educação, transporte, etc.
Confira no Infográfico um pouco mais sobre a abordagem em Serviço Social. 
CONTEÚDO DO LIVRO
As abordagens são importantes formas de aproximação do assistente social com o usuário dos se
rviços, que permitem o uso de uma diversidade de técnicas e instrumentos para alcançar o objeti
vo profissional. Nessa mesma perspectiva, a instrumentalidade se faz presente enquanto capacid
ade que a profissão tem para alcançar suas finalidades, o que a torna de fundamental importânci
a.
No capítulo Abordagens, da obra Estratégias e técnicas em Serviço Social II, base teórica desta 
Unidade de Aprendizagem, você vai compreender a importância da instrumentalidade para o Ser
viço Social e vai poder analisar a instrumentalidade a partir do referencial teórico-metodológico, 
ético-político e técnico-operativo. Saberá, ainda, quais as abordagens do Serviço Social no mun
do do trabalho em um contexto capitalista.
ESTRATÉGIAS E 
TÉCNICAS EM 
SERVIÇO SOCIAL II
Daniella Tech Doreto
Abordagens
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer a importância da instrumentalidade para o Serviço Social.
  Analisar a instrumentalidade do Serviço Social a partir da constru-
ção dos seus arcabouços teórico-metodológico, ético-político e 
técnico-operativo.
  Descrever as abordagens do Serviço Social no mundo do trabalho 
em um contexto capitalista. 
Introdução
A instrumentalidade pode ser entendida como uma capacidade que vai 
sendo construída na medida em que se concretizam objetivos. Trata-se 
de um elemento essencial para o Serviço Social na sua perspectiva de 
efetivação dos direitos dos usuários e reconhecimento social da profissão. 
Ela se constrói a partir de referenciais teórico-metodológico, ético-político 
e técnico-operativo, que se articulam na concretização dos objetivos 
profissionais. No que se refere ao Serviço Social, é importante destacarmos 
ainda as diversas possibilidades de abordagens que se materializam na 
prática profissional e que dão intencionalidade para a ação profissional.
Neste capítulo, serão oferecidos a você os elementos mais importantes 
para que compreenda a importância da instrumentalidade para o Serviço 
Social, bem como para que analise a instrumentalidade a partir dos refe-
renciais teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo. Serão, 
ainda, descritas as abordagens do Serviço Social no mundo do trabalho 
em um contexto capitalista, uma vez que, no cotidiano de trabalho, 
o assistente social possui o desafio de decifrar e interpretar as lógicas 
desse sistema, principalmente no que se refere às mudanças ocorridas 
no mundo do trabalho. 
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A importância da instrumentalidade para 
o Serviço Social
Para iniciar nossas considerações sobre a importância que a instrumentalidade 
possui para o Serviço Social, precisamos relembrar alguns aspectos relevantes 
sobre esse tema. De acordo com as considerações feitas por Guerra (2007, 
documento on-line), a instrumentalidade se constitui em “[...] uma propriedade 
e/ou capacidade que a profi ssão vai adquirindo na medida em que concretiza 
objetivos. Ela possibilita que os profi ssionais objetivem sua intencionalidade em 
respostas profi ssionais [...]”. A autora nos mostra, ainda, que essa capacidade 
se adquire por meio do exercício profi ssional, possibilitando que os assistentes 
sociais transformem as condições existentes em uma determinada realidade 
cotidiana, sejam elas objetivas, subjetivas ou interpessoais. Nesta perspectiva, 
Guerra (2007, documento on-line) conclui que:
Ao alterarem o cotidiano profissional e o cotidiano das classes sociais que 
demandam a sua intervenção, modificando as condições, os meios e os ins-
trumentos existentes, e os convertendo em condições, meios e instrumentos 
para o alcance dos objetivos profissionais, os assistentes sociais estão dando 
instrumentalidade às suas ações. 
Como pode ser observado, a prática profissional é dotada de instrumentali-
dade quando os assistentes sociais conseguem recriar, modificar ou encontrar 
estratégias para transformar o que está posto na sua realidade para atingir seus 
objetivos profissionais. Assim, Guerra (2007, documento on-line) destaca que a 
instrumentalidade “[...] é condição necessária de todo trabalho social enquanto 
categoria constitutiva, um modo de ser, de todo trabalho [...]”. 
Com base no resgate de alguns aspectos que envolvem a instrumentalidade, 
refletiremos a partir de agora sobre a sua importância para o Serviço Social. 
