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Habilidades e técnicas para o Serviço Social

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Habilidades e técnicas para o Serviço 
Social
APRESENTAÇÃO
A proposta de rompimento com o conservadorismo na profissão passou por alguns momentos i
mportantes. Um deles, conhecido como "método BH", incorporou alguns elementos à prática pr
ofissional, o que se mostrou de fundamental relevância. Isso porque, anos depois, favoreceu um
a aproximação mais intensa com a teoria marxista, gerando uma mudança na forma de analisar a 
realidade. Assim, é necessário conhecer os elementos relacionados às mudanças ocorridas na pr
ofissão e na sociedade para compreender a prática profissional.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer o método BH, bem como sua importância p
ara o Serviço Social. Além disso, você vai estudar o processo de constituição da profissão a parti
r desse método e, ainda, vai relacionar as transformações societárias com as transformações prof
issionais no cotidiano de trabalho do assistente social. Tais aspectos são necessários para você re
fletir sobre as habilidades e técnicas para a profissão na atualidade.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever o método BH e sua importância no processo de reconceituação do Serviço Socia
l.
•
Explicar o processo de constituição do Serviço Social a partir do método BH e a sua afirm
ação como especialização do trabalho.
•
Relacionar as transformações societárias às profissionais e no exercício profissional do ass
istente social na contemporaneidade. 
•
DESAFIO
A aproximação da profissão com a teoria marxista se constituiu em um fator determinante para a 
proposta de rompimento da profissão com o conservadorismo. A partir dessa perspectiva, altera-
se a ótica em que se analisa e se tenta compreender a realidade, estabelecendo novas formas de l
egitimar a prática profissional.
Imagine que você está realizando um estágio em um Centro de Referência da Assistência Social 
– CRAS de um pequeno município mineiro. Você acompanhou o atendimento de um usuário, qu
e trazia a seguinte demanda:
Considerando que a ação profissional está norteada pela teoria marxista, analise a situação apres
entada e descreva as possibilidades de atendimento.
INFOGRÁFICO
A ligação do Serviço Social com a teoria marxista foi um fator decisivo para a mudança na form
a de analisar a realidade e as demandas a ela inerentes. Traz como aspectos positivos um compro
misso do profissional com a classe trabalhadora, com a efetivação de direitos e a importância de 
considerar a relação teoria-prática nas relações profissionais.
Confira neste Infográfico um pouco mais sobre a relação entre o Serviço Social e a teoria social 
de Marx.
CONTEÚDO DO LIVRO
Com relação ao projeto de rompimento da profissão com o conservadorismo, vale destacar um 
momento importante, que é o chamado método Belo Horizonte ou “método BH”, que contou co
m a participação de um grupo de profissionais vinculados à universidade e que se constituiu em 
uma das mais importantes contribuições para o Serviço Social ainda na atualidade. Dentre outras 
razões, sua importância reside no fato de que o "método BH" impulsionou anos depois a aproxi
mação com a teoria marxista. Mudanças vivenciadas na profissão ocorridas em decorrência dess
a aproximação também serão discutidas nesta Unidade de Aprendizagem.
No capítulo Habilidades e técnicas para o Serviço Social, que faz parte do livro Estratégias e téc
nicas em Serviço Social II, você vai estudar sobre o método BH e sua importância no processo d
e reconceituação do Serviço Social. Além disso, vai obter os elementos necessários para compre
ender o processo de constituição do Serviço Social a partir desse método e a sua afirmação com
o especialização do trabalho. Ainda, vai relacionar as transformações societárias e profissionais 
no exercício profissional do assistente social na contemporaneidade.
Boa leitura.
ESTRATÉGIAS E 
TÉCNICAS EM 
SERVIÇO SOCIAL II 
Daniella Tech Doreto
Habilidades e técnicas 
para o Serviço Social
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Descrever o Método BH e a sua importância no processo de recon-
ceituação do Serviço Social.
  Explicar o processo de constituição do Serviço Social a partir do 
Método BH e a sua afirmação enquanto especialização do trabalho.
  Relacionar as transformações societárias às profissionais e ao exercício 
profissional do assistente social na contemporaneidade.
Introdução
O projeto para rompimento da profissão com o conservadorismo passou 
por vários momentos, sendo um dos mais importantes a criação do Mé-
todo Belo Horizonte, ou “Método BH”, que contou com a participação de 
um grupo de profissionais vinculados à universidade e que se constituiu 
em uma das mais importantes contribuições para o Serviço Social ainda 
na atualidade. A construção desse projeto impulsionou a aproximação 
do Serviço Social com a teoria marxista, o que provocou uma nova forma 
de olhar para a realidade da profissão. Assim, faz-se necessário apontar 
algumas das mudanças vivenciadas pela profissão ao mesmo tempo em 
que mudanças societárias também estavam em curso. 
