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HIV – Tratamentos Farmacológicos Doralice Rosa Amaral Karla Tathiane Dorneles Marçal 1. Resumo A infecção do vírus da imonodeficiência humana (HIV) conhecido desde a década de 80, possui tratamento com diversos fármacos, que quando entram em contato com o vírus inibe a sua ação, diminuindo as chances de o paciente desenvolver a patologia conhecida como AIDS. Porém, estes fármacos que existentes hoje no mercado promovem demasiados efeitos adversos, e portanto, visando a melhoria e queda da baixa adesão ao tratamento pelos pacientes, novas pesquisas na área de plantas medicinais, ainda em estudo. The human immunodeficiency virus (HIV) infection, known since the 1980s, is treated with several drugs, which, when in contact with the virus, inhibits its action, reducing the chances of the patient developing the pathology known as AIDS. However, these drugs that exist on the market today promote too many adverse effects, and therefore, aiming at improving and decreasing the low adherence to treatment by patients, new research in the area of medicinal plants, still under study. 2. Introdução O Vírus descoberto na década de 80, conhecido como Vírus da imunodeficiência humana, o HIV, que acomete o DNA das células do hospedeiro, principalmente os linfócitos, mas também podem acometer os macrófagos, monócitos e as células de Langerhans, assim como outras, causou mais de 25 milhões de mortes no mundo inteiro desde a sua descoberta. Denominado como epidemia, tendo o primeiro tratamento inibitório da carga viral em 1986. Desde desse período, novas pesquisas têm sido realizadas visando a melhoria dos sintomas adversos causado pelo coquetel hoje utilizado ARVs. Com o intuito de uma adesão maior dos infectados ao tratamento, pesquisas animadoras na área de plantas medicinais estão sendo testadas com resultados ainda em análise e também a utilização de fármaco, como o dolutegravir com menor efeito adverso sobre os pacientes em tratamento. 3. Metodologia / Discussão O Vírus HIV é conhecido recentemente pela comunidade científica. Sabe-se que a primeira infecção foi diagnosticada em 1981, porém já haviam relatos de óbitos possivelmente causados desde 1930. A primeira morte atribuída a infecção foi da pesquisadora dinamarquesa Margrethe P. Rask, em 1977, que contraiu a doença enquanto realizava pesquisa sofre o vírus Ebola, na África do Sul. Desde então iniciou-se grande estudo na área para mapear o vírus, sendo descoberto em 1984. No ano seguinte, o teste sorológico de metodologia imunoenzimática foi descoberto e difundido, sendo importante para detecção da contaminação pelo HIV. Seguindo a ordem cronológica, em 1986, na segunda Conferência Internacional da AIDS, em Paris, foi apresentado dados experimentais quanto ao uso da droga AZT, sendo este o primeiro tratamento seguido da prevenção através da proteção sexual, a ser implantado com relação ao vírus. 1 A vida dos indivíduos como HIV/aids vem alcançando modificações ao longo dos últimos anos, graças ao avanço vinculado as terapias anti-retroviral (ARVs), seus resultados tem possibilitado ao portador melhores condições de sobrevida, o menor número de internações das chamadas doença oportunistas, diminuí a mortalidade (Marina Al,2003). Com ARV, aids foi classificada como doença crônica, principalmente em países onde o acesso as medicações são garantidas. Com cronidade, surgem novos desafios ,que demonstra a necessidade de desenvolver novos estudos e terapias para o tratamento contínuo das pessoas com HIV, AIDS. A ARV corrente geralmente inicia com a combinação de três fármacos, sendo dois ITRN associados a um ITRNN ou a um IP. Manobra realizada de acordo com a resistência, toxicidade e comorbidades do paciente infectado. 2 A terapia antirretroviral compreende as etapas do ciclo da replicação viral. São atualmente utilizados (ARV): inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos (ITRN), inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleotídeos (ITRNt), inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos (ITRNN) e inibidores de protease (IP). 