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Ensino aos Alunos com Transtorno Global do Desenvolvimento

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Ensino aos Alunos com Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD)
Definição de transtornos globais do desenvolvimento
Desafio
No início do ano letivo você recebe em sua sala de aula uma menina com desenvolvimento anormal nos seguintes domínios: interações sociais, comunicação, comportamento focado e repetitivo. Em casa a mãe percebe outras manifestações, como fobia, perturbação do sono, birra e agressividade, mas considerava as atitudes normais para uma criança de 3 anos.
Você percebe que a aluna está abaixo das expectativas de aprendizagem, chama os responsáveis e solicita um diagnóstico, a família reluta, mas aceita levar a criança para avaliação. Após os encontros necessários para chegar a uma conclusão, qual será o direcionamento do diagnóstico e do processo de intervenção?
​​​​​​​​PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO
Após a avaliação pelo especialista, a escola recebe o relatório contendo o diagnóstico de autismo infantil. Este Transtorno Global do Desenvolvimento se caracteriza por:
infantil. Este Transtorno Global do Desenvolvimento se caracteriza por:
a) Um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos.
b) Apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo.
A professora e a equipe pedagógica se reúnem para estudar o caso. Após pesquisar sobre o assunto, a professora elabora um plano de trabalho a partir de atividades diferenciadas, com estimulação, contando com o apoio da família, mas principalmente com a orientação dos especialistas como: neuropediatra, fonoaudiólogo e psicopedagogo. Considerando as necessidades e possibilidades da aluna na busca de um trabalho pedagógico que possa qualificar sua relação com o meio e objeto.
A professora e a equipe pedagógica se reúnem para estudar o caso. Após pesquisar sobre o assuto, 
a professora elabora um plano de trabalho a partir de atividades diferenciadas, com estimulação, 
contando com o apoio da família, mas principalmente com a orientação dos especialistas como: 
neuropediatra, fonoaudiólogo e psicopedagogo. Considerando as necessidades e possibilidades da 
aluna na busca de um trabalho pedagógico que possa qualificar sua relação com o meio e objeto
A professora e a equipe pedagógica se reúnem para estudar o caso. Após pesquisar sobre o assuto, 
a professora elabora um plano de trabalho a partir de atividades diferenciadas, com estimulação, 
contando com o apoio da família, mas principalmente com a orientação dos especialistas como: 
neuropediatra, fonoaudiólogo e psicopedagogo. Considerando as necessidades e possibilidades da 
aluna na busca de um trabalho pedagógico que possa qualificar sua relação com o meio e objeto
A professora e a equipe pedagógica se reúnem para estudar o caso. Após pesquisar sobre o assuto, 
a professora elabora um plano de trabalho a partir de atividades diferenciadas, com estimulação
professora e a equipe pedagógica se reúnem para estudar o caso. Após pesquisar sobre o assuto, 
a professora elabora um plano de trabalho a partir de atividades diferenciadas, com estimulação, 
contando com o apoio da família, mas principalmente com a orientação dos especialistas como: 
neuropediatra, fonoaudiólogo e psicopedagogo. Considerando as necessidades e possibilidades da 
aluna na busca de um trabalho pedagógico que possa qualificar sua relação com o meio e
1. Em sala de aula, a professora observa um aluno de 5 anos com as seguintes características: padrão de comunicação verbal adequado, baixa interação social, hiperatividade numérica, processo de memorização visual além da turma, desinteresse na aprendizagem alfabética e comportamento estereotipado. Vários diagnósticos são possíveis. No entanto, baseado na literatura, assinale a alternativa que contemple a hipótese diagnóstica mais "provável".
Você acertou!
B. Espectro autista.
A partir do último Manual de Saúde Mental - DSM-5, que é o guia de classificação diagnóstica, o autismo e todos os distúrbios, incluindo o transtorno autista, transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado do desenvolvimento não especificado e Síndrome de Asperger, fundiram-se em um único diagnóstico chamado de Transtorno do Espectro Autista - TEA.
2. O autismo atípico é um Transtorno Global do Desenvolvimento que se manifesta após os três anos de idade e que não responde a todos os três grupos de critérios diagnósticos do autismo infantil. Assinale a alternativa correta.
Você acertou!
A. Não apresenta manifestações patológicas suficientes em um ou dois dos três domínios psicopatológicos (interações sociais recíprocas, comunicação, comportamentos limitados, estereotipados ou repetitivos, atraso mental profundo ou um transtorno específico grave do desenvolvimento da linguagem do tipo receptivo).
Conforme CID- 10, essas são as principais características do autismo atípico.
3. O Transtorno Global do Desenvolvimento pode ser identificado a partir de vários sinais e em diversas situações observadas tanto em casa como na escola, através de situações que envolvem a comunicação e a interação social. A partir desse contexto marque V para a alternativa verdadeira e F para a alternativa falsa de acordo com as características acerca do Transtorno Global do Desenvolvimento:
( ) movimentos repetitivos chamados de estereotipias;
( ) sono tranquilo e sem alterações;
( ) olhar distante, ou seja, dificuldade de olhar nos olhos de outras pessoas.
( ) ecolalia, repetição de sons e falas
( ) alterações no desenvolvimento psicomotor
Marque a alternativa correta:
Você acertou!
A. V F V V V
Podemos identificar como características do Transtorno Global do Desenvolvimento as estereotipias, que são identificadas a partir dos movimentos repetitivos, bem como a ecolalia com sons e falas repetidas por várias vezes. As alterações no desenvolvimento psicomotor, como: falar, andar, sentar, engatinhar, expressar um sorriso, o olhar distante e sem interação, assim como as dificuldades para dormir, também, podem ser consideradas como características do Transtorno Global do Desenvolvimento
4. Transtorno Globais do Desenvolvimento é o grupo de transtornos caracterizados por alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e modalidades de comunicação e por um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Essas anomalias qualitativas constituem uma característica global do funcionamento do sujeito, em todas as ocasiões. Para a avaliação do TGD é utilizado somente o CID - 10 F84?
Você acertou!
B. Para a avaliação e diagnóstico, se necessário deverá ser utilizado um código adicional, que no caso do espectro autista é utilizado o DSM-V.
É utilizado o CID - 10 - F84 - recorte que inclui, se necessário, um código adicional para identificar uma afecção médica associada ao atraso mental.