Neste capítulo, você conhecerá o Método BH e a sua importância para 
o Serviço Social, bem como terá os elementos necessários para compre-
ender o processo de constituição da profissão a partir desse método e, 
ainda, relacionar as transformações societárias com as transformações 
profissionais no cotidiano de trabalho do assistente social.
O Método BH 
Iniciamos nossas considerações lembrando-o de que a aproximação do Ser-
viço Social com a teoria marxista foi um fator determinante para a proposta 
de rompimento com o conservadorismo. A partir dessa perspectiva, muda a 
ótica em que se analisa e se busca compreender a realidade, considerando, 
para tanto, sua complexidade e contradição (NETTO, 2001). Iamamoto (2013, 
p. 42) aponta que a busca pela ruptura com o conservadorismo da profi ssão 
expressava uma tentativa dos assistentes sociais de estabelecer novas formas 
de legitimar a prática profi ssional, e “[...] reconhecendo as contradições sociais 
presentes nas condições do exercício profi ssional, busca colocar-se, objetiva-
mente, a serviço dos interesses dos usuários, isto é, dos setores dominados da 
sociedade [...]”. A autora destaca ainda que as experiências realizadas a partir 
da perspectiva de intenção de ruptura com o tradicionalismo da profi ssão 
aconteceram principalmente por meio de profi ssionais que se articularam a 
movimentos populares, a movimentos sociais e também aqueles vinculados 
à igreja. Estes posicionamentos refl etiram diretamente na estruturação das 
universidades e nos cursos de graduação, com incorporação de conteúdos que 
abordavam as Ciências Sociais, o que enriqueceu teoricamente o currículo 
dos profi ssionais. Aliado a isso, observou-se a organização dos profi ssionais 
em categorias representativas que têm sua atuação também marcada nos 
movimentos de organização dos trabalhadores (IAMAMOTO, 2013). 
Netto (2001) aponta que o processo vivenciado pela profissão de amadurecimento e 
desenvolvimento da proposta de ruptura não exclui a existência do conservadorismo 
no interior do Serviço Social, e Yazbek (2009) complementa dizendo que isso somente 
se torna possível devido à convivência democrática entre as várias correntes teórico-
-metodológicas e ideopolíticas existentes na história da profissão. 
Netto (2001) aponta que três momentos integraram a perspectiva de intenção 
de ruptura. O primeiro momento destacado por ele é denominado emersão, 
com a formulação do “Método BH”; o segundo, chamado de consolidação 
acadêmica, e o terceiro, definido como a fase de divulgação sobre a categoria 
profissional, sendo este considerado como o patamar mais elevado da pers-
Habilidades e técnicas para o Serviço Social2
pectiva discutida. Sobre especificamente o primeiro momento mencionado, 
destacamos que se trata de uma das contribuições maisimportantes para a 
história do Serviço Social no País, intrinsicamente relacionado à intenção de 
ruptura, e que consistiu na elaboração de um projeto desenvolvido por parte de 
uma equipe de profissionais, em geral aqueles que se dedicavam à docência, 
e que foi denominado de “Método BH” ou “Método Belo Horizonte”. 
Em linhas gerais, esse método se desenvolveu na Escola de Serviço Social 
de Belo Horizonte, principal ponto de discussões e questionamentos por parte 
de alunos e professores na segunda metade dos anos 70, embasados no Mo-
vimento de Reconceituação Latino-americano que se iniciava (BARBOSA, 
1997). Segundo a autora:
Para a Escola de Belo Horizonte, tinha início naquele momento uma fase de 
intensa busca. Os documentos produzidos pelo grupo chileno que encabeça-
va o movimento eram sistematicamente estudados, discutidos e tidos como 
novas fontes teóricas. Nessa busca constante, o corpo de professores decidiu 
pela avaliação do processo de formação da Escola até então. E, a partir dessa 
avaliação, elaborou-se uma estrutura curricular que, implantada em 1971, 
mudou radicalmente todo o processo de ensino. Nessa reorganização estava, 
também, a semente que iria produzir o Método BH. E o contexto da Escola 
se modificava na mesma medida em que avançava a implantação da nova 
estrutura curricular, e o Método BH era implantado em campo experimental 
(BARBOSA, 1997, p. 26).
A nova estrutura curricular proposta fundamentava-se nos princípios e 
nas diretrizes do movimento de reconceituação e direcionava o ensino para 
a formação de profissionais comprometidos com uma única visão política e 
ideológica, ou seja, aquela em que preconizava a educação das classes populares 
e a transformação da sociedade (BARBOSA, 1997). Destaca-se que o contexto 
citado era voltado para a formação profissional, estando inicialmente limitado 
à academia, e a prática cotidiana permanecia inalterada. 