Partiremos do pressuposto de que a instrumentalidade é condição essencial 
para a atuação do assistente social. Isso fica claro se pensarmos no exercício 
profissional relacionado às políticas sociais, conforme evidenciado por Guerra 
(2007). Segundo ela, dada as configurações e a natureza das políticas sociais, 
estas se apresentam como espaços de intervenção que imprimem certas “[...] 
formas, conteúdos e dinâmicas ao exercício profissional [...]” (GUERRA, 2007, 
documento on-line), pois, no contexto em que vivemos, as políticas sociais são 
mais focalizadas, fragmentadas, restritivas, com caráter compensatório e como 
se não tivessem relação alguma com o contexto social, econômico e político 
vigente. As características citadas podem influenciar o desenvolvimento do 
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exercício profissional, limitando-o a uma ação mais fragmentada, pontuale 
restritiva. Assim, ainda segundo Guerra (2007), a instrumentalidade na ação 
profissional é um elemento essencial, sem o qual o profissional não terá con-
dições de analisar a realidade imposta em seu cotidiano, nem de modifica-la, 
e tampouco terá condições de atribuir sentido à sua ação, de forma a atingir 
os seus objetivos profissionais. Nessa mesma perspectiva, Sousa (2008) coloca 
que a instrumentalidade é elemento essencial para o Serviço Social, consi-
derando ser esta uma profissão eminentemente interventiva, que tem como 
objetivo produzir mudanças na vida de seus usuários. Cabe destacar ainda que 
a instrumentalidade não se refere a um conjunto de instrumentos dos quais 
o profissional lança mão para a sua intervenção, mas sim a uma capacidade 
para transformar a realidade, ao passo que os instrumentos são os elementos 
necessários para a operacionalização da prática profissional, como entrevistas, 
observação, visita domiciliar, relatório, parecer social.
Iamamoto (2007, p. 1-2) faz a seguinte consideração: “[...] vive-se em uma 
época de regressão de direitos e destruição do legado de conquistas históricas 
dos trabalhadores em nome da defesa, quase religiosa, do mercado e do capital 
[...]”, e complementa ainda, “[...] crescem, com isso, as desigualdades e, com 
elas, o contingente de destituídos de direitos civis, políticos e sociais [...]”. 
Assim, sendo essa realidade ainda atual, o profissional de Serviço Social 
depara-se em seu cotidiano com situações que exigem ir além do imediato, 
na tentativa de ultrapassar os limites impostos pelo contexto social, político e 
econômico na luta pela garantia do direito dos usuários. Com base no exposto, 
podemos dizer que a instrumentalidade mais uma vez se mostra de funda-
mental importância para o Serviço Social, considerando-se a capacidade que 
os profissionais possuem de transformar a realidade posta em seu cotidiano, 
o que pode influenciar a vida dos usuários dessa profissão.
Guerra (2007) menciona também que a instrumentalidade é importante 
para o Serviço Social, pois proporciona o reconhecimento social da profissão. 
Na visão da autora, a profissão possui instrumentalidade, a qual é construída 
e reconstruída pelos profissionais. Sua percepção é de que essa condição é 
inerente ao trabalho, e ocorre, pois, que os indivíduos, ao atenderem suas 
necessidades de sobrevivência, relacionam-se com outros e transformam a 
natureza e a si próprios durante o processo de trabalho. A capacidade que o 
homem utiliza para modificar a natureza, portanto, se expande para as demais 
relações humanas, alcançando o nível da reprodução da vida social. Podemos 
questionar: qual a importância disso? Trata-se do fato de que, ao transformar a 
realidade por meio do trabalho, o assistente social pode encontrar os elementos 
necessários para atingir as suas finalidades na atuação profissional e colaborar 
3Abordagens
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para a efetivação dos direitos de seus usuários. Em outras palavras, podemos 
inferir que o reconhecimento social da profissão é resultado “[...] das respostas 
profissionais frente às demandas das classes [...] dado que por meio dele o 
Serviço Social pode responder às necessidades sociais que se traduzem (por 
meio de muitas mediações) em demandas (antagônicas) advindas do capital 
e do trabalho [...]” (GUERRA, 2007, documento on-line). Ainda segundo a 
autora, isso se deve ao fato de que “[...] as diversas modalidades de intervenção 
profissional têm um caráter instrumental, dado pelas requisições que tanto as 
classes hegemônicas quanto as classes populares lhe fazem [...]” (GUERRA, 
2007, documento on-line). No que se refere às respostas dadas pelo profissional, 
a instrumentalidade se expressa, de acordo com Guerra (2007):
  nas funções e atribuições requisitadas aos assistentes sociais, como, por 
exemplo, executar, planejar, implementar e operacionalizar políticas, 
dentre outras funções; 
  no cotidiano das classes mais vulneráveis, no que se refere às mudanças 
que a prática profissional dos assistentes sociais pode proporcionar;
  no cotidiano dos serviços e dos profissionais “[...] no qual o assistente 
social exerce sua instrumentalidade, o local em que imperam as deman-
das imediatas, e consequentemente, as respostas aos aspectos imediatos, 
que se referem à singularidade do eu, à repetição, à padronização [...]” 