5. Em relação ao autismo infantil ou autismo clássico é correto dizer que:
Você acertou!
A. Existem diferentes graus e extensão do comprometimento: alguns casos afetam poucas áreas do desenvolvimento, em outros a maioria ou totalidade das áreas são afetadas.
Sim, esta afirmação é correta, pois há um espectro, variando sempre a extensão e áreas afetadas.
TGD e implicações para a aprendizagem
Desafio
O aluno não aprende os conteúdos apresentados, corre pela sala o tempo todo e não atende aos comandos da professora. Pega um objeto e bate em outro, provocando um som repetitivo, emite gritos, a comunicação é prejudicada, quase não fala, o contato visual com a professora e os demais alunos da sala não existe. A professora esgotou seus recursos pedagógicos e sente-se frustrada diante da situação. A família não se manifestou, omitindo e/ou desconhecendo o problema ou ainda não aceitando que ele existe. O que fazer?
A professora procura a ajuda da equipe pedagógica da escola para compartilhar a situação. A coordenadora é inexperiente, iniciou o seu trabalho recentemente e também não sabe como lidar com essa realidade. O problema na sala de aula persiste, o aluno não aprende,as expectativas de aprendizagem estão longe de ser alcançadas para uma criança de 5 anos. A coordenadora agenda um horário em com a mantenedora e a professora para discutir o assunto, resolve-se que a família deverá ser chamada e a criança encaminhada para avaliação e diagnóstico. Após algum tempo a escola recebe o relatório, a criança apresenta transtorno do espectro autista e precisa de um plano de aula diferenciado em sala de aula.
Você deverá elaborar um plano de aula contendo:
1 CONTEÚDO
2 OBJETIVO
3 ESTRATÉGIA
4 MATERIAIS
5 AVALIAÇÃO
Padrão de resposta esperado
No plano de aula deverá constar os cinco itens, conforme abaixo:
Conteúdo: Escrita
Objetivos: Escrever o próprio nome
Estratégias: Jogos
Materiais: Alfabeto móvel
Avaliação: Reconhecer e ler o que escreveu.
1. Sobre o Plano Educacional Individualizado (PEI) é correto afirmar:
Você acertou!
A.  É elaborado para cada criança, desenvolvido com interdisciplinaridade e com o objetivo de valorizar suas capacidades.
O PEI é elaborado a partir das necessidades específicas da criança e de acordo com as possibilidades da mesma.
2. Para o diagnóstico do chamado Transtorno Autista, na perspectiva da Teoria da Mente, é essencial destacar que:
Você acertou!
D.  O diagnóstico de autismo não pode ser feito apenas através da positivação de uma lista de características de comportamentos isolados.
O diagnóstico considera todos os aspectos das funções executivas do cérebro.
3. Identifique a afirmativa correta em relação às práticas pedagógicas em uma perspectiva inclusiva com o aluno com Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD).
Você acertou!
A.  A escolarização em escola comum tem se mostrado essencial para que as crianças e os adolescentes com TGD desenvolvam competências a serem utilizadas no decorrer de toda a sua vida.
Sim. A inclusão em sala comum potencializa o desenvolvimento de competências do indivíduo com TGD.
4. O cérebro é responsável por quase todas as atividades vitais necessárias à sobrevivência, entre elas destacam-se três: 1- funções conativas (que do ponto de vista da psicologia é o impulso para a ação; do ponto de vista da linguística significa influenciar o comportamento do destinatário); 2-funções executivas; 3-funções cognitivas. No caso de um indivíduo com TGD, como se caracterizam estas funções?
Você acertou!
D.  Destacam-se na aprendizagem humana as funções: conativas, executivas e cognitivas (envolvendo movimento, sono, fome, sede, emoções, sinais orgânicos, o que no indivíduo com TGD, são prejudicadas).
As funções ou parte delas é prejudicada no indivíduo com TGD, dependendo do diagnóstico dentro do espectro autista.
5. Teoria da Mente é a capacidade de atribuir estados mentais a ele mesmo e a outras pessoas e dessa forma poder predizer o comportamento dos outros a partir das suas crenças, desejos e intenções representadas no estado mental. Quais são as principais características do autista em relação à previsão de comportamentos próprios e dos outros?
Você acertou!
C.  As principais características observadas são: comportamento social, falta de domínio da linguagem e da comunicação, impossibilidade de prever determinados comportamentos atípicos.
Essas são as principais características.
TGD e potencialização da aprendizagem
Desafio
É início do ano letivo e a coordenadora da escola chama você, professora da educação infantil, que atende crianças de cinco anos, e entrega a lista dos alunos matriculados. Nesta lista tem uma criança diagnosticada com espectro autista severo. Sabe-se que, de acordo com o DSM-5, existem três classificações, a saber: grave, moderado e leve.
Padrão de resposta esperado
Baseado no DMS-5 existem os seguintes níveis de dificuldades:
- Autismo grave - nível 03
- Autismo moderado - nível 02
- Autismo leve - nível 01
Critérios a serem usados no diagnóstico:
1 - Deficiências sociais e de comunicação.
2 - Interesses restritivos, fixos e intensos e comportamentos repetitivos. Para cada nível é necessário um plano de ação. O seu desafio é elaborar uma aula, para uma criança autista, nível leve, com 7 anos.
No caso do desafio, a criança apresenta um diagnóstico de autismo grave. Portanto todas as estratégias abaixo deverão ser trabalhadas de forma potencializada, ou seja, adequando-as às possibilidades da criança.
Você pode iniciar o trabalho com esta criança da seguinte forma:
1 - Tema: escrever uma lista de frutas.
2 - Estratégias: Mostrar diversos tipos de frutas, de material plástico ou até mesmo frutas naturais. A criança deverá manusear, apropriar-se das características, nome, cor, forma, cheiro, para depois escrever. Poderá também procurar diferentes frutas na internet, mostrando e descrevendo uma a uma.
3 - Materiais: papel, lápis, letras móveis, lápis de cor para colorir.
4 - Avaliação: escreveu sozinha, à medida que a professora ditou? Escreveu com ajuda? Os nomes das frutas foram escritos de forma convencional, ou seja, escritas de forma correta? O traçado das letras está correto? A criança é capaz de ler o que escreveu?