Netto faz a seguinte consideração sobre o Método BH:
[...] aquele trabalho configurou a primeira elaboração cuidadosa, no país, sob 
a autocracia burguesa, de uma proposta profissional alternativa ao tradicio-
nalismo preocupada em atender a critérios teóricos, metodológicos e inter-
ventivos capazes de aportar ao Serviço Social uma fundamentação orgânica 
e sistemática, articulada a partir de uma angulação que pretendia expressar 
os interesses históricos das classes e camadas exploradas e subalternas. É 
absolutamente impossível abstrair a elaboração belo-horizontina da fundação 
do projeto da ruptura no Brasil (NETTO, 2001, p. 275).
3Habilidades e técnicas para o Serviço Social
Na visão do autor, a referida proposta tinha como premissa buscar uma “[...] 
alternativa global ao tradicionalismo [...]” (NETTO, 2001, p. 276), e essa se cons-
tituía a principal característica do projeto de intenção de ruptura realizado pela 
equipe da Escola de Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais, 
o que aconteceu no início dos anos 70. Na visão do autor:
[...] o método que ali se elaborou foi além da crítica ideológica, da denúncia 
epistemológica e metodológica e da recusa das práticas próprias do tradicio-
nalismo; envolvendo todos estes passos, ele coroou a sua ultrapassagem no 
desenho de um inteiro projeto profissional, abrangente, oferecendo uma pauta 
paradigmática dedicada a dar conta inclusive do conjunto de suportes acadêmicos 
para a formação dos quadros técnicos e para a intervenção do Serviço Social 
(NETTO, 2001, p. 277).
Baseado nessa proposta, um dos primeiros passos adotados pelo grupo foi 
realizar uma crítica ao tradicionalismo, por considerarem-no inadequado à reali-
dade do País (NETTO, 2001). A primeira crítica feita pelo grupo foi chamada de 
“ideopolítica”, e diz respeito à neutralidade com que profissionais tratavam várias 
questões, no intuito de defender certos interesses e manter uma conduta conser-
vadora. Outra crítica realizada refere-se aos aspectos “teórico-metodológicos”, 
uma vez que estes não eram considerados importantes no direcionamento da 
prática profissional, e, por último, mas não menos importante, a crítica referente 
aos aspectos “operativos-funcionais”, uma vez que, na perspectiva conservadora, 
os elementos que fazem parte da ação não são devidamente estabelecidos. 
Embora o “Método BH” tenha uma reconhecida relevância para o Serviço 
Social, alguns aspectos de sua formulação sofreram críticas. O objeto de atuação 
profissional, ou seja, “a ação social da classe oprimida”, foi avaliado como sim-
plista e insuficiente para definir o objeto de estudo e de intervenção do Serviço 
Social por reduzir o potencial de orientação para a intervenção e comprometer 
a capacidade de decifrar a realidade (NETTO, 2001). Também são considerados 
pontos frágeis dessa proposta: a teoria, identificada como “[...] conhecimento 
científico do mundo [...]”; a “[...] redução da atividade teórica a procedimentos 
sistematizadores [...]”; e a “[...] identificação entre método científico e método 
profissional [...]” (NETTO, 2001, p. 283). Santos (1985 apud NETTO, 2001, p. 
283) aponta que, tendo como finalidade a elaboração de um método científico, 
o método profissional baseou-se “[...] nas relações, princípios e leis inerentes ao 
conhecimento e à própria realidade. Tais elementos constituem o conteúdo objetivo 
do método e permitem concluir que o método profissional está diretamente ligado 
à teoria científica e à realidade histórica, sendo inconcebível sem elas [...]”. Para 
o autor, trata-se de uma forma de conhecimento e transformação da realidade e 
Habilidades e técnicas para o Serviço Social4
instrumento de sua transformação. Santos (1985 apud NETTO, 2001) destaca 
ainda que os formuladores do “Método B H” têm pouca relação com a teoria 
marxista, e esse pode ser um dos motivos que podem justificar algumas de suas 
críticas e debilidades. 