(GUERRA, 2007, documento on-line);
  nas formas de intervenção que surgem em decorrência das demandas 
trazidas pelas classes sociais, e que se apresentam no nível do imediato, 
do fragmentado, manipulatório e que permanece desconectado de uma 
conjuntura ou determinação maior. 
Foi dito que o Serviço Social é uma profissão fundamentalmente interventiva e que se 
utiliza de sua capacidade construída e reconstruída ao longo da história para modificar 
a realidade dos sujeitos com os quais trabalha. No entanto, destaca-se que é comum 
encontrar entre os profissionais duas visões distintas sobre as possibilidades de atuação. 
A primeira delas é a postura fatalista, que contempla análises que naturalizam a vida 
social e consideram poucas possibilidades de realizar uma atuação profissional crítica 
e transformadora. A outra postura é a messiânica, pautada em uma visão heroica 
do Serviço Social, ingênua e que desconsidera o sentido das construções coletivas. 
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Guerra (2007) aponta que a utilidade social de uma profissão é resultado das 
necessidades sociais e, nesse sentido, é importante pensar a instrumentalidade 
como algo que proporciona ao assistente social ir além do que é visível no cotidiano 
e no contexto em que está inserido. Há que se destacar, portanto, que a instru-
mentalidade se relaciona com ir além da especificidade da profissão e requer a 
articulação das dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa. 
O reconhecimento de tais dimensões implica em conceber o Serviço Social como 
totalidade, e a instrumentalidade, como mediação. Isso quer dizer passar de uma 
ação simplesmente instrumental para uma atuação profissional crítica e competente. 
No entanto, o movimento contrário também é possível: “[...] que as referências 
teóricas, explicativas da lógica e da dinâmica da sociedade, possam ser remetidas 
à compreensão das particularidades do exercício profissional e das singularidades 
do cotidiano [...]” (GUERRA, 2007, documento on-line). 
A partir dessas considerações, podemos constatar o quanto a instrumenta-
lidade se faz importante para o exercício profissional do assistente social, seja 
no que se refere à possibilidade de transformar realidades e efetivar direitos, 
seja no reconhecimento social que possibilita à profissão, seja pela presença 
da mediação e a possibilidade do desenvolvimento de uma prática profissional 
crítica e competente. 
Dimensões teórico-metodológica, ético-política 
e técnico-operativa da instrumentalidade do 
Serviço Social 
Após relembrar os principais elementos sobre a instrumentalidade e sua im-
portância para o Serviço Social, faz-se necessário dizer que esta capacidade 
desenvolvida ao longo da profi ssão, no sentido de transformar realidades, não 
acontece de forma isolada, e, para tanto, precisamos inseri-la nas discussões 
sobre as dimensões teórico-metodológicas, ético-política e técnico-operativa, 
as quais contribuem para o entendimento sobre as especifi cidades da instru-
mentalidade na profi ssão. 
O Serviço Social é uma profissão inscrita na divisão social do trabalho, e, 
em sua origem, era apenas a dimensão técnica que assegurava a competência 
e a eficácia do profissional (SOUSA, 2008). Em outras palavras, eram os 
resultados imediatos decorrentes da prática profissional que asseguravam a 
legitimidade e o reconhecimento da profissão. Esta visão unilateral começou 
a ser superada a partir do Movimento de Reconceituação, que tinha, dentre 
outros objetivos, dar um caráter científico para a profissão (SOUSA, 2008).5Abordagens
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Netto (2004 apud SOUSA, 2008, p. 121) aponta que, dentro dessa perspectiva, 
a corrente conhecida por ele como “[...] Intenção de Ruptura [...]” buscava 
romper com as visões conservadoras da profissão, tentando fazer com que 
esta se dedicasse à produção de um conhecimento crítico a respeito da reali-
dade social, para que o Serviço Social “[...] pudesse construir os objetivos e 
(re)construir objetos de sua intervenção, bem como responder às demandas 
sociais colocadas pelo mercado de trabalho e pela realidade. Assim, pôde o 
Serviço Social aprofundar o diálogo crítico e construtivo com diversos ramos 
das chamadas Ciências Humanas e Sociais [...]”. 
Vale destacar que o Movimento de Reconceituação (deflagrado em meados da década de 
60) e a proposta de renovação do Serviço Social brasileiro proporcionaram a base para a 
ruptura da profissão com o tradicionalismo profissional e a sua aproximação com a teoria 
marxista. Além disso, esse contexto favoreceu a reformulação do Código de Ética Profissional 
do Serviço Social (1986), que foi resultado de um processo de mobilização da categoria.