​
1. O termo "condutas típicas" refere-se a uma variedade muito grande de comportamentos, o que tem dificultado o alcance de consenso em torno de uma só definição. Entretanto, a maioria delas podem ser representadas por um contínuo, no qual se representa, em um extremo, comportamentos voltados para o próprio sujeito, e no outro extremo, comportamentos voltados para o ambiente externo. Qual das opções abaixo relaciona-se com comportamentos voltados para o próprio sujeito?
Você acertou!
B.  Alheamento do contexto externo, timidez, recusa em verbalizar, recusa em manter contato visual.
Estes aspectos referem-se a comportamentos voltados para o próprio sujeito.
2. É correto afirmar que a convivência compartilhada da criança com autismo na escola, a partir da sua inclusão no ensino comum, possa oportunizar os contatos sociais e favorecer não só o seu desenvolvimento, mas também o das outras crianças?
Você acertou!
A.  A criança com autismo pode usufruir dos modelos de comportamentos de outras crianças imitando-as e com isso se beneficiar, desenvolvendo suas potencialidades de interação com o outro.
Sim, a inclusão realmente pode beneficiar o indivíduo com autismo em sala de aula comum. O convívio das outras crianças com o autista também pode beneficiá-los no sentido de desenvolvimento de cooperação, compreensão, valorização e respeito pelas diferenças.
3. Dentro do espectro autista são muitas as variáveis a considerar sobre o prognóstico do indivíduo. É possível o professor emitir prognósticos dizendo quanto e quando o aluno irá melhorar?
Você acertou!
C.  Realmente não se sabe o quanto e quando a criança irá melhor e se irá melhorar. Portanto a intervenção é sempre importante e dependendo de cada caso, mas a professora não pode emitir prognósticos.
Portanto o estímulo da família, o trabalho de profissionais especializados, tais como neurologista, fonoaudiólogo, psicólogo, psicopedagogo em  conjunto com a escola, poderá obter resultados positivos de desenvolvimento, porém não é possível garantir prognósticos positivos.
4. 
É correto dizer que o ambiente favorável, ou seja tranquilo, seguro e com rotinas, evitando: exigências excessivas, alteração da rotina, barulho, excesso de estimulação, como lugares lotados, ser impedidos de realizar rituais, incertezas, falta de estrutura, espera, viagem sem planejamento, entre outros, levam o indivíduo com espectro autista à crise?
Você acertou!
D.  Sim, os ambientes e situações adversas citadas na pergunta devem ser evitadas para não gerar a crises nos indivíduos do espectro autista. Os pais, cuidadores, professores precisam compreender as características do autista para saber lidar com ele.
É preciso estudar sobre o espectro autista, para compreendê-lo e ajudá-lo potencializando assim o seu desenvolvimento.
5. Uma criança com um ano e oito meses de idade, normalmente, fala pelo menos cinco palavras. Faz referência com o olhar mostrando o que deseja, olha para a mãe e/ou cuidadora e em seguida olha para o objeto desejado. Casoa criança não se comunique, não estabeleça relação com os sujeitos e objetos deve ser encaminhada para avaliação?
Você acertou!
B.  As crianças precisam desde o nascimento serem observadas e acompanhadas seguindo os protocolos de desenvolvimento, para saber se estão dentro ou não dos padrões necessários. Neste caso um neuropediatra deve ser consultado, pois esta criança está fora dos protocolos de desenvolvimento.
As crianças fora do protocolo podem ter um diagnóstico do espectro autista.
Atendimento Educacional Especializado e alunos com altas habilidades/superdotação
Desafio
Dentre uma série de características, de modo geral, o aluno com AH/SD destaca-se por ser ágil no processo de aprendizagem, por uma habilidade na resolução de problemas e tomada de decisão, por apresentar um potencial significativo em uma ou mais áreas do conhecimento, pela fluência verbal e por ser naturalmente questionador. Quando não ocorre o estímulo cognitivo adequado às suas necessidades, o aluno pode apresentar alguns comportamentos como resposta às frustrações, que ocorrem pelo não atendimento de suas expectativas.
Imagine que você a poucos dias iniciou seu trabalho em uma equipe pedagógica de uma escola. Recebeu em sua sala uma professora muito irritada reclamando de um aluno, que, segundo ela, está tumultuando a sala de aula, pois interrompe as explicações, faz questionamentos sobre conteúdo e sobre a sua metodologia a todo momento, não copia o conteúdo e afirma que já domina o que está sendo exposto. Informa, ainda, que o aluno em alguns dias conversa muito, interferindo na atenção dos colegas, e em outros dias chega a dormir em sala de aula. A professora informou a você que o aluno frequenta o AEE para AH/SD no contraturno.
Considerando as descrições do comportamento expostas pelo professor e a perspectiva do aluno, o que você faria para resolver esse impasse?
Padrão de resposta esperado
Inicialmente, seria importante conversar informalmente com o aluno para saber como está se sentindo no espaço escolar e quais são as suas expectativas. Em seguida, observar a pasta individual do aluno para conhecer mais sobre a sua trajetória escolar e outros dados. Observar também a visão dos professores das outras disciplinas para conhecer como ele se relaciona com os conteúdos e com os demais.
Posteriormente, é indicado marcar uma reunião com a professora da Sala de Recursos Multifuncional para discutir as questões e, por fim, reunir todos os professores para explicar as razões do comportamento do aluno e a necessidade de mudanças no relacionamento, além de auxílio por parte dos professores para diminuir o comportamento desmotivado do aluno.
1. No AEE, há maneiras de ofertar atividades diferenciadas com recursos e estratégias programadas para atender às especificidades da pessoa com AH/SD, realizando atividades extracurriculares e intracurriculares. Qual das opções a seguir traz uma atividade extracurricular?
Você acertou!
B. Levar os alunos a um centro de pesquisa.
As atividades extracurriculares podem ser realizadas na escola ou fora dela com parcerias com universidades, centros de pesquisa, empresas, etc., enriquecendo, em extensão e profundidade, o currículo comum, já alterações de objetivos e metodologia do currículo e remoção de materiais repetitivos do livro didático são atividades intracurriculares.
2. Quando o aluno com AH/SD não é estimulado intelectualmente, podem aparecer alterações de comportamento como resposta à frustração. As crianças com altas habilidades podem tornar-se entediadas, desestimuladas, agressivas e com problemas de comportamento em razão do despreparo da escola em não oferecer conteúdos adequados e satisfatórios para esse público. Em quais aspectos o AEE pode contribuir para evitar que isso aconteça?