O autor aponta que a proposta de BH remete a uma visão da profissão ex-
pressa em três dimensões: “[...] político [...]”, que considera a sociedade formada 
por forças contraditórias; “[...] teórica [...]”, que se refere à prática investigativa 
e sistematizadora; e “[...] interventiva [...]”, que diz respeito à capacidade para 
enfrentar a “[...] prática profissional estrita [...]” (NETTO, 2001, p. 289). Ainda 
na visão do autor:
[...] o que se pretende deixar remarcado é que, explicitando uma proposição global 
de alternativa ao tradicionalismo, ele inaugurou — enquanto formulação de um 
projeto profissional que, respondendo à particularidade da conjuntura brasileira, 
estava sintonizado com as vanguardas renovadoras mais críticas da América 
Latina — a perspectiva da intenção de ruptura enfrentando as questões mais 
candentes da configuração teórica, ideológica e operativa que constituem uma 
profissionalidade como a do Serviço Social. [...] suas fragilidades intrínsecas 
creditam-se aos limites e problemas inerentes ao viés elementar que se apro-
priou do substrato teórico-metodológico com que fundou esta arquitetura — a 
vertente da tradição marxista em que se inspirou — e que a comprometeu tanto 
mais intensivas foram aquelas preocupações de rigor e congruência (NETTO, 
2001, p. 289).
Assim, com base no exposto e apoiados em Netto (2001), podemos dizer que 
o projeto de ruptura com o conservadorismo foi mais evidente nas atividades 
da Escola de Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais, e suas 
características particularizam o processo de renovação do Serviço Social, pois se 
configura como os primeiros passos para o rompimento com o tradicionalismo 
entre os assistentes sociais. Destaca-se, ainda, que toda a elaboração teórica e 
a experimentação ocorridas neste momento na profissão foram interrompidas 
pela crise vivenciada nas universidades em meados de 1975, ocasião em que 
formuladores e gestores da proposta foram demitidos. Isso porque o Serviço Social 
também sofria os reflexos do contexto político, econômico e social da época. 
Nesse sentido, o Método BH foi recuperado a partir da década de 80, pormeio 
dos trabalhos de conclusão de curso ligados aos programas de pós-graduação. 
Considerando a importância desse movimento para o Serviço Social como um 
todo, podemos dizer que seus reflexos repercutem na prática profissional em todas 
as suas dimensões, favorecendo o desenvolvimento de habilidades e técnicas que 
capacitam a prática profissional mediante um olhar voltado para as necessidades 
sociais, o que não acontecia no período marcado pelo conservadorismo. 
5Habilidades e técnicas para o Serviço Social
O método BH e o processo de constituição do 
Serviço Social
Conforme destacado, o “Método BH” foi um dos elementos essenciais no projeto 
de ruptura com o conservadorismo e se confi gura como a primeira proposta 
profi ssional que se opõe ao tradicionalismo, trazendo a preocupação com os 
elementos teóricos, metodológicos e interventivos do Serviço Social. Recuperado 
a partir da década de 80, inicia-se um período de maturidade intelectual da pro-
fi ssão e uma aproximação com a perspectiva marxista. Isso refl ete na profi ssão, 
uma vez que se estabelecem novas bases para a legitimação do Serviço Social, 
que começa a considerar as contradições existentes no desenvolvimento da prática 
profi ssional. É percebido entre os assistentes sociais, ainda, a preocupação com 
os usuários e a compreensão sobre as consequências da sua prática profi ssional, 
colaborando para o desenvolvimento de uma consciência crítica.
Iamamoto (1982 apud NETTO, 2001) menciona que a profissão somente 
existe a partir de condições socialmente determinadas, e a compreensão do seu 
significado social enquanto especialização do trabalho coletivo será possível de 
ser realizada somente partindo da compreensão das determinações históricas 
que o envolve. Cabe lembrar-se de que a autora trouxe importantes reflexões que 
colaboraram para a perspectiva de intenção de ruptura da profissão como Serviço 
Social. Ressalta-se que é a partir do marxismo como referencial analítico que 
são embasadas as contribuições de Iamamoto (1982 apud NETTO, 2001). Vale 
destacar (e relembrar) a fala de Yazbek (2009, p. 10), que nos mostra a interlo-
cução da profissão com a teoria social de Marx, teoria esta que considera que 
a “[...] natureza relacional do ser social não é percebida em sua imediaticidade, 
ou seja, as relações sociais são sempre mediatizadas por situações, instituições, 
etc que ao mesmo tempo revelam/ocultam as relações sociais imediatas [...]”. 
Para Netto (2001), Iamamoto introduziu as discussões sobre o Serviço Social 
como profissão estreitamente relacionada à lógica “da reprodução das relações 
sociais”. Segundo consta:
[...] a sua perspectiva de análise enfoca o Serviço Social como profissão refe-
renciada ao contexto de aprofundamento do capitalismo no país e supõe que a 
apreensão do significado histórico da profissão só é desvendada em sua inser-
ção na sociedade, pois ela se afirma como instituição peculiar na e a partir da 
divisão social do trabalho (IAMAMOTO, 1982 apud NETTO, 2001, p. 290).