2 Mais recentemente, o tratamento recebeu o reforço de inibidores da entrada do vírus na célula, este chamado de anti-HIV. São exemplos: inibidor da fusão vírus-célula (enfuvirtida) e do antagonista de CCR5, (maraviroque), e um inibidor de integrase (raltegravir). A área de pesquisa quanto às condições de melhora no tratamento e inibição do vírus segue buscando novas alternativas. As plantas medicinais têm sido estudadas como uma excelente estratégia para inibir o vírus em diversas etapas da replicação. 2 A pesquisa com derivados de plantas está em fase de teste e visa as seguintes etapas: da penetração do vírus na célula hospedeira (inibição da ligação do vírus à superfície celular e da penetração viral na membrana celular); da transcrição reversa do RNA viral para DNA pró-viral; da integração do DNA pró-viral ao genoma do hospedeiro; do processamento dos polipeptídeos virais pela protease e, da montagem do genoma e proteínas virais dentro da partícula viral para a maturação final e liberação das partículas infecciosas virais maduras. 2 Outra opção para uso com menos efeitos colaterais é o DTG (dolutegravir), que é uma medicação mais eficaz, mais fácil de tomar em relação às alternativas que são usadas atualmente. 3 Adesão Aderir ao tratamento requer uma esperança para o portador, de longevidade e maior qualidade de vida. A eficiência do tratamento demostra os níveis de diminuição viral, que requer um método terapêutica igual ou superior a 95%. das doses prescritas. Os antirretrovirais agem como inibidores do vírus, impedindo sua multiplicação no organismo, fortalecendo o organismo contra a doença, infelizmente os antirretrovirais não são capazes de excluir a doença. Com objetivo da cura, vários estudos estão sendo levados em teste, com a esperança de alcançar a cura da infecção do HIV/aids. Os medicamentos utilizados hoje demonstram uma série de efeitos adversos, sendo esta a causa principal para baixa da aderência ao tratamento pelos infectados. Buscando novos estudos que visam menores efeitos colaterais, algumas pesquisas se desenvolvem na área de derivados de plantas, já identificando bons resultados em diversas etapas da replicação viral. São exemplos que estão em estudo: ácido platânico e o betulínico,cujo derivado, bevirimato se encontra em testes clínicos, com resultados favoráveis, assim como calanolídeo A, hipericina e prostratina. 2 Iniciando o tratamento A importância de iniciar o tratamento, buscando ajuda médica, através de especialidades como infectologista, ginecologista para mulher, clínico geral, urologista para homens, à solicitação de exames para confirmação do diagnóstico, e exames de rotina. Em grávidas e pessoas que apresente carga viral acima de 100.000/ml ou taxa de linfócitos menor que 500/mm de sangue, a orientação é início do tratamento é prioridade. No Brasil é possível contar com o SUS, sistema único de saúde, que está disponível em todo território nacional, dispõe do tratamento gratuito, testagem, exames, medicação, para qualquer cidadão que viva em território nacional Brasil. Como utilizar a medicação Impedir a entrada do vírus na célula humana, é a função da medicação, a fusão do material genético do vírus mais a humano produz novas cópias do vírus, baixando sistema imunológico, abrindo portas para desenvolver outras doenças, que atacam coração, pele, e a tuberculose. A testagem é indicada após diagnóstico confirmado três vezes ao ano, como esse monitoramento é possível acompanhar a dosagem correta para cada pessoa portando do HIV/aids, conforme a evolução da carga viral, levando em consideração o tipo de atividades profissional, saúde em geral, pois a medição pode surtir efeitos colaterais. Até o momento, no Brasil, o paciente recebe gratuitamente do governo 22 tipos de medicamentos em 38 formas de fármacos lista do antirretrovirais utilizados ITEM MEDICAMENTO ARV 1. Abacavir (ABC) 300mg 2. Abacavir (ABC) solução