Você acertou!
D. Realizando avaliação de identificação da AH/SD, elaborando PDI e promovendo o enriquecimento curricular.
O AEE, para atender às necessidades do aluno e evitar frustrações, deve realizar a avaliação de identificação e elaborar o PDI contendo estratégias de enriquecimento intracurriculares e extracurriculares. Encaminhamento para terapia psicológica para trabalhar a frustração por não ter seus direitos assegurados não é tolerável. O AEE para esse público é de caráter suplementar e não substitutivo. É um mito crer que o aluno com AH/SD não necessita do AEE e de apoio para o seu processo de aprendizagem. Apenas modificações curriculares são insuficientes.
3. Os mitos criados historicamente em relação às pessoas com altas habilidades/superdotação têm contribuído para dificultar as estratégias de atendimento a esses alunos. Considerando isso, torna-se função dos profissionais do AEE esclarecer quais são esses mitos e contribuir para que as pessoas deixem os estereótipos que apenas distorcem a real identidade da pessoa com AH/SD e dificultam o atendimento.
Qual das alternativas a seguir apresenta somente mitos sobre as pessoas com altas habilidades?
Você acertou!
E. É gênio, sabe tudo e é considerado um fenômeno raro. Tudo é fácil para a pessoa com altas habilidades, inclusive são autodidatas,ou seja, não precisam de ninguém.
Crer que a pessoa com AH/SD é um gênio, sabe tudo, é um fenômeno raro, tudo é fácil para ela, é autodidata e autossuficiente é mito. Não são mitos as caracteríticas reais e cientificamente aceitas que definem a pessoa com AH/SD.
4. Joseph Renzulli contribuiu imensamente para que novos horizontes fossem ofertados para a pessoa com AH/SD. Renzulli (2014) define que o comportamento superdotado consiste nos comportamentos que refletem uma interação entre três agrupamentos básicos dos traços humanos – sendo esses agrupamentos habilidades gerais ou específicas acima da média, elevados níveis de comprometimento com a tarefa e elevados níveis de criatividade.
Especificamente sobre as habilidades gerais, de acordo com Renzulli, consiste:
Você acertou!
A. em processar informações e abstrair e integrar experiências que resultem em respostas adequadas e adaptadas a novas situações.
A habilidade geral é a utilização do raciocínio abstrato produzindo respostas adequadas e adaptadas a novas situações. É uma habilidade que consiste em processar informações e abstrair e integrar experiências que resultem em respostas adequadas e generalizáveis. Já uma habilidade específica é a capacidade de desempenhar atividades especializadas ou de uma faixa restrita de conhecimento. O envolvimento com a tarefa é uma forma refinada de motivação e representa a energia que é mobilizada por um problema, bem como uma capacidade de julgamento para identificar problemas significativos para se envolver em uma tarefa. A criatividade se manifesta em um potencial que ultrapassa a esfera individual, é uma capacidade criadora e inventiva.
5. Na escola considerada inclusiva, o Atendimento Educacional Especializado é realizado pelo professor responsável pela Sala de Recursos Multifuncionais e constitui-se em um suporte fundamental para garantir a participação e a aprendizagem do aluno público-alvo da educação especial na classe comum e, também, nas atividades desenvolvidas pela escola.
Sua ação será delineada pelo Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), documento elaborado pelo professor do Atendimento Educacional Especializado com o apoio do coordenador pedagógico da unidade escolar (POKER et al., 2013).
Sobre o PDI, qual alternativa está correta?
Você acertou!
E. O PDI contém dados da avaliação e identificação da AH/SD e projeta o que será feito. 
O PDI é uma construção coletiva e deve incluir todos os envolvidos no processo de inclusão desses sujeitos. e não somente o pedagogo. A fase de identificação terá como base diferentes fontes de dados, como: entrevista com os pais somada a dados do prontuário escolar do aluno; relatórios de profissionais da saúde; anamneses anteriormente realizadas, entrevista com o aluno, etc. O PDI é um documento flexível e retroalimentável. O PDI serve para registrar os dados da avaliação e identificação da AH/SD do aluno e o plano de intervenção pedagógico especializadoque será desenvolvido vai além de trazer apenas o que aluno conhece ou não conhece.
Altas habilidades/superdotação: conceito
Desafio
Pensar as altas habilidades/superdotação na perspectiva da educação inclusiva é um grande desafio, não pela complexidade da temática, mas porque as questões voltadas para a igualdade e a garantia de direitos estão para além da legislação. A sociedade como um todo precisa compreender diferenças, contextualizar questões históricas e sociais, propondo, assim, o debate acerca da inclusão.
Nesse cenário, os espaços escolares que prioritariamente devem garantir os direitos de todos os alunos, precisam se reinventar, buscando estratégias que acolham as diferenças e potencializam as habilidades de todos os alunos. Para isso, é necessário conhecer a legislação da educação especial, as suas particularidades e os mecanismos de amparo.
Você faz parte da equipe diretiva de uma escola pública. Como uma escola de nível Fundamental, ela atende uma diversidade de alunos, incluindo Educação Especial. A escola tem uma sala multifuncional atendendo no contraturno alunos com todos os tipos de deficiência. No mês de abril, a escola recebe Marcos, um aluno de 4ª série, com indicação para altas habilidades/superdotação. Logo ao se inserir na turma, o aluno apresenta habilidades e um raciocínio muito apurado, demonstrando que é um tanto “diferente” dos demais colegas. Ao apresentar as competências do novo aluno para a direção da escola, foi solicitada uma avaliação na sala de recursos. No entanto, a diretora não concorda com essa medida, alegando que o menino é inteligente e, por isso, não precisa do atendimento.
Explique, enquanto coordenadora da escola, como estabelecer estratégias para que a gestão da escola compreenda a importância de uma avaliação mais apurada do menino.
Padrão de resposta esperado
Infelizmente, existem muitos Marcos nas escolas brasileiras, que por algum motivo não recebem o atendimento educacional especializado.
Nesse caso, enquanto gestora pública, o que se esperava é que a profissional tivesse a sensibilidade de permitir a avaliação e o acompanhamento do menino na sala de recursos, pois na Educação Especial não existe uma situação “melhor” que a outra. Todas as situações são importantes e necessárias. No entanto, a situação de Marcos precisa ser resolvida.