É importante destacarmos que estamos nos referindo a reflexões que 
contribuíram para o fortalecimento da profissão e para a introdução de 
Habilidades e técnicas para o Serviço Social6
novas formas de olhar a realidade após a intenção de rompimento com o 
conservadorismo, materializado especialmente por meio do “Método BH”. 
As análises realizadas por Iamamoto (1982 apud NETTO, 2001) nos mostram 
a profissão no bojo da totalidade das relações sociais da ordem burguesa 
e a particularidade da formação social brasileira. A princípio, segundo as 
considerações de Netto (2001), a autora posiciona-se contra duas formas 
de abordagem da profissão: a abordagem “mecanicista”, que considera o 
Serviço Social como um instrumento a favor do poder político; e a vertente 
“voluntarista”, que vê o assistente social como “agente de transformação”, 
deixando de observar o real significado da prática profissional. Assim, sua 
análise alternativa a essas duas vertentes refere-se à produção e à reprodução 
das relações sociais:
[...] a reflexão de Iamamoto ultrapassa a positividade típica da emergência dos 
processos sociais na ordem burguesa e reconstrói a sua dinâmica essencial e 
estrutural, contemplando a complexidade contraditória em que a produção 
material imbrica-se na produção das relações sociais (as classes, sua cotidia-
nidade e seu modo de vida), políticas (o Estado) e ideoculturais (ideologia, 
ciência) (NETTO, 2001, p. 292).
As reflexões apontadas se apresentam como o primeiro trabalho elaborado 
na perspectiva crítico-dialética, pensado a partir das contribuições de Marx, 
e que consolida a proposta de intenção de ruptura no plano “teórico-crítico” 
(NETTO, 2001). Nesta perspectiva de análise proposta, o Serviço Social é 
entendido a partir do processo de produção e reprodução das relações sociais 
na sociedade capitalista burguesa. 
Netto (2001) aponta, ainda, que é após a proposta do “Método BH”, 
apesar de insuficiente do ponto de teórico, que a profissão passa a questionar 
sua prática institucional e se aproximar de movimentos sociais (NETTO, 
1991). Yazbek (2009) aponta que, do ponto de vista teórico, este referencial 
é incorporado ao Serviço Social a partir dos anos 80, e referenciará as 
ações direcionadas para a formação profissional a partir do currículo de 
1982 e as atuais diretrizes curriculares, assim como os eventos acadê-
micos e afins, como Congressos, Convenções, Seminários, entre outros. 
Este referencial, segundo a autora, também está incorporado ao Código 
de Ética Profissional, vigente na atualidade. Dessa forma, Yazbek (2009) 
aponta que a profissão vive um novo momento, o de recriar a profissão, na 
tentativa de rompimento com o conservadorismo historicamente vivenciado 
e no avanço da construção de conhecimentos, tendo como base a tradição 
marxista. Segundo a autora:
7Habilidades e técnicas para o Serviço Social
Nesta tradição o Serviço Social vai apropriar-se a partir dos anos 80 do pen-
samento de Antonio Gramsci e particularmente de suas abordagens acerca do 
Estado, da sociedade civil, do mundo dos valores, da ideologia, da hegemonia, 
da subjetividade e da cultura das classes subalternas. Vai chegar a Agnes Heller 
e à sua problematização do cotidiano, à Georg Lukács e à sua ontologia do 
ser social fundada no trabalho, à E.P. Thompson e à sua concepção acerca 
das “experiências humanas”, à Eric Hobsbawm um dos mais importantes 
historiadores marxistas da contemporaneidade e a tantos outros cujos pen-
samentos começam a permear nossas produções teóricas, nossas reflexões e 
posicionamentos ideopolíticos (YAZBEK, 2009, p. 11).
Yazbek (2009) aponta, ainda, que a profissão ganhou maturidade na década 
de 80, devido à intervenção dos assistentes sociais por meio de suas categorias 
representativas, no processo de implementação da Lei Orgânica da Assistência 
Social e outras políticas sociais públicas, com processos descentralizadores e 
a diversificação da demanda para o Serviço Social. Netto (2001) aponta para o 
fortalecimento de um Serviço Social crítico, comprometido com os interesses 
da população e, ao mesmo tempo, preocupado com a qualificação acadêmica, 
com a interlocução com outras ciências e o investimento em pesquisas. A 
proposta de rompimento da profissão com o conservadorismo traz para o 
Serviço Social um outro olhar, que denota o compromisso com a prática 
profissional e aponta para a exigência de um profissional capaz de enfrentar 
os desafios colocados à profissão a partir de uma postura crítica, envolvendo a 
importância da teoria e da prática para o Serviço Social na contemporaneidade, 
o que impacta diretamente nas habilidades e técnicas da profissão. 