oral 20mg/mL3. Atazanavir (ATV) 300mg 4. Darunavir (DRV) 75mg 5. Darunavir (DRV) 150mg 6. Darunavir (DRV) 600mg 7. Darunavir (DRV) 800mg 8. Dolutegravir (DTG) 50mg 9. Efavirenz (EFZ) 200mg 10. Efavirenz (EFZ) 600mg 11. Efavirenz (EFZ) solução oral 30mg/mL 12. Enfuvirtida (T-20) pó liofilizado injetável 90mg/mL 13. Etravirina (ETR) 100mg 14. Etravirina (ETR) 200mg 15. Lamivudina (3TC) 150mg 16. Lamivudina (3TC) solução oral 10mg/mL 17. Lopinavir + Ritonavir (LPV/r) 100mg + 25mg 18. Lopinavir + Ritonavir (LPV/r) 80mg/ml + 20mg/mL 19. Maraviroque (MVQ) 150mg 20. Nevirapina (NVP) 200mg 21. Nevirapina (NVP) suspensão oral 50mg/5mL – Frasco com 100mL 22. Raltegravir (RAL) 100mg 23. Raltegravir (RAL) granulado 100mg 24. Raltegravir (RAL) 400mg 25. Ritonavir (RTV) 100mg 26. Ritonavir (RTV) 100mg pó suspensão oral 27. Tenofovir (TDF) 300mg 28. Tenofovir (TDF) 300MG + Entricitabina (FTC) 200mg 29. Tenofovir (TDF) 300mg + Lamivudina (3TC) 300mg (DFC - 2 em 1) 30. Tenofovir (TDF) 300mg + Lamivudina (3TC) 300mg + Efavirenz (EFZ) 600mg (DFC – 3 em 1) 31. Zidovudina(AZT) 100mg 32. Zidovudina(AZT) solução injetável 10mg/mL 33. Zidovudina (AZT) Solução oral 10mg/ml – Frasco com 100mL 34. Zidovudina 300mg + Lamivudina 150mg (AZT+3TC) A preocupação com os efeitos colaterais que o coquetel de medicamentos pode provocar, retirada de estavudina e indinavir, recomendado agora para tratar AIDS, foi retirado de circulação devido aos efeitos colaterais, por intoxicar o organismo. Efeitos Colaterais Enjoo, dor de cabeça, vômito, mal estar, baixa no peso, falta de apetite, doença de pele, perda de gordura, pode ocorrer no início do tratamento, devido a quantidade de medicamentos para a ser ingerida de uma só vez, em mesmo horário todos os dias. Resultados Sabe-se que apesar da alta potência dos medicamentos, a ineficiência do tratamento terapêutico pode ocorrer como consequência da persistência e alta mutagenicidade do HIV, associadas ao uso de antivirais por um período prolongado. 2 Em 2019, 82 países de baixa e média renda fizeram a mudança do tratamento do convencional de HIV para os baseados em DTG, visando melhorar a adesão ao tratamento e a maior qualidade de vida dos pacientes.3 Abaixo, um quadro estatístico sobre a situação do tratamento da patologia no mundo no ano de 2021: Fonte: https://unaids.org.br/ Conclusões Sabe se que a principal maneira de combater o vírus, além de políticas de promoção à saúde com base divulgação da prevenção e do tratamento, é o encaminhamento desse paciente infectado à terapia antirretroviral, que compreende as etapas do ciclo da replicação viral, conhecido como TARV. Contudo, este tratamento resulta em efeitos adversos que causa a desistência por parte dos pacientes. Visando descobrir novos meios para o tratamento e possivelmente a cura da doença, pesquisas recentes na área de plantas medicinais tem mostrado resultados animadores para área científica. Agradecimentos 1- https://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3837/-1/linha-do-tempo-da-aids-do-primeiro-caso-aos-dias-atuais.html Equipe Editorial Bibliomed 2 - https://www.scielo.br/j/qn/a/YcnBsJYMxyvv9DnhCm8mdzB/?lang=pt Roberta Costa Santos FerreiraI; Alessandro RiffelII; Antônio Euzébio Goulart Sant'AnaIII, * 3 - https://unaids.org.br/2019/07/oms-recomenda-o-dolutegravir-como-principal-opcao-de-tratamento-para-o-hiv-em-todas-as-populacoes/ https://unaids.org.br/2018/07/sustentabilidade-na-resposta-ao-hiv-na-america-latina/ 22ª Conferência Internacional de AIDS, AIDS2018, América Latina, Resposta ao HIV, Sustentabilidade na resposta ao HIV MINISTÉRIO DA SAÚDE. Aids / HIV: o que é, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção. Disponível em: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/aids-hiv#tratamento. Acesso em 06 jan 2020. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Tratamento para o HIV. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/tratamento-para-o-hiv. Acesso em 06 jan 2020
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