Nesse primeiro momento, um bom diálogo com a gestora, apresentando a legislação e a obrigatoriedade do atendimento das altas habilidades/superdotação na sala de AEE, é uma estratégia para que a diretora reconheça a necessidade da avaliação solicitada.
1. Com relação às políticas públicas e à legislação vigente, a área das altas habilidades/superdotação é contemplada na Educação Especial e, consequentemente, esse sujeito apresenta necessidades educacionais especiais.
A esse respeito, é correto afirmar que:
Você acertou!
A. O sujeito com altas habilidades/superdotação apresenta características acima da média, com interesses em áreas de sua preferência, e é muito importante o seu acompanhamento em salas de atendimento educacional especializado.
​​​​​​​O sujeito com altas habilidades/superdotação apresenta características acima da média com interesses em áreas de sua preferência, porém é importante frequentar as salas de atendimento educacional especializado. Esse acompanhamento oportuniza o suporte para as suas habilidades, desenvolvendo as suas capacidades e potencializando as suas competências. As dificuldades de aprendizagens não são raras, elas surgem em muitos dos casos.
2. Ao refletir a respeito das altas habilidades/superdotação, vários questionamentos surgem, principalmente no campo educacional. Nesse cenário, é interessante pensar em alguns estereótipos que constituem o sujeito com altas habilidades.
Sobre o tema, assinale a alternativa correta:
Você acertou!
C. No contexto escolar, é importante identificar as características que cercam o aluno com altas habilidades/superdotação. A equipe precisa estar preparada para lidar e entender esse aluno em sua essência, desmistificando os preconceitos existentes como fenômeno raro.
No contexto escolar, é importante identificar as características que cercam o aluno com altas habilidades/superdotação, conhecer as suas características e potencialidades trabalhando não apenas com os interesses do aluno, mas oportunizando outras aprendizagens e experiências. Esses sujeitos não apresentam um desempenho extraordinário e não podem ser considerados com uma genialidade. A pessoa com altas habilidades/superdotação deve ser compreendida em sua essência e devem ser desmistificados os preconceitos que tratam de um fenômeno raro.
3. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva nos diz que a Educação Especial deve integrar a proposta pedagógica da escola, oferecendo atendimento aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
De acordo com a política e com relação às altas habilidades/superdotação, é correto afirmar que:
Você acertou!
E. O sujeito com altas habilidades/superdotação demonstra potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes.
De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, o sujeito com altas habilidades/superdotação demonstra potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresenta elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse.
4. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de 2008, modifica o olhar da Educação Especial. Esse documento foi extremamente importante para efetivar os direitos de acesso, permanência e participação desse público nas escolas regulares de ensino. 
De acordo com esse documento, a Educação Especial está voltada para alunos com:
Você acertou!
C. transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades/superdotação e deficiência.
De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, o público-alvo da educação especial é contemplado por ter alguma deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação.
5. Guenher (2006) afirma que a dificuldade não está na negação da existência dos sujeitos com altas habilidades/superdotação, mas sim em como perceber isso efetivamente nas pessoas.
Com relação às altas habilidades/superdotação, podemos afirmar que muitos questionamentos surgem talvez por desconhecimento ou falta de embasamento científico. Alguns desses pontos podem ser caracterizados como mitos e verdades. Mito é algo imaginário e, verdade, o que pode ser comprovado cientificamente. 
Com relação aos mitos e às verdades sobre altas habilidades/superdotação, marque a alternativa que melhor corresponde às sentenças a seguir:
Você acertou!
E. É verdade que esse sujeito demonstra competência acadêmica, atenção, concentração, rapidez de aprendizagem e uma memória elevada, com uma grande capacidade de resolver e lidar com problemas.
É mito falar que pessoa com altas habilidades/superdotação não necessita de ajuda, mas é verdade que esse sujeito realiza novas associações, com novas ideias e experiências de forma peculiar. Podemos considerar verdadeiro que esse sujeito demonstra competência acadêmica, atenção, concentração, rapidez de aprendizagem e a memória é elevada, com uma grande capacidade de resolver e lidar com problemas. E é possível considerar um mito que a pessoa com altas habilidades/superdotação apresenta uma habilidade, um talento excepcional, mas podemos considerar verdadeiro sua tendência de desenvolver atividades de maneira individual, sem preocupação com o coletivo.
A neurociência e as altas habilidades/superdotação
Desafio
Os estudantes com altas habilidades/superdotação necessitam de atendimentos educacionais especializados, visto que eles tambémpodem enfrentar obstáculos nos estudos e precisam de adaptação no currículo e de estratégias pedagógicas diferenciadas. Entretanto, antes da etapa do planejamento, vem a fase do diagnóstico.
Imagine que você é um profissional da neurociência e que irá atender um adolescente de 15 anos. Nesse atendimento, você deverá aplicar uma série de testes para avaliar suas características neurocognitivas.
Cite exemplos de testes que poderiam ser feitos e quais funções neuropsicológicas/neurocognitivas desse adolescente poderiam ser avaliadas e/ou exploradas.
Padrão de resposta esperado
Após realizar anamnese detalhada e entrevistas, primeiramente, com a família e depois com o adolescente, além de observações feitas na clínica e na escola, o próximo passo seria a aplicação de testes variados, conforme a queixa e as especificidades apresentadas pelo adolescente. Uma sugestão seria realizar os testes na forma de baterias neuropsicológicas (consideradas, por muitos, indispensáveis para a obtenção de dados e a interpretação dos resultados obtidos).
A partir desses testes, você, o profissional responsável, poderia avaliar as seguintes funções neuropsicológicas:
Linguagem: ter noções do desempenho do adolescente em atividades que exigem consciência fonológica, escrita das palavras, distinção de fonemas, leitura e reconhecimento de palavras e fonemas, etc.
Memória: ter noções do desempenho do adolescente em atividades que exigem memorização e repetição de informação ou em atividades que exigem a manipulação on-line de informações, a manipulação de símbolos com resolução de raciocínio matemático, bem como avaliar a resistência a distratores (memória de curto prazo) ou até mesmo a resistência ao longo do tempo (memória de longo prazo).
Percepção: atividades que exigem manipulação mental para completar figuras, tarefas de busca e percepção visual, entre outras.
Características da personalidade: ter noções para as características relacionadas ao humor do adolescente (por exemplo, presença de humor ansioso, insegurança, carência afetiva e repressão de afetos, presença de conflitos), etc.