As transformações societárias e profissionais
As décadas de 80 e 90 foram de intensas transformações do ponto de vista 
político, econômico e social. Lembre-se de que foi em 1988 que houve a pro-
mulgação da Constituição Federal brasileira, elemento maior para a garantia 
de direitos da população. De acordocom Yazbek (2009), é importante lembrar 
também de que, na tentativa de reestruturação dos mecanismos de acumulação 
do capitalismo globalizado, os anos de 80 e 90 foram “[...] adversos para as 
políticas sociais e se constituíram em terreno particularmente fértil para o 
avanço da regressão neoliberal que erodiu as bases dos sistemas de proteção 
social e redirecionou as intervenções do Estado em relação à questão social 
[...]” (YAZBEK, 2009, p. 15). Segundo a autora, as políticas sociais nesse 
período foram alvo de uma reorganização, estando subordinadas às políticas 
para estabilização da economia, e a área social passou a ser direcionada para a 
Habilidades e técnicas para o Serviço Social8
fi lantropia e a solidariedade da sociedade civil, e, por meio do desenvolvimento 
de “[...] programas seletivos e focalizados no combate à pobreza no âmbito do 
Estado (apesar da Constituição de 1988), novas questões se colocam ao Serviço 
Social, quer do ponto de vista de sua intervenção, quer do ponto de vista da 
construção de seu corpo de conhecimentos [...]” (YAZBEK, 2009, p. 16).
Nesse contexto, o Serviço Social, caminhando a partir da perspectiva de 
um novo olhar para a Questão Social e para o entendimento de sua função 
na sociedade, acaba por encontrar alguns entraves, conforme destaca Yazbek 
(2009, p. 16):
Assim, a profissão enfrenta o desafio de decifrar algumas lógicas do capi-
talismo contemporâneo particularmente em relação às mudanças no mundo 
do trabalho e sobre os processos desestruturadores dos sistemas de proteção 
social e da política social em geral. Lógicas que reiteram a desigualdade e 
constroem formas despolitizadas de abordagem da questão social, fora do 
mundo público e dos fóruns democráticos de representação e negociação dos 
interesses em jogo nas relações Estado/Sociedade. 
Este contexto de transformações societárias desafia o profissional de 
Serviço Social a “[...] compreender e intervir nas novas manifestações da 
questão social que expressam a precarização do trabalho e a penalização dos 
trabalhadores na sociedade capitalista contemporânea [...]” (YAZBEK, 2009, 
p. 16). A aproximação com as ideias neoliberais coloca alternativas privatistas 
e refilatropizadas para a pobreza, a exclusão social e outras situações relacio-
nadas. Há um crescimento do terceiro setor: a implementação de programas de 
transferência de renda em suas várias modalidades (YAZBEK, 2009). Ainda 
segundo a autora, isso faz emergir situações que trazem novas demandas para 
a profissão: desemprego, trabalho precário, trabalho infantil, pessoas sem 
moradia, violência doméstica, discriminações de várias ordens (gênero/etnia), 
drogadição, aumento de doenças, como o HIV/Aids, adolescentes e crianças 
vivendo em situação de abandono e tantas outras situações relacionadas à 
pobreza e à exclusão dos meios de produção e reprodução social. 
Sobre o Serviço Social no contexto citado, Yazbek (2009, p. 18) destaca que:
É fundamental assinalar que as transformações societárias que caracterizam 
esta década, vão encontrar um Serviço Social consolidado e maduro na socie-
dade brasileira, uma profissão com avanços e acúmulos, que, ao longo desta 
década construiu, com ativa participação da categoria profissional, através 
de suas entidades representativas um projeto ético político profissional para 
o Serviço Social brasileiro, que integra valores, escolhas teóricas e inter-
ventivas, ideológicas, políticas, éticas, normatizações acerca de direitos e 
9Habilidades e técnicas para o Serviço Social
deveres, recursos político-organizativos, processos de debate, investigações 
e, sobretudo interlocução crítica com o movimento da sociedade na qual a 
profissão é parte e expressão.
Diversas questões são colocadas como desafio para o Serviço Social apesar 
da sua aproximação com o marxismo e a mudança de paradigma na compre-
ensão da realidade e da manutenção de um projeto profissional marcado pela 
ruptura com o conservadorismo, que marcou a trajetória do Serviço Social 
no País (YAZBEK, 2009). Outro desafio imposto ao Serviço Social, na visão 
da autora, durante a década de 90, é a consolidação do projeto ético-político, 
teórico-metodológico e operativo, que estava sendo construído a partir da 
perspectiva da teoria marxista. 
