Buscar

Giardiase: Protozoário Zoonótico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Giardiase:
Protozoário, a Giardia lamblia com potencial 
zoonótico, atingem mamíferos e humanos. G. muris e 
G. microti: mamíferos (roedores); G. ardea e G. 
psittaci: aves; G. agilis: anfíbios. São 
extra/intracelulares, possuem forma variável, a 
locomoção é por flagelos e com reprodução 
assexuada (pode ser sexuada em alguns grupos). 
São piriformes, extremidade anterior arredondada e 
posterior afilada, com 2 núcleos, axóstilos, com 
simetria bilateral e reprodução assexuada. Possuem 4 
pares de flagelo: anterior, mediano, ventral, posterior. 
A superfície dorsal é convexa e a superfície ventral 
possui ventosa. Possuem duas formas morfológicas: 
➔ Trofozoítos: forma ativa, flagelados, forma 
vegetativa, colonizam ID, disco adesivo 
ventral com fixação no intestino, reprodução 
por fissão binária. Alguns trofozoítos do 
intestino quando expostos aos líquidos 
biliares transformam-se em cistos. 
➔ Cistos: forma infectante, é a forma de 
resistência no ambiente, com proteção contra 
dessecamento, calor e frio excessivos, quando 
ingeridos (em água, alimentos, mãos sujas) 
passam pelo pH ácido do estômago e 
excistam como trofozoítos. Apresentam 4 
núcleos e citoplasma retraído com parede 
protetora. 
Tem como hospedeiros o 
homem, bovinos, ovinos, 
caprinos, suínos, cães, gatos e 
são frequentes em animais 
jovens. Colonizam o ID de 
vertebrados. Os cistos infectantes 
são resistentes ao ambiente por 
mais de 8 meses na água a 8°C e 
1 mês a 21°C e possuem 
resistência à solução clorada. 
 
Epidemiologia: 
A prevalência é variável, mais comum em animais de 
rua, canis e com maior contato com água, alimentos e 
fezes de animais ou de pessoas contaminas. Animais 
com menos de 1 ano possuem maior sensibilidade e a 
resistência vai aumentando com o aumento da idade. 
A ocorrência de sintomas é mais comum em animais 
jovens em ambientes que desencadeiam situações de 
estresse. Animais assintomáticos são importante 
fonte de infecção. A transmissão pode ser direta 
através da VO ou indireta através de água e alimentos 
contaminados. Em países em desenvolvimento ocorre 
de forma endêmica com transmissão contínua. Os 
fatores de risco são: ausência de rede de esgoto e 
acesso dos animais à rua. 
A incubação ocorre de uma a três semanas com 
infecções subclínicas ou diarreia, meteorismo, dor 
abdominal e náuseas e vômitos (menos frequente). 
Ocorre a eliminação de 900 milhões de cistos por dia. 
A dose infectante é de 25 a 100 cistos. 
Ciclo biológico: 
O ciclo é monoxênico. Ocorre a contaminação com 
cistos viáveis do parasito → desencistamento iniciado 
no estômago e termina no duodeno e jejuno → 
colonização do ID pelo trofozoítos → encistamento do 
parasito iniciado na região do ceco → eliminação do 
parasito através das fezes. A divisão binária e interfere 
na patogenia. 
 
 
 
 
 
 
 
Patogenia: 
A giárdia adere-se às vilosidades do ID- Não invade a 
mucosa intestina- ocorre a lesão e tamponamento das 
vilosidades que impede a absorção de nutrientes e 
má-absorção intestinal. Ocorre alterações do epitélio, 
levando a prejuízos na digestão e absorção de 
nutrientes e água, aumentando a motilidade intestinal 
com decréscimo do tempo de trânsito, gerando a 
síndrome de má-absorção com a eliminação de 
gordura pelas fezes. 
Sinais clínicos: 
➔ Fezes pastosas, fétidas ou diarreicas 
➔ Vômitos, aumento de motilidade intestinal, 
flatulência 
➔ Vômitos intermitente com bile 
➔ Diarreia intermitente 
➔ Diarreia com esteatorréia 
➔ Desidratação crônica 
Diagnóstico: 
➔ Parasitológico: nas fezes consistentes- 
pesquisa de cistos: salina ou lugol; nas fezes 
diarréicas- pesquisa de trofozoítos ou cisto- 
exame imediato após a coleta- trofozoítas 
tem viabilidade curta; pesquisa de trofozoítos 
ou cistos- exame imediato após coleta- 
trofozoítas tem viabilidade curta. 
➔ Exames de flutuação: sulfato de zinco a 33% 
➔ Repetição de exame: 3x com intervalo de uma 
semana, cistos excretados de forma 
intermitente. 
Tratamento: 
➔ Metrinidazol: 50mg/kg VO, durante 5 dias 
➔ Fembendazol: 50 mg/kg, VO durante 3 dias. 
Controle: 
➔ Limpeza e desinfecção do ambiente: remoção 
das fezes e matéria orgânica, desinfecção das 
superfícies com água fervente ou 
desinfetantes, favorecer a insolação da área 
➔ Isolamento, exame e tratamento de animais 
novos antes de serem introduzidos na criação 
➔ Exame coproparasitológicos sistemáticos. 
 
 
 
Highlight

Continue navegando