Sousa (2008), ainda se utilizando do conhecimento de Netto, destaca 
também que foi a partir do contexto citado que o Serviço Social entrou no 
período chamado pelos autores de “maturidade acadêmica e profissional”, 
que buscou reunir novos elementos para o status de competência profissional, 
não se limitando mais à dimensão técnica. Assim, são colocadas ao Serviço 
Social três dimensões que devem fazer parte do trabalho do assistente social: 
  ético-política: as discussões iniciadas com o Movimento de Reconceitu-
ação apontavam que o assistente social não poderia ser um profissional 
“neutro” e “apolítico”, pois deveria confirmar o seu compromisso com 
as classes subalternas. Para Sousa (2008, p. 122), o exercício profissional 
do assistente social acontece em meio a relações de poder originárias do 
interior da sociedade capitalista, “[...] relações essas que são contraditó-
rias. Assim, é fundamental que o profissional tenha um posicionamento 
político frente às questões que aparecem na realidade social, para que 
possa ter clareza de qual é a direção social da sua prática [...]”. Dessa 
forma, tanto do ponto de vista ético quanto político, o profissional passa 
a adotar valores éticos e morais que embasam a sua prática e que são 
expressos no Código de Ética Profissional. Em outras palavras, e do 
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ponto de vista da instrumentalidade, podemos dizer que a dimensão 
ético-política se refere aos objetivos e à finalidade das ações baseadas 
em princípios éticos e valores humanos;
  teórico-metodológica: refere-se à qualificação do profissional, a qual 
o possibilita conhecer o contexto social, econômico, político e cultural 
com o qual trabalha. A qualificação teórico-metodológica permite 
que esse conhecimento da realidade não aconteça de forma simplista 
e baseada no senso comum, e sim de forma crítica, possibilitando ao 
assistente social entender a dinâmica da sociedade como algo além dos 
seus elementos aparentes, na busca pela compreensão da essência dos 
fenômenos, com vistas a construir novas possibilidades e estratégias 
profissionais (SOUSA, 2008). Do ponto de vista da instrumentalidade, 
a dimensão teórico-metodológica busca articular meios e instrumentos 
para concretizar os objetivos da ação profissional a partir do conheci-
mento mais aprofundado da realidade;
  técnico-operativa: com base nesta dimensão, propõe-se que o pro-
fissional conheça e se aproprie de um conjunto de técnicas que lhe 
permita desenvolver a prática profissional junto à população usuária e 
à instituição empregadora, assegurando, por meio de uma intervenção 
qualificada, respostas às demandas trazidas pelos empregadores e pela 
população usuária. Para Mioto e Lima (2009), a discussão sobre essa 
dimensão passa pelo reconhecimento da complexidade dos diversos 
espaços socio-ocupacionais nos quais o assistente social transita e pela 
natureza de suas ações nesses diferentes espaços. 
As dimensões citadas não se operacionalizam no cotidiano profissional 
de forma isolada, mas sim articuladas umas às outras. Na verdade, Carvalho 
e Iamamoto (2011) apontam que as três dimensões não podem ser desenvol-
vidas de forma separada, a fim de que o profissional não tenha uma ação 
fragmentada e despolitizada, como acontecia no passado histórico do Serviço 
Social. Nessa perspectiva, Sousa (2008) argumenta que a articulação das três 
dimensões tem sido um desafio para os profissionais e estudantes de Serviço 
Social no que se refere à necessidade da articulação entre teoria e prática, 
pesquisa e ação, ciência e técnica, visto que o contrário pode gerar uma ação 
desqualificada por parte do assistente social e, ainda, infringir os princípios 
éticos que direcionam a atuação profissional. 
Iamamoto (2007, p. 21), em sua análise sobre as dimensões citadas e sua 
relação com a profissão, menciona que o Serviço Social é uma profissão 
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liberal que dispõe de “[...] estatutos legais e éticos que atribuem uma autono-
mia teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa e à condução do 
exercício profissional [...]”. Afirma, ainda, que:
Orientar o trabalho nos rumos aludidos requisita um perfil profissional culto, 
crítico e capaz de formular, recriar e avaliar propostas que apontem para a 
progressiva democratização das relações sociais. Exige-se, para tanto, com-
promisso ético-político com os valores democráticos e competência teórico-
-metodológica na teoria crítica em sua lógica de explicação da vida social. 
Estes elementos, aliados à pesquisa da realidade, possibilitam decifrar as 
situações particulares com que se defronta o assistente social no seu trabalho, 
de modo a conectá-las aos processos sociais macroscópicos que as geram e as 
modificam. Mas, requisita, também, um profissional versado no instrumental 
técnico-operativo, capaz de potencializar as ações nos níveis de assessoria, 
planejamento, negociação, pesquisa e ação direta, estimuladora da partici-
pação dos sujeitos sociais nas decisões que lhes dizem respeito, na defesa de 
seus direitos e no acesso aos meios de exercê-los (IAMAMOTO, 2007, p. 34).
Sousa (2008, p. 122) aponta que o assistente social “[...] ocupa um lugar 
privilegiado no mercado de trabalho: na medida em que ele atua diretamente 
no cotidiano das classes e grupos sociais menos favorecidos, ele tem a real 
possibilidade de produzir um conhecimento sobre essa mesma realidade [...]”. 