A análise proposta por Yazbek (2009) a respeito da prática profissional do 
assistente social ainda contempla os avanços da Proteção Social, assegurados 
inicialmente na Constituição Federal de 1988 e, posteriormente, expressos na 
Lei Orgânica da Assistência Social, no Estatuto da Criança e do Adolescente 
e no Sistema Único de Saúde. Entretanto, para a autora, a vivência dos últi-
mos anos não possibilitou romper com a presença do neoliberalismo, que se 
expandiu nos anos 90. 
Além das transformações citadas, Antunes (2000) aponta que as mudanças 
ocorridas após a década de 90 influenciaram o mundo do trabalho, conside-
rando as mudanças ocorridas como incorporação de tecnologias, mudanças 
nas organizações, no ritmo de trabalho, ampliando índices de desemprego, 
subemprego, terceirizações, contratos precários de trabalho, entre outros. O 
que se observa, portanto, é que essas transformações também impactaram 
o mundo do trabalho e, consequentemente, alteraram as condições sobre as 
quais incide a prática profissional, repercutindo nas respostas às demandas 
apresentadas. 
Apesar de todas as transformações vivenciadas ao longo dos tempos e dos 
reflexos para o Serviço Social, Yazbek (2009) assinala que os assistentes sociais 
têm contribuído nas últimas décadas para acabar com a ideia de assistencialismo 
e introduzindo a noção de direito e de cidadania, evidenciando, assim, sua 
resistência ao conservadorismo e entendendo as políticas sociais como espaço 
real para a efetivação de direitos em meio a uma sociedade extremamente 
injusta e desigual. Iamamoto (2010) corrobora com essa premissa e aponta 
que os assistentes sociais têm ocupado boa parte do seu tempo na luta pela 
igualdade e pela justiça social, ainda que em meio a tantas situações de desi-
gualdades e formas diversas de exploração. Segundo a autora, os assistentes 
sociais atuam nos desafios impostos à prática profissional para “[...] que se 
Habilidades e técnicas para o Serviço Social10
possa tanto apreender as várias expressões que assumem, na atualidade, as 
desigualdades sociais quanto projetar e forjar formas de resistência e de defesa 
da vida [...]” (IAMAMOTO, 2010, p. 28).
Refletir sobre as transformações societárias e as implicações para a po-
pulação, para as políticas públicas e para o Serviço Social faz-se necessário 
para compreender o desenvolvimento do Serviço Social ao longo dos anos, 
pois todas essas transformações “[...] afetam diretamente o conjunto da vida 
social e incidem fortemente sobre as profissões, suas áreas de intervenção, 
seus suportes de conhecimento e de implementação, suas funcionalidades, etc. 
[...]” (NETTO, 1996, p. 87). Além disso, essa compreensão favorece o desen-
volvimento de habilidades profissionais e a adoção de técnicas e instrumentos 
que se fazem imprescindíveis para a construção de uma prática profissional 
compromissada com o usuário e com a transformação social.
BARBOSA, M. M. Serviço social utopia e realidade: uma visão da história. Caderno de 
Serviço Social, Belo Horizonte, v. 2, nº. 2, p. 25–71, 1997.
IAMAMOTO, M. V. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profis-
sional. 19. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
IAMAMOTO, M. V. Renovação e conservadorismo no serviço social: ensaios críticos. 12. 
ed. São Paulo: Cortez, 2013.
NETTO, J. P. Ditadura e serviço social: uma análise do serviço social no Brasil pós-64. 5. 
ed. São Paulo: Cortez, 2001.
NETTO, J. P. Notas sobre marxismo e serviço social, suas relações no Brasil e a questão 
de seu ensino. Cadernos ABESS, São Paulo, nº. 4, 1991.
NETTO, J. P. Transformações societárias e serviço social: notas para uma análise pros-
pectiva da profissão no Brasil. Serviço Social & Sociedade,São Paulo, nº. 50, 1996.
YAZBEK, M. C. Fundamentos históricos e teórico-metodológicos do serviço social. In: 
CFESS; ABEPSS (org.). Serviço social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: 
CFESS, 2009. v. 1, p. 143–163.
11Habilidades e técnicas para o Serviço Social
DICA DO PROFESSOR
O assistente social desenvolve sua prática profissional em meio à sociedade capitalista e se const
itui em um trabalhador assalariado, vinculado a uma instituição com a qual tem normas e obriga
ções a seguir. É em meio ao desenvolvimento da sociedade capitalista que sua atuação acontece 
e com base na interlocução com a teoria marxista.
Confira na Dica do Professor um pouco mais sobre essas questões.
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EXERCÍCIOS
1) A intenção de ruptura do Serviço Social com o conservadorismo vivenciado pela profi
ssão foi um processo ocorrido durante o período da ditadura militar. Um importante 
processo conhecido como “método BH” foi desenvolvido nesse período. Qual o princi
pal aspecto relacionado a esse método?