1. A neurociência contribuiu muito para a construção do conhecimento que hoje temos sobre o comportamento e o desenvolvimento dos indivíduos com altas habilidades/superdotação. Ela está organizada em cinco principais áreas de investigação: neurociência celular, neurociência cognitiva, neurociência comportamental, neurociência molecular e neurociência sistêmica. Em relação a essas áreas, são feitas as seguintes afirmações:
I) A neurociência cognitiva investiga o desenvolvimento das estruturas relacionadas ao comportamento racional.
II) As neurociências comportamental e sistêmica buscam encontrar a localização das estruturas relacionadas às psiques.
III) A neurociência celular investiga o processo de formação e a morfologia das células do sistema nervoso.
IV) A neurociência molecular estuda a formação das principais moléculas do sistema nervoso, ou seja, os neurônios.
Assinale a alternativa que lista apenas afirmações corretas:​​​​​​​
Você acertou!
C. A neurociência celular investiga o processo de formação e a morfologia das células do sistema nervoso.
A neurociência celular tem como principal objetivo elucidar a forma e a função das principais células que formam o sistema nervoso, especialmente o neurônio. Este último é o principal tipo celular responsável pela formação das estruturas do sistemas nervoso central e periférico e atua em conjunto com diversas moléculas, as quais são o interesse da neurociência molecular. Já as neurociências cognitiva e comportamental estudam os comportamentos associados às altas habilidades, especialmente os que influenciam a atividade cognitiva. Por fim, a neurociência sistêmica investiga a localização das etruturas nervosas e sua morfologia.
2. Considera-se que o cérebro de indivíduos com altas habilidades/superdotação apresenta funcionamento muito eficiente, o que os coloca à frente de muitos dos indivíduos com quem convivem. Essa eficiência ocorre devido a particularidades de algumas de suas áreas e/ou estruturas, tais como:
Você acertou!
A. as conexões nervosas do cérebro, as quais são extremamente velozes e gastam pouca energia nesse processo.
O cérebro desses indivíduos consegue processar uma grande quantidade de informação sem gastar muita energia, e tudo isso de forma rápida, motivo pelo qual é chamado de eficiente. A transferência de informações entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro também é feita de maneira rápida e econômica. No entanto, mesmo o cérebro desses indivíduos pode variar no número de neurônios que apresenta (pois depende da estimulação) e no tempo de recuperação para traumas. Por fim, a neurociência demonstra que geralmente os neurônios antigos são substituídos a qualquer momento, mas o tempo de substituição depende das experiências vivenciadas pelo indivíduo e também de seu modo de vida (o que inclui alimentação e ingestão de substâncias).
3. O funcionamento do cérebro humano é como uma grande orquestra que está continuamente a tocar uma grande sinfonia. Não podemos apontar para nenhuma parte isolada, ou mesmo para uma combinação de partes e dizer que constitui a orquestra ou a sinfonia. O miraculoso processo de atividade mental ocorre regularmente, em todos nós, a toda hora, quer sejamos talentosos, quer sejamos pessoas normais.
As informações contidas nesse texto são:
Você acertou!
C. totalmente verdadeiras, pois o conhecimento atual da neurociência do cérebro nos permite caracterizá-lo como um órgão complexo e integrado, e diversas regiões são utilizadas na realização de funções e atividades.
Uma concepção moderna do cérebro, fruto dos avanços nas neurociências ao longo das últimas décadas, considera-o composto por múltiplos circuitos distribuídos que operam de forma conjunta. Nenhuma região isolada pode ou consegue executar qualquer função mental sem a cooperação de outras regiões cerebrais, e isso inclui ambos os hemisférios cerebrais (direito e esquerdo).
4. A neurociência demonstrou, por meio de suas pesquisas, que a experimentação é a melhor forma de promover o aprendizado em jovens com altas habilidades. Durante esse tipo de atividade, diversas áreas do cérebro são utilizadas, já que as atividades de experimentação:
Você acertou!
B. promovem a reestruturação neural, desde que o repertório de atividades seja diverso.
A experimentação feita por meio de atividades diversas e progressivamente complexas estimula a neuroplasticidade. Isso ocorre porque essas atividades exigem a reestruturação neural e o aumento do número de sinapses nervosas para que seja possível realizar as atividades em questão (as necessidades intelectuais e comportamentais que se apresentam no processo de aprendizagem).
5. Os principais defensores da abordagem neurocientífica para complementar o planejamento no ensino de alunos com altas habilidades/superdotação defendem a utilização de uma série de atividades no currículo desses alunos, entre as quais:
Você acertou!
A. atividades que envolvam pensamento de forma integrada.
Atividades de pensamento integrado, ou seja, aquelas que envolvem o mesmo assunto/objeto abordado de forma concomitante por diferentes disciplinas estimulam o processo de aprendizagem e a formação de um número maior de conexões neurais. As atividades repetitivas contribuem para a memorização, mas devem ser feitas com ponderação e não podem englobar conteúdos extremamente distintos, pois essas ações podem dificultar o processo cognitivo, gerando confusão e frustração nesses alunos. Por fim, a utilização de materiais diversificados deve ser uma prática constante nas aulas, visto que materiais repetitivos podem desestimular a experimentação por parte dos alunos.
Altas habilidades/superdotação e o uso de tecnologias digitais no contexto escolar
Desafio
Segundo os estudos de Renzulli (1998, p. 33), “[...] a superdotação consiste em uma interação entre três agrupamentos de características: habilidades gerais acima da média, mas não necessariamente superiores, compromisso coma tarefa e criatividade”.
​​​​​​​Você faz parte dessa equipe pedagógica e atua como professor regente da sala de aula regular, que, além de Mariana, conta com mais 18 alunos. Qual a importância das tecnologias para o ensino dessa criança, sabendo que se trata de um caso de altas habilidades/superdotação?
Padrão de resposta esperado
As tecnologias são importantes em diversos aspectos, mas, em relação ao ensino, ressalta-se a importância que as tecnologias têm na motivação em aprender desse sujeito, visto que, em razão de apresentar habilidades acima do esperado para sua idade, estava se frustrando com as práticas tradicionais oferecidas aos demais alunos. Além disso, por meio das tecnologias, é possível propor estratégias inovadoras e criativas, de forma a motivar os sujeitos com altas habilidades/superdotação.