O conhecimento produzido é importante, podendo inclusive ser considerado 
como parte fundamental do seu trabalho, pois possibilita ver a real dimensão 
das suas possibilidades de trabalho, o que reforça o que dissemos anteriormente 
sobre a necessidade de articulação das três dimensões estudadas. Destaca-se 
que o Projeto Ético-Político Profissional do Serviço Social expressa as três 
dimensões — ético-político, teórico-metodológica e técnico-operativa — em 
sua essência, englobando tanto a formação quanto a atuação profissional 
(IAMAMOTO, 2007).
Dessa maneira, podemos pensar na capacidade que a profissão possui para 
transformar realidades e concretizar objetivos a partir do amadurecimento 
profissional que ocorreu ao longo do tempo. Destaca-se a passagem do mo-
mento em que a ação profissional era apenas técnica, para o momento em 
que outros elementos — éticos e políticos — passaram a ser incorporados no 
Serviço Social. Considera-se que, a partir desse momento, a profissão adquiriu 
condições de realizar uma prática mais qualificada e com vistas à garantia dos 
direitos dos usuários, pois passou a envolver as três dimensões constitutivas 
pensadas desde a formação profissional. 
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As abordagens do Serviço Social
O assistente social, em seu cotidiano, possui odesafi o de conhecer e interpretar 
as lógicas do capitalismo contemporâneo no que se refere principalmente às 
mudanças que vêm ocorrendo ao longo dos anos no mundo do trabalho e também 
sobre as questões relacionadas com a desestruturação dos sistemas de proteção 
social e políticas sociais em geral (PIANA, 2009). Estes são desafi os impostos 
ao profi ssional de Serviço Social, que realiza suas ações no âmbito das políticas 
socioassistenciais nos setores público e privado. Assim, segundo Piana (2009, p. 
85), o profi ssional de Serviço Social “[...] desenvolve atividades na abordagem 
direta da população que procura as instituições e o trabalho do profi ssional e 
por meio da pesquisa, da administração, do planejamento, da supervisão, da 
consultoria, da gestão de políticas, de programas e de serviços sociais [...]”.
Em linhas gerais, podemos pensar a abordagem como uma aproximação 
possível de existir entre pessoas ou coisas. No Serviço Social, podemos falar 
em vários tipos de abordagem presentes no desenvolvimento do exercício 
profissional, como, por exemplo, abordagens individual, grupal, com famí-
lias, dentre outras. A abordagem individual, por exemplo, é uma modalidade 
de intervenção que está presente em uma profissão com caráter educativo, 
como o Serviço Social. Ela é utilizada em atendimentos em todas as áreas 
em que está inserido o assistente social. Por meio da abordagem individual, 
o profissional pode se utilizar de instrumentos como entrevistas e até mesmo 
visitas domiciliares. Esse tipo de abordagem permite ao profissional realizar 
a avaliação social, momento em que são obtidas informações relevantes para 
subsidiar decisões e implementar as estratégias de ação, uma vez que é por 
meio da avaliação social que a situação social e econômica e a dinâmica 
familiar podem ser conhecidas. 
A abordagem individual tem várias finalidades, dependendo do objetivo 
profissional do assistente social. Pode ser utilizada para conhecer uma rea-
lidade e identificar estratégias de intervenção, bem como possui um caráter 
educativo, visando a favorecer a emancipação e/ou o fortalecimento do usuário 
na luta por seus direitos. 
No aspecto coletivo da intervenção profissional, é possível encontramos 
entre os assistentes sociais o uso da abordagem grupal em seu cotidiano. So-
dré (2014) menciona o trabalho de assistentes sociais e sua interlocução com 
equipes de saúde, utilizando-se da abordagem grupal. Segundo ele, esse tipo 
de intervenção pode ser considerada como “uma ação ampla, tanto pelo seu 
9Abordagens
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lastro coletivo de abordagem quanto por requerer uma ação que o profissional 
se expõe para muitos usuários do SUS e outros profissionais com quem divide 
as atribuições do fazer saúde”. Segundo ele:
Frequentemente, essa ação tem um foco direcionado para a ação individual 
(e individualizante), no esforço do indivíduo em mudar seu pensamento ou 
atitude — mesmo que aconteça por meio de uma abordagem grupal. Ou seja, 
ainda que reunidos para uma ação coletiva, o foco do assistente social está na 
atitude direcionada ao indivíduo, podendo ser uma reunião com abordagens 
grupais, mas esperando uma ação que seja uma resposta de indivíduo por 
indivíduo (SODRÉ, 2014, p. 69).
Assim, ainda que a abordagem seja feita no âmbito coletivo, é possível 
manter como foco o indivíduo, uma vez que as orientações e o conheci-
mento transmitidos têm como finalidade atingir cada um individualmente. 