A) 
Manter as bases da prática profissional tradicional e atualizar a perspectiva teórica.
B) 
Romper com o Serviço Social tradicional do ponto de vista teórico-metodológico, formativ
o e interventivo.
C) 
Romper com a proposta de aproximação com a teoria marxista que se iniciava dentro da pr
ofissão.
D) 
Atender a um pedido do governo no sentido de fortalecer a prática profissional no período 
da ditadura militar.
E) 
Fortalecer as bases conservadoras da profissão do ponto de vista teórico-metodológico, for
mativo e interventivo.
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2) O contexto vivenciado no país no período pós-64 apontou para a necessidade de um p
rocesso de renovação da profissão que, segundo José Paulo Netto, seguiu para três dir
eções, que influenciaram o desenvolvimento da profissão. Quais as três perspectivas a
pontadas por Netto?
A) 
Perspectivas funcionalista, modernizada e reatualizada.
B) 
Perspectiva conservadora, reatualização do conservadorismo e tecnicismo.
C) 
Perspectiva modernizadora, reatualização do conservadorismo e intenção de ruptura.
D) 
Perspectiva doutrinária da Igreja Católica, positivismo e funcionalismo.
E) 
Perspectiva modernizada, reatualização do tradicionalismo e funcionalismo. 
3) O autor José Paulo Netto menciona que no Serviço Social uma direção social estratég
ica foi desenvolvida nos anos 80 e 90 como resultado do acúmulo ideopolítico de uma 
determinada vertente do processo de renovação do Serviço Social. Qual alternativa c
orresponde a uma afirmativa válida?
A) 
A afirmação é verdadeira porque, com a vertente conservadora, observou-se a ampliação d
o mercado de trabalho profissional.
B) 
A afirmação é verdadeira porque refere-se ao processo de intenção de ruptura com o conse
rvadorismo da profissão.
C) 
A afirmação é falsa porque essa direção social apenas se consolidou nos anos 90, com a ref
ormulação do Código de Ética Profissional.
D) 
A afirmação é falsa porque refere-se ao processo de intenção de ruptura com o marxismo p
resente na profissão.
E) 
A afirmação é verdadeira porque, apenas com o rompimento da profissão com o conservad
orismo, o positivismo ganhou destaque no Serviço Social.
4) O grupo responsável pela elaboração do método BH realizou críticas ao tradicionalis
mo por o considerar inadequado à realidade do país. Quais foram as principais crític
as realizadas?
A) 
Críticas refentes aos aspectos ideopolíticos, teórico-metodológicos e operativo-funcionais.
B) 
Críticas ao marxismo.
C) 
Críticas ao funcionalismo e ao processo de renovação da profissão.
D) 
Críticas referentes aos aspectos politicos da prática profissional renovada.
E) 
Críticas à ditadura.
5) Iamamoto trouxe importantes contribuições para o Serviço Social e o analisou como 
profissão estritamente ligada à lógica da reprodução das relações sociais. Qual teoria 
embasava as análises da autora?
A) 
Teoria positivista.
B) 
Teoria funcionalista.
C) 
Teoria social da Igreja Católica.
D) 
Teoria social de Marx.
E) 
Teoria malthusiana.
NA PRÁTICA
As transformações ocorridas na sociedade ao longo dos anos também impactaram a forma como 
o Serviço Social foi se estruturando nesses momentos. Fica evidente, por exemplo, os reflexos q
ue as mudanças no mundo do trabalho trouxeram para o Serviço Social, considerando as manife
stações da questão social que se apresentaram a partir desse contexto.
Confira no anexo um exemplo de como as mudanças no mundo trabalho impactam o exercício p
rofissional do assistente social.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo
r:
O movimento de reconceituação do Serviço Social e seu reflexo no exercício profissional na 
contemporaneidade
Leia este artigo que faz algumas considerações sobre o movimento de reconceituação e a propos
ta de rompimento da profissão com o conservadorismo, bem como analisa os reflexos para a prá
tica profissional na atualidade.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Não passarão! Ofensiva neoconservadora e Serviço Social
Este artigo apresenta os avanços da direita no país, realizando uma crítica ao ideário conservado
r e sua atualização no neoconservadorismo.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
A formação acadêmico-profissional no Serviço Social brasileiro
No link você vai ler um artigo que tem como destaque a formação acadêmico-profissional, além 
de uma análise realizada pela autora, referente aos determinantes histórico‑sociais e à ação d
os sujeitos profissionais.
http://seminarioservicosocial2017.ufsc.br/files/2017/05/Eixo_2_139.pdf
http://www.abepss.org.br/arquivos/anexos/barroco-maria-lucia-201608060409045796320.pdf
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http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n120/02.pdf

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