Ainda, as tecnologias têm um papel desafiador, pois, por meio desses recursos tecnológicos, esses sujeitos podem aprofundar e ampliar seus conhecimentos. As tecnologias permitem aos sujeitos com altas habilidades/superdotação ampliar seu desenvolvimento, pois existem artefatos tecnológicos que trazem uma gama de conhecimentos e aprofundamentos de diversos assuntos.
1. Os sujeitos com altas habilidades/superdotação apresentam um desenvolvimento que se destaca para sua idade cronológica. Levando em consideração as práticas pedagógicas escolares, que tipo de recursos é possível utilizar para ampliar as habilidades desses sujeitos de maneira criativa e inovadora?
Você acertou!
C. Devem ser utilizados recursos tecnológicos, softwares, aplicativos, pesquisas sobre a temática de interesse do aluno.
A escola pode utilizar diversos recursos que favoreçam e possibilitem o ensino e a aprendizagem dos sujeitos com altas habilidades/superdotação. Inclusive, essa adequação pedagógica de acordo com a necessidade dos sujeitos está prevista na LDB — Lei n.º 9394/96. Os sujeitos com altas habilidade/superdotação necessitam de estratégias diversificadas, desafiadoras e lúdicas para se motivarem a aprimorar suas habilidades, e o uso das tecnologias tem sido um recurso importantíssimo e enriquecedor para o desenvolvimento desses sujeitos.
2. Os alunos com altas habilidades/superdotação necessitam de estratégias pedagógicas diferenciadas e desafiadoras, visando a contemplar não somente as suas áreas de interesse, mas também as demais áreas. Essas estratégias irão ampliar o conhecimento desses sujeitos, de modo a ajudá-los a compreender e valorizar suas habilidades. Nesse sentido, qual a lei garante de forma mais pontual esse direito a esses sujeitos?
Você acertou!
A. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
A legislação que garante esse direito aos sujeitos com altas habilidades/superdotação é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/96), em seu artigo 59, inciso I. As demais leis também são relacionadas à educação, mas não sobre esse direito de adaptação curricular de acordo com a necessidade do aluno.
A Lei n.º 8.069/90 se refere ao Estatuto da Criança e do Adolescente e traz questões referentes aos direitos e aos deveres desses sujeitos.
A Lei n.º 10.436/02 se refere à oficialização da Língua Brasileira de Sinais como a segunda língua no Brasil.
A Lei n.º 11.494/07 se refere ao FUNDEB — Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.
A Lei n.º 10.098/00 prevê normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida.
3. O uso de tecnologias digitais está cada vez mais presente em nosso dia a dia. Pensando na área da Educação, e mais especificamente em relação às práticas pedagógicas, qual o público que pode ser contemplado com a utilização de 
Você acertou!
E. As tecnologias podem ser utilizadas com todos os alunos, sejam eles com deficiência, sejam eles com transtorno do espectro autista ou com altas habilidades/superdotação.
O uso de tecnologias digitais pode e deve contemplar todos os alunos, pois possibilita o desenvolvimento de habilidades por meio de recursos lúdicos. Nesse sentido, todos os alunos, inclusive os alunos público- alvo da Educação Especial, podem ser contemplados com a utilização de tecnologias digitais no contexto escolar.
4. Segundo o MECSEESP (BRASIL, 1995), o educando com altas habilidades/superdotação (AH/SD) apresenta comportamentos observados ou relatados que confirmam a expressão de traços consistentemente superiores em relação a uma média em qualquer campo do saber.
Levando em consideração as características singulares, as habilidades além do esperado para sua idade, qual das alternativas apresenta as estratégias pedagógicas mais adequadas para uma turma de alunos com AH/SD?
Você acertou!
E. O professor deve realizar um planejamento individualizado, visando às características do aluno e utilizando estratégias diferenciadas, inclusive as tecnologias digitais.
Para realizar uma estratégia pedagógica adequada, o professor regente deve elaborar, junto com a equipe pedagógica da escola, um planejamento específico para o perfil do aluno. O planejamento deve ser diferenciado, com estratégias diversificadas, incluindo as tecnologias, visando a aprofundar as habilidades em destaque desse aluno e estimular as demais áreas em que apresenta dificuldades. É papel e dever da escolar oferecer propostas diferenciadas visando ao ensino/aprendizagem desses sujeitos. Além disso, a família deve também contribuir e apoiar esse processo, mas não cabe somente a ela o desenvolvimento desses sujeitos. A família deve ser parceira da escola nesse processo, auxiliando no que for necessário. Caso a escola não esteja cumprindo o seu papel, a família deve buscar esse direito do sujeito com altas habilidades/superdotação, previsto na legislação educacional.
5. Os alunos com altas habilidades/superdotação necessitam de um olhar diferenciado do professor em sala de aula, e as tecnologias têm sido um meio de proporcionar a esses sujeitos o desenvolvimento de suas habilidades. Qual dos recursos a seguir poderia ser utilizado com um sujeito com altas habilidades/superdotação que tem interesse em programação?
Você acertou!
D. Scratch.
O Scratch é o recurso que proporciona aos sujeitos a criação de histórias interativas, animações, jogos, músicas, etc. Utiliza uma linguagem de programação acessível e permite aos seus usuários desenvolver diversas habilidades, entre elas a linguagem, a criatividade, o raciocínio.
Nos demais aplicativos não é possível realizar programação. O Quiver refere-se à realidade aumentada; no aplicativo Voki é possível a construção de avatares e o desenvolvimento de outras habilidades; o Facebook é uma rede social e possibilita o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita, criatividade, interação, entre outras; e no Google Chrome somente é possível realizar pesquisas na Internet.
Altas habilidades/superdotação e a família no contexto escolar
Desafio
A aprendizagem é um processo complexo que envolve indivíduos e contempla diversas etapas. Uma das principais etapas ocorre já no primeiro contato da escola com o aluno com altas habilidades/superdotação. Esse momento é considerado um dos mais importantes quando o assunto é a condução do aluno no caminho da aprendizagem, pois as informações aqui obtidas serão utilizadas para dar importantes passos em busca da excelência no aprendizado.