Na abordagem grupal, diversas estratégias, instrumentos ou técnicas podem 
ser utilizados, como, por exemplo, palestras. De acordo com Sodré (2014, p. 
69), “[...] palestra é uma forma de abordagem que coloca lugares estabelecidos: 
um indivíduo sabe e detém o poder da transmissão do conhecimento; outros 
não sabem e colocam-se no lugar da recepção de informações. Isto aborta 
qualquer perspectiva dialógica em um trabalho de abordagem coletiva [...]”. 
Na abordagem grupal, a orientação ou transmissão de conhecimentos também 
pode ocorrer pela troca de saberes entre os indivíduos presentes, sendo esta 
outra forma de atingir os objetivos dos profissionais. Essa diversidade de 
possibilidades para a realização de grupos deve-se ao fato de que estes se 
constituem em espaços propícios e férteis para a produção de conhecimentos 
e informações, na tentativa da adoção de novos hábitos, empoderamento e 
emancipação humana. Em geral, utiliza-se a abordagem grupal em situações 
identificadas em um número considerável de usuários, pois possui maior 
abrangência. A abordagem grupal pode ser realizada pelo assistente social 
apenas ou por este juntamente como outros profissionais.
Nesse sentido, podemos afirmar que as abordagens realizadas pelo assistente 
social que integra equipes interdisciplinares podem somar-se às abordagens 
realizadas pelos outros profissionais, com o objetivo de garantir uma inter-
venção que responda às necessidades e às demandas surgidas no cotidiano 
de trabalho. Este tipo de atuação possibilita lutar por uma sociedade livre e 
justa, sem exploração de classe e de qualquer natureza, e, ainda, a elaboração 
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de ações coletivas para enfrentar situações na direção de uma sociedade 
que assegure condições melhores para todos (CONSELHO FEDERAL DE 
SERVIÇO SOCIAL, 2011).
A opção pela abordagem individual ou grupal no atendimento realizado 
pelo Serviço Social dependerá, em grande parte, das finalidades a serem 
alcançadas, dos instrumentos e técnicas disponíveis e dos recursos institu-
cionais existentes. Outro tipo de abordagem frequentemente utilizado pelos 
profissionais de Serviço Social refere-se ao trabalho com as famílias, alvo 
da profissão desde o seu início. Mioto (2010) aponta que a família e suas 
diversas configurações constituem-se em um espaço bastante complexo. 
Segundo a autora: “[...] é construída e reconstruída histórica e cotidianamente, 
através das relações e negociações que estabelece entre seus membros, entre 
seus membros e outras esferas da sociedade e entre ela e outras esferas da 
sociedade, tais como Estado, trabalho e mercado [...]” (MIOTO, 2010, p. 
168). A família possui a capacidade de produzir subjetividade e, ao mesmo 
tempo, constitui-se em uma produtora de cuidados (MIOTO, 2010). Dadas as 
complexidades da família na contemporaneidade e suas variadas configura-
ções, este é um campo privilegiado da atuação profissional e do trabalho em 
equipe. Sodré (2014) aponta que o trabalho do assistente social em unidades 
de saúde, como a Estratégia de Saúde da Família, aproxima-se do trabalho 
do Agente Comunitário de Saúde. Destaca que, na implantação da Estratégia 
de Saúde da Família o Ministério da Saúde, por meio do Conselho Federal de 
Serviço Social, a inserção do assistente social como equipe de apoio, e não 
equipe básica, foi questionada, no entanto, essa diferença permaneceu na “[...] 
separação preexistente ao modelo de intervenção com famílias. Questionava-
-se o isolamento do Serviço Social dentro da divisão do trabalho em equipe, 
questionava-se o instrumental subutilizado do assistente social na abordagem 
com famílias (visto que era uma estratégia de saúde da família) [...]” (SODRÉ, 
2014, p. 79). Na atualidade, o assistente social compõe as equipes de saúde da 
família, bem como equipes em outros níveis de atuação no sistema de saúde, 
e o seu trabalho é um pouco mais delimitado e conhecido. 
A abordagem se constitui em um elemento tão importante para o Serviço 
Social que a Política Nacional de Assistência Social estabeleceu a abordagem 
como forma de operacionalização de um serviço. Trata-se do Serviço Especia-
lizado em Abordagem Social, que integra a Proteção Social Especial, sendo 
ofertado no Centro de Referência Especializado da Assistência Social. Este 
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serviço é realizado por uma “[...] equipe de educadores sociais que identifica 
famílias em situação de riscopessoal e social em espaços públicos, como 
trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação de 
rua, uso abusivo de crack e outras drogas [...]” (BRASIL, 2015, documento 
on-line). A abordagem por parte do profissional é feita diretamente nas ruas, 
praças e espaços públicos e em outros locais que possuem circulação de pessoas, 
e tem como objetivo garantir atenção às pessoas atendidas, incluindo-as nos 
serviços sociais existentes (BRASIL, 2015). 
Tendo conhecido algumas formas de abordagens possíveis no Serviço 
Social, é importante mencionar que o profissional propositivo, crítico e com-
prometido, que se espera ter na atualidade, deve se afastar de abordagens 
pragmáticas e conservadoras, as quais consideram os problemas que surgem 
como pessoais e individuais, devendo, assim, ser resolvidos (CONSELHO 
FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 2011). Segundo o documento, não se deve 
limitar a prática profissional às abordagens que consideram as necessidades 
sociais como problemas individuais, uma vez que as situações vivenciadas 
pelos usuários das políticas possuem uma raiz histórica comum, marcada pela 
desigualdade de classe e suas implicações, que se manifestam na ausência e 
precariedade de vários direitos humanos, como saúde, emprego, moradia, 
educação, transporte e outros. 
Diante o exposto, observa-se o quanto as diferentes possibilidades de 
abordagem no trabalho do assistente social podem contribuir com o exercício 
profissional e sua intenção de assegurar direitos e lutar pela efetivação de 
uma sociedade mais justa, de acordo com o próprio Projeto Ético-Político da 
Profissão. Percebe-se, ainda, que a forma de abordagem mais adequada a ser 
escolhida dependerá do objetivo a ser alcançado e das condições reais existentes 
no desenvolvimento da atuação profissional. Dessa forma, sendo o assistente 
social um profissional que habitualmente trabalha em equipes, amplia-se a 
possibilidade de abordagens efetivas para atingir os objetivos profissionais. 
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BRASIL. Ministério da Cidadania. Secretaria Especial do Desenvolvimento Social. Abor-
dagem social. 2015. Disponível em: http://mds.gov.br/assistencia-social-suas/servicos-
-e-programas/servico-especializado-em-abordagem-social. Acesso em: 7 fev. 2019.
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Parâmetros para atuação de assistentes sociais 
na política de assistência social. Brasília: CFESS, 2011. (Série Trabalho e Projeto Profissional 
nas Políticas Sociais).
GUERRA, Y. A instrumentalidade no trabalho do assistente social. [2007]. Disponível em: 
http://www.unirio.br/unirio/cchs/ess/Members/altineia.neves/instrumentos-e-tecnicas-
-em-servico-social/guerra-yolonda-a-instrumentalidade-no-trabalho-do-assistente-
-social/at_download/file. Acesso em: 7 fev. 2019.
IAMAMOTO, M. V. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profis-
sional. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
IAMAMOTO, M.; CARVALHO, R. Relações sociais e serviço social no Brasil: esboço de uma 
interpretação histórico-metodológica. 41. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
MIOTO, R. C. Família, trabalho com famílias e Serviço Social. Serviço Social em Revista, 
Londrina, v. 12, nº. 2, p. 163-176, jan./jun. 2010.
MIOTO, R. C. T.; LIMA, T. C. S. A dimensão técnico-operativa do Serviço Social em foco: 
sistematização de um processo investigativo. Revista Textos & Contextos, Porto Alegre, 
v. 8, nº. 1, p. 22-48, jan./jun. 2009.
PINA, M. C. A construção do perfil do assistente social no cenário educacional. São 
Paulo: UNESP, 2009. Disponível em: https://static.scielo.org/scielobooks/vwc8g/pdf/
piana-9788579830389.pdf. Acesso em: 7 fev. 2019.
SODRÉ, F. O serviço social entre a prevenção e a promoção da saúde: tradução, vínculo 
e acolhimento. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, nº. 117, p. 69-83, jan./mar. 2014.
SOUSA, C. T. A prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e inter-
venção profissional. Emancipação, Ponta Grossa, v. 8, nº. 1, p. 119-132, 2008. Disponível 
em: http://www.revistas2.uepg.br/index.php/emancipacao/article/viewFile/119/117. 
Acesso em: 7 fev. 2019.
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DICA DO PROFESSOR
A definição das melhores abordagens a serem adotadas no cotidiano profissional exige uma qual
ificada apreensão dos fundamentos da profissão, tanto ético-políticos, teórico metodológicos qua
nto técnico operativos.
Nessa dica do professor você compreenderá como articular seus conhecimentos a fim de escolhe
r a melhor abordagem a ser utilizada nas instituições e no trabalho com os usuários. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
EXERCÍCIOS
1) O exercício profissional do assistente social é composto por três dimensões: ético-polít
ica, teórico-metodológica e técnico-operativa.
Qual alternativa representa uma característica que expressa adequadamente tais dim
ensões?
A) 
São elementos essenciais para o desenvolvimento da prática profissional e aparecem de for
ma articulada no cotidiano de trabalho do assistente social.
B) 
As dimensões citadas são apenas para efeito de contextualização da profissão na divisão so
cial do trabalho.