Imagine que você é professor e que vai conhecer a sua turma no primeiro dia de aula. Lá você conhece João, um aluno que lê desde os dois anos de idade, sendo que, segundo o relato do próprio aluno, você descobre que ele lia os mais diversos tipos de livros e sem muito esforço. No entanto, os relatos da equipe de especialistas da escola anterior apontam dificuldades na área da matemática, um obstáculo que agora está superado graças às reuniões feitas com os pais, nas quais o professor solicitou trabalhos de casa extra. Além disso, o aluno se mostrou proeminente na aula de inglês, demonstrando suas altas habilidades para linguagem.
​​​​​​​Partindo dessas informações,qual seria a sua opinião sobre os motivos que levaram a criança a desenvolver as habilidades matemáticas e ter aprimorado ainda mais a sua leitura?
Padrão de resposta esperado
Percebe-se a importância dos vínculos estabelecidos entre a família e os professores.
A criança desenvolveu as suas habilidades em meio a um ambiente escolar seguro, com a participação de ambas as partes, e isso pode ter colaborado para a melhoria, inclusive, da sua autoestima. Dessa mesma maneira, as atividades realizadas potencializaram as habilidades nas quais o aluno ainda não estava desenvolvido.
No caso oposto, pode-se esperar o desencorajamento e a desistência de realizar as atividades por parte do aluno, culminando em um comportamento agressivo ou apático. 
1. Já está mais que claro que a família do jovem com altas habilidades/superdotação tem potencial de influência em todos os aspectos que envolvem a construção desse ser, o que inclui a formação do jovem como indivíduo que convive em sociedade.
Sendo assim, o jovem com altas habilidades/superdotação pode adquirir diversas características de seus entes familiares, pois a família:
Você acertou!
B. Representa modelo de comportamentos e atitudes, podendo cobrar atitudes quando demonstra aos jovens o mesmo empenho.
A família é considerada um dos pilares do desenvolvimento social e cognitivo de jovens com altas habilidades, muitas vezes representando o modelo por meio do qual as características comportamentais e atitudinais são construídas. Todavia, especialistas sugerem que pais devem apresentar o mesmo empenho e comprometimento na realização das tarefas. Ainda, a família pode gerar expectativas que irão influenciar o desempenho dos alunos com altas habilidades/superdotação, mas não necessariamente essas serão convertidas nas características desejadas. As adversidades enfrentadas por esses jovens em seus lares somente serão convertidas em alto desempenho, mas não no desenvolvimento de novas características. Da mesma forma ocorre com a questão genética associada ao alto desempenho, e apesar das evidências científicas apontarem para a presença de um sistema neurossensorial distinto, ainda existem poucos indícios que possam afirmar com precisão o papel da genética na determinação das características associadas às altas habilidades.
2. A manifestação de características afetivas em jovens com altas habilidades é difícil, mas não impossível de ser observada, pois esses sujeitos são capazes de reter cargas emocionais, mas têm dificuldades de expressão.
Isso ocorre, pois esses indivíduos têm:
Você acertou!
A. Capacidades de assimilação que não são compatíveis com a quantidade de emoções capturadas por sua percepção aguçada.
As altas habilidades e a maneira como o cérebro desses indivíduos captura e sente o ambiente em seu entorno acabam capturando uma carga emocional que perpassa as esferas de suas capacidades assimilativas, pondo-os muitas vezes em conflitos internos que podem afetar diretamente as suas relações interpessoais. Apesar de alguns jovens apresentarem preferência ao isolamento, esta não é uma regra, pois estudos comprovam que os jovens com altas habilidades podem sim evoluir esse comportamento, desde que essas questões sejam trabalhadas no ambiente escolar e familiar. Geralmente, esses jovens apresentam senso de humor refinado, são pouco organizados e muito competitivos, mas essas características nem sempre são convertidas em problemas para a socialização e na expressão de emoções, embora possam gerar conflitos internos.
3. A relação entre família e escola é extremamente importante para o bom desenvolvimento do jovem com altas habilidades, sobretudo no processo de aprendizagem escolar e de novas habilidades.
Esse processo se dá em três níveis diferentes, sendo que a participação da escola é mais requerida:
Você acertou!
E. Nos estágios intermediário e final de aprendizagem, pois o zelo e o conhecimento para a realização das tarefas são mais fáceis de serem adquiridos no ambiente escolar.
O processo de aprendizagem depende tanto da escola quanto da família. A família geralmente tem maior importância e/ou influência nos estágios inicial e intermediário de aprendizagem, fases onde as oportunidades e o desejo de satisfação necessitam diretamente do apoio dos pais. As fases intermediária e final de aprendizagem dependem mais diretamente da escola, visto que é daí que o jovem encontra (na maioria das vezes) a ajuda profissional (científica e de aconselhamento) que esses jovens necessitam. Cabe ressaltar que ambas as entidades (escola e família) são importantes em ambas as fases, embora os seus papéis relativos possam ser alterados.
4. O desenvolvimento de jovens com altas habilidades depende do trabalho colaborativo entre escola e família. Alguns estudos apontam diversas estratégias que devem ser adotadas e que são de obrigação ou da escola ou dos pais ou de ambos. Dentre elas, podemos citar:
I – Promoção da saúde.
II – Construção de meios para acompanhamento do jovem no ambiente escolar.
III – Produzir informações da dinâmica escolar.
Pode-se dizer que essas obrigações competem, respectivamente:
Você acertou!
E. Pais; pais; escola.
Os pais têm obrigação de promover o bem-estar dos seus filhos, o que envolve tanto a saúde física e mental desses jovens quanto a participação e o acompanhamento das atividades escolares. À escola compete a formação científica e social do aluno, mas também deve produzir informações e criar meios de comunicação para que os pais estejam sempre informados da evolução dos seus filhos no ambiente escolar.
5. Uma das variáveis que a escola sempre deve considerar no acolhimento e no atendimento de alunos com altas habilidades é a história familiar de cada aluno, pois:
Você acertou!
C. 
As famílias são dinâmicas, podendo ser formadas por diferentes arranjos.
Famílias são sistemas altamente dinâmicos tanto na sua formação quanto na relação dos entes ao longo do tempo. Embora o pai geralmente assuma o posto de comandante da família, em muitas famílias esse papel pode ser exercido pela mãe, pelos avós ou por qualquer outro integrante familiar. Além disso, o papel de zelar e acompanhar o desempenho do aluno com altas habilidades é uma competência da família em conjunto com a escola, sendo que muitos pesquisadores apontam esse tipo de comportamento como um dos principais responsáveis pelo alto desempenho de alguns indivíduos com superdotação.

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