C) 
Apesar de se realizarem de forma articulada, a dimensão ético-política é a mais important
e, pois está materializada no Código de Ética Profissional.
D) 
A relação entre as três dimensões é apenas teórica, uma vez que na prática não é possível a 
sua operacionalização.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/6d4f1663fb99c73d3e3923fe702386f4
E) 
Trata-se de dimensões isoladas que não apresentam relação entre si.
2) A prática profissional do assistente social exige que o profissional tenha conheciment
os dos elementos constitutivos das dimensões que compõem a profissão.
O que esse conhecimento traz para a prática profissional?
A) 
Maior efetividade das ações profissionais com base nos requisitos impostos pelas instituiçõ
es empregadoras.
B) 
Manutenção do conservadorismo da profissão.
C) 
Possibilidades de atuação para além das demandas imediatas que são postas na realidade d
e trabalho.
D) 
Realização de uma prática profissional técnica e indiferenciada.
E) 
A noção de que há uma diferença entre teoria e prática.
3) A instrumentalidade é uma capacidade que a profissão adquire na medida em que co
ncretiza objetivos.
Qual a sua importância para o Serviço Social?
A) 
Proporciona o reconhecimento social da profissão; a possibilidade de ir além do que é visí
vel no cotidiano e favorece a análise da realidade e sua transformação.
B) 
É importante uma vez que é por meio dela que houve o rompimento da profissão com o co
nservadorismo e a introdução de novas práticas.
C) 
É por meio dela que o Serviço Social consegue realizar diversas possibilidades de atuação 
em equipe interdisciplinar.
D) 
Proporciona ao profissional a certeza de que os elementos teóricos não são aplicáveis no c
otidiano de trabalho.
E) 
Possibilitou à profissão um amadurecimento teórico que repercutiu positivamente na prátic
a profissional.
4) Em linhas gerais, podemos pensar a abordagem como uma aproximação possível de e
xistir entre pessoas ou coisas.
Quais abordagens citadas são reconhecidas como pertinentes ao trabalho do assistent
e social?
A) 
Estrutural, psicossocial e operativa.
B) 
Individual, grupal e coletiva.
C) 
Individual, grupal e familiar.
D) 
Social e operativa.
E) 
Sociofamiliar e grupal de apoio.
5) O assistente social dispõe de diversas possibilidades de abordagens para aproximar-s
e de seu usuário.
O que se espera do profissional na escolha da abordagem mais adequada?
A) 
O profissional deve evitar abordagens pragmáticas e conservadoras, que consideram os pro
blemas sociais como pessoais e individuais.
B) 
O assistente social deve manter as abordagens mais conservadoras, evitando equívocos na 
sua atuação profissional.
C) 
O assistente social deve escolhero tipo de abordagem que utilize menos recursos por parte 
das instituições empregadoras.
D) 
O profissional não deve se preocupar com o tipo de abordagem a ser utilizada, pois o atend
imento ao usuário acontece de forma mecânica para aqueles que já têm experiência profiss
ional.
E) 
O profissional deve escolher a abordagem que favoreça a atuação em equipe multiprofissio
nal.
NA PRÁTICA
Entre as abordagens possíveis para que o assistente social realize sua prática profissional, tem-se 
a abordagem individual. Trata-se de um tipo de aproximação entre profissional e usuário que per
mite o conhecimento da sua realidade social, familiar e econômica.
Confira, Na Prática, um exemplo de como esse tipo de abordagem acontece no cotidiano do Ser
viço Social.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo
r:
O Serviço Social entre a prevenção e a promoção da saúde: tradução, vínculo e acolhiment
o
Neste artigo, o autor faz uma reflexão sobre a atuação do assistente social na política de saúde, d
estacando as diferentes abordagens possíveis ao profissional.
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A dimensão política do trabalho do assistente social
Leia este artigo em que a autora analisa as mudanças ocorridas no trabalho do assistente social n
o contexto do capitalismo contemporâneo.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
A renovação do serviço social
A instrumentalidade é um elemento constitutivo do Serviço Social e destaca-se sua relação com 
as dimensões ético-política, técnico-operativa e teórico-metodológica. Mas essa relação nem se
mpre existiu, uma vez que, no início do desenvolvimento da profissão, apenas a dimensão técnic
a era considerada. Os movimentos de reconceituação e de ruptura com o conservadorismo foram 
importantes para incorporar outros elementos à prática profissional, que passaram a ser articulad
os e, portanto, indissociáveis. Confira, neste vídeo, alguns dos aspectos mais importantes que im
pulsionaram essa mudança de paradigma.
 http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n117/05.pdf 
http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n120/05.pdf
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http://pvbps-sambavideos.akamaized.net/account/2975/3/2019-03-18/video/e534af51a31fa08a4fd82aa0d8600aac/e534af51a31fa08a4fd82aa0d8600aac_720p.mp4

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